ALEMANHA - A UE (União Europeia) concordou provisoriamente nesta segunda-feira (8) com as restrições às importações de alimentos ucranianos, que, segundo alguns membros da UE, desestabilizaram os mercados agrícolas do bloco.
Os tomadores de decisão da UE têm discutido há semanas sobre os limites de acesso livre de tarifas para os produtos ucranianos, uma vez que os agricultores protestaram contra as importações baratas, com alguns na Polônia bloqueando a fronteira com a Ucrânia e derramando grãos ucranianos nos trilhos.
Os legisladores da UE e a Bélgica, que detém a presidência rotativa da UE por seis meses, disseram ter chegado a um acordo sobre as restrições. Isso ainda exigirá a aprovação de outros membros da UE e do Parlamento Europeu.
Em janeiro, a Comissão Europeia propôs estender o acesso livre de tarifas até junho de 2025, mas com uma restrição de emergência para aves, ovos e açúcar se as importações excedessem a média dos níveis de 2022 e 2023.
Desde então, a aveia, o milho, os cereais e o mel foram acrescentados, com a média também a ser calculada incluindo o segundo semestre de 2021. Naquele ano, que foi antes de a Rússia invadir a Ucrânia, as importações foram muito menores porque as tarifas eram aplicadas.
Os legisladores da UE e a Bélgica concordaram com essa fórmula na segunda-feira, disse um diplomata da UE.
País africano tem fartura de energia elétrica e planeja se livrar da dependência do petróleo estrangeiro
ETIÓPIA - Em decisão considerada surpreendente, o Ministro dos Transportes e Logística da Etiópia, Alemu Sime, anunciou no apagar das luzes de janeiro que o país africano proibirá completamente a importação de veículos tradicionais com motores a combustão. De acordo com o anúncio, a ação faz parte de projeto estratégico do governo no segmento energético e, na prática, permitirá a importação unicamente de veículos elétricos.
“O governo decidiu não importar carros a gasolina para a Etiópia, abrindo espaço somente para modelos elétricos", diz o comunicado oficial. Uma das razões para a decisão é o fato de a Etiópia não produzir combustível para seu próprio abastecimento, sendo obrigada a importar diesel e gasolina utilizando grandes quantidades de moeda estrangeira. Como as reservas internas em dólar são limitadas, toda a operação acaba sendo prejudicial para o país.
Ao mesmo tempo em que depende do petróleo estrangeiro, a Etiópia produz eletricidade em abundância e a partir de fontes renováveis. A rede hidroelétrica do país é responsável por 95,8% da produção nacional e com custos bem inferiores aos combustíveis fósseis. A ideia do governo é aproveitar as próprias vantagens comparativas do país para se livrar da dependência do petróleo e, ao mesmo tempo, reduzir os índices de emissões.
O desafio agora é criar uma rede minimamente estruturada de abastecimento, já que a realidade do país no campo da eletrificação ainda é incipiente. O governo prometeu trabalhar na implantação de uma rede de carregamento, embora não tenha dado detalhes sobre investimentos ou datas. Além disso, não especificou quando será implementada a proibição de importação de automóveis com motores de combustão, embora a decisão já tenha sido tomada.
Dyogo Fagundes / InsideEVs Global
JACARTA – A Indonésia planeja importar 3,6 milhões de toneladas de açúcar bruto para uso industrial e aproximadamente 991.000 toneladas de açúcar branco para consumidores, disse o ministro do Comércio do país nesta segunda-feira.
Zulkifli Hasan não forneceu um prazo para as importações.
Por Gayatri Suroyo / REUTERS
COREIA DO SUL - As autoridades da Coreia do Sul suspenderam a proibição de importação de bonecas sexuais do tamanho adulto.
A decisão ocorre após anos de debate sobre se o governo estava interferindo na vida privada da população sul-coreana.
A recente mudança agora permite que bonecas em forma de pessoas adultas possam entrar no país pela alfândega.
Mas bonecas que se assemelham a menores de idade ainda são proibidas, segundo o Serviço de Alfândega da Coreia.
Bonecas sexuais não são ilegais na Coreia do Sul. No entanto, milhares delas foram apreendidas na alfândega do país desde 2018.
As autoridades proibiram a importação dos objetos sexuais em tamanho real sob uma lei que restringe produtos que são vistos como "prejudiciais às tradições e à moral pública da Coreia do Sul."
Os importadores inicialmente recorreram à Justiça, pedindo o relaxamento da proibição e a liberação das bonecas na alfândega. Eles argumentavam que os produtos "não atentam contra a dignidade humana."
Em 2019, a Suprema Corte do país manteve a decisão de que as bonecas sexuais são usadas para uso pessoal e se enquadram na mesma categoria da pornografia, que é rigidamente regulamentada, mas legal do ponto de vista jurídico.
No entanto, por volta de 250 mil pessoas assinaram uma petição para impedir a importação dessas bonecas. O autor do pedido, que não se identificou, disse que os produtos "podem levar a um aumento de crimes sexuais."
Mil bonecas guardadas na alfândega
A questão foi resolvida quando os funcionários da alfândega decidiram suspender a proibição.
Em comunicado, eles disseram que a decisão foi tomada após a revisão de decisões judiciais recentes e pareceres de agências governamentais relevantes, incluindo o Ministério da Igualdade de Gênero e Família.
A decisão também permite que os importadores retirem seus produtos da custódia do governo. Funcionários da alfândega disseram que ainda guardam mais de 1.000 bonecas sexuais que chegaram à Coreia do Sul nos últimos quatro anos.
