Jornalista/Radialista
EUA - A inflação acumulada em 12 meses nos Estados Unidos caiu mais do que o esperado em maio, a 3,3%, frente a 3,4% no mês anterior, um alívio após a recuperação do início do ano, segundo o índice de preços ao consumidor (IPC) publicado nesta quarta-feira (12).
Os dados do Departamento do Trabalho mostram que na comparação mensal, em maio os preços se mantiveram estáveis em relação ao mês anterior, frente ao avanço de 0,3% registrado de abril sobre março.
O relatório é melhor do que o esperado pelos analistas, que estimavam 0,1% de inflação mensal e 3,4% de aumento nos preços em relação ao mesmo período do ano passado, segundo um consenso reunido pelo Market Watch.
Os preços da energia caíram, sobretudo o da gasolina. Mas os da habitação e dos restaurantes continuaram subindo.
A inflação subjacente, que exclui os dados mais voláteis de alimentação e energia, também se comportou melhor do que o esperado, chegando a 0,2% na medição mensal, em relação a 0,3% de abril sobre março. Mais importante ainda, chegou a 3,4% em 12 meses em maio, em comparação com os 3,7% interanuais em abril.
Os resultados também são melhores que o estimado pelo mercado, que esperava dados de 0,3% e 3,5% respectivamente.
Em abril, a inflação mudou de tendência, com viés de baixa, pela primeira vez desde janeiro.
"As pressões sobre os preços permanecem elevadas, mas mostraram uma moderação bem-vinda no mês passado", resumiu Rubeela Farooqi, economista-chefe da High Frequency Economics.
Wall Street reagiu positivamente aos dados da inflação, abrindo em forte alta nesta quarta e fechando com recordes no caso do Nasdaq e S&P 500.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,09%. Já o tecnológico Nasdaq subiu 1,53% e o S&P 500, 0,85%.
"Os preços ainda estão muito altos, mas o relatório publicado hoje mostra progressos encorajadores na redução da inflação", comemorou o presidente Joe Biden, que busca a reeleição em novembro, em um comunicado.
- A decisão do Fed -
O dado não foi suficiente para que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mudasse seu discurso de cautela perante a inflação.
Como era esperado, o Fed manteve suas taxas de juros de referência na faixa de 5,25% a 5,50%, e seus diretores sinalizam para um único corte nas taxas de juros este ano.
Ao final de sua reunião de dois dias, o Comitê de Política Monetária (FOMC) também revisou para cima sua previsão de inflação nos Estados Unidos tanto para 2024 quanto para 2025, para 2,6% e 2,3% respectivamente, e deu conta de "progressos adicionais modestos" rumo à sua meta de inflação de 2% a longo prazo.
Os membros do organismo votaram por unanimidade pela manutenção das taxas de juros em seus níveis mais altos em mais de duas décadas.
As autoridades do FOMC esperam um único corte nas taxas de juros, de apenas 0,25 ponto percentual, até o fim do ano.
Antes da reunião, os operadores apontavam majoritariamente para duas reduções dos juros em 2024, segundo previsões do CME Group.
O Fed aumentou as taxas de juros para combater a inflação: ao elevá-las, o crédito fica mais caro e isso desestimula o consumo e o investimento, arrefece a economia e limita as pressões sobre os preços.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a instituição está preparada para manter suas taxas de juros altas até que a inflação se modere por vários meses.
A meta do Fed é de uma inflação de 2% ao ano no longo prazo, um nível considerável sadio para a economia.
O índice de inflação PCE, o mais seguido pelo Fed, permaneceu estável na medição de 12 meses em abril, em 2,7%.
Os dados de maio serão divulgados no final de junho.
EUA - Grupos que atuam pelos direitos dos imigrantes nos Estados Unidos processaram o governo Joe Biden na quarta-feira (12) devido à imposição de um decreto, assinado pelo presidente no começo do mês, para limitar a entrada de pessoas em situação irregular pela fronteira com o México.
Os grupos, liderados pela organização American Civil Liberties Union, argumentaram que as restrições violam a lei de asilo dos EUA e que Biden não seguiu o procedimento regulatório adequado. A ação foi protocolada em um tribunal federal na cidade de Washington.
Mais de mil migrantes fazem fila para passar por um centro de processamento da patrulha de fronteira dos EUA em Eagle Pass, Biden, que tentará a reeleição em 5 de novembro, lida com a entrada de milhões de migrantes em situação irregular pela fronteira com o México todos os anos. O tema tem sido explorado pelo adversário do democrata na corrida à Casa Branca, o republicano Donald Trump, que prometeu reprimir de forma mais agressiva quem se arrisca nas travessias.
O atual presidente também vem endurecendo o seu posicionamento contra a entrada de pessoas em situação irregular. A cinco meses da eleição, Biden assinou no último dia 4 uma ordem executiva para permitir que, grosso modo, a fronteira seja fechada para solicitantes de asilo caso a média diária de chegada de imigrantes supere 2.500 em um intervalo de sete dias. O limite é muito inferior à média recente -em abril, por exemplo, foram 4.300 travessias por dia.
