Elemento importante para o desenvolvimento das plantas, potássio é um dos minerais mais abundantes na Terra
SÃO PAULO/SP - O potássio é o 7º elemento mais abundante na crosta terrestre. Ele é importante para o desenvolvimento das plantas, pois ajuda a manter o equilíbrio ambiental e eleva a produtividade agrícola. No corpo humano, o potássio atua regulando a pressão arterial e evitando doenças como a osteoporose.
Importância ambiental
O potássio é o 7º elemento mais abundante no planeta Terra e o 19º no Universo. Ele está presente em minerais silicáticos, como o feldspato. Esses minerais são encontrados na composição de rochas e no solo.
A partir da erosão das formações rochosas, o potássio é depositado no solo, contribuindo para a manutenção do ecossistema. Esse elemento é importante para o desenvolvimento das espécies vegetais, contribuindo para a manutenção da flora em ecossistemas.
Onde encontrar o potássio?
O potássio está presente em corpos d’água, como lagos e mares. Esses ambientes são chamados de salmouras naturais, e são caracterizados por suas águas densas e elevado grau de evaporação.
Outro ambiente que tem grandes quantidades de potássio é o depósito de evaporitos, que são sedimentos formados por sais. Além disso, o potássio está presente em rochas que têm em sua composição os silicatos, como o feldspato, o feldspatoide, a argila e a mica. Essas rochas podem ser ígneas, metamórficas ou sedimentares.
Existem reservas de potássio por todo o mundo. O Canadá é o país que detém a maior quantidade de reservas, com 62,6% do total no mundo. Em seguida, está a Rússia, com 12,5%. As reservas de potássio do Brasil estão em 7%, e localizam-se principalmente no Sergipe e no Amazonas. Essas reservas têm cerca de 13,03 milhões de toneladas ao todo, com uma porcentagem de potássio de aproximadamente 24%.
Agricultura
Além da sua importância para o meio ambiente, o potássio tem um papel fundamental no cultivo agrícola. A aplicação de potássio em solos agrícolas contribui para a ativação de mais de 60 enzimas presentes na planta, que favorecem processos como a fotossíntese.
O potássio promove o equilíbrio da quantidade de água presente no organismo das plantas. Outro papel importante é o aumento da absorção de nitrogênio. De acordo com um estudo, o potássio aumenta a produtividade agrícola, gerando mais produtos em menos tempo.
As rochas compostas por feldspatos e feldspatoides alcalinos são as principais exploradas para a produção de fertilizantes. Entretanto, elas podem ser aplicadas diretamente na plantação, o que leva à uma liberação mais lenta do potássio no solo.
Os principais feldspatos utilizados para essa finalidade são o microclínio e o ortoclásio, enquanto que os feldspatoides que se destacam são a leucita e a mica. Apesar disso, os feldspatoides são menos abundantes no meio ambiente, o que faz com que os feldspatos sejam mais utilizados.
O potássio é um dos principais elementos aplicados nas plantações para a fertilização. Ele pertence ao grupo de fertilizantes NPK, nitrogênio, fósforo e potássio, os elementos de maior importância para o desenvolvimento vegetal. A proporção adequada para a fertilização NPK é 15% de potássio, 61% de nitrogênio e 24% de fósforo.
Importação de potássio para o Brasil
O Brasil é o segundo maior importador de potássio do mundo, com um consumo de aproximadamente 16% do potássio no mundo. Em conjunto com a China, os Estados Unidos e a Índia, consome cerca de 60% do potássio destinado à fertilizantes.
Isso porque os solos brasileiros têm poucas quantidades desse mineral. Além disso, a exploração do potássio brasileiro pode colocar em risco a conservação de áreas ambientais, que são protegidas de acordo com a legislação.
Os principais países exportadores de potássio são Canadá, Estados Unidos, Rússia e Bielorrússia. Dados de 2013 indicam que as importações de potássio no território brasileiro foram realizadas principalmente pelo Canadá (31,6%), seguido da Alemanha (16,5%), Rússia (15,6%), Bielorrússia (14,9%) e Israel (9,4%).
