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AFEGANISTÃO - O Talibã declarou vitória sobre forças opositoras no Vale de Panjshir, ao nordeste de Cabul, na segunda-feira (6), declarando que finalizou a tomada de poder do Afeganistão e prometendo anunciar um novo governo em breve.

Fotos em redes sociais mostraram membros do Talibã diante do portão do complexo do governador provincial de Panjshir depois de lutarem durante o final de semana contra a Frente Nacional de Resistência do Afeganistão (NRFA) liderada pelo líder de Panjshiri, Ahmad Massoud.

"Panjshir, que era o último refúgio do inimigo em fuga, foi capturada", disse o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, em uma coletiva de imprensa.

Mais cedo, ele havia dito: "Com esta vitória e os esforços mais recentes, nosso país sai do turbilhão da guerra e nosso povo terá uma vida feliz, em paz e liberdade."

O Talibã garantiu ao povo de Panjshir, que é etnicamente diferente do grupo de maioria pashtun que enfrentou os islâmicos durante o primeiro governo destes, entre 1996 e 2001, que não haverá nenhum "ato discriminatório contra eles".

"Eles são nossos irmãos e trabalhariam juntos por um objetivo comum e o bem-estar do país", disse Mujahid.

Massoud, que comanda uma força extraída dos remanescentes do Exército afegão e de unidades das forças especiais, além de militantes locais, disse em um tuíte que está em segurança, mas não deu detalhes.

Já Mujahid disse ter sido informado de que Massoud e o ex-vice-presidente Amrullah Saleh fugiram para o vizinho Tadjiquistão.

Ali Maisam Nazary, chefe de relações exteriores da NRFA, disse que a alegação de vitória do Talibã é falsa e que forças da oposição continuavam a lutar.

"As forças da NRFA estão presentes em todas as posições estratégicas através do vale para continuar a luta", disse ele em uma postagem no Facebook.

Mujahid negou haver qualquer desentendimento dentro do Talibã a respeito da formação de um novo governo e disse que este será anunciado em breve, mas sem estabelecer uma data.

Ele também disse que as mulheres voltaram ao trabalho nos setores da saúde e da educação e que "outros campos serão oferecidos, um a um, assim que o sistema tiver sido estabelecido para elas".

Os militantes, que chegaram ao poder no mês passado depois que os Estados Unidos retiraram soldados depois de uma guerra de 20 anos, proibiram que meninas e mulheres estudassem e realizassem a maior parte dos trabalhos quando comandaram o país pela primeira vez, entre 1996 e 2001.

Agora, o grupo diz que as mulheres poderão trabalhar em setores importantes da sociedade nos termos da lei islâmica e que seus direitos serão protegidos.

 

 

Por Redação da Reuters

ALEMANHA - A Alemanha quer conversar com o Talibã sobre como retirar seus trabalhadores contratados que ficaram no Afeganistão, afirmou a chanceler Angela Merkel no domingo (5), acrescentando que é um bom sinal que o aeroporto de Cabul possa ser utilizado para voos novamente.

A chefe de política externa da União Europeia já disse que o bloco está pronto para negociar com o novo governo do Talibã em Cabul, mas o grupo islâmico precisa respeitar os direitos humanos, principalmente os das mulheres, e não permitir que o Afeganistão se torne uma base para o terrorismo.

"Precisamos conversar com o Talibã sobre como podemos continuar a retirar pessoas que trabalharam para a Alemanha do país e em segurança", disse Merkel.

Organizações internacionais de ajuda humanitária também deveriam ser autorizadas a trabalhar para melhorar a situação no país, acrescentou a chanceler alemã. 

O Talibã ainda não apontou um governo mais de duas semanas após sua volta ao poder. O governo do grupo entre 1996 e 2001 foi marcado por punições violentas e pela proibição do acesso à educação e ao trabalho para meninas e mulheres, e muitos afegãos e governos estrangeiros temem um retorno a tais práticas.

 

 

*Por Agência Reuters

AFEGANISTÃO - A pista do aeroporto de Cabul foi reparada e já consegue receber voos humanitários, anunciou o embaixador do Qatar no Afeganistão, citado pela Al Jazeera. De acordo com o diplomata, os trabalhos foram feitos por uma equipe técnica do Qatar “em cooperação com as autoridades do Afeganistão”.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai no início da semana ao Qatar, onde estão refugiados muitos afegãos. A Organização das Nações Unidas (ONU) vai reunir-se para debater a ajudar humanitária ao Afeganistão.

