Jornalista/Radialista
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o papel do Congresso Nacional na aprovação da reforma tributária. A emenda constitucional 132/2023, que institui uma simplificação no sistema de impostos, foi promulgada em sessão do Congresso Nacional, na tarde de quarta-feira (20).
“Guardem essa foto e se lembrem que, contra ou a favor, vocês contribuíram para que esse país, na primeira vez no regime democrático, aprovasse uma reforma tributária a contento da nação brasileira. Ela certamente não vai resolver todos os problemas, mas foi a demonstração de que esse Congresso Nacional, toda vez que teve que mostrar compromisso com o povo brasileiro, ele mostrou. Quando foi desafiado, ele mostrou”, disse o presidente, lembrando também ter sido um parlamentar. Lula foi deputado federal entre 1987 e 1991.
“E é esse Congresso, com direita ou esquerda, com centro ou qualquer outra coisa, mulheres e homens, negros e brancos. Esse Congresso, quer goste ou não o presidente, é a cara da sociedade brasileira que votou nas eleições de 2022”, acrescentou.
A votação do texto havia sido concluída pela Câmara dos Deputados no último dia 15. Lula compareceu à cerimônia, realizada no Plenário da Câmara, que também contou com as presenças do presidente do Senado e Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), e centenas de deputados e senadores.
No início de seu pronunciamento, Lula elogiou o papel do ministro da Fazenda na articulação da proposta. Para o presidente, Haddad demonstrou “inteligência de fazer uma proposta quando pouca gente acreditava que fosse possível passar”. Já o ministro da Fazenda, durante seu discurso, pediu que, com a reforma aprovada em vigor, o Supremo Tribunal Federal (STF) atue para fazê-la valer na prática.
“A partir deste momento, essa emenda tem um guardião. O guardião é o Supremo. Contamos com o Supremo para que essa emenda seja recebida com a generosidade que ela merece, para que possamos consolidar essa reforma ao longo dos anos”, afirmou.
Haddad também destacou o caráter construtivo da proposta, e disse que a reforma tributária é “perfeita” porque foi realizada em um regime democrático. “Isto aqui é o vetor de muitas vontades, que aglutinou muitos anseios, que aglutinou muitas disputas, sendo muitas delas legítimas em proveito de uma solução. Ela [reforma] é perfeita porque foi feita sob uma democracia. Todo mundo foi ouvido, todo mundo participou. Ela é perfeita, porque também contém, em seu próprio texto, a cláusula da sua periódica revisão. Ela é humilde e reconhece em seu processo histórico que há de torná-la ainda melhor”, celebrou.
Já a ministra do Planejamento afirmou que a reforma vai dar dignidade ao povo brasileiro e atende a população mais pobre do país. “É a reforma que vai dar dignidade para o povo brasileiro, porque é a reforma dos mais pobres. Agora entendemos porque é a mãe de todas as reformas. É a reforma das mulheres brasileiras, porque lamentavelmente, a cara mais pobre do povo brasileiro é sempre de uma mulher negra, do Norte e do Nordeste”, disse Simone Tebet, ao lembrar que as mudanças aprovadas preveem que a cesta básica de alimentos passa a ser isenta de tributos.
Nem os afagos de Lula aos parlamentares diminuíram o clima de polarização existente no Congresso. Durante a cerimônia, em um plenário lotado, parlamentares da base do governo e da oposição se exaltaram com a presença do presidente e transformaram o local em uma espécie de arquibancada de estádio. De um lado, manifestações de apoio ao presidente. Do outro, opositores gritando palavras contra o mandatário. Quando falou, o presidente da Câmara, Arthur Lira, chegou a pedir contenção dos parlamentares, para que mantivessem o decoro.
Após 30 anos de discussão, a reforma tributária simplificará a tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços.
Cesta básica, remédios, combustíveis, serviços de internet em streaming, os produtos são diversos. Com uma longa lista de exceções e de alíquotas especiais, o novo sistema tributário terá impactos variados conforme o setor da economia. Paralelamente, pela primeira vez na história, haverá medidas que garantam a progressividade na tributação de alguns tipos de patrimônio, como veículos, e na transmissão de heranças.
