Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Lucão Fernandes, assumiu interinamente o cargo de prefeito nesta quarta-feira (4/6), em razão da viagem oficial do prefeito Netto Donato e do vice-prefeito Roselei Françoso à Argentina. A interinidade vai até sexta-feira (6/6) e visa garantir a continuidade das ações da administração municipal durante a ausência dos titulares.
Logo nas primeiras horas como prefeito interino, Lucão cumpriu uma agenda cheia. Concedeu entrevistas às rádios São Carlos e Jovem Pan, nas quais destacou a importância da viagem internacional dos chefes do Executivo e a confiança depositada em sua atuação temporária, especialmente diante da ausência de representantes federais e estaduais da cidade.
Durante o dia, Lucão Fernandes recebeu vereadores em seu gabinete, incluindo Fábio Zanchin, Dé Alvim, Leandro Guerreiro, Paulo Vieira, Malabim, Edson Ferraz, Thiago de Jesus, Bira e o presidente interino da Câmara, Bruno Zancheta. O grupo discutiu pautas relacionadas ao desenvolvimento da cidade.
Outro compromisso importante foi a visita ao Cemosar (Centro Municipal de Mostras e Aprendizado Rural), ao lado do secretário de Desenvolvimento Rural e Bem-Estar Animal, Paraná Filho.
O local possui estrutura propícia para a prática de equoterapia, técnica que utiliza cavalos em processos terapêuticos voltados a pessoas com deficiência.
À tarde, o prefeito interino visitou a Santa Casa e, em seguida, retornou ao gabinete, onde recebeu lideranças religiosas, representantes da Comunidade Negra e amigos, como o ex-deputado federal Lobbe Neto, que manifestaram apoio à sua breve gestão.
Lucão Fernandes classificou a nomeação como uma honra inesperada e garantiu compromisso com a continuidade dos serviços públicos. "É uma responsabilidade que assumi com orgulho e empenho. Quero que meus netos um dia se orgulhem deste momento", declarou.
ARGENTINA - A viagem internacional do prefeito e do vice atende ao convite da cidade de Armstrong, província de Santa Fé, na Argentina. Netto Donato e Roselei Françoso participam de uma feira de agronegócio e visita a uma empresa parceira da Piccin Máquinas Agrícolas, sediada em São Carlos. Todos os custos da viagem são arcados pelos anfitriões, sem despesas para os cofres públicos.
Iniciativa ensina a transformar roupas e acessórios com foco em sustentabilidade e criatividade
SÃO CARLOS/SP - O Fundo Social de Solidariedade de São Carlos abre nesta quinta-feira (5/6) as inscrições para o curso gratuito de Upcycling, voltado à transformação de roupas e acessórios a partir do reaproveitamento de materiais. A proposta é estimular a criatividade e promover práticas sustentáveis, por meio do ensino de técnicas de costura e customização.
O curso é uma oportunidade para quem deseja desenvolver habilidades manuais e conhecer conceitos como economia circular e o ciclo de vida dos produtos. Os participantes aprenderão desde a desmontagem e o corte de peças até a montagem de novos itens, com aplicação de técnicas de costura e modelagem.
As aulas acontecerão às quartas, quintas e sextas-feiras, das 8h30 às 12h, entre os dias 11 de junho e 11 de julho, nas salas de costura do Fundo Social de Solidariedade, localizado na Rua Francisco Maricondi, nº 375, Vila Marina.
Para se inscrever, é necessário ter ensino fundamental (mesmo que incompleto) e idade mínima de 16 anos. A gratuidade é garantida por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG), destinado a pessoas com renda familiar per capita de até dois salários mínimos federais. Não é permitido estar matriculado em outro curso do Senac no mesmo horário, nem ter abandonado cursos com bolsa nos últimos seis meses.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3372-0865 ou diretamente na sede do Fundo Social de Solidariedade.
SÃO PAULO/SP - Previsto para o dia 16 de junho, o Pix automático vai permitir que 60 milhões de brasileiros que não têm cartão de crédito tenham acesso a pagamentos recorrentes, como assinaturas de streamings, estima o Banco Central.
"Todo mundo já sofreu algum tipo de clonagem, de fraude, e já teve que trocar todas as suas assinaturas, ou, quando o seu cartão está vencendo, você tem que trocar todas as suas assinaturas. O Pix também vai conceder essa facilidade adicional e ampliar o bem-estar" disse Gabriel Galípolo, presidente da instituição, durante o evento Conexão Pix, nesta quarta-feira (4).
Galípolo também ressaltou o sucesso do Pix no exterior. "Hoje em dia falam mais de Pix quando viajo do que de futebol ou de qualquer outra coisa. O Brasil é o país do Pix."
A autarquia também prevê a redução de custo e de inadimplência para as empresas, que poderão substituir cobranças por boletos pelo Pix.
