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SÃO CARLOS/SP - Mais cedo o São Carlos no Toque e a Rádio Sanca noticiaram que algumas unidades de saúde ficariam desprovidos de médicos a partir de hoje, 24, devido à falta de pagamento.

Agora a pouco, os prestadores de serviço soltaram uma nota à imprensa relatando a paralisação que foi noticiada aqui, e afirmando que será neste dia 25 de agosto.

Nota à imprensa sobre a paralisação dos médicos em 25 de Agosto.

Em nome da classe médica terceirizada, prestadores de serviço para as Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Carlos/SP, em respeito à população residente da mesma, venho por meio desta comunicar a paralisação das atividades médicas nas UBS/PSF a partir do dia 25 de agosto de 2022 devido à falta de pagamento referente aos meses de Junho, Julho e Agosto. Reiteramos que os serviços só voltarão a ser prestados mediante pagamento integral dos valores devidos.

Pedimos compreensão da população e respeito das empresas contratantes - Prefeitura Municipal de São Carlos e OMESC.

Atenciosamente,

Equipe Médica (UBS/PSF).

Até o momento, a OMESC não entrou em contato com nosso departamento de jornalismo.

SÃO CARLOS/SP - Nosso WhatsApp recebeu duas denúncias no mesmo dia para falar sobre saúde e o nosso compromisso com a população fez com que nossa redação entrasse em contato com secretaria de comunicação da prefeitura municipal de São Carlos, para saber o que está acontecendo, porém nosso questionamento à prefeitura foi enviado no dia 07 de outubro, e até o fechamento desta matéria ainda não fomos respondidos.

A primeira internauta fala sobre remédio na farmácia do CEME, Veja na íntegra.

“Ivan, meu marido foi outra vez na farmácia do CEME buscar remédio e novamente não tinha. Faz 3 meses que isso acontece... Ele testemunhou que várias pessoas voltam pra casa sem os medicamentos... E quem não consegue comprar? Você tem como fazer reportagem sobre isso? O remédio que meu marido foi buscar e não tinha é o BISSULFATO DE CLOPIDOGREL 75 MG....na Farmácia custa entre R$30,00 e R$ 35,00 e o SUSTRATE (Propatilnitrato) de 10mg...na Farmácia custa R$ 32,00” (sic).

Processo de “contratação emergencial” já dura quase seis meses e as unidades de saúde continuam sem esses profissionais

 

SÃO CARLOS/SP - O vereador Elton Carvalho (Republicanos) cobrou nesta terça-feira (9) da Prefeitura Municipal de São Carlos a máxima urgência e atenção ao processo n° 1282/2020, que trata sobre a contratação de médicos psiquiatras e ginecologistas para atender as unidades de saúde do município.

O parlamentar afirma que há um erro administrativo no processo de contratação, ocasionando atrasos e penalizando diretamente a população.

“A solicitação de contratação foi feita pela Secretaria de Saúde no dia 9 de outubro de 2020, ou seja, esse mês, completará seis meses. Isso porque é uma contratação ‘emergencial’, com dispensa de licitação”, afirmou Elton. “Analisei o processo, conversei com servidores e o maior erro, a meu ver, é o processo tramitar na Secretaria de Fazenda, Procuradoria, Saúde e não ter passado, logo no início pela Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas, local que a meu ver, deveria ter passado em primeiro lugar”, ratificou.

O vereador explicou que se houver um parecer negativo da secretária Helena Antunes, todo o trabalho investido anteriormente no processo, com participação de diversos servidores, teria sido em vão. Além disso, de acordo com o parlamentar, é inacreditável um processo de contratação em caráter emergencial durar seis meses.

“Nesse prazo seria perfeitamente possível ter realizado uma licitação. É uma demora absurda em áreas tão essenciais para a saúde das pessoas. Se demorar mais, ainda esse mês os orçamentos coletados perderão a validade e os prazos serão ainda maiores. Tenho certeza de que a Câmara Municipal e o alto escalão da Prefeitura dará atenção ao nosso pedido para agilizar a contratação”, finalizou.

Levantamento do Hospital Amaral Carvalho aponta redução no número de pacientes encaminhadas à unidade para diagnóstico e tratamento da doença neste período

 

JAÚ/SP - Neste mês é celebrada a campanha Outubro Rosa, ação voltada para conscientização e prevenção do câncer de mama. Embora o assunto esteja em alta nas redes sociais no momento, a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) trouxe desafios para a prevenção da doença.

Pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, a pedido da farmacêutica Pfizer, apontou que 62% das mulheres deixaram de realizar exames para detecção do câncer de mama neste ano por conta da pandemia. As entrevistas foram feitas virtualmente com 1.400 mulheres brasileiras com 20 anos ou mais.

No Hospital Amaral Carvalho (HAC), neste ano, foram atendidas 270 novas pacientes no Departamento de Mastologia nos meses de março a agosto, cerca de 20% a menos que o mesmo período no ano passado. Já no Pró-mama, programa de prevenção do câncer de mama da Instituição, os números foram ainda mais discrepantes: 46 atendimentos no período contra 169 no ano passado. O serviço foi suspenso por um período, mas já retomou o atendimento, seguindo todas as normas para prevenção da COVID-19. "Percebemos que muitas mulheres estão deixando de vir ao hospital com medo de contrair o vírus e isso é preocupante. A luta é contra o tempo. O quanto antes diagnosticarmos o câncer de mama, mais favorável de se promover a cura", explica o diretor do programa e responsável pela mastologia do Hospital Amaral Carvalho, José Roberto Figaro Caldeira.

Outros números também foram comprometidos pela pandemia. Levantamento do HAC aponta que no período foram 336 retornos e 55 cirurgias a menos, se comparado com 2019. Para o mastologista João Ricardo Auler Paloschi, há chances de o serviço contabilizar futuramente casos mais graves da doença. "Nós tivemos redução de encaminhamentos por dois motivos. Um deles está relacionado ao medo que a pandemia criou nas mulheres, que deixaram de fazer a prevenção. Outro motivo é o impacto que a pandemia trouxe para os centros de realização de exames no País, que foram suspensos por conta da COVID-19. A partir de agora, esperamos receber pacientes com tumores em estágios mais avançados que não foram diagnosticados nesses meses de pandemia."

O Pró-mama está funcionando seguindo as normas de prevenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uso obrigatório de máscaras, distribuição de álcool em gel e orientação sobre a lavagem das mãos. Além disso, os atendimentos são realizados somente por agendamento. "Reiteramos que a pandemia exige cuidados, mas não podemos nos esquecer das outras doenças", afirma o mastologista Ailton Joioso. "Os tratamentos menos agressivos e com altas chances de cura estão relacionados ao diagnóstico precoce. Os exames preventivos precisam ser feitos, ainda que nesse período de pandemia", completa.

A recomendação do médico é que todas as mulheres façam prevenção mamária com consulta com mastologista uma vez por ano e, a partir dos 40 anos, realizem a mamografia anualmente, de acordo com a orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia.

 

Prevenção
O HAC mantém o programa Pró-Mama, um dos cinco programas de prevenção da unidade. O serviço, iniciado em 2004, foi suspenso por um período por conta da pandemia da COVID-19, mas já retornou e atende cerca de 500 pacientes todos os anos com consultas e exames, favorecendo o diagnóstico precoce do câncer de mama e aumentando as chances de cura.
O atendimento é voltado para pacientes de Jaú que procuram os postos de Unidade Básica de Saúde (UBS) com alguma queixa mamária e são encaminhadas para o HAC para rastreamento e exames.

Profissionais atuam na região de Aquidauana e Anastácio apoiando equipes de saúde locais

 

SÃO CARLOS/SP - A organização internacional de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) está atuando na prevenção, diagnóstico e tratamento da COVID-19 na região de Aquidauana e Anastácio, no Mato Grosso do Sul. O principal foco são as comunidades indígenas, que têm maior dificuldade de acesso a cuidados médicos. O trabalho de MSF abarca 11 aldeias da região, além de apoio a profissionais do hospital regional de Aquidauana e equipes móveis que fazem visitas domiciliares para acompanhar o estado de saúde de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus na cidade.

Quando ficamos sabendo que a doença já estava nas cidades vizinhas, nossa preocupação foi aumentando porque sabíamos que não tínhamos estrutura médica”, conta o cacique Oto Larada aldeia de Colônia Nova, na terra indígena de Taunay/Ypegue. “Onde a COVID-19 tem passado, tem deixado um rastro de destruição”, completa. A necessidade de reforçar a oferta de cuidados de saúde na região durante a pandemia foi a razão pela qual MSF começou suas atividades.

