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ARÁBIA SAUDITA - Aos 32 anos, Lucas Moraes ainda é bem jovem se comparado aos pilotos com os quais dividiu o pódio do rali Dakar na categoria de carros. O catari Nasser Al-Attiyah (agora pentacampeão) tem 52 anos. O francês Sébastien Loeb, segundo colocado e dono de nove títulos mundiais de rali, tem 48. Até onde pode chegar o primeiro brasileiro no top 3 da principal categoria da prova mais desafiadora da modalidade?

"Acho que a minha idade ajuda a muito a aprender. Conseguimos utilizar a estratégia a nosso favor, aprender bastante na primeira semana e buscar um resultado relevante na segunda. Espero ter mais uns 20 anos de Dakar [risos]", afirmou o paulista, em entrevista à Agência Brasil na quinta-feira (19), em São Paulo.

Antes do terceiro lugar de Lucas, o melhor desempenho de um brasileiro na categoria era o de Klever Kolberg, em 2002. Ao lado do navegador francês Pascal Larroque, o gaúcho terminou a prova na oitava posição.

"Ainda está caindo [a ficha]. Foi uma honra representar o Brasil no Dakar, conseguir um resultado inédito. Sabia que tinha uma condição boa, apesar de ser a estreia, mas [o resultado] foi acima do esperado", reconheceu o piloto.

O resultado de Lucas no deserto da Arábia Saudita surpreende não apenas pela idade, mas por ter sido a estreia dele no Dakar. O desempenho superou, por exemplo, o dos próprios Al-Attiyah e Loeb na primeira vez que ambos disputaram a prova. Em 2004, o catari terminou na décima posição, enquanto o francês ficou em nono em 2016.

Um dos trunfos do brasileiro para enfrentar os mais de 8,5 mil quilômetros de percurso foi a parceria com o experiente navegador Timo Gottschalk. O alemão, de 48 anos, foi campeão do Dakar ao lado de Al-Attiyah em 2011, ano do primeiro título do piloto catari.

"Correr com o Timo foi muito importante porque, em momentos decisivos, a experiência dele fez a diferença, especialmente no segundo dia. Tinha muita pedra, os ponteiros furaram muitos pneus. Ele disse para ir tranquilo, salvar as rodas. Dito e feito: muitos ponteiros perderam mais de hora esperando apoio porque acabaram os estepes", recordou Lucas.

"Achei que ali [segundo dia] o rali estaria acabado. Furamos um pneu com 15 quilômetros e tínhamos um estepe para os outros 415 [quilômetros]. Aprendia alguma coisa todos os dias. No deserto, qualquer vacilo te pega e joga a sua prova fora”, completou.

A participação do paulista começou com um 12º lugar no primeiro dos 14 estágios do Dakar. A regularidade fez com que Lucas ganhasse a terceira posição no sexto dia, para não sair mais do pódio. Ele chegou a assumir a vice-liderança na segunda metade da prova, mas foi ultrapassado por Loeb, após o francês ganhar seis das sete últimas etapas.

"Nosso primeiro objetivo era terminar a prova, ganhar experiência, para buscarmos resultado a partir de 2024, mas fomos ganhando velocidade, entendendo o ritmo dos ponteiros. Terminar no top 15 seria um bônus incrível. A partir do décimo dia, sentimos que dava para trazer o pódio", disse.

A temporada de Lucas ainda está começando. Neste ano, ele pretende disputar etapas do Mundial da modalidade e buscar o tricampeonato do Rali dos Sertões, em agosto, ao lado do navegador Kaique Bentivoglio, com quem correu nas conquistas de 2019 e 2022.

"A ideia é que o Kaique continue fazendo um trabalho de evolução, até para ele aprender a navegação no deserto. Quem sabe, a gente possa estar junto [no Dakar] em 2024", concluiu o piloto.

Desempenho brasileiro

Além de Lucas, outros dez brasileiros competiram na edição deste ano do Dakar, a 45ª da história. O principal resultado foi o do navegador Gustavo Gugelmin, campeão na disputa de protótipos leves, ao lado do piloto norte-americano Austin Jones. Na mesma categoria, Pâmela Bozzano e Cadu Sachs ficaram em 32º, dois postos à frente de Ênio Bozzano (marido de Pâmela) e Luciano Gomes.

Foi a terceira vez que Gustavo venceu o Dakar. As duas conquistas anteriores foram na categoria UTVs (Utility Task Vehicles ou veículos utilitários multitarefa, na tradução do inglês). Em 2018, ele ganhou ao lado do também brasileiro Reinaldo Varela. No ano passado, teve Jones como parceiro.

Entre os UTVs, Bruno Conti foi o melhor brasileiro, chegando em sexto, em parceria com o português Bianchi Prata. Rodrigo Luppi e Maykel Justo ficaram em 29º lugar, enquanto Cristiano Batista e o navegador espanhol Fausto Mora terminaram na 32ª posição. Na categoria quadriciclos, Marcelo Medeiros foi o nono colocado.

 

 

Por Lincoln Chaves - Repórter da EBC

AGÊNCIA BRASIL

 

MUNDO - Kevin Benavides venceu na sexta-feira (15) o Rally Dakar entre os competidores das motos. O argentino, piloto da Honda, completou a última especial da prova, realizada entre Yanbu e Jedá, na segunda posição, e capitalizou sua primeira conquista na mais importante prova fora de estrada do planeta.

Benavides venceu apenas duas das 12 especiais do Dakar deste ano, a sexta, quando virou líder da prova pela primeira vez, e a nona, realizada já nesta semana. O argentino, porém, só assumiu a liderança do Dakar na quarta-feira, quando José “Nacho” Cornejo abandonou a disputa. A partir daí, o piloto da Honda apenas controlou a prova para faturar a vitória.

Na especial desta sexta-feira, a vitória ficou com Ricky Brabec, que completou os 200 quilômetros do percurso em 2h17min02s. Benavides foi o segundo colocado do dia, 2min17s atrás do vencedor. O grupo dos cinco primeiros foi completado por outros três pilotos da KTM: Matthias Walkner, Skyler Howes e Daniel Sanders.

Lorenzo Santolino ficou com a sexta posição da especial com uma moto da Sherco, sendo seguido por Joan Pedrero García, sétimo com uma KTM. Joaquim Rodrigues, com uma Hero, ficou com a oitava posição, enquanto Jaume Betriu, também da KTM, acabou a especial em nono. Sebastian Bühler, da Hero, foi o décimo melhor do dia.

Após o complemento das 12 especiais, Benavides completou o Dakar com um tempo acumulado de 47h18min14s. A segunda posição ficou com Brabec, que tomou o segundo lugar de Sam Sunderland e chegou apenas 4min56s atrasado para o campeão. Sunderland, com uma KTM, foi o terceiro, seguido por Sanders e Howes, que fecharam o top-5.

 

 

 

*Por: Leonardo Marson / RACING

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