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Rede reúne pesquisadores de diferentes locais para ampliar pesquisas sobre biodiversidade e conservação

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia da Biodiversidade e Uso Sustentável de Peixes Neotropicais (INCT-Peixes), sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), iniciou suas atividades em 2023 e reúne pesquisadores nacionais e internacionais de universidades, órgãos públicos, empresas e institutos de pesquisa. O grupo é voltado aos estudos sobre a biodiversidade de peixes neotropicais, em busca de ampliar o conhecimento e o estabelecimento de estratégias que apoiem a conservação, elaboração de políticas públicas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras na cadeia produtiva desses peixes.
O Brasil possui a maior quantidade de rios, lagos e aquíferos e abriga quase ¼ dos peixes de água doce do mundo, com mais de 6,2 mil espécies descritas. No entanto, essa biodiversidade ainda é desconhecida. "Descrever essa biodiversidade e estudar sua diversidade genética é fundamental para identificar áreas importantes para conservação e estabelecimento de políticas públicas", descreve Marcelo de Bello Cioffi, docente do Departamento de Genética e Evolução (DGE) da UFSCar e coordenador do INCT-Peixes.
Além disso, as pesquisas nessa área são relevantes também para a aquicultura e podem trazer tecnologias inovadoras que ajudem a impulsionar a cadeia produtiva de peixes nativos com segurança alimentar e alto valor agregado. Outra importância dos peixes é que eles ajudam a monitorar a qualidade da água e isso tem participação direta no desenvolvimento de políticas públicas que remontam à segurança alimentar e ambiental.
De acordo com Cioffi, os projetos de pesquisas do INCT-Peixes visam integrar diferentes áreas do conhecimento com objetivo de desvendar a rica biodiversidade de peixes neotropicais, contribuindo para a sua conservação e uso sustentável.
Além de apoiar a fixação de jovens pesquisadores, o INCT pretende mostrar à sociedade a importância do conhecimento da biodiversidade de peixes e da sua conservação para as gerações futuras. "Almejamos não apenas expandir nosso conhecimento científico, mas também inspirar ações concretas para a preservação dessas espécies e a promoção de um uso sustentável de nossos recursos", reflete o docente. Ao finalizar, Marcelo Cioffi destaca o papel crucial do INCT-Peixes na promoção do conhecimento, na conservação da biodiversidade e na conscientização da sociedade sobre a importância dos peixes para o equilíbrio ambiental. "O Instituto visa ser uma referência na área, contribuindo significativamente para o entendimento e preservação do ecossistema aquático", conclui.
Mais informações sobre o INCT-Peixes podem ser acessadas no site www.inctpeixes.ufscar.br ou no vídeo disponível em https://bit.ly/49n86KC.

Inscrições para mestrado e doutorado no PPGLit estão abertas até 5/10

 

SÃO CARLOS/SP - De 23 de agosto até 5 de outubro, o Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura (PPGLit) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas no processo seletivo de alunos regulares para ingresso nos cursos de mestrado e doutorado, para ingresso em 2024. 
O processo seletivo, tanto para o mestrado quanto para o doutorado, será composto por duas etapas eliminatórias: prova teórica e avaliação do projeto de pesquisa. A inscrição deve ser realizada por meio digital, com o preenchimento de formulário online. 
A área de concentração do Programa é Estudos de Literatura, com duas linhas de pesquisa: "Literatura, história, cultura e sociedade" e "Literatura, linguagens e meios". Mais informações estão em www.ppglit.ufscar.br. Todas as informações devem ser conferidas no edital, disponível no site do PPGLit (www.ppglit.ufscar.br). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já liberou 23 produtos terapêuticos à base de cannabis medicinal no Brasil

SÃO PAULO/SP - De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Canabinóides (BRCANN), os pedidos para importação de produtos de cannabis medicinal mais do que dobraram em 2021 no comparativo com o ano de 2020. No ano passado, foram 40.191 novos pedidos de importação de medicamentos com CBD (canabidiol), 110% a mais do que no ano de 2020, que contabilizou 19.150 importações. A cannabis medicinal tem tido cada vez mais aceitação por parte dos brasileiros, tanto que 70% da população apoia o uso medicinal da cannabis, segundo a pesquisa “Cannabis é Saúde”, realizada pelo CIVI-CO, polo de negócios de impacto cívico-sócio-ambiental.

Desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já liberou 23 produtos terapêuticos à base de cannabis medicinal no Brasil. Os produtos são utilizados para diversos tratamentos como dores crônicas, epilepsia, insônia e ansiedade. Para continuar descobrindo as propriedades da cannabis medicinal no tratamento de outros transtornos e doenças, e garantir que o medicamento possa ser utilizado pelos pacientes de forma segura, é fundamental que eles sejam estudados e avaliados através da pesquisa clínica.

“A pesquisa clínica é realizada para avaliar a segurança e a eficácia de um determinado medicamento e também descobrir novas opções de tratamentos para diversas doenças. Em suma, é quando voluntários participam de testes com medicamentos que estão sendo produzidos para saber se ele é de fato eficaz e se existem efeitos colaterais”, explica Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO).

Os estudos clínicos têm um papel fundamental no avanço do uso medicinal da cannabis, já que através deles foi possível comprovar seus benefícios e, dessa maneira, quebrar alguns tabus ligados ao seu uso. Esse preconceito inclusive é um dos entraves que faz com que o Brasil acabe ficando para trás quando o assunto é pesquisa clínica com cannabis medicinal.

“Para ajudar na desconstrução desse preconceito é necessário conscientizar as pessoas sobre o assunto e criar estratégias públicas para que o tema consiga atingir diversos âmbitos da sociedade brasileira. Isso iria deixar as pessoas cientes da segurança do produto e ele poderia se tornar mais acessível à população.”, pontua Francisco.

Um outro entrave ocorreu no ano passado, quando uma nova norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) restringiu o uso de medicamentos de canabidiol apenas para casos de epilepsias. A decisão foi suspensa “temporariamente” após críticas de médicos e entidades. “Um estudo feito durante seis meses pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, com 28 pessoas diagnosticadas com doença de Alzheimer, mostrou que o uso diário de um composto de THC (Tetrahidrocanabinol) e CBD (Canabidiol) ajudou no tratamento desses pacientes”, diz Francisco.

Além disso, aqui no Brasil, existe um atraso muito grande no tempo de aprovação dos estudos, e isso acaba deixando o país atrás de países como Argentina e Chile no ranking de lugares que mais avançam em pesquisas clínicas. Como no Brasil não existe autorização para cultivar a planta para uso medicinal, os fabricantes precisam importar a matéria-prima de outros países, o que acaba elevando grandemente os custos do produto final.

“Investir em estudos clínicos de cannabis é um ganho enorme para o país, pois além de contribuir com o avanço da medicina e colocar o Brasil em lugar de destaque no campo da ciência e saúde, faz com que os brasileiros tenham acesso a tratamentos de ponta por um custo bastante reduzido”, finaliza Francisco.

INGLATERRA - A maioria das pessoas conhece distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia e o transtorno bipolar. Mas existem algumas condições tão incomuns que muitos psiquiatras não encontrarão um único caso em toda a sua vida profissional.

Aqui, apresento cinco das síndromes mais raras — e estranhas — conhecidas pela psiquiatria.

 

1. Síndrome de Fregoli

A síndrome de Fregoli acontece quando alguém acredita que pessoas diferentes, na verdade, são a mesma pessoa que simplesmente muda de aparência. Pessoas com esta síndrome costumam sentir-se perseguidas por quem elas acreditam estar disfarçada.

O nome do distúrbio vem do ator de teatro italiano Leopoldo Fregoli (1867-1936), que ficou conhecido pela sua notável capacidade de mudar de aparência rapidamente no palco.