A fronteira voltaria a abrir duas semanas após o número de chegadas cair abaixo de uma média diária de 1.500 por sete dias. Exceções estão previstas para crianças desacompanhadas e vítimas de tráfico de pessoas, entre outras situações de caráter humanitário. As restrições não se aplicam a pessoas que possuem visto americano.
Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), disse que o governo Biden "não tem autoridade unilateral" para anular as leis criadas pelo Congresso, mencionando decisões legais anteriores relacionadas às políticas da era Trump.
Na ação, os grupos de direitos dos imigrantes pontuam que os migrantes recém-chegados aos EUA "podem estar famintos, exaustos, doentes ou traumatizados depois de fugir da perseguição em seus países de origem e do perigo no México". O decreto assinado por Biden, por sua vez, também possibilita a deportação mais rápida das pessoas flagradas atravessando a fronteira de forma ilegal.
Angelo Fernandez Hernandez, porta-voz da Casa Branca, defendeu a proibição de asilo, dizendo que a medida era necessária porque "os encontros na fronteira continuam muito altos" e os legisladores republicanos bloquearam as propostas legislativas apoiadas por Biden.
O número de migrantes capturados cruzando ilegalmente a fronteira caiu 20% no final da semana passada, o que, segundo uma autoridade sênior da fronteira dos EUA, sinaliza yn "possível sucesso inicial" na dissuasão da imigração ilegal.
Uma pesquisa Gallup divulgada no final de abril mostra que imigração se manteve pelo terceiro mês consecutivo como o maior problema enfrentado pelos EUA na visão dos americanos. Quase 3 em cada 10 (27%) apontam a questão como central, muito acima dos 18% e 17% que apontam governo e economia, respectivamente, como maiores problemas.
POR FOLHAPRESS
BRASÍLIA/DF - Uma pesquisa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil aponta que o Brasil registra números crescentes desta forma de atividade, em especial entre as crianças mais novas.
De acordo com o estudo, o trabalho infantil entre as crianças de 5 a 9 anos cresceu de 106 mil em 2016 para 132 mil em 2022, e é mais frequente entre pessoas negras. A análise foi lançada nesta quarta-feira (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, e tem como base dados do IBGE.
Katerina Volcov, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, ressalta a gravidade desta forma de trabalho.
“É uma grave violência e violação de direitos da infância e da adolescência. O trabalho infantil acarreta prejuízos físicos, emocionais, psíquicos, na infância dessas crianças, nas adolescências brasileiras”.
A pesquisa também revela que a proporção de crianças e adolescentes em trabalho infantil é três vezes maior em áreas rurais que em urbanas. Entre as atividades exercidas estão agricultura, criação de gado, afazeres domésticos e cuidados. Katerina Volcov destaca algumas das piores formas de trabalho infantil.
“São mais de noventa, mas a gente pode pensar no trabalho infantil doméstico, que é imensamente naturalizado nas casas brasileiras. A gente tem o trabalho infantil nos lixões, o trabalho infantil nas ruas”.
Além disso, a secretária-executiva ressalta que muitos desses trabalhos colocam as crianças em risco de vida.
“A gente tem casos de mortes de crianças e adolescentes por conta do manuseio de objetos pontiagudos, cortantes, perfurantes. A gente tem o problema do manuseio de agrotóxicos”.
Ainda segundo a análise, tanto em termos absolutos quanto relativos, os meninos estão mais expostos as piores formas de trabalho. Para Katerina, é essencial sensibilizar a população para que denuncie o trabalho infantil.
POR AGÊNCIA BRASIL
SÃO CARLOS/SP - Um homem acabou preso pelo crime de tráfico de drogas na noite de quarta-feira, 12 de junho, no bairro Arnon de Mello, em São Carlos.
Segundo a Polícia Militar, por volta das 18h40 a Força Tática realizava o patrulhamento, quando nas ruas José Quatrochi e Professor Júlio Bruno, avistaram um sujeito em atitude suspeita próximo a um monte de entulho em um terreno e com uma sacola nas mãos.
Os PMs, ao se aproximar, o indivíduo tentou esconder a sacola e se evadir do local, mas não conseguiu, pois foi abordado. Durante revista corporal, foi encontrado em suas vestes 01 eppendorf de cocaína, 01 invólucro de maconha, 02 pedaços da mesma droga e R$ 6,50 em dinheiro.
Na sacola, havia 210 eppendorfs de cocaína, 116 saquinhos com haxixe e 07 tubos de Skank.
R.H.G.M. foi conduzido à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde o delegado de plantão tomou ciência dos fatos e registrou a ocorrência como tráfico de drogas. O adolescente foi liberado para a família.
As drogas e o dinheiro foram apreendidos.
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