Desde o último dia 27 de agosto, equipes móveis da organização têm realizado visitas às aldeias, apoiando profissionais da secretaria de saúde local e do DSEI-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena do Mato Grosso do Sul), responsável pelas ações relacionadas à saúde indígena na região. Médicos e enfermeiros de MSF atendem nas unidades básicas de saúde locais e fazem visitas domiciliares para detecção de novos casos da doença e acompanhamento de pacientes já diagnosticados. Também são realizadas ações de educação em saúde, buscando fornecer orientações claras sobre a doença e como evitá-la. O objetivo é deter a expansão da pandemia dentro das comunidades indígenas, que apresentam um número elevado de casos e de mortes.

Edivaldo Felix é agente comunitário de saúde indígena e morador da aldeia Limão Verde. Ele foi um dos primeiros a contrair COVID-19 na comunidade e precisou ser referenciado para o hospital de Aquidauana, onde ficou por 31 dias para receber tratamento. “É uma doença horrível. Você busca o ar e não encontra. Como profissional da área de saúde eu tinha algum conhecimento. Acho que isso ajudou”, conta Edivaldo. Agora, já de volta à sua casa, ele é uma das pessoas que recebem visitas para acompanhamento do seu estado de saúde. “Eu vivi a doença e vou poder transmitir a experiência. Acho que isso vai ajudar muito no meu trabalho, a atender melhor as pessoas”, resume.

O trabalho de conscientização e prevenção é muito importante para que a população esteja mais informada e tranquila para poder seguir as recomendações”, explica o médico Pedro Ueda. Segundo ele, uma das preocupações é com o grande número de pessoas que sofrem com outras doenças, como diabetes e hipertensão, fatores complicadores em caso de contágio pela COVID-19.

A atuação das equipes não se restringe às comunidades indígenas. MSF também está presente no hospital regional de Aquidauana, apoiando o trabalho dos profissionais locais com supervisão e treinamentos. Além disso, profissionais da organização participam de visitas domiciliares feitas pela secretaria de saúde de Aquidauana para acompanhamento de pessoas doentes e detecção de novos casos entre os seus familiares. “Na clínica móvel urbana, acompanhamos os pacientes que tiveram contato com doentes ou testaram positivo, além dos que retornaram para casa. O objetivo é detectar a necessidade de encaminhamento para o hospital ou de aplicação de algum tratamento mais específico”, explica José Lobo, coordenador do projeto de MSF no Mato Grosso do Sul. Também é a partir da avaliação da saúde de cada pessoa durante essas visitas que são estabelecidas as tão aguardadas altas médicas para os pacientes com COVID-19.

MSF vem seguindo a evolução da pandemia no país desde seu início, com foco na atenção a populações vulneráveis. Começamos a atuar no país no início de abril, com a população em situação de rua em São Paulo. Posteriormente, realizamos atividades no Rio de Janeiro e no Amazonas (inicialmente em Manaus e depois nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Tefé). Atualmente, além do Mato Grosso do Sul, mantemos projetos em atividade em São Paulo e Boa Vista. Também estamos realizando treinamentos para prevenção e controle de infecções em municípios do estado de Goiás.

 

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.

Pela primeira vez em São Carlos, uma cirurgia desse porte é feita pelo SUS

SÃO CARLOS/SP - Neurocirurgiões da Santa Casa fizeram cirurgia para a retirada de um tumor do cérebro com a paciente acordada. É a primeira vez que um procedimento como este é feito pelo SUS em São Carlos. A paciente Gracilane de Souza da Silva é empregada doméstica e começou a apresentar os primeiros sintomas há 3 meses.  “Ela começou a sentir dores de cabeça. Um mês depois, elas ficaram mais fortes. Foi quando ela fez uma ressonância magnética que constatou o tumor no cérebro”, explica o marido da Gracilane, o mestre de obras Antonio Jorge Batista da Silva.

O procedimento foi feito no dia 15 de julho. Pouco mais de duas semanas depois, Gracilane se recupera muito bem. Ela consegue tomar banho, escovar os dentes, fazer as refeições e arrumar a cama sozinha. “Até pouco antes da cirurgia, eu estava sofrendo demais com as dores de cabeça. Eu cheguei a desmaiar várias vezes de tanta dor. Agora, não sinto mais nada. Recuperei minha vida de volta”, comemora a empregada doméstica.

