Jornalista/Radialista
BRASÍLIA/DF - A preocupação com o uso de celulares em sala de aula já ganhou um novo capítulo legislativo no Brasil. A Comissão de Educação (CE) da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 104/2015, que proíbe o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis em salas de aula. O texto agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A medida segue a recomendação de um relatório publicado em julho pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que sugere o banimento de celulares nas escolas. Países como França, EUA, Finlândia, Itália, Espanha, Portugal, Holanda, Canadá, Suíça e México já adotam restrições similares.
Segundo a pesquisa da Common Sense Media de 2021, adolescentes entre 13 e 18 anos passam, em média, 7 horas e 22 minutos por dia em dispositivos móveis, excluindo atividades escolares. Crianças entre 8 e 12 anos, por sua vez, gastam cerca de 4 horas e 44 minutos diários. No Brasil, a TIC Kids Online Brasil 2021 revela que 89% dos jovens entre 9 e 17 anos acessam a internet diariamente, sendo que 85% utilizam o celular como principal meio de conexão.
O uso prolongado de celulares tem sido associado a dificuldades de concentração e redução da capacidade de memorização. Pesquisas da American Academy of Pediatrics apontam que a exposição excessiva às telas durante a infância e adolescência pode comprometer o desenvolvimento de funções executivas, essenciais para a resolução de problemas e tomada de decisões. Além disso, o uso constante de aplicativos de redes sociais, jogos e vídeos, que oferecem gratificações rápidas, pode reduzir a paciência e dificultar o foco em atividades mais longas e complexas, como leitura e estudos.
O uso excessivo de celulares também está ligado a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. A última pesquisa da UNICEF revela que adolescentes que passam mais tempo em redes sociais apresentam maiores níveis de solidão e insatisfação com a própria vida. O ciclo de comparação constante em plataformas digitais, associado à busca incessante por curtidas e comentários, afeta diretamente a autoestima desses jovens.
Outro aspecto preocupante é a interferência no desenvolvimento das habilidades sociais. Crianças e adolescentes estão trocando interações presenciais por conversas via mensagens de texto ou redes sociais, o que pode enfraquecer a capacidade de construir relacionamentos saudáveis. O uso excessivo de celulares pode gerar isolamento social, dificuldades de comunicação verbal e menor empatia nas interações humanas, prejudicando a construção de laços afetivos com familiares e amigos.
Preocupada com esses impactos, a Rio Christian School, colégio bilíngue, implementou o programa Desconect Moment para reduzir o uso de celulares entre os alunos, incentivando práticas fora do ambiente digital. A escola criou um sistema de participação e competições mensais entre salas para premiar quem usar menos os aparelhos. Os estudantes guardam seus celulares em lockers e só podem usá-los em casos de emergência. A iniciativa, que conta com apoio pedagógico e psicológico, também aborda sintomas de dependência tecnológica, promovendo uma educação digital mais consciente e equilibrada.
A psicóloga da Rio Christian School, Esther Frozi, está à frente do acompanhamento desses jovens e destaca que muitos deles têm dificuldade em se desvincular das telas, mostrando sinais de dependência tecnológica. “A transição para uma rotina com menos celular é desafiadora para muitos adolescentes. Temos alunos que se sentem perdidos sem o aparelho e demonstram sintomas semelhantes aos de abstinência. Nesses casos, trabalhamos não só com orientação, mas com um acompanhamento psicológico mais próximo, buscando ajudar os jovens a desenvolverem um relacionamento mais saudável com a tecnologia,” afirma Esther.
Ela reforça ainda que o trabalho de conscientização está sendo feito de maneira integrada, com aulas específicas voltadas para a educação digital e rodas de conversa, onde os alunos são incentivados a compartilhar suas experiências e dificuldades. "A proposta é que eles entendam que o uso do celular deve ser equilibrado, e que existem momentos adequados para desconectar e viver experiências mais reais e significativas,” conclui a psicóloga.