Impactos ambientais
O uso de potássio no solo para o cultivo agrícola pode elevar a quantidade de potássio presente em corpos hídricos por conta do processo de lixiviação. A lixiviação ocorre quando a água da irrigação ou da chuva carrega os nutrientes presentes no solo até os lençóis freáticos ou cursos d’água. Dessa forma, o potássio contamina a água e prejudica ecossistemas aquáticos.
Além disso, a mineração de potássio resulta no desmatamento da flora nativa, afetando a biodiversidade dos ecossistemas e o equilíbrio ecológico.
Saúde
No corpo humano, o potássio auxilia os tecidos celulares e o metabolismo. De acordo com um estudo, uma alimentação rica em potássio pode ajudar a controlar a pressão arterial, evitando o surgimento de doenças cardiovasculares. O estudo indica que a ingestão adequada de potássio é de 3510 mg por dia.
Além disso, o nível adequado de potássio no organismo pode impedir o surgimento de doenças como a osteoporose, além de equilibrar o pH na corrente sanguínea.
Confira a lista de alimentos ricos em potássio para incluir na sua alimentação:
Luiza Caballero / ECYCLE
SÃO PAULO/SP - O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) lança a nota técnica Crise hídrica, termelétricas e renováveis: Considerações sobre o planejamento energético e seus impactos ambientais e climáticos. Atualmente, a principal medida adotada no Brasil para evitar um apagão energético foi acionar as termelétricas fósseis e, além disso, o uso das termelétricas em tempo integral tem sido implementado. Como consequência, o documento alerta que deve-se esperar um aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor elétrico, impactos ambientais na qualidade do ar, limitações para a ampliação das demais fontes renováveis e um potencial agravamento da crise hídrica no futuro. Leia a nota técnica na íntegra.
Para evitar quadros futuros de risco de abastecimento, indica-se que o planejamento reveja os critérios para a contratação de energia no médio e longo prazo, evitando o cancelamento de leilões do ambiente regulado, como foi o caso em 2020, ou a baixa contratação registrada nos últimos leilões de energia nova e existente, afirma Ricardo Baitelo, coordenador de projetos no Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) e o autor principal da nota. No caso atual, o planejamento de longo prazo parece ter sido desconsiderado quando maximizar o acionamento das termelétricas é a última solução para reduzir o risco de um novo racionamento, um ciclo que gera mais GEE e pode piorar as secas.
O Brasil tem optado por avançar com a operação e a instalação das termelétricas fósseis, que usam carvão e derivados do petróleo para gerar energia. Os últimos leilões de energia elétrica existente deste ano, permitiram, pela primeira vez, o funcionamento em tempo integral das termelétricas contratadas. Além disso, a Lei 14.182/2021, que trata da privatização da Eletrobrás, determina a inserção de 8 GW de termelétricas a gás natural operando em tempo integral hoje, a capacidade instalada de termelétricas a gás é de 15,7 GW. Essa inserção de 8 GW de usinas termelétricas acumulará em 15 anos de operação a emissão de 260,3 MtCO?, mais do que as emissões de todo o setor de transportes em 2019.
SÃO PAULO/SP - Piscicultura é a ciência que estuda e desenvolve técnicas de cultivo e reprodução de peixes. Esse cultivo é realizado em condições adequadas, com controle de iluminação e temperatura da água, podendo ocorrer em ambientes de água doce ou salgada (onde recebe o nome de maricultura). Um dos principais objetivos da piscicultura é garantir produtos para o consumo com maior controle e regularidade.
Como é realizada
A principal finalidade da piscicultura é produzir peixes. Embora sejam criados em maior quantidade para a comercialização como recurso alimentício, os peixes também são cultivados para uso esportivo e ornamental.
