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EUA - Um artista que utiliza inteligência artificial (IA) para as suas criações, transformou a animação “Family Guy” em uma sitcom live action dos anos 1980.

O resultado, compartilhado em seu canal do YouTube, mostra a cenas e personagens conhecidos da série agora em forma real e humana.

O vídeo viralizou nas redes sociais, e apesar de alguns fãs terem gostado e elogiado da versão feita por IA, muitos outros criticaram o resultado, o apontando como assustador e pouco convincente.

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Confira:

 

 

NOVELANDO

SÃO PAULO/SP - O governo de São Paulo planeja utilizar inteligência artificial, como o ChatGPT, para a elaboração de aulas digitais ofertadas aos alunos da rede pública de ensino. O governador Tarcísio de Freitas disse que a ferramenta será um “facilitador” na produção das aulas, e negou que irá substituir o papel do professor em sala de aula.

“Acho que as ferramentas estão aí e a gente tem que usar a tecnologia para facilitar a nossa missão. A gente não pode deixar de usar a tecnologia por preconceito, por qualquer razão. Obviamente, tem que usar a tecnologia com parcimônia, tem que usar com todas as reservas que são necessárias”, disse o governador ao participar de evento na quarta-feira (17).

Segundo ele, os conteúdos a serem elaborados pela inteligência artificial terão de passar pelo aval dos professores antes de serem entregues aos estudantes. 

“Você pode usar uma ferramenta que pode facilitar o esforço inicial, mas isso vai passar pela revisão, vai passar pelo olhar, vai passar pela inteligência dos nossos professores. Nós temos excelentes conteudistas, nós temos excelentes profissionais. Eu acredito muito na melhoria da qualidade do ensino”, acrescentou.

No ano passado, o governo paulista enfrentou problemas com os materiais digitais escolares. Na ocasião, foram encontrados graves erros factuais nos slides, usados pela rede estadual de educação. A Justiça de São Paulo chegou a suspender a distribuição dos conteúdos.

Em um dos trechos, era dito que, em 1888, Dom Pedro II assinou a Lei Áurea, quando, na verdade, a lei que encerrou a escravidão institucionalizada no Brasil foi assinada pela filha do monarca, a Princesa Isabel. Em outro trecho, era dito, também de forma equivocada, que o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade são transmissíveis pela água.

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Sindicato dos professores

Professores estaduais criticaram o projeto de uso do ChatGPT na produção de conteúdo digital. A segunda presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual, Professora Bebel (PT), argumenta "que as tecnologias e informação e comunicação (TICs) são ferramentas auxiliares no processo educativo e jamais podem substituir o trabalho do professor".

Em nota, a parlamentar informou ter protocolado uma representação no Ministério Público Estadual contra a iniciativa. 

O uso do ChatGPT na produção de conteúdo das aulas digitais é uma das pautas de assembleia da categoria, convocada para 26 de abril.

 

 

* Com informações da TV Brasil

Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil*

EUA - A Meta confirmou seu plano de começar a identificar mais conteúdos gerados por meio de Inteligência Artificial (IA), uma medida que será implementada a partir de maio.

A partir do próximo mês, mais imagens, vídeos e áudios serão marcados como criados por IA, fornecendo aos usuários do Facebook e Instagram mais informações sobre o conteúdo visualizado. Essa iniciativa visa combater a disseminação de desinformação nas redes sociais, de acordo com o site Engadget.

Essa ação da Meta está relacionada à decisão de seu Oversight Board (o "Supremo Tribunal" da Meta) em relação a um vídeo que alegava, de maneira enganosa, que o presidente dos EUA, Joe Biden, estava se comportando de forma inadequada com sua neta. Apesar de concordar em não remover o vídeo, o Oversight Board recomendou que a Meta "reconsiderasse" sua política sobre fotos e vídeos manipulados.

A Meta reconhece que "a recomendação de fornecer transparência e contexto adicional é uma maneira melhor de lidar com a mídia manipulada e evitar o risco de restringir desnecessariamente a liberdade de expressão".

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - Late Night with the Devil tem sido apontado como o melhor filme de terror de 2024 com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes e bilheteria promissora desde o lançamento nos cinemas estadunidenses. Após uma onda de elogios, o longa-metragem é alvo de um caça as bruxas pelo uso de inteligência artificial.