Gracilane tem contado com o apoio da prima Eliane Mendonça da Silva, nos cuidados depois do procedimento cirúrgico. Eliane é técnica de enfermagem e se surpreendeu com a recuperação rápida da prima. “Dias depois da cirurgia, ela já estava cantarolando pela casa. E a cada dia que passa, a gente percebe a melhora dela. Incrível mesmo o trabalho feito pela equipe da neurocirurgia”, comenta.

A cirurgia é feita com o crânio aberto para a remoção de tumores que estão muito próximos das áreas cerebrais responsáveis pela fala, visão e movimentos do corpo. “A principal vantagem desse tipo de procedimento é conseguir retirar o tumor e preservar as funções cerebrais importantes para o paciente e, dessa forma, evitar sequelas e dar mais qualidade de vida”, explica o neurocirurgião Danillo Vilela, médico que coordenou a operação.

 

COMO A CIRURGIA É FEITA

O procedimento é realizado usando equipamentos com tecnologia de ponta. Antes do procedimento, vários eletrodos são colocados na paciente. Esses eletrodos ficam ligados a um monitor e é por meio dele que uma equipe formada por um neurofisiologista e duas neuropsicólogas fazem a monitorização durante a cirurgia.

Com esse sistema de neuromonitorização, os profissionais conseguem captar imagens cerebrais antes e durante o procedimento. Ao mesmo tempo, durante o procedimento, a paciente conversa, soletra o alfabeto, conta números e identifica fotos e figuras geométricas.   Se ela começa a gaguejar ou ter dificuldade para lembrar de uma palavra, é um sinal para o neurocirurgião de que aquela área do cérebro deve ser preservada. O resultado é uma espécie de mapa digital da área ocupada pelo tumor.

Além da neuromonitorização, outro equipamento de ponta usado durante a cirurgia é a neuronavegação. O aparelho fornece imagens de ressonância durante a cirurgia.

Esse tipo de cirurgia dura, em média, de 6 a 7 horas. E, apesar de estar acordado, o paciente não sente dor. Para conseguir mantê-lo consciente, são aplicados métodos especiais de anestesia.

A cirurgia com o paciente acordado não é contemplada pelo SUS. Mas quando o caso da paciente chegou à Santa Casa, foi feita a solicitação ao Departamento Regional de Saúde e, graças ao esforço da equipe médica e do hospital, foi dada a autorização para fazer o procedimento. “Mesmo com as dificuldades que todos os hospitais filantrópicos têm enfrentado, estamos oferecendo para essa nossa paciente, pelo SUS, o que há de mais inovador hoje em cirurgia neurológica, o mesmo procedimento feito em grandes hospitais em São Paulo, no Rio de Janeiro e no HC de Ribeirão Preto”, afirma o neurocirurgião Danillo Vilela.

 

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos publicou no Diário Oficial do Município da última quinta-feira (25/06), abertura de novo processo seletivo simplificado para contratação de médicos em caráter temporário.

As vagas são para médicos de urgência e emergência e para clínico geral. O salário básico para médico de urgência e emergência é de R$ 4.240,00 e carga horária de 12 horas semanais (plantão de 12 horas). Para clínico geral a carga horária é de 20 horas semanais e o salário é de R$ R$ 5.929,00.

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet até às 20h da próxima segunda-feira, dia 29 de junho pelo link http://servicos.saocarlos.sp.gov.br/ps2020.

No ato da inscrição o candidato deve anexar cópia simples dos seguintes documentos: cédula oficial de identidade ou carteira e/ou cédula de identidade expedida pela Secretaria de Segurança, pelas Forças Armadas, pela Polícia Militar, pelo Ministério das Relações Exteriores ou Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Certificado de Reservista ou Passaporte ou Cédulas de Identidade fornecidas por Órgãos ou Conselhos de Classe, que por lei federal, valem como documento de identidade (OAB, CRC, CRA, CRQ etc.) ou Carteira Nacional de Habilitação (com fotografia na forma da Lei n.º 9.503/97); Curriculum Vitae documentado e documentos que comprovem os requisitos mínimos referidos constantes no item dos empregos do Edital. Não serão aceitas declarações ou qualquer outro documento que não comprovem a conclusão dos cursos definidos como requisitos mínimos, até a data de efetivação da inscrição.

O resultado final preliminar da seleção será divulgado no dia 2 de julho. O resultado final da seleção será divulgado no dia 7 de julho por meio de publicação no Diário Oficial do Município que pode ser acessado pela internet no www.saocarlos.sp.gov.br.

