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PARIS - O presidente da França, Emmanuel Macron, alertou contra um "novo imperialismo" no Pacífico durante uma visita histórica à região, denunciando o comportamento predatório das grandes potências em uma região onde a China está ampliando os laços comerciais e de segurança.

A França, que tem territórios insulares no Indo-Pacífico, incluindo a Polinésia Francesa, tem reforçado os laços de defesa com a Índia e outros países da região como parte de um movimento para combater a influência chinesa.

Em um discurso em Vanuatu, Macron, o primeiro presidente francês a pisar no país insular do Pacífico desde Charles de Gaulle, disse que a França trabalhará "ombro a ombro" com os Estados da região para preservar sua independência.

"Há no Indo-Pacífico, especialmente na Oceania, um novo imperialismo aparecendo e uma lógica de poder que ameaça a soberania de muitos Estados, os menores e muitas vezes os mais frágeis", disse Macron, sem citar nenhum país.

"O mundo moderno está abalando a soberania e a independência do Indo-Pacífico. Primeiro, pela predação das grandes potências. Navios estrangeiros pescam ilegalmente aqui. Na região, muitos empréstimos com condições leoninas estrangulam o desenvolvimento."

Os países das Ilhas do Pacífico estão sendo cortejados pela China, um grande credor de infraestrutura que firmou um pacto de segurança com as Ilhas Salomão no ano passado, e pelos Estados Unidos, que está reabrindo embaixadas fechadas desde a Guerra Fria.

A China tem sido um importante credor de infraestrutura para os países das Ilhas do Pacífico, incluindo Vanuatu, na última década. O maior credor de Vanuatu é o banco Exim da China, responsável por um terço da dívida, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Washington tem intensificado as patrulhas da Guarda Costeira dos EUA e a vigilância da pesca ilegal nas ilhas do Pacífico, após preocupação com as ambições navais da China.

Depois de Vanuatu, Macron deve chegar a Papua Nova Guiné nesta quinta-feira, logo após o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que esteve no país na quinta-feira.

Os Estados Unidos e seus aliados estão tentando impedir que os países das Ilhas do Pacífico estabeleçam laços de segurança com a China, uma preocupação crescente em meio à tensão sobre Taiwan.

 

 

por Por Michel Rose / REUTERS

FRANÇA - Com a avenida dos Champs-Elysées quase vazia, o presidente francês, Emmanuel Macron, comemorou, na segunda-feira (8), a data que marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Neste mesmo dia, em 1945, os Aliados venceram a Alemanha nazista. A celebração acontece neste ano com um grande perímetro de segurança para impedir manifestações da oposição que não aceita a reforma da Previdência promovida pelo governo.

Acompanhado pela escolta da Guarda Republicana, o chefe de Estado subiu a avenida dos Champs-Elysées em um automóvel com as janelas fechadas, perante apenas algumas dezenas de curiosos. Aos pés do Arco do Triunfo, Macron se dirigiu ao túmulo do Soldado Desconhecido, onde reacendeu a chama, como manda a tradição. Antes, o presidente francês fez uma breve parada diante da estátua do General de Gaulle, na praça Clémenceau, a dois passos do Grand Palais.

Há 78 anos, às 15 horas do dia 8 de maio de 1945, os sinos começaram a tocar em toda França. "A guerra está ganha. Eis a vitória", anunciou De Gaulle numa mensagem transmitida pelo rádio. De Gaulle comandou a resistência francesa e governou o país após o encerramento do conflito que deixou mais de 60 milhões de mortos.

O forte esquema de segurança decepcionou o público que queria acompanhar a cerimônia. "Queríamos ver o presidente, estamos muito desapontados. Não entendemos muito bem por que tudo isso", lamenta Adrien Prevostot, que ficou bloqueado com a filha a cerca de 200 metros da famosa avenida que leva ao Arco do Triunfo. “As cerimônias militares são feitas para que a população se aproxime de sua bandeira. É uma vergonha para a França”, completou Stanislas, um morador de Paris.

 

"Espírito de resistência"

Nesta tarde, Macron vai a Lyon (sudeste) para uma homenagem a Jean Moulin e à Resistência. Os protestos também foram proibidos na cidade perto do Memorial da prisão de Montluc, onde Jean Moulin e outras figuras da Resistência ficaram detidos e onde será realizada a homenagem. Sindicatos de trabalhadores entraram com um recurso contra a proibição, que foi rejeitado pelos tribunais.

Nesta antiga prisão, Macron prestará homenagem à "Resistência francesa e às vítimas da barbárie nazista", especifica o Palácio do Eliseu. Ele estará acompanhado pelos ministros Eric Dupond-Moretti (Justiça) e Pap Ndiaye (Educação Nacional) e pela secretária de Estado dos Veteranos e Memória, Patricia Miralles.