Além de voos humanitários, o aeroporto de Cabul também poderá começar a operar voos civis “em breve” e indica que já foram realizados dois voos internos, com destino às cidades de Mazar-i-Sharif e Kandahar.

O aeroporto esteve fechado desde o fim da ponte aérea entre Cabul e países ocidentais na passada segunda-feira, pondo fim a uma presença de 20 anos das forças americanas no Afeganistão.

Morreram pelo menos 17 pessoas durante celebrações com tiros para o ar, o que motivou uma declaração do porta-voz talibã no Twitter. “Evitem disparar para o ar e, em vez disso, agradeçam a Deus. As balas podem ferir civis, por isso não as disparem desnecessariamente”, escreveu Zabihullah Mujahid.

Os talibãs também declaram ter conquistado a região do vale de Panjshir, a última província afegã fora do controle dos extremistas islâmicos. No entanto, o líder da resistência não confirmou a derrota.

 

Ajuda humanitária

O reforço da ajuda humanitária ao Afeganistão será o principal tema da reunião da ONU no próximo dia 13, em Genebra. O porta-voz de António Guterres adiantou que será proposto “um rápido aumento no financiamento, para que as operações humanitárias que salvam vidas possam continuar”.

“O Afeganistão enfrenta um desastre humanitário iminente”, devido a “um conflito prolongado, uma seca severa e à pandemia de covid-19”, disse Stéphane Dujarric. O porta-voz acrescentou que os voos humanitários para o Norte e Sul do Afeganistão foram retomados, permitindo que “160 organizações humanitárias continuassem a sua atividade nas províncias afegãs”.

Dujarric confirmou o número de voos com auxílio humanitário devem ser aumentados em breve. Entre 2020 e 2021, a ONU organizava voos para mais de 20 localidades afegãs e o objetivo é retomar estas operações logo que as condições de segurança e financeiras o permitam.

Com uma população de 38 milhões de habitantes, o Afeganistão está dependente da ajuda humanitária. Um em cada três pessoas não sabe quando terá a próxima refeição, sendo ainda estimado que metade das crianças com menos de cinco anos apresentem graves sinais de malnutrição dentro de 12 meses.

 

Estados Unidos

De acordo com a Reuters, o Congresso dos Estados Unidos deverá participar no financiamento do trabalho das Nações Unidas, através do Programa Alimentar Mundial e do Alto Comissariado para os Refugiados, que promovem a ajuda humanitária no Afeganistão. No entanto, vão querer impor condições à aplicação das verbas.

Já o cenário de uma eventual ajuda ao país diretamente através do governo talibã é muito remoto. A falta de supervisão e a relutância “em apoiar um governo que é um anátema para nós” torna “muito difícil convencer os membros do Congresso a fazer alguma coisa que pareça um apoio ao governo talibã”, declarou um assessor democrata à agência Reuters. Uma posição corroborada à mesma agência por um assessor republicano. “Os republicanos não apoiariam de forma alguma a entrega de dinheiro aos talibãs”, afirmou.

 

Qatar

Os governantes Qatar têm desempenhado o papel de facilitadores do diálogo entre americanos e talibãs. Por isso, o secretário de Estado norte-americano planeia transmitir a sua “profunda gratidão” pela ajuda na retirada do Afeganistão de estrangeiros bem como de afegãos suscetíveis de sofrerem represálias dos talibãs. Os Estados Unidos moveram para Doha os diplomatas nacionais que tratam das questões afegãs.

Foram transportadas cerca de 123 mil pessoas, 75%o das quais “afegãos em risco”, durante a segunda quinzena de agosto. Mais de 55 mil pessoas foram transportadas via Doha, a principal base de apoio da operação de resgate.

Por isso, Antony Blinken vai deslocar-se ao Qatar, entre segunda e quarta-feira da próxima semana, para viabilizar a retirada de mais pessoas que ainda querem deixar o Afeganistão (cerca de 200 americanos continuam no país), mas não tem planos para encontrar-se diretamente com os representantes afegãos.

“Se for necessário que o secretário de Estado fale com um líder talibã sobre algum assunto do nosso interesse nacional, ele o fará, mas neste momento ainda não temos planos para tal”, declarou um diplomata, citado pela Reuters.

