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MIANMAR - A passagem do ciclone Mocha por Mianmar provocou 41 mortes em vários pontos do estado de Rakhine, anunciaram as autoridades locais nesta terça-feira (16).

"Podemos confirmar 17 mortos", disse Karlo, administrador do vilarejo de Bu Ma, à AFP, dois dias após a passagem do ciclone pela região.

"Haverá mais mortes porque mais de 100 pessoas estão desaparecidas", acrescentou Karlo.

O número é somado às 24 mortes anunciadas por uma autoridade da localidade vizinha de Khaung Doke Kar, que pediu anonimato por temer represálias da junta militar que governa o país.

O balanço oficial divulgado pela junta militar na segunda-feira citava cinco mortes e um número indeterminado de feridos.

Não é possível determinar se algumas mortes de Bu Ma e Khaung Doke Kar foram incluídas no balanço divulgado pela junta.

A AFP solicitou um balanço atualizado das vítimas do ciclone Mocha a um porta-voz da junta militar.

Com ventos de até 195 km/h, Mocha atingiu no domingo a área entre Sittwe, capital do estado de Rakhine, e Cox’s Bazar na vizinha Bangladesh.

 

 

AFP

MIANMAR - A junta de Mianmar bloqueou o Facebook em nome de garantir a estabilidade na quinta-feira e ativistas disseram que pelo menos três pessoas foram presas em um protesto de rua contra o golpe que destituiu a líder eleita Aung San Suu Kyi.

Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, enfrenta acusações de importação ilegal de equipamentos de comunicação após a tomada do exército na segunda-feira, que atraiu a condenação do Ocidente e pede à junta que respeite a vitória esmagadora de seu partido nas eleições de novembro.

A oposição à junta surgiu fortemente no Facebook, que é a principal plataforma de internet do país e é a base das comunicações para empresas e governos. As mensagens do WhatsApp do Facebook também foram bloqueadas.

O Facebook ainda estava disponível esporadicamente e manifestantes na segunda cidade de Mandalay o usaram para transmitir ao vivo o primeiro protesto de rua desde o golpe em um país com uma história sangrenta de repressão às manifestações.

“Protesto popular contra o golpe militar”, dizia uma das faixas.

O grupo de cerca de 20 pessoas gritou: “Nossos líderes presos, liberem agora, liberem agora”.

Três pessoas foram presas após o protesto, disseram três grupos distintos de estudantes. A Reuters não conseguiu entrar em contato com a polícia para comentar.

A rede social também foi usada para compartilhar imagens de uma campanha de desobediência por funcionários de hospitais públicos em todo o país, com médicos parando de trabalhar ou usando fitas na cor vermelha da Liga Nacional para a Democracia de Suu Kyi.

Fotos divulgadas na quarta-feira mostraram trabalhadores do Ministério da Agricultura aderindo à campanha também.

“COUP DESLEAL”

Outros sinais de raiva surgiram. Por duas noites, pessoas em Yangon e outras cidades bateram em potes e frigideiras e buzinaram buzinas de carros, com imagens que circulam amplamente no Facebook.

“As luzes estão brilhando no escuro”, disse Min Ko Naing, um veterano de campanhas anteriores contra o regime militar, em um apelo à ação. “Precisamos mostrar quantas pessoas são contra este golpe injusto.”

O Ministério das Comunicações e Informação disse que o Facebook, usado por metade dos mais de 53 milhões de habitantes de Mianmar, seria bloqueado até 7 de fevereiro porque os usuários estavam “espalhando notícias falsas e desinformação e causando mal-entendidos”.

Suu Kyi não foi vista desde sua prisão junto com outros líderes do partido.

O NLD ganhou cerca de 80% dos votos nas pesquisas de 8 de novembro, de acordo com a comissão eleitoral, um resultado que os militares se recusaram a aceitar, citando alegações infundadas de fraude.

As Nações Unidas disseram que aumentariam a pressão internacional para garantir que a vontade do povo seja respeitada.

“Faremos tudo o que pudermos para mobilizar todos os atores-chave e a comunidade internacional para colocar pressão suficiente sobre Mianmar para garantir que este golpe fracasse”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, durante uma entrevista transmitida pelo The Washington Post na quarta-feira.

PRIORIDADE PARA WASHINGTON

Enfrentar o golpe em Mianmar era uma prioridade para os Estados Unidos e Washington estava analisando possíveis sanções em resposta, disse a Casa Branca na quarta-feira.

O presidente Joe Biden discutiu a situação em telefonemas com os líderes da Coreia do Sul e da Austrália, disse a Casa Branca.

O presidente da Associação de Parlamentares dos Direitos Humanos da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), Charles Santiago, disse que as acusações contra Suu Kyi eram ridículas.

“Esta é uma medida absurda da junta para tentar legitimar sua tomada ilegal de poder”, disse ele em um comunicado.

A polícia disse que seis rádios walkie-talkie foram encontrados em uma busca na casa de Suu Kyi em Naypyidaw, que foram importados ilegalmente e usados ​​sem permissão.

O próprio NLD ainda não comentou as acusações.

Suu Kyi passou cerca de 15 anos em prisão domiciliar entre 1989 e 2010, enquanto liderava o movimento pela democracia no país, e continua muito popular em casa, apesar dos danos à sua reputação internacional devido à situação dos refugiados muçulmanos Rohingya.

Os militares governaram Mianmar de 1962 até o partido de Suu Kyi chegar ao poder em 2015 sob uma constituição que garante aos generais um papel importante no governo.

A junta chefiada pelo chefe do Exército, general Min Aung Hlaing, declarou estado de emergência de um ano e prometeu realizar eleições justas, mas não disse quando.

A norueguesa Telenor Asa, principal operadora de rede móvel de Mianmar, disse que não tinha escolha a não ser cumprir a diretiva de bloquear o Facebook.

“A Telenor não acredita que o pedido se baseie na necessidade e na proporcionalidade, de acordo com o direito internacional dos direitos humanos”, afirmou em nota.

O porta-voz do Facebook, Andy Stone, pediu às autoridades que restaurassem a conectividade “para que as pessoas em Mianmar possam se comunicar com suas famílias e amigos e acessar informações importantes”.

Algumas pessoas usaram VPNs para evitar o bloqueio. O Twitter, que não foi bloqueado, teve um aumento de novos usuários. #CivilDisobedienceMovement foi a hashtag mais popular no país, com #JusticeForMyanmar logo atrás.

 

 

*Reportagem da equipe da Reuters

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