Ao longo do próximo ano, o Congresso terá de votar leis complementares para regulamentar a reforma tributária. Segundo Fernando Haddad, os projetos serão enviados nas primeiras semanas de 2024.
Também no próximo ano, o governo poderá dar início à reforma do Imposto de Renda, com mudanças como a taxação de dividendos (parcela de lucros das empresas distribuídos aos acionistas). Nesse caso, porém, as mudanças ocorrerão por meio de projeto de lei, com quórum menor de votação.
A nova tributação das mercadorias e dos serviços começará a entrar em vigor em 2026 e só terminará em 2033. A transição para a cobrança do imposto no destino (local de consumo) se iniciará em 2029, levará 50 anos e só será concluída em 2078.
Por Pedro Rafael Vilela e Carolina Pimentel - Repórteres da Agência Brasil
BUENOS AIRES - Sentado no centro de uma mesa na Casa Rosada, rodeado de 12 ministros e membros de seu governo, o presidente ultraliberal Javier Milei anunciou em rede nacional um "megadecreto" que revoga ou altera mais 300 leis para desregular a economia da Argentina.
Depois de fazer uma longa introdução dizendo que o Estado e os políticos são a causa dos problemas do país, ele citou uma lista de 30 dessas normas que ele agora alterou. As leis que ele revogou se referem a temas como controles de preços, aluguéis, redes de abastecimento e privatizações de empresas públicas.
Estão na lista também planos de saúde, farmacêuticas, vinícolas, agências de turismo e até clubes de futebol. Uma das principais mudanças será no setor aduaneiro: "Está proibido proibir exportações na Argentina", disse Milei no texto lido por ele em cerca de 15 minutos.
O anúncio aconteceu horas depois que organizações sociais e algumas centrais sindicais fizeram o primeiro ato contra o seu governo e os duros cortes de gastos que ele prometeu fazer para reduzir o déficit fiscal e a inflação de 161% anuais no país.
POR FOLHAPRESS
EUA - O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, instou o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, na quarta-feira (20), a agir lentamente sobre a decisão que define se tem (ou não) imunidade presidencial contra processos federais por crimes de subversão eleitoral que cometeu durante o seu mandato - uma questão que tem de ser resolvida antes do julgamento.
A questão, segundo o comunicado de Trump, citado pelo New York Times, "deve ser resolvida de maneira cautelosa e deliberada - não a uma velocidade vertiginosa", pedindo aos juízes que não se "apressem a decidir as questões de forma imprudente".
O pedido parece fazer parte da estratégia geral de Trump de tentar atrasar o julgamento do caso, que está programado para começar a 4 de março
Recorde-se que o procurador especial Jack Smith pediu ao Supremo Tribunal, na semana passada, que revisse uma decisão de um tribunal (distrital) inferior de que Trump, como ex-presidente, não está imune ao caso criminal de subversão eleitoral. Smith, no seu apelo aos juízes, pediu-lhes que tomassem a rara medida de rever a questão antes que o tribunal federal de apelações em Washington DC opinasse.
Na nota, o ex-presidente afirma ainda que o desejo de Smith de um tratamento acelerado era motivado por considerações políticas, considerando que Smith confunde o "interesse público" com o interesse partidário em assegurar que seja sujeito a um julgamento criminal com a duração de um mês, no auge de uma campanha presidencial em que é o principal candidato e o único opositor sério da atual administração.
É provável que o Supremo Tribunal decida em breve se deve ou não ouvir o caso. Se o fizer, poderá ouvir os argumentos em janeiro e emitir uma decisão nas semanas seguintes. Se rejeitar o caso por agora, o tribunal de recurso analisará a questão, sendo provável que o caso seja lhe seja novamente apresentado, já que o tribunal de apelações disse que agilizará a revisão do assunto.
Com a apresentação do processo por parte de Trump, os juízes podem anunciar a qualquer momento se vão ouvir o caso. Mesmo que se recusem a ouvi-lo antes de o tribunal das apelações se pronunciar, é provável que o caso volte a ser apresentado em breve, uma vez que o tribunal de recurso afirmou que vai acelerar a sua análise da questão.