No entanto, Blinken disse esperar que o governo talibã seja “realmente inclusivo”, com “não-talibãs” e “representantes das diferentes comunidades e dos diferentes interesses no Afeganistão”.

Depois, Blinken prossegue viagem para a Alemanha, onde vai copresidir a uma reunião do “grupo de contato” para a crise afegã, que junta representantes de duas dezenas de países.

 

 

*Por RTP

AFEGANISTÃO - Cofundador do Talibã, o mulá Baradar vai liderar o novo governo do Afeganistão a ser anunciado em breve, disseram fontes do grupo islâmico na sexta-feira (3), enquanto seus combatentes enfrentavam forças leais à república derrotada no Vale de Panjshir, ao norte de Cabul.

A prioridade mais imediata do novo governo deverá ser impedir o colapso de uma economia abalada pela seca e pela devastação causada por um conflito que se estima ter matado 240 mil afegãos.

Baradar, que comanda o escritório político do Talibã, o mulá Mohammad Yaqoob, filho do falecido fundador do grupo, o mulá Omar, e por Sher Mohammad Abbas Stanekzai ocuparão cargos de alto escalão no governo, disseram três fontes.

"Todos os líderes principais chegaram a Cabul, onde os preparativos para anunciar o novo governo estão em estágio final", disse uma autoridade do Talibã à Reuters.

Haibatullah Akhunzada, o líder religioso supremo do grupo, se concentrará em questões de religião e governança nos moldes do Islã, disse outra fonte do Talibã.

O movimento, que tomou Cabul no dia 15 de agosto depois de dominar a maior parte do país, enfrenta resistência no Vale de Panjshir, onde há relatos de combates intensos e baixas.

Milhares de combatentes de milícias regionais e remanescentes das Forças Armadas do governo se reúnem no vale escarpado, sob a liderança de Ahmad Massoud, filho do ex-comandante mujahideen Ahmad Shah Massoud.

Os esforços para negociar um acordo parecem ter falhado, e cada lado culpa o outro pelo fracasso.

Embora o Talibã tenha mencionado o desejo de formar um governo de consenso, fonte próxima do movimento afirmou que o governo interino consistirá unicamente de membros do grupo.

Ele será composto por 25 ministérios e um conselho consultivo, ou shura, de 12 eruditos muçulmanos, acrescentou a fonte.

Também está sendo planejada para daqui a seis ou oito meses uma loya jirga, ou grande assembleia, que reunirá anciãos e representantes de toda a sociedade afegã para debater uma Constituição e a estrutura do governo futuro.

Todas as fontes acreditam que o gabinete do governo interino será concluído em breve, mas divergiram sobre quando exatamente. Algumas disseram que ele será estabelecido ainda nesta sexta-feira, e outras creem que até meados da próxima semana.

A legitimidade do governo aos olhos de doadores e investidores internacionais será crucial. Grupos humanitários alertam para uma catástrofe iminente, e a economia, dependente há anos de milhões de dólares de ajuda estrangeira, está a beira do colapso.

 

 

*Por Reuters

CABUL - O Talibã já controla o aeroporto de Cabul. O grupo extremista ocupou toda a estrutura assim que terminou a saída dos militares dos Estados Unidos (EUA) e declarou o Emirado Islâmico do Afeganistão como uma nação livre e soberana.

Os líderes do movimento caminharam pela pista do aeroporto, num gesto simbólico de vitória.

A retirada das forças militares norte-americanas ocorreu na 2ª feira (30) à noite, com a saída do último avião C-17 dos Estados Unidos.

O momento foi celebrado nas ruas de Cabul com fogo de artifício e disparos de armas.

O Aeroporto Hamid Karzai ficou, agora, sem controle de tráfego aéreo.

O porta-voz do Talibã admitiu pedir ajuda ao Catar ou à Turquia para repor as necessidades técnicas do aeroporto.

“Os últimos soldados americanos saíram do aeroporto de Cabul e nosso país conseguiu a independência total”, disse Zabihullah Mujahid pelo Twitter.

 

Último voo

O Pentágono anunciou que o último avião C17 norte-americano decolou do aeroporto de Cabul às primeiras horas desta terça-feira (20h29 de segunda-feira em Lisboa). Termina assim a guerra mais longa da história dos Estados Unidos, ficando o país asiático nas mãos dos talibãs ao fim de duas décadas de presença militar estrangeira. No Afeganistão, ficaram cerca de duas centenas de norte-americanos que o Pentágono admitiu não ter conseguido retirar a tempo.