Representante do Estado de 1937 a 1940, primeiro presidente do Conselho Nacional de Resistência (CNR), Jean Moulin foi preso em 21 de junho de 1943 em Caluire, perto de Lyon, pelo chefe local da Gestapo, Klaus Barbie, que ficaria conhecido como o "açougueiro de Lyon". Moulin foi torturado e morreu em 8 de julho de 1943, na estação de Metz, no trem que o levava para a Alemanha.

Por meio da história de Jean Moulin, o chefe de Estado francês exaltará "o espírito de resistência que é próprio do povo francês", indica o Palácio do Eliseu. "Foi isso que permitiu ao General de Gaulle se tornar uma peça-chave ao lado dos anglo-saxões" e à França a juntar-se ao lado vencedor, após os erros do regime colaboracionista de Vichy, sublinha a presidência. “Tudo isto não teria sido possível se Jean Moulin não tivesse reunido em torno de si todas as forças de renovação”, vindas de todos os horizontes políticos.

O presidente francês aproveita a data para tentar virar a página da crise da reforma das aposentadorias e lançar um novo apelo à “concórdia” no país. Mas a proibição de organizar protestos irrita os seus adversários políticos, para quem os apelos à manifestação são legítimos, mesmo neste dia de comemoração.

 

 

(Com informações da AFP)

RFI

FRANÇA - Grupos vestidos de preto atearam fogo em latas de lixo e atiraram projéteis contra policiais em Paris, que responderam com gás lacrimogêneo, à margem de uma marcha contra o presidente francês, Emmanuel Macron, e seu projeto de lei altamente impopular para as aposentadorias.

Os confrontos também eclodiram em manifestações semelhantes em cidades como Rennes, Bordeaux e Toulouse, com uma agência bancária e carros sendo incendiados em Nantes.

No entanto, embora a frustração pública tenha evoluído para um sentimento anti-Macron mais amplo, o nível de violência nesta terça-feira não chegou nem perto do visto na semana passada e os protestos foram, em sua maioria, pacíficos.

No início do dia, o governo rejeitou uma nova demanda dos sindicatos para suspender e repensar o projeto de reforma, que atrasará a idade de aposentadoria em dois anos, para 64 anos, enfurecendo líderes trabalhistas que disseram que o governo tem de encontrar uma saída para a crise.

O governo disse que está mais do que disposto a conversar com os sindicatos, mas sobre outros assuntos, e repetiu que se manterá firme na questão previdenciária.

Milhões de pessoas têm se manifestado e se juntado à greve desde meados de janeiro para mostrar sua oposição ao projeto de lei.

Os protestos se intensificaram desde que o governo usou poderes especiais para aprovar a legislação no Parlamento sem uma votação.

A polícia disse que 93.000 pessoas marcharam em Paris na terça-feira, número menor do que o recorde de 119.000 pessoas na manifestação de 23 de março, mas maior ou igual às manifestações anteriores desde janeiro.

Um manifestante em Paris capturou o clima, brandindo uma faixa que dizia: "A França está com raiva".

"O projeto de lei (de aposentadoria) tem atuado como um catalisador para a raiva com as políticas de Macron", disse Fanny Charier, de 31 anos, que trabalha para a agência governamental francesa de empregos Pôle emploi.

Macron, que prometeu entregar a reforma previdenciária em ambas as suas campanhas presidenciais, diz que a mudança é necessária para manter as finanças do país em equilíbrio. Sindicatos e partidos de oposição dizem que há outras maneiras de fazer isso.

"Propusemos uma saída... e é intolerável que estejamos sendo obstruídos novamente", disse o chefe da central sindical CFDT, Laurent Berger, a repórteres no início de uma manifestação em Paris.

 

 

 

Reportagem de Tassilo Hummel, Stephane Mahe, Antony Paone, Bertrand Boucey, Eric Gaillard, Elizabeth Pineau, Marc Leras, Forrest Crellin, Jean-Michel Belot / REUTERS

PARIS – A polícia disparou gás lacrimogêneo e lutou contra violentos manifestantes anarquistas vestidos de preto em Paris e em toda a França nesta quinta-feira, enquanto centenas de milhares de pessoas marcharam contra o plano do presidente Emmanuel Macron de aumentar a idade de aposentadoria.

O nono dia de protestos em todo o país, em sua maioria pacíficos, interrompeu viagens de trem e avião. Os professores estavam entre as muitas profissões que abandonaram o trabalho, dias depois de o governo aprovar um projeto de lei para aumentar a idade de aposentadoria em dois anos, para 64 anos.

As manifestações na região central de Paris foram de maneira geral pacíficas, mas grupos de anarquistas “Black Bloc” quebraram vitrines, destruíram móveis urbanos e saquearam um restaurante McDonald’s. Os confrontos ocorreram quando a tropa de choque repeliu os manifestantes com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.

