Jornalista/Radialista
CIDADE DO MÉXICO – As ações do Grupo Televisa chegaram a subir mais de 32% nesta quarta-feira após a emissora mexicana dizer que combinará seu conteúdo com a Univision, criando um potencial desafio em espanhol para a gigante norte-americana Netflix.
A operação combinada, concebida como uma nova empresa de mídia chamada Televisa Univision, apresentará conteúdo de ambas as emissoras, incluindo séries, filmes, esportes, novelas e conteúdo de arquivo. Ela também planeja lançar um serviço de streaming global no início de 2022, competindo com Netflix e a Amazon Prime, da Amazon.
O presidente-executivo da Univision, Wade Davis, que também comandará a Television Univision, disse que as bibliotecas de conteúdo combinadas das duas empresas estimularão o crescimento do serviço de streaming.
“Acreditamos que o mercado de serviços de streaming apenas no principal mercado de língua espanhola vale bilhões de dólares e continuará a crescer”, disse Davis em teleconferência.
Menos de 10% do mercado de língua espanhola usa um produto de streaming, contra quase 70% do mercado de língua inglesa, de acordo com dados divulgados pela Televisa.
A nova empresa terá um valor patrimonial de 2 bilhões de dólares no primeiro dia, disse o co-presidente-executivo da Televisa, Alfonso de Angoitia, na teleconferência. Espera-se que o negócio gere de 5 bilhões a 5,5 bilhões de dólares em fluxo de caixa livre de alavancagem nos próximos anos, acrescentou Davis.
Os maiores sócios da Televisa incluem fundos geridos pela BlackRock, além de Vanguard Group, Dimensional Fund, Norges Bank Investment Management e Charles Schwab. A Operadora de Fondos Banorte Ixe também está entre os maiores acionistas.
O plano da Televisa Univision foi aclamado pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que dedicou o início de sua entrevista coletiva a sublinhar o potencial da união.
Lopez Obrador elogiou o negócio como uma “função importante para a comunidade hispânica”, mas pediu à empresa que evite a discriminação e a xenofobia, especialmente contra os migrantes, e respeite a “dignidade” dos mexicanos.
O presidente, que cobrou das empresas a garantia de cumprimento de suas obrigações fiscais, também disse que a operação renderá vários bilhões de pesos em impostos.
*Por Cassandra Garrison / REUTERS
BRASÍLIA/DF - O adiamento do reajuste dos medicamentos durante a pandemia da covid-19 foi debatido na quarta-feira (14) no Senado. O governo autorizou o reajuste a partir do dia 1º, segundo anunciado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que define o teto dos aumentos.
A resolução aprovada pelo Conselho de Ministros da Câmara estabelece três percentuais máximos, de acordo com a classe terapêutica dos medicamentos e perfil de concorrência da substância: 10,08% (nível 1); 8,44% (nível 2); 6,79% (nível 3).
“Os reajustes, no meu entendimento, e no entendimento da maioria dos brasileiros, não se justificam diante da continuidade da emergência na saúde pública gerada pela pandemia e da brutal perda de renda, perda de empregos, fechamento de empresas, redução de salários, tudo isso que é exaustivamente conhecido de todos”, defendeu o senador Lasier Martins (Podemos - RS), autor do Projeto de Lei n° 939, de 2021, que veda o reajuste anual de medicamentos durante Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
O parlamentar lembrou que, no ano passado, a Medida Provisória 933, editada justamente para barrar o aumento, acabou perdendo eficácia por não ter sido votada.
O presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, Nelson Mussolini, reagiu às declarações dos senadores de que a indústria farmacêutica é uma das mais lucrativas do país. Ele disse que a aprovação de uma proposta para congelar os preços dos medicamentos teria como consequência o desabastecimento. “Se vamos ter que fazer um congelamento de preços, deveríamos olhar também para esses bens da cesta básica. Por que não congela tudo? E a resposta é simples, não se congela tudo porque isso já foi tentado no nosso país, e já vimos que, mesmo por curtos períodos, o congelamento não funciona”, argumentou.