A conversa em torno do uso da IA ​​começou com uma crítica do Letterboxd denunciando o uso de imagens geradas que funcionam como banners intersticiais durante a transmissão ao vivo ficcional do filme. Entre eles, a ilustração de um esqueleto dançando no meio de um canteiro de abóboras e a ocasional mensagem “Agora voltaremos”. Ninguém prestou muita atenção até que a conta do Discussing Film decidiu reviver o assunto na semana da estreia.

À medida que a polêmica em torno das imagens crescia nas redes sociais, os co-roteiristas e codiretores de 'Late Night with the Devil', Cameron Cairnes e Colin Cairnes, confirmaram o uso de IA no filme:

“Em colaboração com a nossa incrível equipe de design gráfico e produção, que trabalhou incansavelmente para dar a este filme a estética dos anos 70 que sempre imaginámos, experimentámos a IA em três imagens estáticas que depois editámos e que, em última análise, aparecem como intervalos muito curtos no filme."

O ator David Dastmalchian também abordou a polêmica. O artista relembra que ‘Late Night With the Devil’ estreou no festival SXSW no último ano e foi filmado dois anos antes da recente greve de roteiristas e atores de Hollywood, durante a qual a IA foi um obstáculo nas negociações.

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“Entendo porque está chamando atenção, mas fico triste que esta história esteja tão em evidencia quando temos uma equipe fantástica de design que se empenhou tanto. É algo que aprendemos muito nos últimos anos, desde que fizemos este filme. Concordo plenamente que este filme é um trabalho totalmente original. Muitas horas de trabalho foram dedicadas ao incrível trabalho artístico de construção deste cenário e deste mundo", diz o ator.

Uma reação exagerada?

O uso de IA em ‘Late Night with the Devil’ foi feito em 2022, mas vem na esteira de uma série de filmes e programas de televisão que utilizam imagens geradas por IA. O problema deste novo caso é que todos eles surgem após as greves do WGA e do SAG Hollywood, nas quais ambos os sindicatos lutaram pela proteção contra o uso da IA ​​para substituir o seu trabalho.

Neste caso, talvez os ataques tenham se excedido, uma vez que foram direcionados a um filme independente, cujo uso de IA é mínimo. O debate sobre se deveriam ter contratado um ilustrador na altura é legítimo, mas talvez o orçamento de guerrilha e o número de ideias despejadas nas filmagens tenham levado à decisão errada de que agora estão a pagar desproporcionalmente por serem os últimos a chegar.

Estrelado por David Dastmalchian como um apresentador de televisão que tenta salvar seu programa com um especial de Halloween, Late Night with the Devil recebeu elogios de Stephen King no ano passado e se tornou um nome promissor no gênero. Na produção, a atração do talk show dos anos 70 sai do controle com o caso de possessão.

 

 

Traduzido e adaptado por Samara Barboza / IGN Brasil

BRASÍLIA/DF - O Congresso Nacional retoma os trabalhos nesta segunda-feira (5), depois do recesso legislativo, com a regulação das plataformas digitais e da inteligência artificial no centro das discussões dos deputados e senadores em 2024. A medida provisória do governo Luiz Inácio Lula da Silva que reonerou a folha de pagamento de 17 setores da economia e a limitação das atuações dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) também devem ser debatidos pelos parlamentares ao longo do ano.

Além disso, o Legislativo volta do recesso com 27 vetos presidenciais pendentes de análise. Desses, 12 já estão trancando a pauta, ou seja, precisam ser apreciados antes de outras propostas que não possuem a mesma urgência.

A regulação das plataformas digitais é prevista no projeto de lei conhecido como PL das Fake News, cuja votação na Câmara foi adiada diversas vezes pela falta de acordo entre os parlamentares e diante da resistência da oposição e das proprietárias de plataformas digitais. Já o projeto de lei da inteligência artificial tramita na comissão temporária criada para analisar o tema, sob a relatoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

 

Regulamentação das plataformas digitais

Aprovado pelo Senado em 2020, o PL das Fake News prevê regras de uso, gestão e punições no caso de divulgação de informações falsas. O texto estabelece prisão de um a três anos e multa a quem promover ou financiar a disseminação em massa de mensagens que contenham "fato que se sabe inverídico" e que possa comprometer a "higidez" do processo eleitoral ou causar dano à integridade física de agentes públicos. Além disso, as plataformas terão de publicar regularmente relatórios semestrais de transparência, com informações sobre a moderação de conteúdo falso.

