EUA - O presidente-executivo da Nike, John Donahoe, culpou o trabalho remoto pela desaceleração da inovação na empresa.
Em entrevista à emissora americana CNBC o executivo disse que é difícil ser inventivo quando os funcionários estão trabalhando em casa.
"O que tem faltado é o tipo de inovação ousada e disruptiva pela qual a Nike é conhecida e, quando olhamos para trás, os motivos são bastante simples", disse Donahoe.
Ele disse que as fábricas de calçados no Vietnã foram forçadas a fechar durante a pandemia de Covid-19, mas, "ainda mais importante", os funcionários da Nike trabalharam em casa por dois anos e meio.
"É evidente que é realmente difícil desenvolver um sapato ousadamente disruptivo pelo Zoom", afirmou Donahoe.
O executivo disse que as equipes da empresa voltaram a trabalhar presencialmente há 18 meses e que, desde então, estiveram focadas em reconstruir projetos de inovação.
Em dezembro, a Nike anunciou um plano de reestruturação para reduzir custos em cerca de US$ 2 bilhões nos próximos três anos. Entre as estratégias adotadas, estão a redução do fornecimento de produtos com baixo desempenho e a melhoria de sua cadeia de suprimentos.
Dois meses depois, em fevereiro, a empresa anunciou que reduziria em 2% sua força de trabalho, cerca de 1.500 empregos, para poder investir em áreas em crescimento.
Hoje, marcas internacionais como On Running, Hoka e Lululemon, que cresceram rapidamente nos últimos anos, estão tirando participação de mercado da Nike. Além disso, a tendência na moda de abandonar os tênis de basquete volumosos e a opção por tênis de perfil baixo, como o Adidas Samba, também estão prejudicando a gigante do material esportivo.
A Nike disse em março que sua receita na primeira metade do ano fiscal de 2025 diminuirá e que vai reduzir os pedidos de calçados consagrados, como o Air Force 1, enquanto tenta se concentrar em produtos novos.
Embora a empresa, com receita anual de US$ 51,2 bilhões ao ano até maio de 2023, seja muito maior do que a Adidas, os analistas do HSBC esperam que seu crescimento anual em receitas fique atrás da rival em 2024, 2025 e 2026. A Nike prevê um crescimento de 1% na receita para o ano fiscal de 2024.
POR FOLHAPRESS
MÉXICO - Após a cotação das ações do Nubank ter dobrado em 2023, o CEO e cofundador do banco digital, David Vélez, considera que o mercado ainda subestima potenciais importantes da operação. Segundo ele, ainda não recebem o devido valor as possibilidades de geração de receitas da base de clientes, de crescimento no México e a combinação de fatores como a operação digital e a satisfação dos clientes.
De acordo com ele, embora 85 milhões de brasileiros sejam clientes do Nubank e os índices de satisfação (NPS, na sigla em inglês) sejam os mais altos do setor, a participação de mercado do Nubank é relativamente baixa - 14% em cartões de crédito, 6% em crédito pessoal e 3% em depósitos.
"Portanto, nossa oportunidade de ganhar participação em cada uma dessas verticais é gigantesca, e o nosso histórico nos últimos 24 meses registra essa tendência muito clara: ganhamos participação de mercado de forma constante em todas as verticais em que atuamos nos últimos cinco anos", diz Vélez, em carta trimestral da gestora Dynamo, em que alguns executivos foram questionados sobre aquilo que consideram que o mercado deixa de ver nas empresas que comandam.
Um exemplo disso, segundo ele, é a receita média mensal por usuário ativo (ARPAC, em inglês): nos clientes que utilizam o cartão, a conta digital e o crédito pessoal do Nubank, é de US$ 37, enquanto na média da base de clientes, está em US$ 10. Ao mesmo tempo, Vélez acredita que o custo para atender a cada um desses clientes deve se manter em cerca de US$ 1 ao mês, dada a eficiência da plataforma da fintech.
No caso do México, ele afirma que o país pode ser "um outro Brasil para o Nubank, embora com um risco de execução significativo (nosso tipo de risco favorito)". Vélez menciona que embora seja menos populoso que o Brasil, o México tem renda per capita 30% maior, uma população mais jovem e menor presença de serviços bancários no dia a dia dos habitantes.
"Nos últimos três anos, nos tornamos um dos principais emissores de cartões de crédito no México, com mais de 4 milhões de clientes de cartões de crédito e com mais de 1 milhão de clientes abrindo contas de poupança nas primeiras quatro semanas de seu lançamento", afirma o CEO do Nubank. Ele afirma que o crescimento não deve ser linear, mas que em cinco anos, o Nu está confiante de que se tornará "a empresa mais bem posicionada" para capturar o crescimento do mercado bancário mexicano.