Mussolini citou o governo do ex-presidente José Sarney, quando, por causa da inflação alta, os congelamentos eram comuns e os produtos sumiam das prateleiras. “Sumiram não porque o empresário não quis entregar. Sumiram porque, quando o custo de produção fica maior do que o preço de venda do produto, o produto desaparece do mercado. E essa é a lógica que sempre funcionou. Nós precisamos ter um balanço para que as coisas funcionem”, disse.
Para o setor, a única saída viável seria a isenção de impostos. O representante da indústria farmacêutica destacou que a média de tributos de medicamentos no Brasil é de 31,3%, enquanto a média mundial é de 6%. “Há uma PEC do Senador Reguffe, PEC nº 2, de 2015, que cria imunidade tributária para medicamentos. Essa PEC precisaria ser votada, essa PEC precisaria andar, porque, caso a gente tenha uma imunidade tributária, o custo do medicamento no Brasil do dia para a noite cairia em 31%, porque a regra de preços da Cmed determina que qualquer aumento tributário ou redução tributária tem que ser repassado automaticamente para o preço”, afirmou.
O senador Lasier Martins adiantou que o reajuste dos medicamentos deve entrar na pauta da Casa. “Esperamos que o plenário venha a, talvez na próxima semana, pelo menos tem prometido o presidente [do Senado, Rodrigo] Pacheco levar à pauta, de novo, discutir e votar a vedação durante esta pandemia, porque não é justo o que nós estamos vendo”, disse.
O senador defendeu que haja uma moderação. “O setor farmacêutico é um dos mais lucrativos no Brasil. Não se ouve falar em fechamento de farmácias, a não ser quando está em lugar muito ermo, muito distante. Agora, a abertura de farmácias é numa quantidade notória em toda parte, por quê? Porque dá lucro, porque é bom negócio. Então, vamos moderar isso. Nós estamos vivendo uma situação de excepcionalidade”, acrescentou.
Além da PEC que isenta impostos, entre as propostas em tramitação no Senado sobre medicamentos, os senadores destacaram a PEC 65, de 2016, que veda impostos sobre medicamentos de uso humano adquiridos por pessoa de baixa renda e o PL 1.611, de 2019, que prevê dedução do Imposto de Renda dos gastos com medicamento.
*Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quarta-feira (14) que começará a retirar tropas do Afeganistão em 1º de maio para encerrar a guerra mais longa de seu país, rejeitando os apelos para que as forças norte-americanas permaneçam para garantir uma resolução pacífica para o conflito interno afegão.
Em um discurso na Casa Branca, Biden estabeleceu a meta de retirar todos os 2.500 soldados no Afeganistão até 11 de setembro. Ao sair de cena sem uma vitória clara, os EUA se abrem a críticas de que uma retirada representa uma confissão de fracasso de fato para a estratégia militar norte-americana.
"Isto nunca foi concebido como uma empreitada multigeracional. Fomos atacados. Fomos à guerra com objetivos claros. Atingimos estes objetivos", disse Biden, observando que o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, foi morto por forças dos EUA em 2011 e dizendo que a organização foi "degradada" no Afeganistão. "E é hora de encerrar a guerra sem fim".
O dia 11 de setembro será uma data altamente simbólica, marcando exatamente 20 anos dos ataques da Al Qaeda nos EUA que levaram o então presidente George W. Bush a iniciar o conflito.
Biden contemplava uma retirada em 1º de maio determinada por seu antecessor republicano, Donald Trump, mas disse que a retirada final começará neste dia e terminará em 11 de setembro.
"Sou agora o quarto presidente americano a presidir uma presença de tropas americanas no Afeganistão. Dois republicanos. Dois democratas. Não passarei esta responsabilidade a um quinto."
