Destino completo no país que liga a América Central à América do Sul reúne biodiversidade, diversão, história e gastronomia
PANAMÁ - O Panamá é um destino certo para quem busca um cenário paradisíaco, diversão, áreas preservadas ou até mesmo um roteiro gastronômico. Somente nos primeiros dez meses de 2023, foram recebidos 14,7 milhões de passageiros no principal terminal aéreo do país, o Aeroporto Internacional de Tocumen.
Arranha-céus modernos, cassinos e casas noturnas fazem parte de um roteiro que ainda reúne construções coloniais e florestas tropicais. Há muito o que fazer e visitar no Panamá, desde as ruínas históricas de Casco Viejo, patrimônios da Unesco, até a modernidade da cidade do Panamá. Fora da cidade, comunidades ancestrais, florestas tropicais e montanhas são a pedida certa para conhecer a cultura local. Para os amantes do mar, só no Panamá é possível estar no mesmo dia nos oceanos Pacífico e Atlântico. Conheça dez atrativos que vão te convencer a colocar o país nos seus destinos dos sonhos.
1- Rotas com experiências para amantes do café
O Panamá possui o Circuito do Café, desenvolvido pela Autoridade de Turismo do Panamá (ATP) e o Centro de Competitividade da Região Oeste (CECOMRO), com fazendas deslumbrantes em cada região que abrem as portas para receberem visitantes. O país possui uma cena cafeeira incomparável, desde as três regiões cafeeiras localizadas no ponto mais temperado e mais alto e o renomado Geisha - conhecido por ser o mais valioso e de maior qualidade do mundo.
2- Casco Antiguo/Viejo para conhecer a história do país
Distrito histórico do Panamá, a região é patrimônio arqueológico do país. O distrito é considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e é datado em 1673. Conta com praças vibrantes e ruas pitorescas pavimentadas com tijolos e cercadas por edifícios coloridos. A área é ideal para caminhar, descobrir a história e desfrutar de uma diversa e sofisticada culinária.
3- Fortes no lado caribenho do Panamá mostram hábitos do passado
Localizados ao longo da costa da província de Colón estão quatro fortes, incluindo Portobelo e San Lorenzo, que foram desenvolvidos pelo Império Espanhol em grande parte entre os séculos 17 e 18 para proteger as rotas comerciais. Restam fortes suficientes para permitir que os visitantes imaginem visualmente como teria sido a vida naquela época.
4- Nacional Coiba é paraíso intocado de vida marinha
O Parque Nacional Coiba é um dos 50 Patrimônios Mundiais Marinhos da UNESCO e protege 38 ilhas menores e as áreas marinhas circundantes no Golfo de Chiriqui. A floresta tropical úmida do Pacífico de Coiba mantém níveis excepcionalmente elevados de animais, aves e plantas endémicas devido à evolução contínua de novas espécies.
5- Parque Nacional La Amistad é a escolha para quem gosta de admirar a natureza
Com a maior parte da terra coberta por florestas tropicais abrangendo a paisagem montanhosa acidentada, o Parque Nacional La Amistad é o lar de uma incrível variedade de espécies, incluindo mais de 10 mil plantas com flores, 215 espécies de mamíferos, 600 espécies de aves, 250 espécies de répteis e anfíbios e 115 espécies de peixes de água doce foram documentadas.
6- Comunicades indígenas Ngäbe-Buglé e Soloy preservam tradição
É possível conhecer a majestosa paisagem natural de Soloy - a porta de entrada para uma das místicas regiões indígenas do Panamá, onde tradições, lendas e modos de vida foram preservados por milhares de anos. Além disso, também há a possibilidade de viver com a população local e aprender sobre a cultura Ngäbe por alguns dias, além de encantar-se com a cachoeira Kiki, saborear a cozinha tradicional Ngäbe e embarcar em uma excursão épica de rafting.
Colón, uma das províncias do Caribe panamenho, é caracterizada por cores vibrantes, praias de águas cristalinas, cultura ancestral e gastronomia requintada. Esta é a chance de acordar na Costa Arriba, localizada na Comunidade Achiote, caminhar pela trilha El Trogón, ver as Ilhas Colón e explorar três patrimônios mundiais declarados pela UNESCO.
8- Golfo do Panamá: perfeito para pesca esportiva
Com uma extensão de 250 quilômetros a 220 de profundidade, é a única rota marítima que liga o Oceano Pacífico ao Canal do Panamá, abrigando vários golfos e baías menores, como a Baía do Panamá, o Golfo do Parita e o Golfo de San Miguel. Localizado no centro do Golfo do Panamá, o arquipélago das Ilhas das Pérolas consiste em mais de 200 ilhas desabitadas e ilhotas para pesca premium durante todo o ano.