Na proposta, há ainda um capítulo específico sobre segurança infantil. O texto obriga as plataformas a estabelecer níveis de proteção de dados e impedir o acesso a determinados serviços, além de proibir o uso dos dados desse público para a criação de conteúdos personalizados. Outro trecho do PL aprovado prevê a remuneração do conteúdo jornalístico profissional replicado pelas plataformas digitais, como já ocorre na Austrália.

 

Supremo

As propostas de emenda à Constituição (PECs) que limitam os poderes de ministros do STF devem estar entre os temas prioritários do Congresso após o recesso legislativo. O assunto tem o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que prometeu avançar na discussão de pautas que podem mudar o cenário político nos próximos anos.

Duas PECs tratam da limitação dos poderes dos ministros da Suprema Corte. Uma delas limita decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores. Em linhas gerais, a proposta impede que decisões tomadas por um ministro do STF suspendam a vigência de leis ou atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados.

Apesar da insatisfação declarada de ministros do Supremo, Pacheco tem defendido a aprovação da proposta sob o argumento de que ela ajuda a equilibrar os Poderes, e, em mais de uma ocasião, disse que ter posto a matéria em pauta não indica "retaliação" do Congresso às recentes decisões do STF. O texto recebeu aval dos senadores em novembro e seguiu para a Câmara.

A outra PEC tem a ver com a elevação da idade mínima e a instituição de mandato com prazo fixo para ministros do STF. Pela proposta, seriam fixados oito anos para o mandato de ministros do Supremo, sem direito à recondução. Atualmente, para ser indicado à vaga, é necessário que o candidato tenha entre 35 e 70 anos, sendo que pode ficar no cargo até completar 75 anos, que é a idade máxima para a aposentadoria no serviço público.

Uma terceira proposta tem a ver com a limitação do acesso ao Supremo por parte de partidos políticos. A ideia já foi defendida pelo presidente da Câmara e tem a simpatia do ministro Gilmar Mendes, do STF. Por isso, é vista como a proposta mais viável nas duas Casas.

 

Reoneração da folha de pagamento

Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou que o Executivo pretende apresentar ao Legislativo até o Carnaval as prioridades do governo federal no Congresso. Entre os temas, divididos em quatro tópicos, está a reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, presente em medida provisória apresentada aos parlamentares pelo titular da Fazenda, Fernando Haddad.

O ministro, responsável pela articulação do governo com o Congresso, também afirmou que o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão no Orçamento de 2024 será debatido com os parlamentares. Apesar da restrição do petista, esse tipo de investimento vai direcionar R$ 11 bilhões. Segundo Padilha, o veto às emendas parlamentares foi feito para não prejudicar áreas como saúde, segurança pública e educação.

A prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia até 2027 foi aprovada pelo Legislativo em outubro do ano passada, mas foi vetada pelo presidente integralmente menos de um mês depois. Em dezembro, o Congresso derrubou o veto de Lula.

As entidades representantes dos 17 setores desonerados, dos trabalhadores e de organizações da sociedade civil fizeram coro pela derrubada do veto do presidente. As centrais sindicais estimavam que ao menos 1 milhão de vagas seriam perdidas se a desoneração deixasse de valer.

A medida provisória editada por Lula contém diversas propostas para aumentar a arrecadação da União e alcançar a meta do déficit zero. A principal delas é retomar o imposto sobre a folha de pagamento gradualmente.

A desoneração beneficia os 17 setores que mais empregam, responsáveis por 9 milhões de empregos. Em vez de o empresário pagar 20% sobre a folha do funcionário, o tributo pode ser calculado com a aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa, que varia, conforme o setor, de 1% a 4,5%.

 

 

Ana Isabel Mansur e Hellen Leite, do R7

EUA - Os fãs de Elvis Presley que não puderam ver seu herói quando ele estava vivo poderão ter um vislumbre da apresentação do Rei do Rock ‘n’ Roll no final deste ano, graças à realidade virtual.

