SÃO PAULO/SP - Nesta sexta-feira, 15 de setembro, ocorre em todo o País o Dia do Cliente. Na ocasião, indústria e varejo preparam uma série de ofertas para atrair o consumidor. E como aplicar a estratégia certa nesta hora? A seguir, confira dicas de como aproveitar a data para aumentar as vendas e reforçar a relação com os clientes.
Primeiro ponto destacado por especialistas é estar sempre atento às mudanças de comportamento dos consumidores, principalmente relacionadas ao e-commerce, que nos últimos tempos tem se tornado uma tendência de negócio muito relevante para a economia brasileira.
Para se ter uma ideia, até o fim do ano, o segmento deve movimentar cerca de R$ 186 bilhões, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Outra pesquisa, realizada pela Octadesk, mostra que 61% dos brasileiros preferem realizar compras online.
O Dia do Cliente, além de uma oportunidade para o consumidor virtual, representa uma boa oportunidade para o lojista preparar sua estratégia para a Black Friday, quando as ofertas e descontos são ainda mais agressivos.
Na avaliação do vice-presidente da ABComm, Rodrigo Bandeira, o empreendedor deve focar em fazer sua lição de casa e estreitar a relação com o cliente com o objetivo de fidelizar aquele consumidor.
“[O lojista virtual] deve aproveitar a data para valorizar o cliente e mostrar que ele é a engrenagem principal da empresa. Mas não adianta colocar campanhas em prática e esquecer do principal”, comenta.
O ‘principal’, segundo Bandeira, é a experiência de compra do cliente. “Não basta acionar o marketing e esquecer as reclamações. É preciso trabalhar a reputação da sua marca nos sites de reclamações e nas redes sociais”, lembra.
Dessa maneira, o empresário tem caminho livre para efetivar políticas de vendas como cashbacks e cupons, que podem ser, por exemplo, utilizados em futuras compras nas próximas datas relacionadas ao varejo, como o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal.
Outra dica é reativar clientes que não compram na sua loja algum tempo. Nesse caso, Bandeira aponta a utilização correta do CRM para ativar as estratégias de marketing corretas.
“Clientes mais fiéis demandam estratégias diferentes. Busque ferramentas de inteligência onde você cria filtros específicos para cada tipo de consumidor atingido pela campanha”, salienta.
Riscos do aumento de demanda
Por conta das ofertas e descontos, é razoável que o tráfego na loja online aumente. Com isso, a atenção do lojista também deve estar direcionada à segurança do seu negócio virtual.
Golpes como fraudes, utilização de cartões clonados, phishing, chargebacks injustificados – quando o cliente solicitar um reembolso sem legitimidade – e outras ações ilícitas podem causar sérios prejuízos financeiros.
“Um dos maiores riscos neste momento de aumento de fluxo é a possibilidade de criminosos se passarem por falsos clientes. Identificar e distinguir entre um cliente legítimo e um fraudador pode ser um desafio significativo para os empreendedores de lojas online”, alerta o perito em crimes digitais, Wanderson Castilho. Dados recentes revelam um aumento de 19% no número de ataques durante o segundo semestre de 2022, superando a média global de 13%.
“O mercado já proporciona um nível bem alto de segurança para os lojistas online no ponto de serem hackeados, mas no caso de estelionato, esses empreendedores precisam estar sempre atentos para novos golpes que surgem”, finaliza.
Golpes mais praticados contra empreendedores:
- Fraudes com cartões de crédito: os criminosos utilizam cartões de crédito clonados ou roubados para fazer compras online. Para evitar isso, as empresas devem implementar sistemas de verificação de identidade, como a solicitação de código CVV e endereço de cobrança.
- Chargebacks injustificados: alguns clientes podem solicitar reembolsos indevidos, prejudicando os negócios. É importante documentar todas as transações e manter evidências de entrega ou prestação de serviços.
- Fraudes por phishing: criminosos enviam e-mails ou mensagens falsas para obter informações confidenciais, como senhas ou dados financeiros. As empresas devem educar seus funcionários sobre como identificar e evitar e-mails de phishing e usar autenticação de dois fatores.
ISTOÉ DINHEIRO.