Vale lembrar que o Supremo Tribunal do estado norte-americano do Colorado tomou, na terça-feira, uma decisão histórica, declarando que o ex-presidente dos Estados Unidos fica proibido de participar nas próximas eleições presidenciais em 2024 e não pode aparecer no boletim de voto na região, devido a uma "proibição por insurreição" com base na Constituição.
Trump é acusado de vários crimes relacionados com a invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021, bem como por tentativas de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020, que perdeu para Biden.
O ex-presidente negou todas as acusações e continua a alegar que as eleições foram roubadas - algo que várias decisões jurídicas, entidades independentes e órgãos de comunicação refutam. Afirma ainda que as acusações com base na 14.ª emenda, são um abuso do sistema.
EUA - Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começam daqui a pouco mais de sete meses e os responsáveis pela seleção americana de boxe estão com o objetivo de aumentar o número de fãs e espectadores na modalidade. Para isso, fecharam uma parceria com o influenciador digital e pugilista Jake Paul. O lutador vai participar do treinamento dos atletas durante o inverno nos Estados Unidos e vai ajudar a fomentar o esporte entre seu público.
O órgão que governa o boxe amador anunciou a parceria com Paul na última terça-feira. O influenciador utilizou suas redes sociais para compartilhar a novidade.
Im honored to partner with USA Boxing as the 2024 Paris Olympics approach. I’ll be training with the Olympic squad in Colorado Springs this winter and accompanying them to Paris this July to amplify our country’s best amateur boxers.
— Jake Paul (@jakepaul) December 19, 2023
My commitment to boxing is much more than my… pic.twitter.com/qKwHs0S5ov
"Estou honrado em fazer parceria com o USA Boxing à medida que as Olimpíadas de Paris de 2024 se aproximam. Estarei treinando com a equipe olímpica em Colorado Springs neste inverno e vou acompanhar o grupo em Paris para ajudar os melhores boxeadores amadores do nosso país. Meu compromisso com o boxe vai além das minhas realizações no ringue. Estou determinado a fazer com que meu impacto fora do ringue seja maior do que qualquer coisa que faço dentro dele. Acredito que os Estados Unidos têm os melhores boxeadores. Vamos colocar isso à prova. Qualquer pessoa que trabalhe o suficiente para lutar pelo seu país na competição mais icônica tem o meu apoio. Equipe EUA, vamos!!! Vejo vocês em Paris", disse Jake Paul em publicação no X (antigo Twitter).
Em comunicado oficial, o USA Boxing destacou que, além de aumentar o número de fãs e espectadores interessados pela modalidade, a união entre o pugilista e a instituição vai servir para influenciar os atletas que estão começando no esporte.
- Esta parceria entre Paul e a equipe dos Estados Unidos será um esforço conjunto para criar uma onda de entusiasmo para o boxe nas Olimpíadas do próximo ano, ao mesmo tempo que educa os melhores talentos do boxe amador dos Estados Unidos sobre a importância de desenvolver suas habilidades dentro e fora do ringue - disse o comunicado do USA Boxing.
Jake Paul é acompanhado por mais de 25 milhões de pessoas em uma de suas redes sociais. Além de usar sua influência para trazer parte do seu púbico para consumir e incentivar o boxe, o americano tem como um de seus objetivos colocar em evidência os integrantes da seleção norte-americana que vão disputar os Jogos de 2024.
- Sempre foi meu propósito destacar não apenas o boxe como esporte, mas também as pessoas que trabalham tanto para serem as melhores nessa modalidade (...) As Olimpíadas são o maior palco do mundo e estou honrado em ajudar a conscientizar o boxe dos EUA e orientar esses jovens e inspiradores atletas enquanto eles lutam pelo ouro - disse o influenciador.
Jake Paul luta profissionalmente desde 2020 e tem nove combates no cartel (8 - 1). Sua última performance aconteceu em dezembro deste ano, quando enfrentou o compatriota Andre August e saiu vitorioso em mais um combate. O único revés que o atleta tem na carreira aconteceu em junho contra Tommy Fury.
Por Combate.com
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