O ministro do Interior do país, Gerald Darmanin, disse que 149 policiais ficaram feridos e 172 pessoas foram presas em todo o país. Dezenas de manifestantes também ficaram feridos, incluindo uma mulher que perdeu um polegar na cidade de Rouen, na região da Normandia.

“Há bandidos, muitas vezes da extrema esquerda, que querem derrubar o Estado e matar policiais”, disse Darmanin depois de visitar a sede da polícia de Paris na noite de quinta-feira.

Pequenos grupos continuaram a enfrentar a polícia em Paris até tarde da noite, acendendo fogueiras em todo o centro da cidade e brincando de gato e rato com as forças de segurança.

A polícia também disparou gás lacrimogêneo contra alguns manifestantes em várias outras cidades, incluindo Nantes e Lorient, no oeste, e Lille, no norte, e usou canhões de água contra outros em Rennes, no noroeste.

Os sindicatos temem que os protestos possam se tornar mais violentos se o governo não der atenção à crescente raiva popular em relação às mudanças no setor previdenciário.

“Esta é uma resposta às falsidades expressas pelo presidente e sua teimosia incompreensível”, disse Marylise Leon, vice-secretária-geral da central sindical CFDT. “A responsabilidade desta situação explosiva não é dos sindicatos, mas do governo.”

Os sindicatos pediram uma ação regional no fim de semana e novas greves e protestos em todo o país em 28 de março, dia em que o rei Charles, do Reino Unido, deve viajar de trem de Paris para Bordeaux.

A entrada principal da prefeitura de Bordeaux foi incendiada na quinta-feira, dias antes da visita do monarca à cidade no sudoeste francês.

Na quarta-feira, Macron quebrou semanas de silêncio sobre a nova política, insistindo que a lei entraria em vigor no final do ano. Ele comparou os protestos com a invasão do Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.

Slogans e faixas foram dirigidas ao presidente, que evitou os repórteres ao chegar a Bruxelas para uma cúpula de líderes da União Europeia.

As pesquisas de opinião há muito mostram que a maioria dos eleitores se opõe à nova legislação previdenciária. A raiva aumentou na semana passada, quando o governo forçou as mudanças pela câmara baixa do parlamento, sem votação.

 

 

 

Reportagem de Dominique Vidalon, Forrest Crellin, John Irish, Sudip Kar-Gupta, Lucien Libert, Stephane Mahe, Eric Gaillard, Bertrand Boucey, Marc Leras e Benoit van Overstraeten / REUTERS

TOULOUSE - Foi por pouco. Num contexto de crise política e social na França, faltaram apenas nove votos para que a oposição ao presidente Emmanuel Macron na Assembleia Nacional aprovasse uma moção de censura capaz de derrubar a primeira-ministra, Elisabeth Borne, e reverter a aprovação da controversa reforma da Previdência.

A moção, apresentada por uma coalizão transpartidária, recebeu 278 dos 287 votos necessários para sua aprovação.

Uma segunda moção de censura foi proposta pelo partido de ultradireita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, mas teve votação menos expressiva, com 94 votos a menos do que os necessários, uma vez que vários deputados favoráveis à medida declararam se recusar a votar numa iniciativa do RN.

Com a derrota, a reforma da Previdência, que aumenta a idade mínima para aposentadoria no país de 62 para 64 anos e é rejeitada pela maioria dos franceses, será implementada, num contexto de radicalização dos protestos contra a medida.

"Nove votos de diferença não são suficientes para nos fazer mudar de ideia", declarou o líder do partido de ultraesquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, em frente à Assembleia Nacional, em Paris.

"Emmanuel Macron brincou com o fogo em um barril de pólvora", disse ele, que apelou à "censura popular" em "todos os lugares e em todas as circunstâncias". Mélenchon aposta na pressão das ruas para impedir a sanção da nova lei.

Ao final da votação, protestos eclodiram em cidades como Lyon, Rennes, Bordeaux, Estrasburgo e Toulouse, onde a polícia usou gás lacrimogêneo contra manifestantes que depredaram o mobiliário público. Em vários bairros de Paris, manifestantes atearam fogo às montanhas de lixo que se acumulam pelas ruas da capital por causa da greve dos garis contra a reforma. Pelo menos 70 pessoas foram presas.

As moções foram apresentadas em retaliação ao governo, que impôs a reforma da Previdência aos franceses por meio de um dispositivo constitucional, o artigo 49.3, que permite aprovação de um projeto de lei mesmo sem votação parlamentar favorável. O recurso incendiou os protestos contra a reforma, que já levaram milhões de franceses às ruas e que prometem continuar, a despeito da derrota parlamentar.

Numa sessão conturbada e ruidosa, deputados da oposição atacaram o governo diante da primeira-ministra que, sentada na primeira fila do plenário, permaneceu impassível mesmo diante dos discursos mais inflamados.