Com essas iniciativas, a expectativa é que as crianças e adolescentes sejam incentivados a usar a tecnologia de forma mais consciente, equilibrando o aprendizado conectado com práticas que promovam seu desenvolvimento pleno. “Nosso objetivo é formar cidadãos preparados para o futuro, e isso envolve ensinar os alunos a encontrar um equilíbrio saudável no uso da tecnologia,” conclui Gabriel Frozi.
SÃO PAULO/SP - O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) é um imposto obrigatório anual cobrado em todo o país, mas cada estado tem autonomia para definir sua alíquota. Esta, por sua vez, costuma variar entre 1% e 6% do valor da nota fiscal ou da Tabela Fipe para os carros zero quilômetro e usados, respectivamente.
E, a princípio, deve ser pago integralmente à vista ou de forma parcelada. Mas há situações em que o imposto pode ser pago proporcionalmente ao período em que o veículo esteve em seu nome no ano de referência.
Em que situações o IPVA proporcional se aplica?
Há situações em que o IPVA é fracionado de acordo com os meses que você possui o carro. “É o caso, por exemplo, de um veículo que é comprado ou tem sua propriedade transferida durante o ano”, explica Paulo Loffreda Sócio e fundador da Zignet.
Quando isso acontece:
IPVA proporcional veículo novo: Quando você compra um veículo zero quilômetro, é preciso calcular o IPVA proporcional da data da compra na nota fiscal até o final do ano para pagar apenas o equivalente ao tempo em que passou a ser proprietário.
Transferência de veículo usado: Também é pago apenas o IPVA proporcional quando você compra um veículo usado. Nesse caso, é calculada a fração do imposto referente à data de transferência até o fim do ano em exercício.
Venda de veículos: Nesse caso, o vendedor pode ter o valor do IPVA ajustado para o período em que foi proprietário no ano da venda.
Importação de veículo: Quando o veículo é importado, também deve ser pago apenas o IPVA proporcional ao número de dias restantes no exercício do IPVA, porém o cálculo deve ser feito tendo como base no preço registrado antes de entrar no Brasil.
Loffreda ainda lembra que o IPVA proporcional só é aplicado para veículos adquiridos a partir do segundo mês do ano, ou seja, fevereiro.
Como calcular o IPVA proporcional?
O cálculo básico é bastante simples. “Basta dividir o valor total do IPVA anual por 12, que é a quantidade de meses de um ano. Assim você vai saber quanto custa um mês de imposto. Depois é só pegar este valor e multiplicar pela quantidade de meses em que você será proprietário do veículo até o final do ano”, ensina.
Digamos que o condutor tenha comprado um carro zero quilômetro cujo preço da nota fiscal foi de R$60 mil, em um estado onde a alíquota do IPVA é de 3%.
Sendo assim, o IPVA integral é calculado da seguinte forma: R$60 mil x 3% = R$1.800,00.
O carro foi comprado em maio, ou seja, no quinto mês do ano. O IPVA então será o correspondente aos oito meses seguintes, contados a partir de maio (de junho a dezembro).
Sendo assim, o cálculo será R$ 1.800 / 12 x 8, ou seja, R$ 150 x 8 = R$ 1.200,00 de IPVA proporcional.
Paulo explica que para calcular o IPVA proporcional de seminovos e usados, o valor de referência deve ser o da Tabela Fipe, que traz o valor médio dos veículos no mercado, de acordo com as características de cada marca e modelo.
Quando o IPVA proporcional deve ser pago?
Não basta saber como calcular IPVA proporcional, é preciso atenção aos prazos para pagamento, porque o atraso também pode incidir juros, multas e impedir o licenciamento do veículo.
“A primeira dica é não esperar para pagar o IPVA proporcional no calendário que vincula a data à placa do carro. De modo geral, o boleto deve ser emitido em até 5 dias úteis a partir da data da compra do carro”, lembra.
Mas da mesma forma que cada estado tem sua própria alíquota, cada Detran também pode ter suas próprias regras e prazos para o pagamento do IPVA proporcional à vista ou parcelado. Em alguns estados, o prazo para o pagamento da primeira parcela pode chegar a 30 dias, por exemplo.
Tenha atenção aos prazos de pagamentos
Cada estado tem suas próprias regras para o pagamento do IPVA: alíquotas, prazos, parcelamentos, descontos etc. Então, sempre verifique no site do Detran da sua região sobre quais são as normas para o IPVA parcelado.