A síndrome de Fregoli ocorre tipicamente em conjunto com outros distúrbios mentais, como o transtorno bipolar, a esquizofrenia e o transtorno obsessivo-compulsivo. Ela pode também ser causada por lesões cerebrais e pelo uso da droga levodopa, durante o tratamento de mal de Parkinson.

Um estudo de 2018 concluiu que menos de 50 casos foram relatados em todo o mundo desde a descoberta desta condição. Mas um estudo mais recente, de 2020, relatou incidência de 1,1% entre pacientes que sofreram AVC. Por isso, certamente são mais de 50 casos, mas ainda é algo muito raro.

Não existe cura conhecida para a síndrome de Fregoli, mas o tratamento com drogas antipsicóticas pode reduzir os sintomas.

 

2. Síndrome de Cotard

A síndrome de Cotard, também conhecida como “síndrome do cadáver ambulante”, ocorre quando as pessoas têm a crença ilusória de que estão mortas e não existem. Outras acreditam que partes do seu corpo estão faltando.

O nome da síndrome vem do neurologista francês Jules Cotard (1840-1889), que descreveu a condição pela primeira vez em 1882.

A esquizofrenia, a depressão e o transtorno bipolar são fatores de risco para a síndrome de Cotard. Mas ela também foi relatada como um raro efeito colateral do medicamento antiviral aciclovir.

Acredita-se que a síndrome seja originada da desconexão entre as regiões do cérebro que reconhecem os rostos e as regiões que associam o conteúdo emocional a esse reconhecimento facial.

Esta condição rara normalmente é tratada com antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores do humor, além de terapia eletroconvulsiva.

 

3. Síndrome da mão alienígena

A síndrome da mão alienígena é um dos distúrbios neurológicos mais estranhos que existem.

Ela ocorre quando a mão de uma pessoa parece ter mente própria e age de forma autônoma. A sensação da pessoa é que sua mão não lhe pertence.

Esta síndrome foi identificada pela primeira vez em 1908, mas só foi definida claramente no início dos anos 1970.

A expressão “síndrome da mão alienígena” foi cunhada pelo neurofisiologista norte-americano Joseph Bogen (1926-2005), para descrever um comportamento voluntarioso incomum, observado ocasionalmente durante a recuperação de certos tipos de cirurgia cerebral.

As pessoas que sofrem da síndrome da mão alienígena tipicamente possuem transtornos do processamento sensorial e se dissociam das ações da sua mão.

Pesquisas indicam que as pessoas com a síndrome frequentemente personificam a mão alienígena e podem acreditar que ela está possuída por algum outro espírito ou forma de vida extraterrestre.

As causas da síndrome incluem demência, AVC, doença de príon (uma doença cerebral fatal), tumores e convulsões. Casos de síndrome da mão alienígena também foram relatados entre pacientes que passaram por cirurgia para separar os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, no tratamento de epilepsia grave.

A síndrome é muito rara. Uma análise de 2013 encontrou apenas 150 casos nas publicações médicas.

Embora não haja cura conhecida para a síndrome da mão alienígena, os sintomas podem ser gerenciados e minimizados, até certo ponto, mantendo a mão afetada ocupada e envolvida em uma tarefa — dando um objeto para que ela segure, por exemplo.

Outros tratamentos incluem injeções de toxina botulínica e terapia de caixa de espelhos. Pacientes com caso de AVC costumam apresentar melhor sucesso no tratamento.

 

4. Síndrome de Ekbom

A síndrome de Ekbom é uma alucinação tátil que faz com que as pessoas acreditem que estão infestadas por parasitas. Muitas vezes, elas sentem insetos rastejando sob a sua pele.

A síndrome recebeu o nome do neurologista sueco Karl Ekbom (1907-1977), que descreveu a condição pela primeira vez no final dos anos 1930.