Uma coalizão de tropas lideradas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão deixará o país em coordenação com um plano de retirada dos Estados Unidos até 11 de setembro, disse o principal diplomata de Washington nesta quarta-feira, antes do anúncio formal do fim de duas décadas de combates.
Cerca de 7 mil militares, principalmente de países da Otan que não os EUA, mas também de Austrália, da Nova Zelândia e da Geórgia, superam as tropas norte-americanas de 2.500 efetivos no Afeganistão, mas ainda dependem de apoio aéreo, planejamento e liderança dos EUA para sua missão de treinamento.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse em Bruxelas que é hora de os aliados da Otan cumprirem o mantra segundo o qual foram ao Afeganistão juntos e partirão juntos.
"Estou aqui para trabalhar estreitamente com nossos aliados, com o secretário-geral [da Otan], com base no princípio que estabelecemos desde o início: chegar juntos, nos adaptar juntos e sair juntos", disse Blinken em um pronunciamento televisionado na sede da Otan.
*Por Phil Stewart e Steve Holland - Repórteres da Reuters
SÃO PAULO/SP - O São Paulo chegou à terceira vitória em três jogos realizados em cinco dias. Na quarta-feira (14), o Tricolor superou o Guarani por 3 a 2 no Morumbi, em partida antecipada da nona rodada do Campeonato Paulista. A equipe da capital foi a 16 pontos, liderando o Grupo B, com a melhor campanha geral. O Bugre, com cinco pontos, é o terceiro colocado do Grupo D, o mesmo do Santos.
Fim de jogo! #SPFCxGUA (3-2)
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) April 15, 2021
⚽ Welington
⚽ Igor Gomes
⚽ V. Bueno#VamosSãoPaulo ?? pic.twitter.com/yO47gGxuE0
Com a paralisação do Estadual por duas semanas, no período em que o Estado esteve na Fase Emergencial, a mais rígida no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a Federação Paulista de Futebol (FPF) tem acelerado a remarcação dos jogos de clubes envolvidos em torneios nacionais e internacionais no primeiro semestre. A maratona do São Paulo, que disputa a Libertadores, teve início no sábado (10), com a goleada por 5 a 1 sobre o São Caetano. Na terça-feira (12), o Tricolor derrotou o Red Bull Bragantino por 1 a 0.
Com um time misto em campo, repleto de jogadores formados na base entre os titulares (oito), o São Paulo começou pressionado pelo Guarani, que abriu o placar aos nove minutos, em uma bomba do lateral Airton. Aos 13, o meia Régis quase surpreendeu o goleiro Lucas Perri, acertando o travessão no escanteio. Aos poucos, o Tricolor foi se encontrando e criou lances de perigo, com o meia Martín Benítez e o atacante Vitor Bueno. Aos 44, enfim, o lateral Wellington aproveitou rebote de uma cabeçada de Benítez e empatou o jogo.
A virada veio logo aos quatro minutos, em contra-ataque bem trabalhado, que culminou em cruzamento do atacante Galeano e gol do meia Igor Gomes, que bateu de primeira, na área. Aos 25, porém, a defesa tricolor bobeou após passe rasteiro de Davó, que o também atacante Bruno Sávio concluiu para as redes, deixando tudo igual.
Aos 34 minutos, Vitor Bueno perdeu grande chance na sequência de um cruzamento do também atacante Eder pela direita, batendo por cima, de frente para o goleiro Gabriel. Quatro minutos depois, o camisa 12 se redimiu ao ser lançado por Galeano e finalizar na saída do arqueiro do Guarani, garantindo a vitória ao São Paulo no Morumbi.
O Tricolor dá sequência à maratona pelo Paulistão na sexta-feira (16), às 22h (horário de Brasília), no Allianz Parque, contra o rival Palmeiras. O Guarani volta a campo na terça-feira (20), contra a Ferroviária, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara (SP), em horário que ainda será definido.
*Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
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