Sobre o pagamento atrasado ainda incidem juros e multas, o que só aumenta a sua dívida e ainda pode inscrever seu CPF na Dívida Ativa do estado, gerando restrições e mais encargos.
“Se não quiser se preocupar com o vencimento das parcelas nem impactar o orçamento, a dica é parcelar e a Zignet oferece parcelamento de débitos automotivos em até 12 vezes. Após o pagamento, em pouco tempo é dado baixa no sistema do Detran como pagamento à vista. Mas, na verdade, as parcelas vão sendo descontadas suavemente no seu cartão de crédito”, recomenda.
Loffreda ainda lembra que IPVA atrasado em si não gera multa, mas impede o licenciamento do veículo, o qual é a renovação do Certificado de Registro e Licenciamento Veicular (CRLV), o documento de porte obrigatório que atesta a legalidade do carro, por isso é importante manter o pagamento da dívida em dia.
Novo levantamento com usuários do marketplace mostra que 63% desse total pretendem adquirir um veículo ainda no segundo semestre deste ano; Dados da pesquisa revelam também que cresce a preferência dos consumidores da plataforma por veículos híbridos e elétricos na comparação com 2023
São Paulo/SP Pesquisa da Webmotors, maior ecossistema automotivo do Brasil e principal portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, revela que 89% dos entrevistados têm a intenção de comprar ou trocar de carro até 2025. Desse total, 63% pretendem fazê-lo ainda no segundo semestre deste ano, segundo dados do Webmotors Autoinsights.
Ao todo, 84% dos respondentes têm automóvel. Entre eles, 26% adquiriram o veículo há um ano, enquanto 17% efetuaram a compra faz dois anos. Em relação ao perfil do carro atual, 29% dos que possuem um veículo têm um SUV, 24% são donos de um automóvel fabricado entre 2016 e 2019, 24% proprietários de modelos entre 2020 e 2023, e 22% de automóveis produzidos de 2012 a 2015.
O estudo da Webmotors mostra também que as principais motivações para promover a substituição são o costume de trocar o veículo (42%), o envelhecimento do carro atual (29%), a necessidade de um automóvel mais econômico (15%) e ter um modelo mais potente (15%).
De todos os entrevistados, 18% têm propensão de compra por um veículo zero quilômetro, enquanto 64% por usados e 18% ainda estão em dúvida. Sobre a forma de pagamento, 49% dos respondentes pretendem realizar o financiamento parcial. Entre aqueles que possuem carro, 72% utilizariam o veículo atual como entrada.
Preferências para o próximo carro
Com relação à próxima aquisição, os usuários que possuem carro e intencionam trocá-lo escolheriam, em primeiro lugar, um SUV (42%), seguido por sedã (25%), hatch (18%), picape (10%) e perua (2%).
Quando questionados sobre qual tipo de motor desejado, a maioria (66%) optaria pelo flex. Por outro lado, cresce a preferência por eletrificados na comparação com 2023: o desejo por híbridos salta de 6%, no segundo semestre do ano passado, para 11% no mesmo período de 2024; já os elétricos avançam de 1,6%, em 2023, para 8% neste ano.

Entre os que desejam um automóvel híbrido ou elétrico, a economia de combustível é o principal fator de decisão na hora da compra (75%), seguida pelo gosto por novas tecnologias (34%) e a preocupação com o meio ambiente (29%). O estudo da Webmotors destaca que 62% dos respondentes estariam dispostos a pagar um valor mais elevado por ambos os modelos.
“A partir desse levantamento, observamos que, no segundo semestre deste ano e até mesmo para 2025, a intenção de compra segue alta, reiterando que o carro permanece e tende a continuar como um sonho de consumo para os brasileiros”, afirma a CMO da Webmotors, Natália Spigai.
O levantamento foi realizado com cerca de 3 mil respondentes de todo o Brasil.
