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HOUSTON - O furacão Ida atingiu os fornecedores de energia da Costa do Golfo dos EUA, afetando a maioria dos poços marítimos da região, quase metade de sua produção de combustível para motores e fechando portos de exportação de energia.

A tempestade alcançou o Mississippi nesta segunda-feira, depois de deixar um rastro de destruição na Louisiana e tumultuar os campos de petróleo e gás marítimos dos EUA.

Centenas de plataformas de produção de petróleo foram evacuadas e mais de 1,3 milhão de residências e empresas na Louisiana e no Mississippi ficaram sem energia.

As perdas de produção - incluindo em seis refinarias da Costa do Golfo - elevarão os preços da gasolina no varejo em 5 a 10 centavos de dólar por galão, disse a empresa de monitoramento GasBuddy. O petróleo bruto operava perto da estabilidade nesta segunda-feira, após uma recuperação para uma máxima de quatro semanas mais cedo na sessão.

A Colonial Pipeline, maior rede de oleodutos de combustível dos EUA, interrompeu as entregas de combustível para motores de Houston a Greensboro, na Carolina do Norte. Um porta-voz nesta segunda-feira não disse quando espera retomar as operações completas. Suas linhas fornecem quase metade da gasolina usada ao longo da costa leste dos EUA e uma paralisação prolongada em maio levou à escassez de combustível.

Cerca de 1,74 milhão de barris de produção de petróleo foram perdidos devido a paralisações no domingo, uma quantidade maior do que a produção diária do México. O gás natural do Golfo do México nos EUA também foi reduzido em 94%, ou 2 bilhões de pés cúbicos, apurou uma contagem do governo.

Seis refinarias que processam 1,92 milhão de barris por dia de petróleo em gasolina e outros produtos petrolíferos fecharam ou reduziram parte da produção, disseram fontes familiarizadas com as operações e empresas. Isso inclui duas usinas Valero Energy na Louisiana que combinam o processamento de 335.000 barris por dia e a refinaria de 255.000 bpd da Phillips 66 Alliance, Louisiana. Nesta segunda-feira, as petroleiras estão iniciando avaliações de danos em plataformas offshore (marítimas) antes de levar as tripulações de volta e restaurar a produção. A Shell planeja um sobrevôo em suas propriedades offshore.

 

 

*Por Liz Hampton em Denver, Marianna Parraga e Erwin Seba / REUTERS

NOVA ORLEANS - Chester Lastie lembra do furacão Katrina, que devastou seu bairro no leste de Nova Orleans há exatamente 16 anos, enquanto as rajadas de outro ciclone, chamado Ida, sopram sobre sua casa branca.

"Estávamos sentados no jardim por volta das onze da manhã quando os diques cederam", em 29 de agosto de 2005, conta à AFP. Então, ele pulou em um caminhão rumo à ponte de Claiborne, elevada, de onde viu o caos chegar ao Lower Ninth Ward, bairro operário de maioria negra.

"Peguei um barco com um amigo. Vimos muitas pessoas presas em casas, em telhados, refugiadas em árvores. Nós as resgatamos", conta.

A maioria das mortes por afogamento no leste de Louisiana causadas pelo Katrina ocorreram neste bairro, segundo um boletim das autoridades publicado três anos depois da catástrofe.

Bairro parcialmente deserto

As imagens de vias e casas submersas sob as águas turvas do rio Mississípi, que banha a região, deram a volta ao mundo, fazendo do Lower Ninth Ward um símbolo dos danos causados pelo Katrina.

Lastie espera que os danos sejam menos devastadores com Ida. "Não penso que Deus o faria uma segunda vez", suspira o homem de 50 anos, que demorou mais de um ano para reconstruir totalmente sua casa e outras propriedades.

Sua esposa, Patricia Walker, de 53 anos, também é sobrevivente do Katrina.

"Fui me refugiar no sótão com meu cachorro e esperei que o sol saísse, então vieram me resgatar", lembra. Esta chef esperou dois anos para voltar ao Lower Ninth Ward que a viu crescer.

Muitos nunca o fizeram, como atestam os muitos terrenos cobertos por eva daninha ao longo do eixo principal do bairro, agora quase deserto.

Antes do Katrina, "as ruas viviam cheias de crianças, mas agora não há mais nada, só lotes vazios" lamenta Lastie. Ela aponta com o dedo os locais onde se erguiam grandes casas de dois andares dos vizinhos, que desapareceram com o furacão de categoria 3 em uma escala que vai até 5.

Novos diques

Mas nem todo mundo fugiu. Peter Torregiano vive com a esposa e três filhos em uma casa azul nova, cuja construção acabou em fevereiro.

"Acho que não estavam preparados para o Katrina. Agora temos diques novos", garante, enquanto prepara, debaixo da chuva, o gerador que vai usar caso fique sem eletricidade.

Seu cômodo fica elevado para enfrentar inundações e mostra com orgulho as laterais da casa, concebidas para resistir a rajadas de vento.

Shane Boyington, que passeia com seu labrador, George, apesar da chuva e das rajadas de vento, também confia no novo sistema de diques edificados após a passagem do Katrina, que custaram mais de 14 bilhões de dólares; assim como na capacidade da sua casa para suportar o impacto de Ida, de categoria 4.

"Está elevada e tem janelas especiais para tempestades", detalha, ao informar que foram construídas pela associação Make it right, criada em 2007 para reconstruir o Lower Ninth Ward.

"Rezo a Deus que os diques aguentem", diz Carroll Barriere. O homem de 47 anos, dono de um estacionamento e um terreno no bairro, espera que algumas instituições essenciais possam, por fim, voltar a esta parte da cidade após a passagem do Ida.

"Penso em construir algo quando houver uma nova delegacia de polícia", antecipa, ao mostrar uma grande picape que deve permitir que fique seguro durante o furacão.

 

 

*Por AFP

*R7

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