A notável ausência de parlamentares da base do governo na sessão foi sintoma do isolamento político de Borne, que se tornou tóxica depois de evocar o "número maldito", 49.3.

Quando subiu ao púlpito, ao mesmo tempo em que integrantes das siglas de esquerda abandonavam o plenário, Borne acusou deputados de atitudes anti-parlamentares, de obstrução do debate sobre o projeto, de ataques pessoais e de "violência nunca vista na 5ª República", período iniciado a partir da Constituição de 1958.

"Há deputados que acreditam que todos os ultrajes são permitidos", disse ela, antes de defender a medida adotada pelo governo. "O 49.3 não é a invenção de um ditador, mas a escolha profundamente democrática feita pelo general [Charles] de Gaulle e aprovada pelo povo francês."

Pesquisa do Ifop apontou que 78% dos franceses rejeitavam o uso do artigo 49.3 para acelerar as mudanças previdenciárias. E enquete do instituto Cluster 17 mostrou que 3 em cada 4 franceses (74%) queriam que a Assembleia aprovasse a moção e derrubasse a primeira-ministra. Segundo a pesquisa, ainda que esse desejo fosse majoritário entre eleitores do Reunião Nacional (91%), Le Pen, e da França Insubmissa (98%), de Mélenchon, a medida era vista com bons olhos mesmo entre eleitores de Macron (19%).

Os números dão dimensão ao desgaste do atual governo, que deve enfrentar maior resistência a seus projetos na Assembleia Nacional, além de uma nova jornada de manifestações de rua, que têm recebido adesões espontâneas nos últimos dias.

Bloqueios e quebra-quebra têm sido apontados como gatilho para ameaças contra parlamentares que se manifestaram a favor da reforma e contrários à moção de censura da oposição.

Durante o final de semana, o escritório do presidente do partido Republicanos, Eric Ciotti, em Nice, no sul da França, foi apedrejado e pichado com a frase: "a moção ou a rua". A ação ocorreu dias após manifestantes cortarem o suprimento de energia da casa do senador do Republicanos Bruno Retailleau.

O Republicanos era crucial para a aprovação da moção de censura pela Assembleia, assim como o foi para a aprovação da reforma pelo Senado. A maioria dos seus deputados refutou as moções de censura à esquerda e à direita.

Deputados da oposição, no entanto, ainda buscam alternativas para barrar a implementação da reforma.

A presidente da Assembleia Nacional informou nesta segunda (20) ter recebido o pedido de um referendo de iniciativa partilhada (RIP, na sigla em francês) assinado por 252 deputados e entregue à presidência pelo Partido Comunista Francês. O referendo permite a organização de uma consulta popular sobre um projeto de lei por iniciativa de um quinto dos parlamentares, ou seja, 185 dos 925 deputados e senadores.

O trâmite do pedido é longo e complexo e começa pela apreciação, nos próximos 30 dias, por um conselho constitucional. Caso seja aprovado, precisa colher assinaturas de apoio de um décimo do eleitorado, ou seja, 4,87 milhões de pessoas, para ser implementado.

 

 

por FERNANDA MENA / FOLHA de S.PAULO

EUA - O Presidente francês Emmanuel Macron viajará para Washington esta semana para se encontrar com o Presidente americano Joe Biden na primeira visita de um líder estrangeiro aos Estados Unidos desde a pandemia de SIDA-19.

De acordo com a Casa Branca, Macron e Biden encontrar-se-ão em Washington para um jantar oficial na sexta-feira 1 de Dezembro, no qual os dois líderes discutirão "uma cooperação estreita e contínua" sobre desafios globais comuns, bem como áreas de interesse bilateral.

Esta será a primeira visita de estado da Administração Biden, uma vez que tais visitas tinham sido interrompidas devido ao coronavírus. Os EUA acolherão agora o presidente do seu "aliado mais antigo", de acordo com a carta do governo dos EUA.

 

 

por Pedro Santos / NEWS 360

FRANÇA - O presidente francês Emmanuel Macron deu uma longa entrevista na noite de quarta-feira (26), na qual tratou principalmente de assuntos de política interna. Sem apresentar grandes medidas concretas, o chefe de Estado tentou tranquilizar a população sobre problemas ligados à inflação, à crise energética, à situação do sistema de saúde e à ecologia, além da polêmica reforma da aposentadoria. Mas o líder francês também falou sobre protecionismo, controle migratório e violência. 

Durante pouco mais de uma hora, o líder francês respondeu às perguntas da jornalista Caroline Roux no programa “L’événement” (O evento), que teve como tema, nesta segunda edição, “As urgências francesas”. Logo no início da conversa, Macron reconheceu que a França enfrenta atualmente uma série de crises, citando as consequências da guerra na Ucrânia no setor energético e o aumento dos preços dos alimentos.

