RÚSSIA - As exportações de petróleo da Rússia atingiram em março o nível mais elevado desde abril de 2020, apesar das sanções da União Europeia e do G7, mas a receita é muito inferior ao valor registrado no mesmo período do ano passado, informou a Agência Internacional de Energia (AIE).
As exportações de petróleo aumentaram 0,6 milhão de barris diários (mbd) em março, a 8,1 mbd, o que representa quase um bilhão de dólares a mais em receita para Moscou, a um total de US$ 12,7 bilhões, um valor que, no entanto, é 43% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a AIE.
“As exportações russas de petróleo registraram em março o nível mais elevado desde abril de 2020 graças ao aumento dos fluxos de produtos, que voltaram aos níveis observados pela última vez antes da invasão da Ucrânia pela Rússia”, afirmou a AIE, que tem sede em Paris, em seu relatório mensal.
Apesar das sanções internacionais em represália à ofensiva russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, a Rússia redirecionou as exportações de combustíveis para outros países, como a Índia.
“A Rússia foi o maior fornecedor de petróleo da Índia em fevereiro, pelo oitavo mês consecutivo, com uma cota de quase 38%”, informou na quinta-feira a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), que citou dados da Kpler, uma empresa de análise de commodities.
Além das sanções ao petróleo russo em vigor desde 5 de dezembro, em fevereiro a União Europeia adotou um embargo às compras de derivados de petróleo russos por via marítima. Além disso, os países do G7 aplicam um teto ao preço dos derivados de petróleo procedentes da Rússia.
Moscou anunciou em 10 de fevereiro que reduziria sua produção em 500.000 barris por dia, mas não atingiu a meta em março.
“A produção russa de petróleo bruto caiu quase 290.000 barris diários em março, a 9,58 milhões de barris diários, sem cumprir sua meta de redução (…) porque o país parece estar transferindo seus barris para novos mercados, apesar das sanções da UE”, afirmou a AIE.
WASHINGTON – As vendas de equipamentos militares dos Estados Unidos para governos estrangeiros aumentaram 49%, para 205,6 bilhões de dólares, no último ano fiscal, disse o Departamento de Estado norte-americano nesta quarta-feira, 25.
As vendas aprovadas no ano incluíram 13,9 bilhões de dólares em caças F-15ID para a Indonésia, 6,9 bilhões em navios Multi-Mission Surface Combatant para a Grécia, e 6 bilhões de dólares em tanques M1A2 Abrams para a Polônia.
A General Dynamics Corp produz o tanque Abrams, a Boeing faz o jato F-15 e a Lockheed Martin Corp faz os navios.
Há duas formas principais de governos estrangeiros comprarem armas de empresas norte-americanas: vendas comerciais diretas negociadas entre um governo e uma empresa, e vendas militares estrangeiras nas quais um governo estrangeiro normalmente entra em contato com um funcionário do Departamento de Defesa na embaixada dos EUA em sua capital. Ambos requerem a aprovação do governo dos EUA.
por Mike Stone / REUTERS
BERLIM - As exportações alemãs caíram de forma inesperada em novembro, uma vez que a inflação alta e a incerteza do mercado continuam pesando na maior economia da Europa, apesar da redução dos problemas na cadeia de suprimentos.
As exportações caíram 0,3% no mês, mostraram dados do escritório federal de estatísticas nesta quinta-feira. Analistas consultados pela Reuters previam crescimento de 0,2%.
A queda de novembro ocorre depois que os números de outubro foram revisados para cima, para um crescimento de 0,8% ante uma queda inicialmente relatada de 0,6%.
As importações também registraram uma queda maior que a esperada de 3,3% em novembro, em comparação com expectativa de recuo de 0,5%.
Uma pesquisa publicada na segunda-feira mostrou que a contração do setor industrial da Alemanha diminuiu um pouco em dezembro devido à maior disponibilidade de materiais, embora a demanda mais fraca continue afetando os fabricantes.