Esses animais podem ser cultivados tanto em ambientes naturais, como lagos, lagoas e o próprio oceano, quanto em tanques artificiais construídos pelo ser humano. Entre as metodologias utilizadas para produção aquícola, pode-se citar o uso de viveiros escavados no solo (reservatórios que permitem a entrada e saída de água), tanques-rede ou gaiola flutuante e o cultivo em espinhel e balsas.
Cenário atual
A piscicultura vem ocupando uma posição de destaque na produção mundial de proteína animal. Esse setor encontra-se em expansão desde os anos 90, e apresenta uma taxa de crescimento anual global estimada em torno de 7%. No Brasil, o aumento do consumo per capita de pescado e as condições favoráveis ao desenvolvimento dessa prática têm estimulado a produção aquícola, que alcançou um total de 707 mil toneladas em 2015. Esse número fez com que o país ocupasse o 12º lugar no ranking mundial de aquicultura.
Entre as espécies que são destaque na produção brasileira está a tilápia, uma espécie exótica, porém intensamente cultivada na região sudeste e sul do país; os tambaquis e pirarucus, alvo da piscicultura na região norte brasileira; e as carpas.
Impactos
Por ser uma atividade agropecuária, a piscicultura tem efeitos negativos. De acordo com estudos, os principais impactos causados por essa prática são:
O salmão é uma espécie muito afetada pela piscicultura. Estudos mostram que grandes criadouros com uma quantidade considerável de salmões são o ambiente propício para o desenvolvimento de parasitas perigosos, como o piolho de peixe.
No Canadá, pesquisas apontam que esse problema se tornou ainda mais sério. A explosão da população de piolhos de peixe causou, em algumas regiões, a diminuição de 80% da população de salmão rosa. Já na Finlândia, pesquisadores afirmam que o problema é o fortalecimento e maior resistência de doenças. Enquanto os peixes dos criadouros são tratados com medicamentos, os salmões selvagens acabam infectados e morrendo.
Além disso, a própria estrutura necessária para a aquicultura pode causar sérios problemas ambientais. De acordo com a Food and Agriculture Organization da ONU (FAO), quando os criadouros são instalados em locais com correntes de água inadequadas, eles podem causar acúmulo de metais pesados, como cobre e zinco.
É fonte de poluição por microplástico
Pesquisas na área de piscicultura revelam preocupações crescentes relacionadas às partículas de microplástico presentes na alimentação dos peixes.
Um estudo publicado na revista Aquaculture analisou 26 produtos de farinha de peixe de 11 países em quatro continentes diferentes. Em quase todas as amostras foram encontrados plásticos, exceto na farinha da Antártica.
A farinha de peixe é um ingrediente que faz parte da alimentação dos peixes. A própria ração utilizada na indústria de criação de peixes inclui a farinha. No entanto, produzir esses alimentos sem microplásticos parece uma missão impossível. Segundo Sedat Gündo?du, biólogo marinho e autor do estudo publicado na Aquaculture, o oceano é um grande sistema que hospeda toneladas de lixo plástico, logo, os alimentos derivados desse ambiente são contaminados com plástico e seus fragmentos como o micro e o nanoplásticos.
Mesmo os animais criados em outros ambientes estão sendo contaminados com as partículas. E esse problema também chega à alimentação dos seres humanos. Os microplásticos mudam a saúde dos peixes e, consequentemente, podem afetar a nutrição e causar outros efeitos na saúde humana, como piorar a asma, inflamar o sistema imunológico e danificar os órgãos internos.
Ainda que os peixes não consumam as partículas de plástico diretamente, existem outras vias de exposição, como as redes de plástico da pesca fantasma. Em suma, como aponta Gündo?du, estamos em uma armadilha de plástico em que as partículas voltam ao prato em algum momento.
*Por: Equipe eCycle
CAMPINAS/SP - A pandemia de Covid-19 mexeu com as relações de trabalho, a vida em sociedade e a economia como um todo, e ainda com um dos principais elementos de lazer e entretenimento das pessoas: o esporte. A grande maioria das competições em todo o mundo foi suspensa ou encerrada pela metade, impedindo que milhões de torcedores vibrem por suas equipes e atletas favoritos como anteriormente. A questão é que essa mudança momentânea vai trazer grandes impactos no futuro, redefinindo questões financeiras e até o modo de consumir as modalidades.