“Temos que atravessar essa tempestade e vamos fazê-lo juntos. Para isso, temos que proteger os mais modestos”, disse o chefe de Estado, enumerando, sem dar muitos detalhes, a possibilidade de aumento do salário mínimo, das aposentadorias, a criação de empregos ou ainda o acesso à alimentação mais barata para os estudantes, além das ajudas para as pequenas empresas.

No entanto, Macron insistiu que “essa inflação começou antes da guerra”, lembrando que o mundo saiu desestabilizado da pandemia de Covid-19, quando vários países tiveram que implementar medidas de urgência para conter o impacto sanitário e econômico do surto. “Atravessamos agora uma inflação que é consequência de nossos gastos”, lançou.

 

Aposentadoria aos 65 anos

Já sobre a contestada reforma da aposentadoria, Macron foi mais preciso e explicou que a partir de 2024, a idade mínima para se aposentar, atualmente de 60 anos, vai aumentar de forma gradual. Quatro meses serão adicionados no cálculo anualmente até chegar, em 2031, aos 65 anos. “A reforma da aposentadoria é essencial se quisermos manter nosso modelo social”, insistiu.

Macron também foi questionado sobre a situação dos imigrantes em situação ilegal no país, após a morte em Paris de uma menina de 12 anos, assassinada por uma argelina que deveria ter sido expulsa após ter seu visto vencido. O caso chocou a França e chegou a ser instrumentalizado pela extrema direita, que usou o episódio para pedir mais rigidez do governo em termos de política migratória.

O presidente explicou que é muito difícil mandar embora todos os imigrantes que vivem em situação ilegal no país, já que os dispositivos existentes possibilitam expulsar do território francês imediatamente apenas aqueles que cometeram delitos. Para os demais, um prazo de 30 dias é dado para que a pessoa deixe a França, espontaneamente.

O chefe de Estado disse ainda que a tendência atual de seu governo é acelerar a expulsão dos que cometeram delitos. Mas ao ser questionado sobre declarações feitas por seu ministro do interior, Gérald Darmanin, que associou imigração e delinquência, o presidente resumiu a situação dizendo que “vivemos em uma sociedade que é mais violenta”, que deve ser pacificada. No entanto, mesmo se planeja endurecer as regras, insistiu que “nunca fará um elo existencial entre imigração e falta de segurança”.

Porém, ao se aprofundar na resposta, Macron apontou que em cidades como Paris, onde, segundo ele, há uma forte concentração de imigrantes ilegais, essa parcela de população está “muito presente em casos de delinquência”.

“Não tem como não notar que a metade, pelo menos, dos delinquentes e dos atos de delinquência que observamos, vem de pessoas que são estrangeiras, seja em situação irregular, seja esperando documentos de permanência”, concluiu.

 

 

RFI

FRANÇA - O presidente francês, Emmanuel Macron, ameaçou dissolver a Assembleia Nacional se uma moção de censura for votada contra seu projeto de reforma da previdência. O chefe do Executivo da França perdeu a maioria absoluta de deputados, o que complica a adoção do projeto. Uma greve geral foi convocada em toda a França na quinta-feira (29) contra a reforma.

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, disse à AFP nesta quinta-feira que o Executivo decidiu abrir um novo ciclo de discussões sobre sua criticada reforma das aposentadorias, com vistas a uma adoção do projeto de lei antes de março. “Sem, no entanto, excluir uma dissolução da Assembleia Nacional em caso de bloqueio”, ameaçou. Ela lembrou que a reforma deve entrar em vigor até junho de 2023.

O projeto de lei representa um risco para Macron, que tem a seu favor apenas com uma maioria simples na Assembleia. Ele poderia ser obrigado a lançar mão do artigo 49.3 da Constituição francesa, que permite a adoção de um texto sem voto, se não houver moção de censura da parte do legislativo.

Na França, o direito de proceder uma dissolução parlamentar consiste em colocar fim de maneira prematura a uma das câmaras do parlamento. Após a dissolução, o presidente convoca novas eleições. Com a ameaça feita para passar sua reforma, Macron tenta manter o controle sobre seu mandato.

 

Velha tática

Eleito pela primeira vez em 2017, em seus primeiros anos de governo o presidente foi bastante criticado por tomar decisões sem consultar sua base. Durante a campanha para a reeleição, o chefe de Estado havia prometido um novo método que incluía consultas e escuta.

Mas após um jantar que durou três horas, na quarta-feira (28), no Eliseu, com Elisabeth Borne e os principais membros da maioria na Assembleia, Macron decidiu voltar à velha tática.