Vinte anos, uma fatura no valor de mais de US$ 2 bilhões, mais de 170 mil mortos - incluindo mais de 40 mil civis - e os talibãs celebram a volta ao poder. Termina assim a mais longa das guerras dos Estados Unidos, iniciada logo após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Washington derrubou o regime talibã em dezembro de 2001, depois de ele ter se recusado a entregar Osama bin Laden, então líder da Al-Qaeda.

“Começou um novo capítulo do envolvimento da América com o Afeganistão. Vamos liderar com a nossa diplomacia. A missão militar terminou”, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

Ele disse que “menos de 200 norte-americanos” que pretendem abandonar o Afeganistão ficaram no país, garantindo que continuam os esforços para tentar retirá-los nos próximos dias.

Nessa segunda-feira, o general Kenneth McKenzie, líder do comando central dos EUA, informou que foram retirados mais de 123 mil civis nas últimas duas semanas, ou seja, mais de 7,5 mil civis por dia, após o regresso dos talibãs ao poder na capital afegã.

 

 

* Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Por Agência Brasil*

ALEMANHA - O primeiro-ministro britânico Boris Johnson e a chanceler alemã Angela Merkel discutiram a situação do Afeganistão neste sábado e concordaram que são necessárias ajuda internacional e uma abordagem comum do G7 ao futuro governo do Afeganistão.

“O primeiro-ministro e a chanceler decidiram trabalhar, junto com o resto do G7, para construir um roteiro para lidar com qualquer novo governo afegão discutido na reunião entre líderes da semana passada”, disse o gabinete de Johnson, em um comunicado.

“O primeiro-ministro sublinhou que qualquer reconhecimento ou discussão com o Talibã precisam ser condicionados a uma passagem segura a quem deseja deixar o país e ao respeito aos direitos humanos”, acrescentou o comunicado britânico.

Merkel também conversou com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. Seu gabinete disse que Merkel, Johnson e Rutte concordaram que a principal prioridade ainda era a organização da evacuação de cidadãos, funcionários locais de apoio e afegãos que precisam de proteção.

 

 

*Por Reuters

AFEGANISTÃO - Em 2010, oficiais militares e geólogos americanos revelaram que o Afeganistão estava sobre depósitos minerais de quase US$ 1 trilhão. Os suprimentos de minerais como ferro, cobre e ouro estão espalhados pelas províncias. Existem também minerais de terras raras e talvez um dos maiores depósitos de lítio do mundo, um componente essencial e escasso de baterias recarregáveis ​​e outras tecnologias essenciais para enfrentar a crise climática.

“O Afeganistão é certamente uma das regiões mais ricas em metais preciosos tradicionais, mas também em metais necessários para a economia emergente do século 21”, disse Rod Schoonover, cientista e especialista em segurança que fundou o Ecological Futures Group, à rede CNN Business.

De acordo com a rede de televisão, desafios de segurança, falta de infraestrutura e secas severas impediram a extração dos minerais valiosos no passado. Dificilmente isso mudará logo sob o controle do Talibã. Mesmo assim, China, Paquistão e Índia têm interesse na região. Para Schoonover, a situação é uma grande questão.

A demanda por metais como lítio e cobalto, bem como por elementos de terras raras como o neodímio, está aumentando à medida que os países tentam mudar para carros elétricos e outras tecnologias limpas para reduzir as emissões de carbono.

A Agência Internacional de Energia (IEA) informou em maio que os suprimentos globais de lítio, cobre, níquel, cobalto e elementos de terras raras precisam aumentar muito ou o mundo falharia em sua tentativa de enfrentar a crise climática.

O carro elétrico médio requer seis vezes mais minerais do que um carro convencional, de acordo com a IEA. O lítio, o níquel e o cobalto são essenciais para as baterias. Redes de eletricidade também requerem grandes quantidades de cobre e alumínio, enquanto elementos de terras raras são usados ​​nos ímãs necessários para fazer as turbinas eólicas funcionarem.

O governo dos Estados Unidos estimou que os depósitos de lítio no Afeganistão podem rivalizar com os da Bolívia, local das maiores reservas conhecidas do mundo.