Quando o assunto é gastronomia, o Panamá possui uma culinária diversificada, que abrange tradições indígenas, espanholas, afro-caribenhas e até especiarias internacionais. Cada região conta uma história única por meio de seus sabores, compondo o destino perfeito para quem procura uma viagem gastronômica que mergulhe na história vibrante do país.
A Cidade do Panamá é nomeada pela UNESCO como Cidade Gastronômica Criativa. Lá é possível se deliciar com um ceviche repleto de frutos do mar frescos no Mercado de Mariscos ou saboriar pratos inovadores em um restaurante estilo rooftop com vistas deslumbrantes da cidade. Outra dica é não perder as delícias dos vibrantes bairros de São Francisco, Costa del Este e Cinta Costera, cada um oferecendo uma experiência única que contribui para a rica tapeçaria da culinária panamenha.
Para quem quer provar o sabor afro-caribenho, a opção é ir ao arquipélago de Bocas del Toro ou ao norte da Cidade do Panamá até Portobelo. Os restaurantes locais oferecem deliciosos pratos de frutos do mar, incluindo pratos com infusão de coco, e o icônico ensopado de Rondón.
Em Pedasi, na Península de Azuer, a brisa costeira dá o toque especial aos pratos de marisco, como a "Corvina a la Plancha", enquanto o toque português brilha no 'Bolon de Pescado', um saboroso bolinho de peixe temperado com ervas locais. Em Tonosí, raízes espanholas e terras férteis dão dão origem a grandes clássicos, como 'Ropa Vieja' e 'Arroz con Guandú', enaltecendo a agricultura da região, que oferece uma experiência gastronômica que o transporta no tempo.
10 -País é refúgio para surfistas
Com um litoral com mais de 1.800 km, o Panamá é um verdadeiro paraíso para os surfistas, com praias deslumbrantes e cidades litorâneas com picos diversificados, escalações vazias, quebras em ilhas desertas acessíveis por barco e águas mornas. É o local deal para surfistas com todos os níveis de experiência.s.
Santa Catalina, na província de Veraguas, é uma cidade que oferece o maior beach break da América Central, com águas claras e vida marinha abundante. Para quem busca emocionantes aventuras de surf, La Punta, Punta Roca, Punta Brava, Ilha Cebaco e Playa Estero são regiões ideais.
A Playa Venao, em Los Santos, é conhecida por ser uma uma praia isolada e de areia dourada, ideal para surfistas de todos os níveis. Com percursos longos e fáceis, é um lugar perfeito para iniciantes e intermediários. Para os surfistas que procuram uma sessão não muito longe da Cidade do Panamá, a Riviera Pacifica é o local perfeito. Chame, Malibu e El Palmar oferecem ondas longas e tubos estelares com uma amostra variada de ondas para cada tipo de surfista.
EUA - Em 2023, mais de 400 mil pessoas se arriscaram na perigosa selva de Darién para cruzar o país na tentativa de chegar à fronteira entre México e Estados Unidos. Número é 62% superior ao total registrado em 2022.Mais de 400 mil pessoas atravessaram neste ano a selva de Darién, no Panamá, rumo à fronteira entre o México e os Estados Unidos, informou na quinta-feira (28/09) o Ministério panamenho da Segurança Pública.
"Até setembro deste ano a cifra de migrantes irregulares chegou a 402.030 pessoas", informou a pasta em nota, acrescentando que mais da metade dessas pessoas eram menores de idade e bebês de colo.
O número recorde é 62% superior a todo o ano de 2022, quando 248 mil pessoas fizeram a perigosa travessia. Uma estimativa da ONU divulgada em abril calculava um total de 400 mil migrantes em todo o ano de 2023.
Segundo o ministério, as chegadas diárias ao país através da fronteira com a Colômbia chegaram a ser de 4 mil pessoas. Os migrantes são, na maioria, cidadãos de Venezuela, Haiti, Equador e Colômbia, além de chineses e afegãos.
A fronteira natural de Darién, de 266 quilômetros de extensão e 575 mil hectares de superfície, se converteu em um corredor migratório para as pessoas que tentam chegar aos Estados Unidos desde a América do Sul, através da América Central e do México.
"Esforço sobre-humano"
A crise migratória levou o governo panamenho a instalar centros de cuidados aos migrantes em parceria com organizações internacionais em diferentes pontos do país de 4,2 milhões de habitantes.