A reforma da previdência levou à França a uma das mais longas greves da história do país no final de 2019. A pandemia de Covid-19 suspendeu os debates sobre o projeto na Assembleia, mas Macron fez dela o cavalo de batalha de seu novo mandato. Um dos pontos críticos do projeto é o aumento da idade da aposentadoria para 65 anos, afirmando que esta seria uma das única maneira para o Estado de aumentar sua receita, evitando o aumento dos impostos.

 

Mobilização

Tentando evitar a contestação, Macron aprovou, desde sua reeleição, aumento de salários para funcionários públicos e professores e definiu um teto para o aumento dos preços da energia.

Mas, como em 2019, o governo volta a enfrentar protestos e greves. Ao menos 200 manifestações aconteceram em toda a França nesta quinta-feira, primeiro dia de mobilização geral contra as reformas do governo, de acordo com Céline Verzeletti, secretária confederal da CGT, um dos principais sindicatos da França.

Em Paris, milhares de pessoas participaram de uma passeata no centro da capital pedindo aumento de salários, mais programas de assistência social, bolsas e aposentadorias. Representantes sindicais, mas também deputados e militantes de partidos de esquerda participaram das manifestações.

O Governo francês se comprometeu a voltar, nos próximos dias, à mesa de discussões para nova rodada de debates sobre a reforma.

 

 

(Com informações da AFP)

RFI

ARGÉLIA - No segundo dia de uma visita à Argélia, ex-colônia francesa no Magreb africano, o presidente francês, Emmanuel Macron, convidou os dois países a olharem para o passado “com coragem” e incitou os jovens argelinos a recusarem o sentimento “anti-França”, espalhado por “redes estrangeiras". Os passos rumo a uma autêntica reconciliação entre França e Argélia são lentos, nota um especialista ouvido pela RFI.

Macron chegou nesta quinta-feira (25) à Argélia, um fornecedor de gás cada vez mais importante para a Europa, a fim de "relançar" uma relação marcada pelo ressentimento do período colonial e da guerra pela independência. O presidente francês declarou nesta sexta-feira (26) que a busca pela "verdade" e pelo "reconhecimento" é mais importante do que pelo "arrependimento" sobre o “passado doloroso” que une os dois países e envenena, até hoje, a relação entre Paris e Argel.

"Muitas vezes ouço que, sobre a questão da memória e a questão franco-argelina, somos constantemente convocados a escolher entre o orgulho e o arrependimento", declarou o presidente francês durante uma coletiva de imprensa na capital argelina. "Quero a verdade, o reconhecimento, senão nunca avançaremos", insistiu, salientando que essa busca poderá ser mais fácil para a nova geração que, como ele, "não é filho da guerra da Argélia". "Devemos enfrentar esta história com coragem, com lucidez, com verdade", acrescentou.

Na véspera, após uma primeira reunião com o presidente argelino, Abelmadjid Tebboune, foi anunciada a criação de uma comissão franco-argelina de historiadores para olhar para os "primórdios da colonização com a sua dureza, com a brutalidade destes acontecimentos", mas também sobre os "desaparecidos", observou Macron.

"Não é arrependimento, de forma alguma", sublinhou o chefe de Estado, respondendo antecipadamente às críticas dos saudosos da Argélia francesa, e excluindo, mais uma vez, a apresentação de um pedido de desculpas, há muito esperado por Argel.

 

Página dolorosa

Há anos a Argélia pede um trabalho de memória sobre os 132 anos de colonização francesa, e não apenas dos últimos sete anos da guerra de independência (1954-1962).

Esta comissão será composta por cinco ou seis historiadores de cada lado, com "talvez um trabalho inicial dentro de um ano, que depois marcaremos com gestos comuns", esboçou Emmanuel Macron. "Vamos abrir todos os arquivos para eles (...) O presidente argelino me disse: também estou abrindo o meu", observou.

Em entrevista à RFI, Hasni Abidi, diretor do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Mundo Árabe e Mediterrâneo (Cermam) e professor na Universidade de Genebra, avaliou que, na comparação com seus antecessores no cargo, "Macron escolheu uma abordagem mais voluntarista que parece agradar uma parte dos argelinos”. “Mas ela é gradual”, ressalta.

“É uma página muito dolorosa, que é muito difícil de virar. Há, de um lado, demandas argelinas, e, de outro, uma capacidade limitada da França de respondê-las”, afirma o especialista, lembrando que desde sua primeira campanha presidencial, o chefe de Estado francês mencionou que os crimes cometidos pelos franceses na Argélia constituíram crimes contra a humanidade.

Uma dessas demandas era justamente a abertura de um trabalho mútuo de pesquisa sobre o passado, ressaltou o coautor de 60 Ans après les Accords d’Evian, regards croisés sur une mémoire plurielle (60 Anos depois dos Acordos de Evian, olhares cruzados sobre uma memória plural, em tradução livre).