Para Renato Dias Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, o Pix automático deve "revolucionar os pagamentos recorrentes", pois a gestão será feita pelo próprio consumidor, mas não deverá ser utilizado por cobranças de outra natureza.
"Pix automático é para serviços recorrentes e não para concessão de crédito, pois essa cobrança poderá ser cancelada pelo cliente a qualquer momento", afirmou o diretor do BC.
Ele também disse que a nova modalidade deve beneficiar pequenas e médias empresas, que antes tinham mais dificuldades de acesso ao débito automático, que depende de convênios entre empresa e banco.
AUTORIZAÇÃO DO PIX AUTOMÁTICO
Toda cobrança via Pix automático deverá ser autorizada pelo cliente junto ao seu banco. Nesta autorização, ele também deve sinalizar se autoriza ou não a cobrança em caso de saldo negativo na conta corrente.
Em caso de inadimplência, a empresa poderá cancelar o serviço ou então continuar a cobrança com juros e mora. As características de cada cobrança dependem do contrato que deve ser assinado entre cliente e empresa.
A demanda para a cobrança automática terá que ser feita pelas empresas utilizando o mesmo nome registrado na Receita Federal, de modo a evitar fraudes. Também é necessário que a empresa tenha, no mínimo, seis meses de atuação antes da cobrança.
Outra facilidade para o consumidor é o aviso prévio de qual valor será descontado, até dois dias antes da cobrança, permitindo contestar ou cancelar o pagamento até 23h59 antes da data programada.
Todos os bancos que ofertam Pix irão também oferecer a nova modalidade do sistema de pagamentos do BC.
COMO FUNCIONA O PIX AUTOMÁTICO?
Ao autorizar as cobranças por Pix automático, o cliente deverá definir algumas regras, como o valor máximo de cada pagamento. Caso não concorde com o valor da cobrança, será possível cancelar o agendamento do pagamento até as 23h59 do dia anterior à cobrança.
Caso não haja saldo suficiente na conta do cliente no momento do débito, serão feitas três tentativas de cobrança em um período de até sete dias. Durante esse prazo, o cliente será notificado das tentativas e poderá providenciar os recursos para manter o serviço ativo. A modalidade promete aposentar o débito automático no futuro.
- O cliente deve checar se a empresa (como sua academia ou seu serviço de streaming) oferecem o Pix automático como forma de pagamento
- Depois, será necessário autorizar o pagamento das cobranças e definir regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito
- Periodicamente, nos dias anteriores ao pagamento, a empresa enviará a cobrança ao banco do pagador
- O banco agenda o pagamento e notifica o cliente, que pode conferir, antes do pagamento e no app da sua conta, se está tudo certo
- No dia previsto, o banco efetiva o pagamento da cobrança de acordo com as regras definidas na autorização
por Folhapress
SÃO PAULO/SP - A inteligência artificial generativa (GenAI, na sigla em inglês) deve impactar 31,3 milhões de empregos no Brasil e afetar ao menos 13 áreas profissionais, que representam 5,538 milhões de trabalhadores, segundo análise da consultoria LCA 4intelligence feita com base em estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
De acordo com o levantamento, 5,4% dos trabalhadores brasileiros estão hoje em ocupações com alto nível de exposição a esse tipo de tecnologia, como o ChatGPT, e podem ter suas funções quase que totalmente automatizadas, impactando o número de contratações. O percentual representa um aumento de 4,3% em comparação a estudo de 2012.
A lista inclui profissões como analista financeiro, agente e corretor de Bolsas de valores, desenvolvedor de páginas na internet, vendedor por telefone, entre outras.
O grau de impacto na função é medido pelo nível de exposição. Quanto maior esse nível, chegando ao 4, mais a profissão deverá ser impactada pela inteligência artificial.
Os dados da OIT adaptados para o mercado de trabalho do Brasil pela LCA apontam que a proporção de trabalhadores brasileiros com algum tipo de exposição à IA subiu de 26,8%, em 2012, para 30,5%, em 2025.
A análise da LCA aponta, no entanto, que embora essas profissões sejam altamente impactadas, ainda haverá a necessidade de intervenção humana, fazendo com que haja uma transformação dos empregos e não uma extinção das funções, como ocorreu em outros momentos de transformação do mercado de trabalho no Brasil e no mundo.
Segundo Bruno Imaizumi, autor do estudo da LCA, o que ocorrerá é uma "reestruturação de tarefas dentro das ocupações, com a IA assumindo partes rotineiras, liberando tempo para atividades mais complexas e criativas". Ele vê a possibilidade de ganhos de produtividade para esses trabalhadores.
Luís Guedes, professor da FIA Business School, ressalta ainda que o conceito de "impacto" sobre as profissões é amplo e requer uma análise cuidadosa. "Se no início do século 20 alguém perguntasse quem seria afetado pela eletricidade, a resposta provavelmente seria 'todos'", diz. De forma semelhante, a inteligência artificial deve transformar quase todas as ocupações, mas isso não implica a extinção dessas funções.