O número exato de pessoas que sofrem desta síndrome é desconhecido, mas um estudo relatou que existem cerca de 20 novos casos por ano em uma grande clínica de referência nos Estados Unidos.

Segundo uma meta-análise de 1.223 casos de Ekbom, a síndrome é mais comum entre as mulheres (que representam dois terços dos pacientes) e em pessoas com mais de 40 anos. Os sintomas duram tipicamente de três a quatro anos.

A síndrome de Ekbom é associada a diversas condições, incluindo esquizofrenia paranoide, doença cerebral orgânica, neurose e transtorno de personalidade paranoide. Ela também foi relatada em pessoas com abstinência de álcool, abuso de cocaína, AVC, demência e lesões em uma parte do cérebro chamada tálamo.

Os pacientes que sofrem da síndrome de Ekbom, muitas vezes, não querem receber tratamento psicológico porque estão convencidos de que o problema exige tratamento médico.

 

5. Síndrome de Alice no País das Maravilhas

Na síndrome de Alice no País das Maravilhas, também conhecida como síndrome de Todd, a sensação de imagem do corpo, visão, audição, tato e espaço/tempo da pessoa estão distorcidos.

Pessoas com a condição tipicamente observam objetos como se fossem menores do que a realidade e as pessoas parecem maiores do que são. Ou o contrário: os objetos são percebidos como maiores do que são e as pessoas parecem menores.

Estas experiências podem ser acompanhadas por sensações de paranoia.

Pouco se sabe sobre a incidência deste distúrbio, que afeta principalmente crianças e pessoas que sofrem de enxaqueca.

As pessoas com a condição podem ficar assustadas e entrar em pânico. Por isso, o tratamento bem sucedido, muitas vezes, inclui repouso e relaxamento.

Na maioria dos casos, é uma condição que dura relativamente pouco tempo. O estudo mais recente sobre a síndrome de Alice no País das Maravilhas relatou que cerca da metade dos pacientes são tratados com sucesso.

 

 

*Mark Griffiths é diretor da Unidade Internacional de Pesquisa em Jogos e professor de Dependência Comportamental da Universidade Trent de Nottingham, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.

Parceria com a UFPR, tecnologia facilita diagnóstico da hanseníase, que persiste como problema de saúde pública no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Um teste inovador para diagnóstico de hanseníase desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), acaba de ser anunciado vencedor do Prêmio Dasa-Veja Saúde de Inovação Médica 2021 (https://premiodeinovacaomedica.com.br), na categoria Medicina Diagnóstica. A premiação, conduzida por júri técnico formado por profissionais que são referências na Medicina brasileira, busca, segundo os organizadores, reconhecer projetos, instituições e profissionais de Saúde "que fazem a diferença nas áreas científica, clínica e assistencial". Além de Medicina Diagnóstica, há as categorias de inovação em Prevenção e Promoção da Saúde; Genômica; Tratamento; Medicina Social; e Healthtech.
"Foi com muita satisfação que recebemos a notícia da premiação. Entendemos que é um reconhecimento do nosso trabalho, do esforço que temos dispendido em pesquisa ao longo dos anos. Temos conseguido obter resultados bastante interessantes em termos de diagnóstico e, especificamente este para hanseníase, que é uma doença negligenciada, é algo que é motivo de muito orgulho e de muita alegria", compartilha Ronaldo Censi Faria, docente do Departamento de Química (DQ) da UFSCar e coordenador do Laboratório de Bioanalítica e Eletroquímica (www.labie.ufscar.br).
O teste vem se somar a uma série de outros dispositivos desenvolvidos pelo grupo de Faria, como os dispositivos para diagnóstico precoce de Alzheimer, alguns tipos de câncer e, mais recentemente, também Covid-19. Essas plataformas, dentre outras características, funcionam a partir de mecanismo chave-fechadura entre duas moléculas - no caso, peptídeo presente no bacilo causador da hanseníase e anticorpo - que, quando se ligam, emitem sinal eletroquímico que pode ser lido nos dispositivos desenvolvidos. No teste para diagnóstico da hanseníase, quanto mais bacilos presentes no paciente, mais anticorpos ele desenvolve e, quanto mais anticorpos, maior o sinal eletroquímico medido.