É muito difícil dimensionar o impacto no esporte pelo simples fato de não ter uma previsão de retorno das atividades. Entretanto, a perda de receitas e patrocínios é o que mais preocupa. Há uma quebra de ciclo tanto das atividades esportivas quanto econômicas, atingindo uma cadeia produtiva que envolve marcas, produtos, venda de ingressos, cotas de TV e folha de pagamento com altos salários. No futebol brasileiro, estudo da consultoria EY estima um prejuízo superior a R$ 1 bilhão. Em outras modalidades, o cenário pode ser ainda pior se pensarmos no ciclo olímpico que projeta investimentos a cada quatro anos. Os Jogos de Tóquio, por exemplo, foram adiados para 2021, afetando diretamente clubes, federações e, principalmente, atletas e equipes.
Dessa forma, o atual momento é marcado por alterações e rompimentos de contratos que, invariavelmente, não têm como serem mantidos. O patrocínio é um dos pilares fundamentais do esporte e estabelece relação com o marketing de grandes marcas. Na medida em que a economia sofre uma parada como essa, as receitas destinadas ao patrocínio também são reduzidas de forma drástica e, em alguns casos, encerradas completamente. Hoje, esta é a grande preocupação dos atletas: sem eventos, não há público, exposição na mídia e, consequentemente, divulgação das marcas.
Seguramente, os valores serão revistos nas próximas temporadas, pois o que determina o valor de um atleta ou de uma equipe é sua capacidade de gerar resultados e sua raridade. Agora, tudo isso está em discussão como em qualquer empresa que precisa honrar seus compromissos. Contudo, com a redução da quarentena e a retomada gradativa da economia, os patrocinadores também precisarão do esporte para alavancar suas marcas e produtos, uma vez que essa é uma relação de interdependência. A estimativa é de que os impactos negativos perdurem por um ou dois anos, mas, à medida que a normalidade se restabeleça, os valores devem voltar a crescer.
Nesse sentido, as tecnologias de comunicação, como streaming e dispositivos móveis, ganham força. Essas ferramentas deverão suprir algumas demandas que estão reprimidas e, ao mesmo tempo, contribuir para a retomada das atividades esportivas. Como citado, é preciso existir a exposição nos canais que estiverem disponíveis para que toda a cadeia esportiva possa existir. Nos Estados Unidos, por exemplo, as torcidas querem a volta dos esportes, mas 70% não pretende frequentar as arenas tão cedo. Para isso, devem usar os meios tecnológicos para torcer por suas equipes e atletas favoritos. Plataformas para levar conteúdo não vão faltar.
Entretanto, isso não representa um afastamento definitivo. É natural que, neste momento, as pessoas tenham receio de aglomerações, o que deve perdurar por algum tempo. O esporte é um fenômeno de massa capaz de atrair multidões e protagonizar os maiores espetáculos existentes na Terra. Quando houver segurança novamente, as pessoas voltarão a frequentar as arenas esportivas, talvez com novos cuidados e regras, mas a paixão pelo esporte vai prevalecer. É só uma questão de tempo.
* Artur José Squarisi de Carvalho é mestre em Educação Física – Adaptação e Saúde e atua como coordenador e professor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL, unidade Campinas – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Sobre o UNISAL
O Centro Universitário Salesiano de São Paulo está presente na área educacional desde 1952 e há mais de 20 anos com a marca UNISAL. Conta com Unidades em Americana, Campinas, Lorena e São Paulo bem como a Unidade Virtual/EAD, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu e stricto sensu e extensão. Integra as 93 Instituições Universitárias Salesianas (IUS) presentes em 21 países na América, Europa, Ásia, África e Oceania: www.unisal.br.
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