O professor aponta também que o processo de transição é uma questão social em que os trabalhadores com menor escolaridade são os mais vulneráveis. Assim, de acordo com Guedes, a requalificação é uma responsabilidade da sociedade e do Estado.
O professor diz que as pequenas e médias empresas, por exemplo, devem contar com incentivos e formação técnica para acompanhar as mudanças tecnológicas e, consequentemente, manter e adaptar grande parte do trabalhadores brasileiros.
A pesquisa da LCA aponta que embora países como o Brasil sejam impactados pela GenAI, as mais afetadas serão nações com alta renda, que concentram trabalhadores mais qualificados.
"A maior exposição dos países de renda elevada à IA generativa está relacionada a uma combinação de fatores: maior digitalização, infraestrutura tecnológica, qualificação dos trabalhadores, urbanização, presença de setores intensivos em informação e tecnologia", afirma Imaizumi.
Veja as 12 profissões mais impactadas pela IA generativa
Guedes aponta, no entanto, que o avanço da tecnologia não deve ser encarado apenas como uma ameaça, pois é esperado que surjam novos cargos diretamente ligados à inteligência artificial. Além disso, a reestruturação do mercado deve abrir espaço para novas especializações e perfis profissionais.
O uso da inteligência artificial e a mudança nas profissões já estão impactando o dia a dia dos trabalhadores –especialmente os mais jovens– com a diminuição de ofertas de emprego e o consequente empobrecimento dessa população, em especial no Sul global.
Relatório apresentado na Conferência Global de Mercado de Trabalho realizada em janeiro deste ano em Riad, na Arábia Saudita, aponta que, os países do Sul global, 6 em cada 10 jovens entre 15 e 24 anos estão na informalidade, em média. Nas nações mais pobres, são 8 a cada 10.
Em 2023, havia 1,1 bilhão de jovens nesta faixa etária e a projeção para 2033 é que o Sul global abrigue 1,2 bilhão de jovens, dos quais somente 420 milhões terão empregos, a maioria precários.
No relatório da OIT adaptado pela LCA para o Brasil, os jovens de 14 a 17 anos ocupam o terceiro grupo mais vulnerável a ser atingido pela IA generativa. Ao menos 12,8% dos trabalhadores nesta faixa etária estão no gradiente 4, refletindo a maior presença de jovens em funções administrativas e operacionais.
As mulheres são outro grupo afetado. Segundo a consultoria LCA, no Brasil, 7,8% das mulheres estão em profissões no gradiente 4, proporção que é mais do que o dobro da masculina (3,6%).
Isso se explica pelo fato de que há concentração de mulheres em ocupações administrativas, em escritórios e no atendimento ao cliente. O mesmo impacto está estimado para quem tem ensino superior incompleto ou apenas o ensino médio. Esse público representa 13,9% dos que serão afetados.
A pesquisa revela que o setor público, por concentrar o maior número de cargos administrativos, apresenta funções mais suscetíveis à automação e, consequentemente, mais fáceis de serem substituídas pela inteligência artificial. Nesse contexto, para o professor da FIA Bussiness School, a adoção da IA no serviço público surge como uma oportunidade para promover transformações significativas, especialmente em áreas com maior potencial de automação.
Segundo Guedes, a IA deve atuar como um copiloto dos agentes públicos, auxiliando-os na tomada de decisões mais eficazes e na redução da burocracia que consome grande parte do seu tempo. Dessa forma, a tecnologia pode contribuir para tornar o trabalho público mais eficiente.
Além disso, o especialista destaca que a IA deve ser utilizada para "tratar de maneira desigual os desiguais", ou seja, para direcionar esforços e recursos na atenção às demandas daqueles que mais necessitam.
O professor também reforça a importância do letramento em IA como uma prioridade para empresas e governos. Programas de capacitação são fundamentais para que servidores e cidadãos compreendam o funcionamento da tecnologia, seus limites, riscos éticos e desafios de segurança da informação.
A IA generativa afeta ainda quem tem carteira assinada. Ao menos 13,2% desses profissionais no Brasil se encontram no cenário de maior exposição. O setor público, especialmente órgãos e secretarias, também deve ter alto impacto, pois possui alta concentração de funções administrativas e de processamento de informações.
O estudo mostra ainda que à medida que a idade avança, o percentual de trabalhadores em ocupações pouco expostas à GenAI cresce. Quase 60% dos trabalhadores com 50 anos ou mais não devem ser afetados pela automação, padrão que se explica pelo fato de os mais experientes ocuparem cargos menos rotineiros.
Para adaptar o estudo da OIT à realidade brasileira, a LCA 4intelligence utilizou microdados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Foram consideradas 435 ocupações presentes no Brasil, classificadas de acordo com o nível de exposição definido pela OIT, e analisada a probabilidade de influência da IA dentro de cada ocupação.
por Folhapress
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