Hanseníase
A eliminação da hanseníase está no horizonte da Organização Mundial da Saúde (OMS) para os próximos 10 anos. No Brasil, no entanto, a doença persiste como problema de saúde pública. Na estratégica global de combate elaborada pela OMS, um dos aspectos centrais é justamente a detecção ativa e precoce de novos casos, para interrupção da cadeia de transmissão. O diagnóstico precoce também é importante para que o tratamento comece o mais rapidamente possível e, assim, sejam evitados danos permanentes às pessoas acometidas.
No entanto, hoje, o diagnóstico ainda é sobretudo clínico, ou seja, apenas após o aparecimento dos sintomas, o que pode demorar anos desde a infecção, e o desenvolvimento de testes para uso na comunidade ou no local do primeiro atendimento é, inclusive, um dos grandes desafios elencados entre as prioridades de pesquisa na estratégia de OMS.
"Quando as pessoas com hanseníase procuram atendimento, é muito comum que o comprometimento já seja grande. Em 2019, por exemplo, 10% dos novos casos no Brasil, cerca de duas mil pessoas, já tinha o chamado comprometimento de grau dois, com perda de acuidade visual e dificuldade, por exemplo, de segurar um copo. Por isso também a relevância do diagnóstico precoce", conta Juliana Ferreira de Moura, docente do Departamento de Patologia Básica da UFPR que, junto com Faria, orienta os trabalhos que resultaram no teste patenteado e, agora, premiado. Além deles, são titulares da patente Cristiane Zocatelli Ribeiro e Sthéfane Valle de Almeida, estudantes de doutorado orientadas, respectivamente, por Moura e Faria.
Mais informações sobre a nova tecnologia e seu processo de desenvolvimento podem ser conferidas em matéria publicada recentemente no Portal da UFSCar (em https://www.ufscar.br/noticia?codigo=14098). Os estudos e esforços de pesquisa que resultaram no teste contaram com apoio financeiro do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O processo de registro da patente teve apoio da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar.

HOLANDA - Alunos da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e da Universidade de Ciências Aplicadas de Roterdã, na Holanda, uniram-se para pensar soluções para proteger o Rio de Janeiro da elevação do nível do mar provocada pelas mudanças climáticas. Os estudantes projetaram uma barragem de 9,5 quilômetros de extensão por 11 metros de altura, a ser implantada na Ponte Rio-Niterói, que ajudaria a evitar a inundação de parte dos municípios do Rio de Janeiro, incluindo o Aeroporto Internacional Tom Jobim-Riogaleão, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Itaboraí e São Gonçalo.

O projeto é baseado em modelagem elaborada pelo Climate Central, organização sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos, e prevê um cenário crítico de mudanças climáticas, com aumento de 3 metros do nível do mar.

A UVA foi a única universidade brasileira a participar do desafio Protecting Delta Cities: International Student Challenge, promovido pela universidade holandesa. A iniciativa teve por objetivo estimular jovens pesquisadores de nove países a pensar em alternativas para proteger cidades localizadas em deltas e regiões litorâneas de um aumento de 3 metros do nível do mar. A lista das cidades potencialmente atingidas incluía o Rio de Janeiro; Nova Iorque, nos Estados Unidos; Durban, na África do Sul; e Taipei, na ilha de Taiwan.

Segundo Viviane Japiassú, professora dos cursos de graduação em Engenharia Ambiental e Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente da Universidade Veiga de Almeida e coordenadora do projeto Que Chuva É Essa?, na Holanda, a Universidade de Roterdã selecionou grupos de alunos para trabalhar sobre cada cidade. Estes uniram-se aos alunos da UVA em reuniões semanais, durante um mês, para elaborar uma proposta para a Baía de Guanabara.