A contratação será realizada por prazo determinado de até 3 meses, prorrogáveis por igual período, a critério da Administração. O provimento das vagas ocorrerá de acordo com a necessidade da Prefeitura, para o combate à Pandemia de COVID-19.

SÃO CARLOS/SP - Os médicos Rafael Izar (cirurgião), Roberto Muniz Junior (infectologista) e Enrico Ioriatti (neurocirurgião) vão fazer uma nova live, no dia 24 de maio, às 16h. A apresentação vai ser transmitida pela página do Facebook do Move Sanca (grupo voluntário que une empresários e outros profissionais em ações em prol de São Carlos), parceiro dessa ação. O valor arrecadado vai ser usado para a compra de EPIS para a Santa Casa e cestas básicas para famílias carentes.

“A repercussão da última live foi muito grande. Tive a ideia de fazer, depois de ver as necessidades do hospital. Como, além de ser médicos, somos apaixonados por fazer música, decidimos repetir a dose. E dessa vez, com apoio do Move Sanca”, explica o cirurgião Rafael Izar.

A primeira live feita pelo trio de médicos no começo de abril foi acompanhada por 48 mil internautas e compartilhada 1.095 vezes. Durante a apresentação, 384 pessoas fizeram doações, num total de R$ 28.818,00, recursos usados para a compra de EPIS para a proteção dos profissionais de saúde no atendimento aos pacientes com suspeita de Coronavírus.

Para um dos líderes do Move Sanca e Fundador e CEO da Oz Produtora, Hygor Beltrão Amorim, a parceria com a Santa Casa vai unir forças em prol do município: “o Move Sanca tem trabalhado na arrecadação de fundos para a compra e distribuição de cestas básicas para famílias de São Carlos que se encontram em situação de alta vulnerabilidade, o que foi intensificado durante a pandemia. Unir o talento dos médicos músicos ao propósito de ajudar São Carlos e ajudar o principal hospital da região, faz com que essa live tenha um grande potencial de ajudar na arrecadação. Esperamos mais uma vez uma grande participação do público em forma da ação solidária”.

 

SERVIÇO:

LIVE DE TRIO DE MÉDICOS DA SANTA CASA

DATA: 24 DE MAIO

HORÁRIO: 16H

ONDE: FACEBOOK DO MOVE SANCA

COMO CONTRIBUIR: É SÓ CLICAR NO LINK QUE VAI ESTAR DISPONÍVEL NA PÁGINA DO MOVE SANCA

Um paciente dá entrada no pronto-socorro sentindo muita falta de ar. Com a escalada do novo coronavírus, os médicos começam a investigação de imediato. Correm para medir taxa de oxigênio no sangue, avaliar lesões pulmonares, perguntar o histórico de outras doenças. Nos quadros mais severos, não dá tempo de tentar outro método: a pessoa acaba entubada e, às pressas, vai parar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O roteiro descrito acima é comum entre pacientes da covid-19 que conseguem vagas em UTIs, locais destinados aos casos mais agudos da doença, segundo relatam médicos intensivistas e gestores de hospitais ouvidos pelo Estado. A pandemia que já deixou 4.008 mortos no Brasil também tem obrigado as unidades a repensar lógicas de atendimento, alterar rotina de visitas e redobrar cuidados diante dos riscos de a própria equipe acabar infectada.

Por enquanto, ainda não existe vacina ou tratamento contra o coronavírus com eficácia cientificamente comprovada. Para explicar o atendimento prestado às vítimas e o dia a dia nas unidades intensivas, a reportagem conversou com profissionais do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e dos Hospitais Sírio-Libanês e Israelita Albert Einstein, referências da rede pública e privada de São Paulo.

Nessas unidades, pacientes chegam a passar mais de três semanas na UTI -- muitos deles sedados, com a musculatura paralisada, e só respirando com auxílio de aparelhos. Para se ter ideia, levantamento recente da Secretaria Estadual da Saúde, da gestão João Doria (PSDB), indica que 41,5% das pessoas internadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 acabam em unidades intensivas. Destas, quatro a cada dez vão precisar de respiradores para tentar sobreviver.

A porta de entrada

O pronto-socorro é a principal porta de entrada dos pacientes graves, segundo profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Nos hospitais, triagens foram adaptadas para separar o atendimento de casos suspeitos de coronavírus das demais pessoas.