O ministro da Segurança Pública do Panamá, Juan Pino, alertou nesta quinta-feira que a capacidade do Panamá de atender os migrantes já está superada. "Estamos fazendo um esforço sobre-humano", disse.
Para tentar conter a onda migratória, as autoridades panamenhas anunciaram no dia 9 de setembro uma série de medidas, como o aumento das deportações das pessoas que entrarem ilegalmente no país.
Os governos dos EUA, Panamá e Colômbia lançaram em maio uma estratégia de dois meses de duração para tentar conter o fluxo de migrantes ilegais. Em maio, Washington anunciou novas políticas que incluíam a deportação das pessoas em situação irregular e a proibição da reentrada no país por um período de cinco anos.
Como resultado, as travessias de fronteira diminuiram inicialmente em até 70%, mas o aumento recente na chegada de migrantes à fronteira americana sugere que essa estratégia deixou de surtir efeito.
Perigos da selva de Darién
A crise migratória levou o governo da Costa Rica, outro país de trânsito na América Central, a declarar estado de emergência nesta semana. O presidente panamenho, Laurentino Cortizo, se reunirá com seu homólogo costa-riquenho, Rodrigo Chaves, nos dias 5 e 6 de outubro para discutir a situação.
Margarida Loureiro, do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Panamá, alertou recentemente para o fato de que nas redes sociais, a selva de Darién é muitas vezes mostrada como uma rota simples, o que certamente não é o caso. Até hoje, não existem rodovias na região, por exemplo.
"Darién é uma selva, é perigosa, há também grupos criminosos lá dentro, que estupram, matam e roubam", explicou. Um terço das pessoas que atravessaram o local em agosto de 2023 relataram ter sido vítimas de abuso, maus-tratos, roubo ou fraude.
"Estamos falando de 31% de 82 mil pessoas. Elas perderam tudo, documentos, telefones celulares, todos os recursos econômicos. Há muitas mulheres que foram estupradas, há pessoas que morreram", disse Loureiro.
Ela afirmou que muitas pessoas também são afetadas psicologicamente pela experiência traumática de ver corpos pela estrada, Não há, no entanto, estimativas concretas de quantas pessoas perderam a vida durante a viagem.
Alguns migrantes cubanos e africanos disseram ter realizado viagens aéreas para a Nicarágua no intuito de evitar os perigos da selva de Darién em suas trajetórias rumo à fronteira dos EUA.
rc (AFP, Reuters)
PANAMÁ - Localizado ao norte do Panamá, o Vale do Anton possui uma atração natural que parece saídas das mais fantásticas páginas da literatura, mas que floresce em plena vida real: algumas árvores no local são quadradas. Sim, ao invés do esperado formato circular, os troncos dessas árvores possuem um desenho quadrado ou retangular que há muitos anos espantam a comunidade científica e atrai os turistas para conhecer a região, posicionada sobre as cinzas de um antigo e gigante vulcão inativo – que, não por acaso, ganhou o apelido de “Vale das árvores quadradas”, se tornando uma verdadeira atração popular.
Muita gente encontra explicação para o formato especial das árvores no fato do “Vale das Árvores Quadradas” se localizar dentro do segundo maior vulcão adormecido do mundo, mas a verdade é que a comunidade científica ainda não encontrou a razão por trás do peculiar desenho dos troncos na região. A maior parte dos “arboles cuadrados” são do tipo Quararibea asterolepis, uma espécie nativa da América Central e da América do Sul, e até mesmo os anéis, representando a “idade” de cada árvore, possuem o o desenho quadrado no interior dos troncos.
Cientistas ligados à Universidade da Flórida, nos EUA, vêm tentando desvendar o motivo do raro desenho encontrado nas árvores da região do Vale do Anton, e chegaram a pegar algumas mudas para plantá-las em outro local, a fim de descobrir se elas manteriam sua característica peculiar e cresceriam no formato. A conclusão comprovou que os troncos quadrados estão ligados ao ambiente da região do Panamá, já que as árvores cresceram em formato arredondado quando replantadas em outro local.
Há quem não enxergue nada de especial nas árvores, e nem sequer as perceba como realmente quadradas, tratando a lenda do “Vale das Árvores Quadradas” como algo natural ou simplesmente projetado para atrair turistas à região. Seja como for, o fato é que não é todo dia que encontramos uma porção de árvores quadradas na natureza, especialmente crescendo exclusivamente dentro de um dos maiores vulcões adormecidos do mundo – trata-se, portanto, de uma aventura especial, que vale a visita e o mistério.
Vitor Paiva / HYPENESS
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