Enquete realizada pelo Ysos revela que 100% de seus usuários têm algum nível de receio quando o assunto é asseio da parceria
SÃO PAULO/SP - No universo das relações sexuais, os medos podem ser mais comuns e variados do que se imagina. Uma pesquisa realizada com usuários do aplicativo Ysos revelou quais receios dominam a mente das pessoas na hora H. Entre todas as apreensões levantadas — que vão desde falhas de desempenho até contrair uma IST — o medo que mais se destacou foi a falta de higiene do contatinho.
A Higiene em primeiro lugar
De acordo com a pesquisa, 100% dos entrevistados admitiram ter algum nível de receio de que sua parceria não seja higiênica, e 42,9% afirmaram sentir "muito medo" disso. Essa preocupação, no entanto, é bem válida, pois a falta de higiene pode gerar desconforto, repulsa e até riscos de saúde, como infecções.
De acordo com a sexóloga Tamara Zanotelli, estudos apontam que a higiene íntima adequada é essencial não só para a saúde física, mas também para a saúde emocional durante o sexo. “Sentir-se limpo e confiar na higiene da parceria é um pré-requisito importante para uma experiência prazerosa e sem preocupações. O temor da falta de asseio pode ser um reflexo do aumento da conscientização sobre autocuidado e da popularização de discursos ligados ao bem-estar sexual”, diz.
Medos Relacionados a performance e desempenho
A pesquisa também revelou que falhar na performance, especialmente no contexto de ejaculação precoce ou de não satisfazer a parceria, é uma preocupação relevante. 78,6% dos participantes demonstraram algum medo de deixar sua parceria insatisfeita, o que sugere que as expectativas em torno do prazer alheio continuam a pesar sobre as relações sexuais.
Eduardo* foi um dos entrevistados durante a pesquisa. Ele revelou que brochar ou ser vítima de desprezo ou chacota por parte do parceiro são alguns dos seus piores medos na Hora H. “Algumas vezes, durante o sexo, não consegui manter a ereção. Nas primeiras vezes foi bastante deprimente, mesmo que a outra pessoa dissesse que estava tudo bem”.
Curiosamente, 50% dos entrevistados não temem que a parceria goze rápido demais. Para Mayumi Sato, CMO do aplicativo, isso pode indicar uma mudança na forma como o prazer é negociado nas relações. “Enxergamos a hipótese de que o prazer do outro está se tornando mais central e os egoístas estão se extinguindo”, afirma.
ISTs e Quebra de Confiança
O medo de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) também está entre os mais expressivos. 92,7% dos participantes afirmaram ter receio de se expor a uma IST, sendo 57,1% com muito medo. “Esse dado é um reflexo direto da importância da educação sexual e da conscientização sobre práticas seguras, como o uso da camisinha”, diz Mayumi.
Por outro lado, a prática do stealthing (retirada da camisinha sem consentimento) é um medo crescente: 71,4% dos entrevistados revelaram receio de que o contatinho retire o preservativo durante a relação, com 50% sentindo muito medo. Isso reflete como questões de confiança e consentimento estão cada vez mais em pauta no campo das relações sexuais.
Limites e Intimidade: Quando o Medo é de Rir ou Gemer Demais
Alguns receios mais inusitados também aparecem nos dados. Enquanto 50% dos entrevistados não temem que a parceria dê gemidos altos demais durante o sexo, metade também não se importa em ter uma crise de riso no meio da relação. Essa leveza pode indicar uma maior aceitação dos momentos imperfeitos e humanizados do sexo, com menos pressão pela “performance ideal”.
Entretanto, o silêncio durante o sexo ainda desperta desconforto: 71,4% das pessoas demonstraram medo de que a parceria fique muda. A comunicação durante o ato é uma forma importante de conectar-se emocionalmente e, por isso, o silêncio pode ser percebido como um sinal de falta de interesse ou conexão.
Sexo Anal e Medo de Passar Vergonha
O sexo anal também é um campo que desperta inseguranças, especialmente ligadas à possibilidade de sujar a parceria, conhecido como "passar cheque". 57,2% dos entrevistados temem sujar alguém, e 64,3% sentem mais medo de serem sujados. Esses dados mostram que, além do desconforto físico, o receio de constrangimentos ainda pesa bastante nesse tipo de prática.
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