O executivo menciona ainda uma combinação de fatores que, segundo ele, criam espaço para possíveis ganhos não previstos. São eles a base de clientes exclusivamente digital, a alta satisfação dos clientes e a confiança na marca, a equipe de tecnologia e ciência analítica, uma cultura forte e "uma das mais sofisticadas infraestruturas de análise de dados da América Latina".
Ao longo do ano passado, o mercado reavaliou o Nubank diante da perspectiva de início da queda dos juros no Brasil, com investidores apostando que a fintech será uma das principais beneficiárias. Também entrou na conta a chegada da fintech ao lucro, mesmo diante de um cenário de juros altos e inadimplência subindo no crédito para pessoas físicas.
Entretanto, os fatores mencionados por Vélez têm sido citados por algumas casas. Em outubro, o Morgan Stanley afirmou que o Nubank pode chegar a um valor de mercado de US$ 100 bilhões até 2026 graças às oportunidades de venda cruzada no Brasil e de crescimento das operações do México e da Colômbia.
POR ESTADAO CONTEUDO
Principal encontro de líderes empresariais do Interior, o evento desse ano terá como tema Liderança Consciente e palestra internacional com Ravin Jesuthasan, Líder de Transformação Global, Mercer e autor de Best-seller do Wall Street Journal Trabalhe sem empregos
CAMPINAS/SP - A Amcham Brasil promove, em Campinas, no próximo dia 21 de junho, a edição 2023 do CEO Fórum Interior de São Paulo, o principal encontro de líderes empresariais do Interior do Estado. O encontro, que acontece no Iguatemi Campinas, reunirá 500 executivos. Neste ano, o tema do CEO Fórum Interior de São Paulo será Liderança Consciente, com palestras e painéis com participações de CEO de empresas nacional e multinacionais, além da presença internacional de Ravin Jesuthasan, Líder de Transformação Global, Mercer e autor de Best-seller do Wall Street Journal Trabalhe sem empregos, e que foi um dos Speaker no WEF deste ano em Davos.
O objetivo do encontro será debater o tema “Liderança Consciente”, novo modelo de gestão que busca unir aspectos como propósito, transparência, responsabilidade, inovação, visão a longo prazo e valorização do time.
Pesquisa inédita da Amcham Brasil com mais de 763 respondentes, maioria altas lideranças de grandes e empresas, identificou que os executivos brasileiros precisarão transformar seu estilo de gestão, incorporando atributos humanos de maior flexibilidade, colaboração e criatividade.
Segundo 54% dos executivos brasileiros, a prioridade número 1 para a liderança do futuro será o desenvolvimento de pessoas. Seguida pelo fortalecimento dos relacionamentos com clientes, fornecedores e demais stakeholders (44%), e a adoção de novas tecnologias e métodos de trabalho (39%).
Entre os aspectos apontados como necessários para o aprimoramento desses líderes, destacam-se: capacidade de adaptação e flexibilidade (40%), inovação e criatividade na resolução de problemas (39%) e ainda o alinhamento entre propósito, valores e cultura (37%). Moldando assim, um ambiente de maior flexibilidade, colaboração e criatividade. Os dados completos serão apresentados e disponibilizados na abertura do CEO FÓRUM Interior de São Paulo
AGENDA
13h30 - Credenciamento
14h30 - Abertura Amcham Panorama da Liderança
14h50 - Palestrante: Leon Kaiser, Sócio Fundador, Flowin3 e ex vice-presidente sênior de ferramentas elétricas na Bosch
15h - Painel | Despertando a Consciência na Liderança: Como Liderar com Empatia, Propósito e Impacto Positivo
Painelista:
Paulo Sales, Presidente do Conselho, Rede Moura
Ana Oliva Bologna, Presidente do Conselho, Astra
Marco Tulio, Founder, Raccoon Digital Marketing
Abrão Neto, CEO, Amcham Brasil
16h50 - Painel | Construindo um Futuro do Trabalho Mais Humano: O Papel Da Liderança Consciente na Transformação das Organizações
Moderador:
Ravin Jesuthasan, Líder de Transformação Global, Mercer e autor de Best-seller do Wall Street Journal Trabalhe sem empregos. Speaker no WEF deste ano em Davos
Painelista:
Viveka Kaitila, Presidente GE Brasil
Javier Consante, LLA Presidente Dow
17h40 - Palestra Especial de Encerramento | Transforming For The Future Of Work.
Palestrante:
Ravin Jesuthasan, Líder de Transformação Global, Mercer e autor de Best-seller do Wall Street Journal Trabalhe sem empregos. Speaker no WEF deste ano em Davos.
SOBRE A AMCHAM CAMPINAS
Inaugurada em 2001, a Amcham Campinas foi a primeira unidade regional da Amcham Brasil no interior paulista. O escritório hoje conta com um quadro de 660 empresas associadas, na maior parte atuantes nos setores automotivo, industrial e de serviços. No ano, são mais de 250 atividades com um público total de quase 11 mil executivos.
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