“A maioria chega por demanda espontânea, buscando atendimento depois de apresentar principalmente sintoma de insuficiência respiratória”, descreve Jaques Sztajnbok, chefe da UTI do Emílio Ribas. Cansaço, congestão nasal, coriza, dor de cabeça, febre, diarreia são sinais que também podem aparecer.

Em tese, a outra maneira de conseguir vaga é se alguma unidade médica pedir, através de um sistema específico, que o paciente seja transferido para lá por não dispor de estrutura adequada para cuidados intensivos. “Em tese” porque, hoje, os 30 leitos de UTI do Emílio Ribas já estão ocupados -- e, portanto, incapazes de receber novas pessoas.

“Cerca de três semanas atrás, solicitaram 17 vagas em um único dia. No outro, mais 30. Aí, passamos 24 horas sem pedidos e, em seguida, vieram mais 54. O susto mesmo foi logo depois: 104 solicitações”, conta Sztajnbok. Com o avanço da pandemia, o governo Doria já chegou a projetar a lotação de todas as 3,5 mil vagas públicas do Estado em maio.

Hospitais privados também demonstram preocupação com o volume de casos mas até o momento não há relatos de internação negada. Além de por meio dos PSs, pacientes chegam às UTIs por recomendação médica após consultas presenciais, por domicílio ou até por telemedicina, conforme relata o intensivista e clínico-geral do Einstein, Leonardo Rolim. “É uma nova porta de entrada. Em um dia, fizemos 1 mil atendimentos por telemedicina: se for percebida alguma necessidade, o médico já encaminha.”

A internação

Médicos afirmam que a decisão de internar depende de uma somatória de fatores, como a instabilidade da pressão arterial ou retenção de gás carbônico. Para a análise, um dos principais exames é a oximetria, responsável por medir a saturação de oxigênio no sangue, cujos valores em uma pessoa saudável ficam acima de 95%.

“Quando o porcentual aparece abaixo de 90%, em ar ambiente, é sinal grave”, diz Sztajnbok. “Um paciente que chega com falta de ar importante, com valores muito baixos, vai direto para a sala de emergência. Às vezes, é entubado imediatamente.”

Também é praxe realizar tomografia de tórax, pela qual especialistas conseguem detectar lesões característica do novo coronavírus. “É um padrão que a gente chama de ‘vidro fosco’, que aparece por exemplo em pneumonias bacterianas, mas em várias áreas dos dois pulmões”, explica o diretor de governança clínica do Sírio-Libanês, Fernando Ganem.

Para casos menos graves, o socorro pode ser feito por métodos não-invasivos. Basicamente, se aumenta a oferta de oxigênio através de equipamentos como máscara para nebulização ou catéter de alto fluxo. “Alguns pacientes, apenas com essa medida, conseguem ter a reação normalizada”, afirma Rolim, do Einstein.

Já em cenário de piora, a equipe médica, primeiro, aplica sedativos e relaxante muscular no paciente -- cuidado necessário para evitar tosses involuntárias que acabam despejando grandes cargas de Sars-Cov-2, o vírus causador da covid-19. Em seguida, vai inserindo um tubo pela boca ou narina até a traqueia que, acoplado a um ventilador mecânico (o respirador), compensa a falta de atividade dos pulmões.

A segurança

Segundo especialistas, equipes médicas acabam ficando mais expostas ao coronavírus na hora de fazer a entubação ou extubação (quando o aparelho é removido) do paciente. “É um momento em que há contato. Precisa fazer a visualização direta, levantar a língua, expor a epiglote… Se ele tossir, a carga de vírus é enorme”, afirma Sztajnbok.

Considerada altamente contagiosa, a doença tem levado hospitais a adotar sistemas especiais de segurança nas UTIs. Para chegar aos quartos, isolados uns dos outros, os profissionais precisam se paramentar com máscara, luva, avental e face shield, o escudo facial que protege de microgotículas dispensadas no ar. Procedimentos de vestir - e principalmente de retirar - os equipamentos de proteção seguem protocolos rígidos.

Em algumas unidades, agora só um membro das equipes multiprofissionais vai presencialmente até o paciente -- em vez do time completo (intensivista, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta respiratório). Controlando acesso, seguranças anotam o nome de cada médico e avisam caso alguém da equipe já tenha ido lá antes.