As soluções formuladas pelos grupos foram apresentadas em um seminário realizado em novembro deste ano.

Viabilização

“A ideia é dar continuidade à colaboração, para ver como viabilizar a proposta e adequar algumas limitações que possam aparecer”, disse Viviane à Agência Brasil. Na semana que vem, o grupo da UVA terá uma reunião com representantes da prefeitura do Rio para falar sobre a proposta e os caminhos para viabilizar ou readequar o projeto.

De acordo com a professora, as cidades que estão na área costeira brasileira vão sofrer muito com o aumento do nível do mar.

Os alunos da Veiga de Almeida focaram o projeto na Baía de Guanabara, levando em conta a grande expertise da Holanda na construção de barragens marítimas. Todos os estudantes holandeses que participaram do desafio cursam engenharia civil, enquanto a maioria dos alunos da UVA estudam engenharia ambiental e apenas um, engenharia elétrica. O grupo teve ainda participação de estudante do mestrado profissional em ciências do meio ambiente, que integra o projeto de pesquisa e extensão Que Chuva É Essa?, que desenvolve estudos e ações voltados para a redução de riscos de desastres associados a chuvas extremas no Rio.

“O tempo todo a gente focou na importância socioambiental da Baía de Guanabara”, disse Viviane. A professora explicou que a solução não poderia se restringir a fechar a Baía de Guanabara. A opção pela implantação de uma barragem na ponte, e não na entrada da baía, objetivou permitir a circulação de navios no Porto do Rio, facilitando o tráfego marítimo de grandes embarcações, além de preservar o ecossistema local, que tem importância socioeconômica para comunidades do entorno, como a de pescadores artesanais.

“Uma vez que a gente consiga reter a elevação nesse ponto, protegerá também os municípios e o Aeroporto do Galeão, que seria inundado com esses 3 metros de elevação do mar”, explicou a professora.

Energia

O projeto dos estudantes prevê ainda a instalação de painéis solares na barragem capazes de gerar mais de 80 megawatts/hora de energia por dia, o suficiente para abastecer mais de 14 mil residências da região ou para bombear mais de 2 mil litros de água da baía de volta para o mar. Outro potencial de geração de energia descrito no projeto viria do aproveitamento da vibração gerada pelos veículos ao passarem na Ponte Rio-Niterói.

Dois rapazes e cinco mulheres formavam o grupo da Universidade Veiga de Almeida, e a turma olandesa tinha somente rapazes. No total, a equipe contou com dez participantes.

Uma das estudantes cariocas que integram o grupo é Larissa Stankevicius, que cursa o 8º período de engenharia ambiental. Após o choque cultural inicial, o grupo passou a se encontrar toda semana, para desenvolver a solução, contou Larissa. Ela disse à Agência Brasil que é preciso dar continuidade ao projeto, para que este venha a ajudar de alguma maneira, se for possível.

Inscrições acontecem em 26 e 27 de julho no Programa de Pós-Graduação em Educação

 

SÃO CARLOS/SP - Nos dias 26 e 27 de julho, estarão abertas as inscrições para candidatos que queiram cursar, na condição de alunos especiais, a disciplina "Estudos sobre o jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação: abordagens teórico-metodológicas", ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 

A disciplina tem como professores responsáveis Aline Sommerhalder, do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP), e Fernando Alves, do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH), ambos do Centro de Pesquisa da Criança e de Formação de Educadores da Infância (Cfei) da UFSCar, e conta com os docentes estrangeiros convidados Antonio Garaboldi e Antonella Pugnaghi, da Università degli Studi di Modena e Reggio Emilia (UniMore), na Itália.

As inscrições podem ser feitas nos dias 26 e 27 de julho, conforme as instruções que serão publicadas no dia 22 de julho no site www.ppge.ufscar.br. A disciplina será ministrada online, no período de agosto a dezembro de 2021, às quartas-feiras, das 8 às 12 horas. Parte das aulas e bibliografia será em italiano. 