“Se o Afeganistão tiver alguns anos de calma, permitindo o desenvolvimento de seus recursos minerais, poderá se tornar um dos países mais ricos da região em uma década”, disse Mirzad, do US Geological Survey, à revista Science em 2010.

Mesmo com a extração de ouro, cobre e ferro, a exploração de lítio e minerais de terras raras requer muito maior investimento e conhecimento técnico, além de tempo. A IEA estima que leva 16 anos, em média, desde a descoberta de um depósito para que uma mina comece a produzir.

Os minerais geram apenas US$ 1 bilhão no Afeganistão por ano, de acordo com Mohsin Khan, membro sênior não residente do Conselho do Atlântico e ex-diretor do Oriente Médio e Ásia Central do Fundo Monetário Internacional. Khan estima que 30% a 40% foram desviados pela corrupção, pelos senhores da guerra e pelo Talibã, que presidiu pequenos projetos de mineração.

Ainda há chance de o Talibã usar seu novo poder para desenvolver o setor de mineração, acredita Schoonover.

Khan analisa que era difícil conseguir investimento estrangeiro antes de o Talibã derrubar o governo civil do Afeganistão apoiado pelo Ocidente. Atrair capital privado será ainda mais difícil agora, especialmente porque muitas empresas e investidores globais estão sendo mantidos por padrões ambientais, sociais e de governança cada vez mais elevados. “Os investidores privados não vão correr risco”, disse.

A China, líder mundial na mineração de terras raras, informou na segunda-feira que “manteve contato e comunicação com o Talibã afegão”. “A China, o vizinho do lado, está embarcando em um programa de desenvolvimento de energia verde muito significativo”, disse Schoonover.

O cientista disse que, se a China intervir, haveria preocupações sobre a sustentabilidade dos projetos de mineração, dado o histórico da China. “Quando a mineração não é feita com cuidado, pode ser ecologicamente devastadora, o que prejudica certos segmentos da população sem muita voz”, disse Schoonover.

 

 

*Por: ISTOÉ DINHEIRO

CABUL - Um piloto da Força Aérea do Afeganistão foi morto por uma bomba em um distrito de Cabul, ontem (7), segundo autoridades, em um ataque reivindicado pelo Talibã.

O piloto morto, Hamidullah Azimi, estava em trânsito quando uma bomba presa ao seu veículo disparou, disseram as autoridades, acrescentando que cinco civis ficaram feridos na explosão. 

Azimi era treinado em helicópteros UH 60 Black Hawks fabricados pelos Estados Unidos e trabalhava com a Força Aérea do Afeganistão há quase quatro anos, afirmou o comandante da Força Aérea afegã, Abdul Fatah Eshaqzai.

Ele havia se mudado para Cabul com a família um ano atrás devido a ameaças à sua segurança, acrescentou Eshaqzai.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Muhajid, disse, em um comunicado, que o Talibã havia realizado o ataque.

A agência de notícias Reuters foi a primeira a detalhar uma campanha do Talibã para assassinar pilotos fora das suas bases, que autoridades afegãs afirmam ter custado a vida de pelo menos sete pilotos afegãos antes do assassinato deste sábado.

O Talibã confirmou um programa que “visaria e eliminaria” pilotos afegãos treinados pelos EUA.

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Autoridades dos Estados Unidos e do Afeganistão acreditam que atacar os pilotos é uma tentativa deliberada do Talibã de destruir tropas militares do Afeganistão de pilotos treinados pelos EUA e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), à medida em que os conflitos ficam mais graves no país.

 

 

*Por: REUTERS

MUNDO - O governo afegão e representantes do Taleban disseram na quarta-feira que chegaram a um acordo preliminar para prosseguir com as negociações de paz, seu primeiro acordo escrito em 19 anos de guerra e bem-vindo pelas Nações Unidas e Washington.

O acordo estabelece o caminho a seguir para uma discussão mais aprofundada, mas é considerado um avanço porque permitirá que os negociadores avancem para questões mais substantivas, incluindo negociações sobre um cessar-fogo.

“O procedimento, incluindo o preâmbulo da negociação, foi finalizado e, a partir de agora, a negociação começará na agenda”, disse Nader Nadery, membro da equipe de negociação do governo afegão, à Reuters.

O porta-voz do Taleban confirmou o mesmo no Twitter.