O instituto econômico Ifo constatou que o número de empresas do setor industrial relatando problemas com escassez de materiais caiu pelo terceiro mês consecutivo em dezembro.
Reportagem de Miranda Murray e Rachel More / REUTERS
CHINA - As exportações da China registraram contração em outubro, a primeira desde meados de 2020, informaram nesta segunda-feira as autoridades do país, em um cenário de desaceleração interna e de ameaça de recessão mundial.
As exportações caíram 0,3% em ritmo anual em outubro, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas, uma queda expressiva em comparação com o aumento de 5,7% de setembro e muito abaixo das expectativas dos analistas.
As importações em ritmo anual registraram queda de 0,7% em outubro, o primeiro resultado negativo desde março e uma queda na comparação com o avanço de 0,3% de setembro.
A desaceleração do comércio acontece no momento em que a demanda mundial de produtos chineses perde força, com os preços da energia em alta e a economia dos Estados Unidos sob ameaça de recessão.
Os confinamentos esporádicos por causa da covid-19 também prejudicaram o entusiasmo dos consumidores e a confiança empresarial na segunda maior economia do mundo.
Os analistas entrevistados pela Bloomberg previam um crescimento das exportações de 4,3% em outubro, mas projetavam um crescimento das importações de apenas 0,1% diante do enfraquecimento da demanda no país.
"O recente declínio nos volumes de exportação parece refletir uma reversão no aumento da demanda mundial por produtos chineses que aconteceu durante a pandemia", afirmou Zichun Huang, analista da Capital Economics.
Os analistas do grupo financeiro Nomura acreditam que a queda das exportações da China deve continuar nos próximos dois meses.
Como o forte crescimento das exportações tem sido o grande motor do crescimento do PIB na China desde a primavera de 2020, a contração nas exportações inevitavelmente pesará sobre o crescimento, o emprego e o investimento", destacaram.
A atividade das fábricas chinesas registrou contração em outubro, de acordo com dados oficiais divulgados na semana passada, números que o Escritório Nacional de Estatísticas atribui aos surtos de covid-19 do mês passado.
RÚSSIA - O chefe da diplomacia russa procurou tranquilizar o Egito no domingo (24) sobre o futuro das exportações de grãos após a recente assinatura do acordo entre Ucrânia e Rússia.
"Confirmamos o compromisso dos exportadores russos de produtos de grãos de respeitar todas as suas obrigações", disse Serguei Lavrov durante uma entrevista coletiva após negociações com seu homólogo egípcio Sameh Shoukri.
"O presidente Vladimir Putin destacou isso durante a recente conversa telefônica com o presidente egípcio (Abdel Fatah) al Sissi", acrescentou Lavrov, que viajará na próxima semana para Uganda, Etiópia e Congo.
O acordo, assinado na sexta-feira em Istambul (Turquia) sob os auspícios da ONU, prevê a criação no Mar Negro de "corredores seguros" para a circulação de navios mercantes, que Ucrânia e Rússia prometeram não atacar.
Deve permitir a exportação de 20 a 25 milhões de toneladas de grãos bloqueados na Ucrânia, bem como facilitar as exportações agrícolas russas, o que afasta o risco de uma crise alimentar mundial, especialmente na África.
A Rússia obteve garantias de que as sanções ocidentais não serão aplicadas, direta ou indiretamente, às suas exportações de produtos agrícolas e fertilizantes.
WASHINGTON - As exportações de bens dos Estados Unidos para a China caíram em dezembro, consolidando um aumento de 45 bilhões de dólares no déficit comercial dos EUA com o país asiático em 2021 e um saldo negativo de dois anos nos compromissos de compra de Pequim sob a "Fase 1" do acordo comercial negociado pelo ex-presidente Donald Trump.