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A disciplina é fruto do Convênio de Cooperação Acadêmica e Científica entre a UFSCar, o Cfei e a UniMore. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Inscrições de devem ser feitas de 2 a 6/8, por meio eletrônico

 

SÃO CARLOS/SP - De 2 a 6 de agosto, o Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura (PPGLit) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) receberá inscrições de pessoas interessadas em cursar disciplinas no segundo semestre de 2021, na condição de alunos especiais. 

São ofertadas 10 disciplinas para alunos especiais: "Tópicos especiais em sociologia: monstros e demônios"; "Literatura, história e pensamento social"; "Murilo Mendes e os modernistas"; "Literatura e meios audiovisuais"; "Representação da cidade na Literatura"; "Literatura, diferenças e desigualdades"; "Estudar objetos editoriais"; "Machado de Assis e a interpretação do Brasil"; "Paisagem, memória e experiência: configurações da poesia brasileira contemporânea"; e "Impressionismo e Literatura". Informações sobre datas e horários de cada atividade, bem como docentes responsáveis, estão disponíveis no site do Programa (https://bit.ly/36iNNz8).

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Podem se inscrever graduandos que desenvolvam pesquisa em nível de Iniciação Científica na linha de pesquisa da disciplina pretendida (especificadas no site https://bit.ly/36iNNz8), bem como portadores de diploma de graduação, não matriculados nos cursos do PPGLit, que demonstrem interesse em cursar disciplina cujo conteúdo contribua para seu aprimoramento profissional.

A inscrição deverá ser realizada até as 16 horas do dia 6 de agosto, por meio de preenchimento de formulário online e envio de documentação. Mais informações podem ser acessadas no site do PPGLit (www.ppglit.ufscar.br). O resultado será divulgado no dia 14 de agosto e as aulas têm início previsto para o dia 16 de agosto. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Sobre o Programa

Criado em 2011, o PPGLit objetiva a formação de pesquisadores e docentes de nível Superior altamente qualificados no que concerne às várias especificidades do campo literário, entendido como o campo de forças estéticas, culturais e sociais em que se forma cada texto, para atuarem no meio acadêmico, mas também no mercado que se vale das linguagens de um modo geral, para os quais o saber literário em nível acadêmico de mestrado e doutorado pode contribuir. 

A área de concentração do Programa é Estudos de Literatura e são duas as suas linhas de pesquisa: Literatura, história, cultura e sociedade e Literatura, linguagens e meios. Mais informações estão em www.ppglit.ufscar.br.

 

Pesquisa busca voluntários que convivem com crianças de 6 meses a 4 anos

 

SÃO CARLOS/SP - A inserção das crianças no mundo digital vem sendo estudada por países da América do Norte, da Europa e da América Latina. Entretanto, pouco sabemos das características do uso e quais os efeitos da televisão, do celular e do computador/notebook - as telas - no desenvolvimento das nossas crianças. Nas famílias, cresce o uso das telas como um recurso cotidiano para as atividades das crianças, até mesmo das que têm menos de 1 ano de idade. 

Uma pesquisa do Laboratório de Interação Social (LIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) trata da perspectiva dos adultos sobre o uso de telas por crianças. O estudo tem por objetivos mapear o tempo de tela das crianças de 6 meses a 4 anos de idade, durante a pandemia da Covid-19, e estimar o papel dos conteúdos vistos pelas crianças no desenvolvimento da fala delas. A pesquisa está sendo desenvolvida pela bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) da UFSCar, Letícia Rinolfi Pereira, que é orientada pela professora do Departamento de Psicologia (DPsi), Maria Stella C. Alcantara Gil. 

