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Clínico geral responde enxurrada de fakenews sobre a medição de temperatura com a tecnologia digital e fala sobre o que é ou não real, e fala sobre a necessidade de, principalmente, as instituições hospitalares ficarem atentas

SÃO PAULO/SP - O equipamento é comum nas portas de supermercado parques, em grandes empresas, e por mais impressionante que seja, nos ambulatórios e portas de hospitais. Mas será que os profissionais estão medindo de forma correta? Funciona?

Com a flexibilização, o termômetro digital se transformou em uma ferramenta de trabalho para detectar o coronavírus (Sars-CoV-2). Mas o que a maioria deles não sabem qual a forma mais eficaz de utilizá-lo e as instituições hospitalares precisam ficar atentas e treinar seus profissionais para que seja efetiva a medição.

Primeiro, o especialista em clínica médica da plataforma de ensino em medicina, Jaleko, Felipe Magalhães, acredita que é importante fazer uma afirmação: “medir a temperatura das pessoas não controla a pandemia”. Isso é um fato, porque segundo o doutor, “as pessoas podem ser assintomáticas e não ter febre, a eficácia contra a propagação do vírus está em distanciamento social, higienização das mãos, máscaras e vacina”.

Dito isso, a medição se torna importante como uma, de tantas medidas para detectar a pessoa que possui esse sintoma, inclusive a medida é uma orientação do Ministério da Saúde, pois reconhecer os pacientes sintomáticos é uma vantagem, porque eles transmitem mais, por isso, é necessário identificar a febre em porta de locais fechados. Porém, muitas instituições não estão fazendo da forma mais correta.

Diante da fakenews espalhada na mesma velocidade de contágio do vírus, que o infravermelho do termômetro danificava a glândula pineal – é preciso dizer que na verdade, o aparelho de medição não penetra fundo na pele, o que impossibilita causar danos. Porém, depois dessa falsa notícia, a medida começou a ser aplicada pelo punho, o que pode tornar o procedimento ineficaz.

O punho é uma região periférica, que controla mais a temperatura dessas áreas, podendo não atingir o resultado das regiões centrais. Neste sentido, é comum que esses locais tenham temperaturas mais baixas do que a nossa testa, auxilias e virilha. Isso se dá pelo fato de nosso corpo faz a vasoconstrição e diminuir o tamanho de nossas arteríolas e, com isso, vai menos sangue e nossas mãos e punhos são mais frias, isso acontece para que não percamos calor. – Felipe Magalhães (professor da plataforma Jaleko e clínico geral) 

O doutor explica que a manutenção do objeto deve estar sempre em dia. O sensor deve estar limpo e a medição deve ser feitas em locais que são capazes de identificar realmente a temperatura corpórea. Ainda, alerta sobre a falsa sensação de segurança, considerando que existem pessoas infectadas que não apresentam sintomas, portanto, é necessário continuar com as medidas protetivas.

 

 

Fonte:
Felipe Magalhães – clínico geral e diretor científico do Jaleko.

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