Jornalista/Radialista
IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, através da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou nesta terça-feira, 23, números atualizados de casos de dengue na cidade.
De acordo com o anunciado, os dados apontam que desde o início deste ano, foram 12 notificações, sendo 5 negativos, 1 positivo e 6 pessoas aguardando resultado de exame.
O papel dos cidadãos é fundamental nas ações de combate, inclusive na conscientização de toda a comunidade sobre os riscos da doença e os cuidados a serem tomados para evitar a proliferação do mosquito transmissor.
O trabalho intensivo de combate ao mosquito Aedes aegypti em Ibaté iniciou o ano com apenas um caso, resultado satisfatório, alcançado por meio de visitas domiciliares de agentes de endemias e agentes de saúde.
A Prefeitura de Ibaté realiza um trabalho contínuo contra a dengue, com ações que são intensificadas no período de chuvas e orientações para eliminação dos criadouros do mosquito transmissor.
A Secretária da Saúde, Elaine Sartorelli Breanza, faz um alerta para que as pessoas continuem vigilantes e evitem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. “Eliminar os criadouros do mosquito continua sendo a forma mais eficaz de combatermos o mosquito que causa a dengue e outras doenças. Esperamos contar com o apoio da população, não podemos descuidar”, disse.
Elaine explica que o ciclo de vida do mosquito é de 7 a 10 dias, por isso, cada munícipe deve fazer a limpeza de seu quintal uma vez por semana. “A dengue é uma doença totalmente evitável. Se todos fizessem a sua parte, eliminando os criadouros do mosquito, não teríamos nenhum caso da doença. Nesta semana nossos agentes então em ação preventiva no bairro Jardim Icaraí”, apontou.
A Secretaria da Saúde alerta sobre as principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti:
Para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti é necessário manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água; colocar o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios; guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha sempre a boca para baixo; não deixar água da chuva acumular sobre a laje; encher os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda; guardar pneus velhos, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva; limpar as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água; lavar com frequência, com água e sabão, os recipientes usados para guardar água, pelo menos uma vez por semana.
RIO DE JANEIRO/RJ - A atriz Tata Werneck venceu mais uma batalha no processo movido pela RedeTV! contra a humorista. A 5ª Câmara do Direito Privado do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) julgou improcedente o recurso motivo pela emissora de Osasco, e venceu a ação em segunda instância.
Segundo documento obtido pela reportagem em julgamento realizado nesta terça-feira (23), a Justiça negou agravamento trazido pela RedeTV! por conta de uma nova piada feita contra a TV de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho no Prêmio Multishow 2023, no último mês de novembro, transmitido pela Globo.
Em 2021, na piada que causou o processo, Tata Werneck disse que o seu vestido custava o preço da programação da RedeTV!. Já no ano passado, Tata voltou a fazer piada com o caso, mesmo já processada.
"Há dois anos eu fiz uma piada dizendo que o meu vestido tinha o mesmo valor da grade da RedeTV! e eu fui processada. Eu quero pedir desculpas e dizer que neste ano eu vim com um vestido mais caro do que a grade para a gente não ter esse problema", afirmou.
A RedeTV! alegou que a nova ação de Tata provava o desrespeito dela com a emissora. O advogado Ricardo Brajterman, que defende Werneck, afirmou que era incoerente que a TV que apresentou o Pânico na TV (2003-2012) queira censurar humoristas.
A Justiça concordou com o argumento de Tata e seu advogado, e determinou que a ação é improcedente. A RedeTV! ainda pode recorrer da decisão em esferas maiores, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Procurado, o advogado Ricardo Brajterman comemorou a vitória de sua cliente e explicou que não existe qualquer campanha difamatória contra a emissora por parte de Tata Werneck.
""Estou muito feliz com mais essa vitória. Até hoje não consigo entender porque logo a Rede TV! que sempre ganhou muito dinheiro com as piadas do Pânico e o show de horrores dos testes de fidelidade, recorreu ao judiciário por conta de piadas inofensivas e sem qualquer cunho difamatório. Venceu a liberdade de expressão, a liberdade artística", disse ele.
"Se o próprio dono da emissora divulga que só consegue pagar as contas porque vende espação para programas religiosos, não vais ser uma piada da Tata que afastará investidores e parceiros comerciais", concluiu o advogado.
POR FOLHAPRESS
BRASÍLIA/DF - A conta de luz deve subir, em média, 5,6% em 2024, segundo estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A projeção está acima do IPCA (principal índice brasileiro de inflação) projetado pelo mercado para o período, de 3,86%, de acordo com o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central.
Segundo o diretor-geral da agência reguladora, três fatores influenciam para a projeção de aumento na conta de luz. A primeira delas é a expansão da rede de transmissão, já que os consumidores remuneram as transmissoras de energia via tarifas.
"Essa expansão é necessária para integrar as fontes renováveis, é necessária também para trazer confiabilidade para o atendimento, mais segurança para o atendimento do SIN Sistema Interligado Nacional e ligar áreas que ainda estão isoladas", explicou Feitosa.