Para participar da pesquisa, estão sendo convidados voluntários com 18 anos ou mais, que devem morar no Brasil e conviver com crianças de 6 meses a 4 anos de idade. Os participantes responderão a um questionário online (https://forms.gle/6E9pJXZc3UrjzGWP8), com duração aproximada de 20 minutos. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE:39916620.7.0000.5504)

BRASÍLIA/DF - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou hoje (11) a retomada do estudo clínico da vacina CoronaVac, uma das que estão em fase de testes no país, conduzidos pelo Instituto Butantan. A agência disse ter recebido do Butantan novas informações sobre o “evento adverso grave” (EAG) que levou a Anvisa a suspender os estudos na última segunda-feira (9).

“Após avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador depois da suspensão do estudo, a Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG inesperado e a vacina”, informou a agência por meio de nota.

No comunicado, a Anvisa voltou a defender a medida adotada na segunda-feira, que levou em consideração os dados que eram de conhecimento da agência até aquela data e que foram encaminhados ao órgão pelo Instituto Butantan.

Segundo a agência, a decisão se baseou em procedimentos previstos nos protocolos de Boas Práticas Clínicas para este tipo de pesquisa e teve como premissa o “princípio da precaução”, quando conhecimento científico não é capaz de afastar a possibilidade de dano.

Ao justificar a suspensão dos testes, a Anvisa disse que faltavam informações detalhadas sobre a gravidade e as causas do evento, assim como o parecer com o posicionamento do Comitê Independente de Monitoramento de Segurança (Data and Safety Monitoring Board, na sigla em inglês) e o boletim de ocorrência relacionado à provável motivação do EAG e que recebeu ontem (10) esses dados do Butantan.

 

EAG

Ontem, diferentes veículos de comunicação noticiaram que o evento adverso grave foi um óbito, por suicídio, não tendo ligação com a vacina. No entanto, em coletiva de imprensa ontem, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres disse que a agência não havia recebido essa informação por canais oficiais.

“Diante do evento adverso grave, o comitê independente tem que atuar. Então a informação tem que vir daquele canal, os demais canais por mais que tenham informações relevantes, eles não são o comitê independente”, disse.

A Anvisa disse também que, em respeito à privacidade e integridade dos voluntários de pesquisa, não está divulgando a natureza do EAG.

 

Butantan

Após o anúncio da retomada dos estudos, o Butantan divulgou nota sobre o assunto. "Isso vem ao encontro com o que temos afirmado que essa é uma das vacinas mais seguras que está em desenvolvimento nesse momento. A Anvisa compreendeu nossos argumentos.  O óbito referido não tem relação com a vacina e, portanto, o estudo pode ser retomado.", diz o comunicado. O instituto diz ainda que espera dar o andamento ao processo o mais rapidamente possível. "Sabemos que um dia com vacina faz diferença. Nós precisamos dessa vacina o quanto antes e por isso a nossa urgência na finalização desse estudo. Então agradeço à nossa Anvisa pela compreensão e pela rapidez com que foi autorizada a retomada dos estudos clínicos”.

Ontem, em uma coletiva de imprensa sobre o assunto, em São Paulo, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o evento foi reportado detalhadamente à Anvisa no último dia 6 e classificou a decisão da Anvisa como precoce. Na entrevista, Covas ressaltou que os dados foram enviados à Anvisa dentro dos protocolos determinados pela agência reguladora e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), com todas as informações exigidas para o esclarecimento e para evitar a necessidade de paralisação do estudo.

Segundo o Butantan, o voluntário teria recebido a dose no dia 29 de outubro, 25 dias antes de o evento adverso acontecer. Covas disse ainda que o Butantan não sabe se o voluntário, que era paciente do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, tomou a vacina ou o placebo (uma substância que não apresenta interação ou efeito no organismo).

Ainda ontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Anvisa prestasse informações em 48 horas sobre os estudos e o estágio de aprovação das vacinas contra a covid-19 no país.

Na manhã de hoje, parlamentares da Comissão Mista do Congresso que acompanha as medidas relacionadas ao novo coronavírus aprovaram requerimento de convite para ouvir os representantes da Anvisa e do Butantan.

 

 

*Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil

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