O escritório de estatísticas norte-americano informou nesta terça-feira que o déficit comercial de bens dos Estados Unidos com a China aumentou 14,5%, a 355,3 bilhões de dólares, o maior desde o recorde de 2018 de 418,2 bilhões de dólares. O rombo de 2020 havia sido de 310,3 bilhões de dólares, mínima em dez anos.
As importações pelos EUA da China em 2021 aumentaram em 71,6 bilhões de dólares em relação a 2020, ou 16,4%, para 506,4 bilhões de dólares, maior patamar desde 2018. As exportações para a China cresceram 26,6 bilhões de dólares, ou 21,3%, para um recorde de 151,1 bilhões de dólares.
O déficit comercial global dos EUA em 2021 aumentou 27%, para um recorde de 859,1 bilhões de dólares.
Mas o aumento nas exportações dos EUA para a China em 2021 não foi suficiente para fazer cumprir as metas da China de elevar as compras de mercadorias sob a "Fase 1" do acordo comercial assinado em janeiro de 2020, que visava interromper a escalada de uma guerra tarifária sobre produtos chineses lançada por Trump em 2018.
No acordo, Pequim concordou em aumentar, num período de dois anos, as compras de produtos agrícolas e manufaturados dos EUA, energia e serviços em 200 bilhões de dólares acima dos níveis de 2017, entre outros compromissos de acesso ao mercado. Os compromissos de compras expiraram no fim de 2021.
A vice-representante de Comércio dos EUA, Sarah Bianchi, disse na semana passada que estava "muito claro que os chineses não cumpriram seu compromisso na Fase 1" e que o governo Biden estava trabalhando com autoridades do país asiático para resolver o assunto.
Autoridades dos EUA também disseram à Reuters na segunda-feira que estavam perdendo a paciência com o fracasso da China em reverter o não cumprimento de seus compromissos de compra.
Até novembro, a China atingiu apenas cerca de 60% de sua meta de aquisição de mercadorias, de acordo com dados comerciais compilados por Chad Bown, membro sênior do Peterson Institute for International Economics. O declínio nas exportações dos EUA para a China em dezembro mostra que a China não avançou no cumprimento da meta no último mês de 2021.
Por David Lawder / REUTERS
MOSCOU - As exportações de gás natural russo para a Alemanha por meio do gasoduto Yamal-Europe caíram acentuadamente no sábado, segundo dados do operador alemão Gascade.
O gasoduto é uma das principais rotas de exportação de gás da Rússia para a Europa e atravessa Belarus.
Os fluxos no ponto de medição de Mallnow, na fronteira entre Alemanha e Polônia, caíram para um volume por hora de 1.217.444 quilowatt-hora em relação à média de 10.000.000 kWh/h na sexta-feira e de cerca de 12.000.000 kWh/h na quinta-feira.
TÓQUIO - A economia do Japão cresceu mais do que o esperado no quarto trimestre de 2020, ampliando a recuperação de sua pior recessão no pós-guerra graças a uma retomada da demanda externa que fortaleceu as exportações e aos gastos de capital.
Mas a recuperação desacelerou na comparação com o ritmo acentuado do terceiro trimestre, e as restrições de um novo estado de emergência anuviam as perspectivas, sublinhando o desafio enfrentado pelos formuladores de políticas para evitar a disseminação da Covid-19 sem prejudicar uma recuperação frágil, especialmente no combalido setor de consumo.
"As condições são tais que o Japão não conseguirá evitar um crescimento negativo no primeiro trimestre", disse Takumi Tsunoda, economista sênior da Shinkin Central Bank Research.
"Existe uma possibilidade grande de haver um ciclo repetido de infecções de coronavírus se disseminando e sendo contido neste ano, o que significa que é improvável que o consumo se recupere no ritmo esperado."
A terceira maior economia do mundo cresceu a um índice anualizado de 12,7% entre outubro e dezembro, mostraram dados do governo nesta segunda-feira, superando a previsão média de 9,5% do mercado.