 

Juventude e o sentimento anti-França

Macron também tem como foco nesta viagem o encontro com a juventude argelina. Ele pediu para que os jovens do país e da África como um todo "não se deixem levar" pela "enorme manipulação" de “redes", controladas remotamente por potências estrangeiras, que apresentam a França como "inimiga" de seus países.

"Só quero dizer à juventude africana: explique-me o problema e não se deixe levar, porque seu futuro não é anti-França", declarou Macron, questionado pela imprensa sobre "o desencanto com a França" em certos países do continente.

"Sim, a França é criticada. Criticada pelo passado, (...) porque deixamos os mal-entendidos se instalarem por muito tempo, e também porque há uma imensa manipulação", explicou.

"Vamos ser claros: muitos dos ativistas do Islã político têm um inimigo, a França. Muitas das redes que são empurradas secretamente pela Turquia, pela Rússia, pela China, têm um inimigo: a França", continuou ele, denunciando a "influência, a agenda neocolonial e imperialista" desses países.

"Pode ter sido o combate de seus avós, de seus pais, (…) mas vamos seguir em frente", acrescentou, reconhecendo que leva "tempo para reconstruir a confiança". "Mas faço isso com paciência, empenho e carinho pelo continente africano e pela Argélia”, assegurou o líder francês.

 

"Mortos pela França"

Esta é a segunda vez que Macron visita a Argélia como presidente, após uma primeira visita em dezembro de 2017. Ao visitar o cemitério europeu Saint-Eugène, o principal de Argel durante a colonização francesa, ele colocou uma coroa de flores ao pé do monumento aos "mortos pela França”.

O presidente francês caminhou por um longo tempo nos setores cristãos e militares e se deteve particularmente na praça judaica onde repousa o ator e diretor Roger Hanin.

 

 

Com informações da AFP

RFI

FRANÇA - Macron viu sua vantagem sobre Marine Le Pen diminuir pela metade em relação ao segundo turno de 2017. Mas extrema direita fracassa novamente em se fixar como força decisiva e Le Pen acumula terceira derrota consecutiva.

Marine Le Pen sofreu neste domingo (24/04) sue terceira derrota consecutiva nas eleições presidenciais francesas. Mas mesmo sendo mais uma vez ultrapassada por Emmanuel Macron, Le Pen tentou celebrar o resultado: nunca a extrema direita francesa conseguiu tantos votos numa eleição presidencial no país.

Em 2017, logo após ser eleito pela primeira vez, Macron prometeu que faria de "tudo nos próximos cinco anos para que eles [eleitores de Le Pen] não tenham mais motivos para votar nos extremos". No entanto, ao longo do seu mandato, o eleitorado de extrema direita só cresceu.

Com 41,8% dos votos, segundo as primeiras estimativas – baseadas em boletins eleitorais –, Le Pen ampliou seu eleitorado em quase oito pontos percentuais em relação a 2017, quando também enfrentou Macron no segundo turno. Foram 3 milhões de votos a mais e a primeira vez que um radical de direita ultrapassou a marca de 40% dos votos.

No primeiro turno, Le Pen e Éric Zemmour, outro extremista de direita, já haviam conseguido 30% dos votos.

Cinco anos atrás, Le Pen havia ficado 32 pontos atrás de Macron no duelo. Desta vez, a diferença foi de 16,4 pontos. Em alguns momentos logo após o primeiro turno, os dois candidatos se viram separados por apenas quatro pontos em algumas pesquisas.

O quadro só começou a ficar mais confortável para Macron após o presidente adotar uma postura mais combativa no segundo turno e passar a cortejar eleitores indecisos, cedendo em vários pontos da sua agenda pró-mercado ao mesmo tempo que denunciava o programa extremista de Le Pen.

Em 2017, Macron sempre esteve pelo menos 20 pontos à frente de Le Pen em todos os cenários logo após o segundo turno. Macron também soube explorar fraquezas de Le Pen, especialmente no debate do segundo turno, quando mencionou as ligações da rival com a Rússia.

Se em eleições passadas a presença de um radical no segundo turno era garantia de vitória certa para um moderado, desta vez o pleito demonstrou que as forças de centro perderam um pouco da sua antiga força para barrar radicais, embora ainda tenham energia para obter uma vitória decisiva.

Ao conceder a derrota, Le Pen tentou agitar seus apoiadores com a escala da sua votação. "Nossa vontade de defender os franceses só foi reforçada (...) Nessa derrota, não posso deixar de ver uma esperança. (...) Eu prosseguirei com meu comprometimento com a França e os franceses", disse.

 

Crescimento constante, mas ainda não decisivo

Numa perspectiva mais longa, a votação de Marine Le Pen mostra como a extrema direita se fixou como uma força relevante na paisagem política francesa. Em 1974, quando Jean-Marie Le Pen, o pai de Marine, lançou sua primeira candidatura presidencial, a extrema direita obteve apenas 0,75% dos votos no primeiro turno.