O segundo fator que implica a alta neste ano é o aumento de subsídios embutidos na conta de luz via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é rateada entre todos os consumidores. Segundo proposta da Aneel submetida a consulta pública, o orçamento da CDE deste ano deve alcançar R$ 37 bilhões, o que representa um aumento de 6,2% em relação a 2023.
Também pesará para o aumento das contas neste ano o fim da devolução de créditos tributários oriundos da exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins. Conforme previsto em lei, os recursos cobrados indevidademente estão sendo devolvidos aos consumidores no momento dos reajustes e revisões tarifárias. "Não teremos os recursos do PIS/Cofins, que foi utilizado muito no ano passado e em 2022 também. Então, esse recurso, em torno de R$ 50 a R$ 60 bilhões, já foi utilizado e temos pouco a ser utilizado ao longo deste ano."
Bandeira tarifária
No ano passado, as contas de luz subiram, em média, 5,9% - abaixo da previsão inicial feita pela agência reguladora, que era de alta de 6,8% em média.
Feitosa disse ainda que ao longo de 2023 não houve o acionamento das bandeiras tarifárias - taxa adicional que é cobrada dos consumidores quando há um cenário desfavorável para geração de energia elétrica no Brasil. "Para 2024 ainda não temos como prever, pois precisamos aguardar o fim do período úmido, que vai até abril."
POR ESTADAO CONTEUDO
SÃO PAULO/SP - A maior diversidade nas lavouras localizadas no nordeste paulista tem efeito benéfico para manutenção de espécies nativas de mamíferos na região, quando comparada a áreas de monocultura. A heterogeneidade da paisagem ajuda ainda a controlar espécies invasoras, como os javalis, que podem causar prejuízos ambientais e para a atividade agrícola da região.
A conclusão é de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) - publicada no Journal of Applied Ecology e apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) - sobre uma região agrícola no estado de São Paulo, que está dentro do bioma cerrado. O estudo cobriu uma área de 34 mil quilômetros quadrados, abrangendo mais de 85 municípios paulistas na região de Ribeirão Preto e Araraquara.
“A gente sabia da influência da vegetação nativa. A perda de vegetação nativa não é boa em termos ambientais, mas o que a gente coloca naquela área desmatada importa também: se vai ser uma agricultura mais diversa ou menos diversa”, revelou Marcella do Carmo Pônzio, doutoranda do Instituto de Biociências da USP, que liderou a pesquisa.
Segundo ela, áreas agrícolas mais diversas, que são resultado da agricultura familiar ou do sistema de agrofloresta, e também agriculturas de maior escala com um sistema de rotação de culturas e de cultivo consorciado são mais benéficas para a biodiversidade do que a monocultura. “Elas podem nos ajudar a manter mais espécies nativas naquela área e também controlar espécies invasoras”, afirmou.
Marcella ressaltou que aquela região tem sido dominada pelo avanço da agricultura intensiva, do tipo monocultura, que promove justamente o desmatamento, retirando a cobertura de vegetação nativa da região e a homogeneização da paisagem.
“A nossa área de estudo atualmente possui somente 19% de cobertura de vegetação nativa e tem um histórico agrícola muito antigo. Há 200 anos, ela vem sendo utilizada de maneira intensiva pela agricultura, primeiro no ciclo do café e atualmente com o desenvolvimento maior de monocultura de cana, que é a principal cobertura dessa área hoje”, destacou.
Na região estudada, a maioria das propriedades não cumpre o Código Florestal, que determina a conservação de 20% de vegetação nativa, além das áreas de preservação permanente (APPs), como as margens de rios e topos de morro. Mesmo que a porcentagem fosse cumprida, a pesquisadora disse que somente isso não é o bastante para a manutenção da fauna na região, que tem como espécies nativas o veado, o tatu e a onça parda, entre outros.
“Na nossa área de estudo, a gente percebe que esse modelo de agricultura intensiva não é um modelo amigável para a biodiversidade”, concluiu. Ela citou que pesquisas anteriores já demonstraram que são necessários, ao menos, de 35% a 40% de vegetação nativa para a manutenção dessa biodiversidade e de serviços associados.
O resultado em relação ao javali - uma das espécies invasoras que mais tem causado danos na região - chamou a atenção dos pesquisadores.
“Ele causa danos à agricultura, pisoteia nascentes, pode transmitir doenças ou ser reservatório de doenças. Para além desses resultados de riqueza [na fauna], a gente percebeu que, em áreas com pouca quantidade de vegetação nativa, se eu aumentar a heterogeneidade dessa paisagem, eu tendo a diminuir a presença do javali”, detalhou.
Diante dessa realidade da agricultura no nordeste do estado, além do controle do desmatamento, uma forma de amortecer os prejuízos que a degradação da vegetação nativa causa à fauna local é tornar as lavouras mais heterogêneas.
“Supondo que a gente restaure a ponto de chegar nesses 20% [de vegetação nativa], uma maneira de ajudar no controle dessa espécie invasora que tem causado tantos danos é aumentar a diversidade dos cultivos agrícolas. Isso pode além de aumentar a riqueza da fauna nativa controlar as espécies invasoras”, finalizou.
Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
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