O Elvis Evolution usará inteligência artificial e projeção holográfica, realidade aumentada e teatro ao vivo para recriar eventos da vida e da música de Presley, disse a Layered Reality, a empresa de entretenimento imersivo que está desenvolvendo o show.

“Será uma celebração alegre da vida de Elvis; o homem, a música e seu legado cultural”, disse o fundador e executivo-chefe da Layered Reality, Andrew McGuinness, à Reuters.

Os visitantes serão levados em uma viagem de Tupelo, Mississippi, onde Presley nasceu em 1935, até Memphis, Tennessee, onde fica Graceland, e Las Vegas.

“O ponto alto da experiência é uma apresentação de Elvis com IA”, disse ele.

A Layered Reality fechou um acordo com o Authentic Brands Group, proprietário do espólio de Elvis Presley, para desenvolver o Elvis Evolution.

A empresa britânica teve acesso a milhares de fotos pessoais do astro e horas de vídeos caseiros para criar as novas apresentações usando IA, disse McGuinness.

O interesse global pelo cantor, amplamente aclamado como o artista solo mais vendido de todos os tempos, com mais de 500 milhões de discos vendidos, continua intacto 46 anos após sua morte, aos 42 anos.

A biografia de Baz Luhrmann, “Elvis”, lançada em 2022, criou uma nova geração de fãs, enquanto o filme “Priscilla”, de Sofia Coppola, em 2023, explorou o complexo relacionamento do cantor com sua esposa.

McGuinness disse que Elvis Evolution atrairia tanto os fãs obstinados quanto os curiosos para descobrir mais sobre o cantor de “Can’t Help Falling in Love”.

Depois de Londres, Elvis Evolution viajará para cidades como Las Vegas, Tóquio e Berlim, acrescentou.

 

 

por Reuters

FORBES BRASIL

EUA - Na medida em que o ChatGPT amplia sua quantidade de adeptos e atualizações, o potencial por trás da inteligência artificial generativa (GenAI) percebido através do chatbot colabora com o aumento da insegurança profissional. Um relatório recente conduzido pela Hiring Lab, empresa americana que é braço de pesquisa do site de empregos Indeed, mostra que embora exista o potencial de haver uma disrupção no mercado de trabalho, os efeitos da IA generativa não serão sentidos igualmente em todas as profissões, mas podem afetar um quinto delas. A grande sacada (ou não) da pesquisa é que o resultado foi apontado pelo próprio chatbot desenvolvido pela OpenAI.

O relatório analisou mais de 55 milhões de vagas publicadas no Indeed nos Estados Unidos ao longo do último ano que mencionavam pelo menos uma habilidade de trabalho. Foram identificadas mais de 2,6 mil, que foram organizadas em 48 categorias.

Os pesquisadores então pediram ao ChatGPT para classificar a própria capacidade de realizar cada uma delas. E a resposta foi a seguinte:

 

• 19,8% dos empregos enfrentam o nível mais alto de exposição à IA generativa,

• 34,6% têm uma exposição mais baixa,

• 45,7% exposição moderada.

 

“Todas as revoluções geram impactos em modelos de trabalho”, afirmou Annina Hering, economista sênior do Hiring Lab do Indeed. “Foi assim com a Revolução Industrial e com a revolução digital e a transformação no processamento da informação. É um movimento conflituoso, mas natural.”

Embora a inteligência artificial generativa seja capaz de realizar diversas tarefas, Hering acredita que a tecnologia não irá substituir totalmente o trabalho humano.

Atividades como manicure e enfermagem, por exemplo, estão menos expostas.

Já as que se baseiam em dados, como programação e desenvolvimento de softwares, estão entre as mais ameaçadas.

Ainda assim, a IA não consegue suprir requisitos necessários em vários cargos. Por isso, o que pode e deve acontecer é uma soma de expertises, principalmente se a automação e realização de processos repetitivos forem levadas em consideração. “Quando olhamos para a GenAI, a enxergamos mais como instrumento com possibilidade de desbloquear o potencial humano do que substituí-lo”, afirmou Hering.

 

PENSAMENTO CRÍTICO

Profissionais que buscam manter vantagem competitiva devem dar prioridade à compreensão dos princípios da IA, especialmente a generativa, e suas potenciais aplicações, além de se concentrarem em aprender sobre novas ferramentas e tecnologias à medida que vão surgindo. “Isso ajuda a desmistificar a IA e a promover a colaboração eficaz com os seus sistemas”, disse Hering.