Foi menos do que o crescimento revisado de 22,7% do trimestre anterior, quando a economia recebeu um impulso da demanda reprimida na esteira de um estado de emergência revogado em maio.
Em todo o ano assolado pelo coronavírus, a economia do Japão se retraiu 4,8%, o primeiro recuo anual desde 2009.
Mas o desempenho japonês entre outubro e dezembro foi mais robusto do que o crescimento de 4% dos Estados Unidos e da queda de 2,8% da zona do euro.
Com dois trimestres seguidos de crescimento forte, a economia do Japão provavelmente recuperou 90% das perdas induzidas pela pandemia, dizem analistas.
"A recuperação do Japão prosseguiu em um ritmo muito mais rápido do que o esperado inicialmente", disse Yoshiki Shinke, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Dai-ichi Life.
*Por Leika Kihara e Tetsushi Kajimoto / REUTERS
(Reportagem adicional de Kaori Kaneko e Daniel Leussink)
MUNDO - A produção industrial e as exportações alemãs aumentaram em novembro, somando-se a sinais de que o setor manufatureiro deu impulso à maior economia da Europa no quarto trimestre de 2020.
A produção industrial cresceu 0,9% no mês, enquanto as exportações avançaram 2,2%, mostraram números divulgados pelo Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha nesta sexta-feira.
Esse foi o sétimo mês consecutivo em que ambas as leituras apresentaram alta, depois que um lockdown em março e abril para conter a primeira onda da pandemia de coronavírus desencadeou uma crise econômica que deve levar a Alemanha para sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.
Uma análise dos dados de produção mostrou que a manufatura e a construção compensaram a queda na produção de energia, que caiu quase 4%.
As importações aumentaram 4,4%, o que resultou retração tanto nas transações correntes quanto na balança comercial em relação ao mês anterior.
*Por Joseph Nasr e René Wagner / REUTERS
BRASÍLIA/DF - O retorno das exportações da indústria brasileira aos níveis de 2008 traria até R$ 376 bilhões por ano para a economia do país e preservaria 3,07 milhões de empregos. A estimativa foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e será apresentada hoje (18), no Encontro Nacional da Indústria 2020, evento que ocorre de maneira virtual neste ano.
O levantamento considerou os impactos diretos e indiretos, assim como o pagamento de tributos e o aumento da renda, de um eventual aumento nas exportações de manufaturados ao pico, observado no fim da primeira década do século. De 2005 a 2008, o Brasil exportou, em valores totais, 0,8% dos produtos industrializados em todo o planeta. De lá para cá, a participação caiu para 0,6%.
De acordo com a CNI, caso a participação tivesse sido mantida, as exportações industriais subiriam dos atuais US$ 82,2 bilhões por ano para US$ 105,3 bilhões anuais, alta de 28,1%. Segundo a entidade, cada US$ 1 bilhão exportado a mais por ano gera R$ 4,4 bilhões para a economia brasileira – em impactos diretos, indiretos, sobre impostos e sobre renda – e sustentaria 36.004 postos de trabalho.
Desafios
Para aumentar as exportações da indústria brasileira, a CNI considera necessário maior grau de inserção das empresas brasileiras no mercado internacional. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, o Brasil precisa combinar a abertura comercial com a reforma tributária, que aumentaria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.
O fortalecimento das medidas de defesa comercial, com a aplicação de retaliações a países que subsidiam exportações, como a China, também é apontado pela entidade como medida necessária. Apenas em 2019, ressalta a CNI, o Brasil importou US$ 5 bilhões em produtos com subsídios condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A CNI também defende a desburocratização do comércio exterior, a redução de barreiras comerciais em terceiros mercados, investimentos em logística e infraestrutura para o comércio internacional e a concessão de financiamentos e de garantias às exportações como medidas complementares para impulsionar a conquista de mercados internacionais pelas indústrias brasileiras. Por causa da pandemia de covid-19, as exportações de manufaturados brasileiros caíram 20% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
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