O acordo vem depois de meses de negociações em Doha, capital do Catar, incentivadas pelos Estados Unidos, enquanto os dois lados ainda estão em guerra, com os ataques do Taleban contra as forças do governo afegão continuando inabaláveis.

O Representante Especial dos EUA para a Reconciliação do Afeganistão, Zalmay Khalilzad, disse que os dois lados concordaram em um "acordo de três páginas que codifica regras e procedimentos para suas negociações sobre um roteiro político e um cessar-fogo abrangente".

Os insurgentes do Taleban se recusaram a concordar com um cessar-fogo durante os estágios preliminares das negociações, apesar dos apelos de capitais ocidentais e órgãos globais, dizendo que isso só seria aceito quando o caminho a seguir fosse acordado.

“Este acordo demonstra que as partes negociadoras podem concordar em questões difíceis”, disse Khalilzad no Twitter.

O Taleban foi destituído do poder em 2001 por forças lideradas pelos Estados Unidos por se recusarem a entregar Osama bin Laden, o arquiteto dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. Um governo apoiado pelos EUA detém o poder no Afeganistão desde então, embora o Taleban tenha controle sobre amplas áreas do país.

Sob um acordo de fevereiro, as forças estrangeiras devem deixar o Afeganistão em maio de 2021 em troca de garantias de contraterrorismo do Taleban.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou acelerar a retirada, apesar das críticas, dizendo que queria ver todos os soldados americanos em casa até o Natal para encerrar a guerra mais longa da América.

O governo Trump anunciou que haveria uma redução drástica em janeiro, mas pelo menos 2.500 soldados permaneceriam depois disso.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, advertiu na terça-feira a OTAN contra a retirada prematura das tropas e disse que ela deveria “garantir que vinculemos mais reduções de tropas no Afeganistão a condições claras”.

A enviada da ONU para o Afeganistão Deborah Lyons saudou o “desenvolvimento positivo” no Twitter, acrescentando que “este avanço deve ser um trampolim para alcançar a paz desejada por todos os afegãos”.

No mês passado, um acordo alcançado entre o Taleban e negociadores do governo foi suspenso no último minuto depois que os insurgentes se recusaram a ver o preâmbulo do documento porque ele mencionava o nome do governo afegão.

Um diplomata da União Europeia familiarizado com o processo disse que ambos os lados mantiveram algumas questões controversas para tratar separadamente.

“Os dois lados também sabem que as potências ocidentais estão perdendo a paciência e a ajuda tem sido condicional ... então os dois lados sabem que precisam avançar para mostrar algum progresso”, disse o diplomata, solicitando anonimato.

 

 

 

*Reportagem de Hamid Shalizi, Abdul Qadir Sediqi e Orooj Hakimi em Cabul e Rupam Jain em Mumbai; Escrito por Gibran Peshimam; Edição de Andrew Heavens e Nick Macfie / REUTERS

MUNDO - O Taleban declarou um cessar-fogo de três dias durante o Eid, que encerra o Ramadã, no Afeganistão a partir deste domingo, por meio de um tweet neste sábado do grupo islâmico radical, e o presidente do país disse que tomaria atitude recíproca.

A trégua acontece quando as lutas entre os dois lados se intensificaram, apesar da pandemia de coronavírus.

"Não realize operações ofensivas contra o inimigo em nenhum lugar; se alguma ação for tomada contra você, defenda-se", twittou Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã. Ele acrescentou que o cessar-fogo foi declarado apenas para as festividades do Eid, marcando o fim do mês sagrado do Ramadã.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, saudou o anúncio de cessar-fogo do Talibã e retribuiu a oferta de paz. "Como comandante em chefe, instruí as ANDSF (Forças de Defesa e Segurança Nacional Afegãs) a cumprir a trégua de três dias e a se defender apenas se for atacado", disse em um tweet.

No mês passado, o Talibã rejeitou um pedido do governo de cessar-fogo no Afeganistão para o Ramadã, dizendo que uma trégua "não era racional", uma vez que eles intensificaram os ataques às forças afegãs.

Pelo menos 146 civis foram mortos e 430 feridos pelo Talebã durante o Ramadã, disse Javid Faisal, porta-voz do principal escritório de inteligência e segurança do país em Cabul, no sábado.

 

(Reportagem de Abdul Qadir Sediqi, Orooj Hakimi)

*REUTERS

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