No entanto, em 2002, Jean-Marie Le Pen já havia conseguido conquistar 16,86% do eleitorado no primeiro turno, deixando o establishment político em choque ao superar os socialistas, à época uma das forças tradicionais da paisagem política francesa, impulsionado também por uma alta abstenção que castigou candidatos centristas.

Naquela ocasião, porém, o velho Le Pen acabou sofrendo um massacre na segunda rodada, ficando esmagadores 62 pontos atrás do então presidente conservador Jacques Chirac, que foi apoiado por uma "frente republicana" de diferentes forças políticas que se uniram em torno do seu nome para derrotar a extrema direita.

Nas duas décadas seguintes, a diferença entre moderados e a extrema direita foi diminuindo pouco a pouco. Marine Le Pen, em sua segunda campanha presidencial em 2017, ainda teve que enfrentar mais uma "frente republicana" que se uniu para apoiar Macron, mas esta já demonstrava fissuras em relação a 2002.

Apesar de ter ficado 32 pontos à frente de Le Pen cinco anos atrás, Macron não garantiu a mesma diferença esmagadora de Chirac, e ainda viu o quarto colocado naquele pleito, o independente de esquerda Jean-Luc Mélenchon, recusar-se a endossar sua campanha no segundo turno. Em 2022, Mélenchon, que desta vez ficou em terceiro lugar, repetiu a postura e no máximo pediu para que seus eleitores não votassem na extrema direita ou em Le Pen.

 

"Normalização" e impopularidade de Macron ampliam eleitorado

O resultado de 2022 sinaliza que o programa de "desdiabolização" ou "normalização" imposto por Marine Le Pen ao Reagrupamento Nacional (RN), a sigla fundada originalmente por Jean-Marie como Frente Nacional (FN), conseguiu expandir sua base.

Com Le Pen no comando a partir de 2011, o RN passou a cortejar eleitores de zonas que sofrem com a desindustrialização da França usando muitas vezes um discurso com bandeiras da esquerda, focando em temas como salários, pensões e custo de vida.

Nesta campanha, Marine Le Pen dobrou a aposta no discurso socioeconômico, deixando muitas vezes em segundo plano a velha agenda xenofóbica e anti-UE do seu grupo político, com o objetivo de expandir a base e fornecer uma forma de populismo menos controverso - ainda que na superfície - para o eleitorado em geral.

A estratégia começou a se desenhar de maneira mais concreta ainda em 2015, quando ela expulsou seu próprio pai da legenda, após Jean-Marie mais uma vez provocar repúdio por minimizar o Holocausto.

Um segundo olhar no seu programa, no entanto, revela que as velhas pautas de extrema direita continuam lá, embora com vocabulário menos explícito. Em vez de defender um "Frexit", Le Pen passou a falar em "renegociar tratados". A saída da Otan havia virado "sair do comando unificado" da aliança, entre outros subterfúgios.

Ainda assim, o resultado mostrou que Le Pen conseguiu, efetivamente normalizar o RN para uma parte ainda maior do eleitorado. Ele ainda se beneficiou com desencantamento de parte do eleitorado com Macron - a reprovação do presidente chega a 58% - conseguindo superar Mélenchon no primeiro turno como a principal alternativa ao atual chefe do Executivo, pintado por críticos como um "presidente dos ricos".

 

Os limites de Marine Le Pen

No entanto, o bom resultado em 2022 - para os padrões do RN - pode ser uma faca de dois gumes para Marine Le Pen. Por um lado, a mantém como uma protagonista potencial para o pleito de 2027 – ela tem apenas 54 anos de idade – e serve de argumento para insistir no curso de "normalização" do partido.

Por outro lado, uma terceira derrota consecutiva e a persistente falta de uma vitória concreta pode reforçar as críticas de alguns segmentos da extrema direita, que ainda se mostram descontentes com a estratégia de suavização do discurso do RN. Apesar de ter tentado celebrar a "derrota", a campanha também mais uma vez evidenciou algumas das limitações de Le Pen, especialmente sua falta de traquejo durante o debate com Macron, quando ela pareceu intimidada.

Neste pleito, Marine Le Pen ainda teve que lidar com a candidatura independente do polemista radical Éric Zemmour, que emulou o antigo estilo de Jean-Marie e tentou tomar o lugar de Marine como principal nome da extrema direita. Zemmour acabou desidratando ao longo da campanha, mas os 7% dos votos que recebeu evidenciaram o ensaio de um racha promovido por setores da direita radical. Esse descontentamento está presente dentro do próprio clã Le Pen e foi explicitado com o endosso que Zemmour recebeu da jovem deputada Marion Maréchal Le Pen, sobrinha de Marine, e uma das estrelas da extrema direita francesa.

 

 

 

Autor: Jean-Philip Struck / dw.com

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