Como ocorre em outras áreas convém investir no aprimoramento de habilidades como pensamento crítico e resolução de problemas.

“Embora a IA seja excelente em tarefas rotineiras, acredito que os profissionais que se destacam na tomada de decisões complexas e na criatividade, continuarão em alta”

 

Annina Hering, economista sênior do Hiring Lab do Indeed

E, acima de tudo, é importante lembrar do valor duradouro das habilidades interpessoais. “A comunicação eficaz, a liderança e a inteligência emocional continuam indispensáveis no ambiente de trabalho, diferenciando os profissionais da IA.”

Além da automação de tarefas repetitivas, o que contribui com o aumento da eficiência e produtividade, Hering afirma que as vantagens proporcionadas pela IA vão além. De acordo com ela, a tecnologia é capaz de processar e analisar rapidamente grandes conjuntos de dados e pode desempenhar um papel fundamental no aumento da diversidade no ambiente de trabalho, através da elaboração de novas nomenclaturas e descrições de cargos, do refinamento do processo de contratação e da redução de enviesamentos durante a seleção de candidatos, destacando apenas qualificações e competências, e desconsiderando fatores como gênero ou raça. A tecnologia exige cuidado e regulamentação.

“Podem surgir dilemas éticos, como visto na criação de deepfakes ou na disseminação de desinformação”, disse a especialista, para quem a dependência excessiva da IA para a tomada de decisões e a geração de conteúdos pode limitar a criatividade dos colaboradores e suas capacidades de resolução de problemas.

“O rápido desenvolvimento dessa tecnologia exige consideração cuidadosa e uma abordagem vigilante para evitar armadilhas”, afirmou.

 

 

por Aryel Fernandes / ISTOÉ DINHEIRO

EUA - Um primeiro esboço de regulamentação da inteligência artificial (IA) foi assinado na última segunda-feira, 30, pelo presidente dos EUA Joe Biden, no que pode ser o empurrão para que outros países também adotem leis específicas para a tecnologia. Entre os tópicos do governo americano para o desenvolvimento e regulação da IA estão a exigência de que produtos de IA mais avançados sejam testados para garantir que não possam ser usados para produzir armas biológicas ou nucleares, e que os resultados desses testes sejam informados ao governo.

Os requisitos de teste são uma parte pequena, mas central, do que Biden, em um discurso programado para a tarde desta segunda-feira, deve descrever como a ação governamental mais abrangente para proteger os americanos dos riscos potenciais trazidos pelos enormes saltos na IA nos últimos anos. O esforço ainda pode ser considerado uma tentativa dos EUA de tomar a liderança na regulamentação da tecnologia que ainda enfrenta um mercado crescente e pouco delimitado pelas leis já vigentes em vários países.

De acordo com o jornal americano The New York Times, as regulamentações incluirão recomendações, mas não exigências, de que fotos, vídeos e áudio desenvolvidos por esses sistemas sejam identificados com marca d’água para deixar claro que foram criados por IA. Isso reflete o medo crescente de que a tecnologia torne muito mais fácil a criação de deepfakes e desinformação convincente, especialmente à medida que a campanha presidencial de 2024 se acelera nos EUA.

A ordem de Biden será emitida dias antes de uma reunião de líderes mundiais sobre segurança em IA, organizada pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Rishi Sunak. Na questão da regulamentação da tecnologia, os Estados Unidos ficaram atrás da União Europeia, que já está elaborando novas leis, e de outras nações como China e Israel, que emitiram propostas de regulamentação. Desde que o ChatGPT, o chatbot com tecnologia de IA da OpenAI, explodiu em popularidade no ano passado, legisladores e reguladores globais têm debatido sobre como a inteligência artificial pode alterar empregos, espalhar desinformação e potencialmente desenvolver seu próprio tipo de inteligência.

As novas regras dos EUA, algumas das quais devem entrar em vigor nos próximos 90 dias, provavelmente enfrentarão muitos desafios, alguns legais e outros políticos. Mas a ordem visa aos sistemas futuros mais avançados e, em grande parte, não aborda as ameaças imediatas dos chatbots existentes que poderiam ser usados para espalhar desinformação relacionada à Ucrânia, Gaza ou à campanha presidencial.