Acompanhantes também foram vetados ou sofreram redução no tempo de visita. No Sírio, por exemplo, há pessoas internadas que falam com familiares através de tablets ou notebooks. “É um problema social que temos encontrado”, afirma Ganem. “Quando o paciente está consciente, ele fica muito deprimido pela situação de isolamento.”

No Emílio Ribas, as UTIs têm antecâmaras com pressão negativa, sistema que impede o ar “infectado” de sair e contaminar outros ambientes. Já o Einstein comprou 150 aparelhos portáteis de pressão negativa para enfrentar o coronavírus. Antes da pandemia, o hospital contava com dois equipamentos similares.

A UTI

Por representar casos de maior instabilidade, pacientes na UTI precisam ser monitorados 24 horas por dia e as equipes médicas devem estar prontas para intervir imediatamente. “Existe um padrão muito curioso, que já foi constatado na literatura lá fora. Por volta do sétimo ao décimo dia, o paciente infectado tem uma virada”, relata Ganem. “Em questão de horas, uma pessoa que estava respirando por conta própria pode ter um descompasso e precisar receber ventilação.”

“O coronavírus é uma doença nova e complicada, com a qual ainda estamos aprendendo a lidar”, diz Sztajnbok -- na UTI do Emílio Ribas, 100% dos atendidos estão entubados. “Nem sempre há o mesmo padrão de lesão pulmonar. Cada comportamento, demanda uma estratégia diferente de ventilação mecânica. O aparelho é complexo, difícil de pilotar. Muitas vezes, a expertise dos médicos é a diferença entre salvar muitas vidas ou morrer muita gente.”

Já no Einstein, cerca de 50% dos internados em terapia intensiva precisam do respirador, segundo Rolim. “Temos pacientes que saíram da internação em terapia intensiva depois de três ou quatro dias. Entre os entubados, a média é de dez dias”, afirma.

Em pacientes de covid-19, os médicos também têm percebido maior intercorrência de insuficiência renal comparado a outras infecções respiratórias. Por isso, aparelhos de diálise chegam a ser usados em até 20% dos casos, segundo estimam. Também há registro pacientes que desenvolvem tromboses, mas sem consenso médico de que esse comportamento destoa de outras patalogias.

Principais Equipamentos da UTI

  1. Monitor multiparamétrico: monitora sinais vitais e trasmite para uma central para acompanhamento médico;
  2. Bomba de infusão: dispositivo eletrônico que aplica de forma contínua medicamentos previamente programados
  3. Respirador: equipamento responsável pela ventilação mecânica
  4. Diálise: máquina que substitui a função dos rins
  5. Cama com balança: permite pesar o paciente sem precisar deslocá-lo, o que é útil para detectar quadros de desidratação ou retenção de líquidos

O(s) tratamento(s)

Integrantes de rede de pesquisa para avaliar segurança e eficácia de medicamentos contra a covid-19, o Sírio e o Einstein têm ministrado hidroxicloroquina para pacientes. Além dos estudos clínicos, outra forma de aplicação é para uso compassivo - quando o doente, com risco de vida e sem tratamento convencional, consente em tentar uma droga nova.

“Como o Ministério da Saúde liberou para casos graves, a gente deixa a critério do médico titular”, afirma Ganem, do Sírio. “Temos médicos que optam por não usar cloroquina. Outros, introduzem. A gente respeita a autonomia do médico, desde que a legislação e as autoridades tenham autorizado." O hospital tem desenvolvido, ainda, testes com plasma.

No Einstein, também são usadas drogas como azitromicina, antibiótico para tratamentos de infecções respiratórias, e dexametasona. “Qualquer intervenção em que não há comprovação, idealmente tem de ser submetida a estudo clínico”, diz Rolim. "O pesquisador responsável avisa sobre benefícios e riscos. Se o paciente não for capaz de consentir, um representante legal assina o termo.”

"Quando o paciente vem para a UTI, a gente sempre oferece a possibilidade receber a hidroxicloroquina. Houve uma politização muito grande sobre o uso ou não uso, mas o fato é que a discussão deve se dar no âmbito médico”, afirma Sztajnbok. No Emílio Ribas, também testa outra possibilidade com remdesivir, antiviral usado contra ebola. “Sem resultado clínico, não existe um tratamento para Sars-Cov-2: o que existem são várias drogas sendo testadas.”

 

*Por: Felipe Resk / ESTADÃO

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