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Redação

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SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos repassou nesta quinta-feira, dia 9 de abril, 130 cestas básicas para os ambulantes cadastrados na Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, para 45 catadores de recicláveis da cooperativa que presta serviços ao município (coleta seletiva) e para 40 famílias cadastradas no programa de Economia Solidária, coordenado pela Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda, totalizando 215 cestas.
As cestas básicas foram doadas para o Fundo Social de Solidariedade do Município (FSS) pela rede de supermercados Savegnago e repassadas para essas pessoas. “Agradecemos ao Savegnago por mais essa colaboração, já que o grupo sempre ajuda o FSS nas campanhas desenvolvidas durante todo o ano. Além dessas famílias também estamos repassando cestas para as entidades assistenciais cadastradas”, informou a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Lucinha Garcia.
O prefeito também agradeceu ao supermercado, mas disse que a Prefeitura está adquirindo mais alimentos com recursos próprios. “Já autorizamos a Secretaria de Cidadania e Assistência Social para que compre mais cestas básicas para podermos ajudar outras famílias. Toda a ajuda é muito bem vinda, porém temos que estar preparados já que muita gente perdeu a capacidade de renda nesse momento e mais do que nunca vai precisar do poder público”, ressaltou Airton Garcia.
De acordo com a secretária de Cidadania e Assistência Social, Glaziela Solfa Marques, desde do dia 23 de março até essa quinta-feira, dia 9 de abril, já foram concedidos como benefício social, com recursos da própria Prefeitura, outras 367 cestas básicas. “São pessoas em vulnerabilidade social, que passam por uma triagem realizada pelas nossas equipes profissionais. Algumas já estavam nessa situação, outras já tinham conseguido renda e estavam caminhando já sem ajuda da Cidadania, porém agora com a pandemia e a maioria dos serviços paralisados momentaneamente, sabemos que essa demanda vai aumentar, por isso estamos nos preparando”, disse a secretária.

Ferramenta é desenvolvida com a colaboração de pesquisadores da UFSCar e visa contribuir com o debate sobre a doença no País

 

SÃO CARLOS/SP - A partir de uma demanda do movimento Favelas contra o Coronavírus, iniciativa de coletivos de comunicação comunitária, pesquisadores brasileiros da área de Dinâmica de Sistemas desenvolveram um simulador para analisar o impacto de diferentes medidas na disponibilidade hospitalar e no número de vidas salvas em populações de baixa renda das favelas brasileiras, no contexto da pandemia do novo Coronavírus. O objetivo é contribuir com o debate público acerca do combate à pandemia.
A ação, atrelada ao empreendedorismo social, é voluntária, orgânica e orientada por uma equipe multidisciplinar, que realizou desde o levantamento de dados até a modelagem e a construção do simulador, intitulado de "Favelas contra o Coronavírus". O time, coordenado por Igor Oliveira, pesquisador do grupo Dinâmica de Sistemas Brasil, conta com a participação de Ellen Aquino, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e Vinícius Picanço Rodrigues, mestre e graduado em Engenharia de Produção, também pela Universidade, e atualmente professor de operações do Insper.
De acordo com Aquino, o intuito da ferramenta é disseminar informações para dialogar com o poder público e contribuir com o debate sobre a disseminação e possíveis formas de enfrentamento da Covid-19 no País. "Em tempos desafiadores como o que vivemos, sabemos que pessoas de baixa renda que estão organizadas em comunidades ou favelas enfrentam uma maior volatilidade na renda, o que diminui a adoção de medidas preventivas à Covid-19 justamente por falta de recursos. Além disso, o acesso dessas pessoas aos serviços de saúde tende a ser menor do que a média", pontua Aquino. Segundo a pesquisadora, esses fatos levaram a equipe a enxergar a importância e a necessidade de levar em conta, nos modelos matemáticos e de simulação, elementos específicos da população de baixa renda. "Entendemos que a Ciência está a favor da sociedade, e assim, unimos esforços de pesquisadores para conseguir dimensionar esse cenário e traduzir as simulações gráficas em estratégias às favelas", relata.
O simulador foi modelado com foco específico em sete dimensões: remoção temporária de moradores de favela para espaços públicos; remoção temporária de moradores de favela para hotelaria; subsídio a insumos de higiene; renda básica para compra de produtos de higiene; estruturas emergenciais de saneamento; expansão da disponibilidade de Unidade Terapia Intensiva (UTI); e uso de máscaras de proteção facial. "Por meio dessas dimensões, o usuário pode simular a quantidade de vidas que poderiam ser salvas e de leitos de UTI disponíveis - em cenários otimista e pessimista -, de acordo com os conjuntos de estratégias que podem ser adotadas, em maior ou menor grau", sintetiza Aquino.
Para criar a ferramenta, os pesquisadores adaptaram o modelo epidemiológico Covid-19 da empresa americana Isee Systems. Também se apoiaram na modelagem da capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio de Janeiro, com dados disponibilizados pelo próprio SUS, e realizaram o estudo dos mecanismos causais envolvendo adensamento urbano excessivo e condições de higiene.
A perspectiva é que o projeto se expanda com dados também de outras cidades, já que a ferramenta permite que qualquer usuário insira números de seu Estado ou município, para que assim tenha as informações sobre a sua realidade.
Fazem parte da equipe Cláudia Viviane Viegas e Gisele Chaves, integrantes do grupo Dinâmica de Sistemas Brasil, e Rodrigo Bertamé Ribeiro, do movimento Favelas contra o Coronavírus. O simulador pode ser acessado em www.favelascontracorona.com.br.

SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu nesta última quinta-feira, 9, tomar medidas mais rigorosas caso a adesão popular ao isolamento social não cresça espontaneamente até o começo da semana que vem. Entre essas medidas estão a aplicação de multa e até a prisão de quem desrespeitar o distanciamento, visto como essencial para mitigar a propagação do novo coronavírus. "Espero que não tenhamos que chegar nesse patamar, mas se for necessário faremos em defesa da vida."

As declarações de Doria foram dadas à Rede Globo na noite de ontem, 09. O objetivo, explicou o governador, é que o isolamento englobe cerca de 70% da população em todo o Estado, patamar considerado ideal para desacelerar a doença. "Vamos fazer o teste neste final de semana. Se não elevarmos esse nível, que hoje é de 50%, para mais de 60% e caminharmos para 70%, na próxima semana, não apenas o governo do Estado, como também a prefeitura de São Paulo, tomarão medidas mais rígidas", disse.

Ele disse contar com o apoio da população para que isso aconteça. A medida, reforçou, é importante para salvar vidas. "Essa não é uma indicação do governo, é uma indicação da medicina, da ciência, das pessoas que conhecem o problema e pedem que as pessoas fiquem em casa e não saiam", declarou. "Se continuarem saindo, indo às ruas, se agrupando, fazendo o que não devem fazer, teremos mais pessoas infectadas e teremos mais mortes", acrescentou.

Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil registrou novo recorde de mortes decorrentes do novo coronavírus em um único dia, nesta quinta-feira, 9. De ontem para hoje, foram 141 óbitos. No total, são pelos menos 941 vítimas da doença no País. O número total de casos oficialmente confirmados subiu de 15.927 para 17.857 casos, um aumento de 12% em apenas 24 horas. São Paulo é o Estado com maior número de casos (7.480) e de mortes (496).

O Estado mostrou nesta quinta que, entre a última semana de março e os primeiros dias de abril, a diminuição no isolamento da população foi o padrão para todas as capitais brasileiras. Mesmo em casos onde a variação foi pequena, houve algum aumento na circulação de pessoas. Nenhuma capital viu suas ruas ficarem mais vazias durante a semana passada.

 

*Por: ESTADÃO

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirmou nesta quinta-feira (09/04) que recebeu do Instituto Adolfo Lutz (IAL), laboratório referenciado pelo Governo do Estado de São Paulo para a realização de exames da COVID-19, mais 2 novos resultados positivos para a doença.

Um dos exames trata-se de um homem de 76 anos que faleceu na semana passada. A outra pessoa com exame positivo para a COVID-19 é um homem de 35 anos que esteve internado na UTI, passou para leito comum e recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (09/04).

31 pessoas estão internadas neste momento, sendo 18 adultos (enfermaria), 3 crianças (enfermaria), 6 adultos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 3 crianças na UTI. Uma pessoa de outro município continua internadas em São Carlos na UTI.

Portanto o município contabiliza neste momento 6 casos positivos, com 2 mortes confirmadas, outras 4 mortes SUSPEITAS continuam em investigação. 50 casos já foram descartados, já que o IAL liberou outros 12 resultados negativos para a COVID-19, sendo 4 que desses resultados eram de óbitos suspeitos.

NOTIFICAÇÕES - Devido à mudança no sistema de notificação de casos suspeitos da COVID-19, todas as pessoas que foram anteriormente notificadas realizaram coleta de exame e já cumpriram o período de isolamento domiciliar. Porém, o município adotou um sistema de notificação de Síndrome Gripal, onde já passaram em atendimento nos serviços públicos e privados 1.170 pessoas desde o dia 21 de março. Essas pessoas não realizam mais exame para COVID-19, porém são colocadas em isolamento domiciliar por 14 dias após o atendimento.
O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.

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