 

Para quem?

A ordem afeta apenas as empresas americanas, mas como o desenvolvimento de software ocorre em todo o mundo, os Estados Unidos enfrentarão desafios diplomáticos para aplicar as regulamentações, razão pela qual o governo está tentando incentivar aliados e adversários a desenvolver regras semelhantes. A vice-presidente Kamala Harris está representando os Estados Unidos na conferência em Londres sobre o assunto nesta semana.

As regulamentações também têm o objetivo de influenciar o setor de tecnologia, estabelecendo padrões inéditos de segurança e proteção ao consumidor. As diretrizes da Casa Branca para as agências federais visam forçar as empresas a cumprir os padrões estabelecidos por seus clientes governamentais.

“Esse é um primeiro passo importante e, o que é importante, as ordens executivas estabelecem normas”, disse Lauren Kahn, analista sênior de pesquisa do Center for Security and Emerging Technology da Universidade de Georgetown.

A ordem também instrui o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e outras agências a criar padrões de segurança claros para o uso de IA e a simplificar os sistemas para facilitar a compra de ferramentas que usem a tecnologia. Ela determina que o Departamento do Trabalho e o Conselho Econômico Nacional estudem o efeito da IA no mercado de trabalho e apresentem possíveis regulamentações. E solicita que as agências forneçam orientações claras aos locadores, contratantes do governo e programas de benefícios federais para evitar a discriminação por algoritmos usados em ferramentas de IA.

Mas a Casa Branca tem autoridade limitada, e algumas das diretrizes não são aplicáveis. Por exemplo, a ordem pede que as agências fortaleçam as diretrizes internas para proteger os dados pessoais dos consumidores, mas a Casa Branca também reconheceu a necessidade de uma legislação de privacidade para garantir totalmente a proteção dos dados.

Para incentivar a inovação e reforçar a concorrência, a Casa Branca solicitará que a Câmara Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) intensifique seu papel de fiscalizador da proteção ao consumidor e das violações antitruste. Mas a Casa Branca não tem autoridade para instruir o FTC, um órgão independente, a criar regulamentações.

Lina Khan, presidente da Comissão, já sinalizou sua intenção de agir de forma mais agressiva como fiscalizadora da IA. Em julho, a comissão abriu uma investigação sobre a OpenAI sobre possíveis violações de privacidade do consumidor e acusações de divulgação de informações falsas sobre indivíduos.

“Embora essas ferramentas sejam novas, elas não estão isentas das regras existentes, e o FTC aplicará vigorosamente as leis que somos encarregados de administrar, mesmo nesse novo mercado”, escreveu Khan em um artigo publicado no The New York Times em maio.

O setor de tecnologia disse que apoia as regulamentações, embora as empresas discordem sobre o nível de supervisão do governo. A Microsoft, a OpenAI, o Google e a Meta estão entre as 15 empresas que concordaram com compromissos voluntários de segurança e proteção, incluindo a realização de testes de estresse em seus sistemas por terceiros para detectar vulnerabilidades.

Biden pediu regulamentações que apoiem as oportunidades da IA para ajudar na pesquisa médica e climática, ao mesmo tempo em que cria barreiras para proteger contra abusos. Ele enfatizou a necessidade de equilibrar as regulamentações com o apoio às empresas dos EUA em uma corrida global pela liderança da IA. Para isso, a ordem orienta as agências a simplificar o processo de visto para imigrantes altamente qualificados e não imigrantes com experiência em IA para estudar e trabalhar nos Estados Unidos.

Um alto funcionário do Departamento de Energia disse na semana passada que a Administração Nacional de Segurança Nuclear já havia começado a explorar como esses sistemas poderiam acelerar a proliferação nuclear, resolvendo questões complexas na construção de uma arma nuclear. E muitas autoridades têm se concentrado em como esses sistemas poderiam permitir que um grupo terrorista reunisse o que é necessário para produzir armas biológicas.

Ainda assim, legisladores e funcionários da Casa Branca advertiram que não se deve agir com muita rapidez para redigir leis para tecnologias de IA que estão mudando rapidamente. A União Europeia não considerou modelos de linguagem ampla (LLM, na sigla em inglês) em seus primeiros esboços legislativos./COM NYT

 

 

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