Por outro lado, as autoridades alfandegárias afirmam terem proibido a entrada de bonecas sexuais que se assemelham a pessoas reais, como celebridades.
Não está claro se a proibição de venda também se aplica a bonecas sexuais produzidas no país que se parecem com menores de idade — tais restrições existem na Austrália, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64105851
ALEMANHA - As importações de carvão da Rússia pelos países-membros da União Europeia (UE) estão proibidas a partir de quarta-feira (10/08). A medida integra o quinto pacote de sanções imposto pelo bloco devido à invasão russa da Ucrânia, anunciado ainda em abril.
A proibição faz parte de uma série de ações da UE que visam enfraquecer o setor energético da Rússia. Em abril, a Comissão Europeia disse que o embargo ao carvão poderia custar a Moscou cerca de 8 bilhões de euros por ano.
À época do anúncio, ficou estipulado que as nações do bloco teriam 120 dias para buscar carvão em outros países ou encontrar alternativas para a geração de energia.
A União Europeia depende fortemente de carvão mineral para a geração de energia: por ano, o bloco importava em torno de 20% do total do carvão produzido na Rússia – o que representa, por outro lado, cerca de metade de todo o carvão importado pela UE, que agora precisará ser substituído.
Os maiores compradores dentro do bloco são usinas e indústrias da Alemanha, Polônia, Itália, Holanda, Espanha e França.
Brian Ricketts, secretário-geral da Associação Europeia de Carvão e Lignito (Eurocoal), acredita que a UE passará a importar ainda mais carvão do que antes para substituir as centrais a gás.
"Acreditamos que isso [o aumento da importação de carvão a partir de outros mercados] vai acontecer porque até 120 terawatts-hora de produção de eletricidade a partir do gás devem ser substituídos por carvão e lignito. Isso economizaria cerca de 22 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, muito mais do que qualquer outra medida", afirmou Ricketts.
Importação de outros países
A UE já tem intensificado o abastecimento de carvão a partir de outros países, como Colômbia, Austrália e Estados Unidos, segundo dados da Braemar, empresa especializada em transporte marítimo e gerenciamento de risco.
Em junho, países europeus adquiriram 7,9 milhões de toneladas de carvão mineral, mais do que o dobro do mesmo período do ano passado.
Ricketts também aponta que países como "Polônia, Austrália, Indonésia, EUA, Colômbia e África do Sul aumentaram a produção de lignito" em pelo menos nove Estados-membros da UE.
As importações a partir da Colômbia chegaram a 1,2 milhão de toneladas em junho, contra apenas 287 mil toneladas no mesmo período no ano passado.
Também em junho, a UE importou cerca de 1,1 milhão de toneladas da Austrália, a taxa mais alta já registrada.
Já as importações de carvão proveniente dos Estados Unidos aumentaram quase 28% em junho deste ano em relação ao mesmo mês de 2021.
Outros embargos a caminho
Além do carvão, a UE também já estipulou datas para o início de embargos a outros produtos, incluindo um embargo parcial ao petróleo russo, que será proibido de ser adquirido por via marítima a partir de 5 de dezembro deste ano.
A sanção parcial ocorre porque as importações de petróleo através de oleodutos ainda serão permitidas, principalmente a países muito dependentes do produto, como Hungria e Eslováquia.
Já o embargo a produtos derivados do petróleo passará a valer a partir de 5 de fevereiro de 2023.
Se o embargo ao carvão russo será de fato respeitado, Ricketts presume que isso só será possível afirmar quando os portos e alfândegas apresentarem estatísticas sobre o tema: "A alfândega está muito atrasada com seus números", disse o secretário da Eurocoal.
Além disso, há a responsabilidade direta dos Estados-membros da UE em cumprir o que foi acordado. "É claro que se espera que os países implementem o que eles próprios decidiram. Acompanharemos a situação, mas não temos dúvidas de que o embargo será implementado", opinou Eric Mamer, porta-voz da Comissão Europeia, na sexta-feira passada.
Nesta semana, também entrou em vigor o plano de contingência em relação ao fornecimento de gás para o inverno. Por isso, apesar do crescimento nas importações de carvão, a Agência Internacional de Energia pede que a Europa aumente a eficiência na geração de energia por meio de outras fontes, inclusive a nuclear, para arcar com uma possível crise energética.
EUA - A Casa Branca estuda como reduzir as importações de petróleo da Rússia, após a invasão da Ucrânia, sem prejudicar os consumidores americanos e protegendo o fornecimento global, declarou a porta-voz do governo de Joe Biden na sexta-feira (4).
"Estamos procurando maneiras de reduzir a importação de petróleo russo e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção das necessidades globais de abastecimento", disse a repórteres a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
Mas "estamos muito focados em minimizar o impacto nas famílias", completou.
A invasão russa da Ucrânia na semana passada elevou os preços do petróleo: os preços futuros nesta sexta-feira estavam acima de US$ 115 o barril e o preço de um galão (3,78 litros) de gasolina comum na Califórnia ultrapassou cinco dólares pela primeira vez.
O principal assessor econômico da Casa Branca, Brian Deese, observou que o governo Biden está de olho no mercado global de petróleo.
"Estamos acompanhando o mercado de energia hora a hora em termos da fluidez geral da cadeia de suprimentos", afirmou Deese à CNBC.
Biden anunciou na terça-feira que os Estados Unidos liberariam 30 milhões de barris de reservas estratégicas de petróleo para ajudar a estabilizar o mercado. Mas os preços continuaram subindo.
"É uma situação incrivelmente fluida", disse Deese.
Uma quinzena de legisladores dos EUA pediu na quinta-feira a Biden que proíba as importações de petróleo russo como punição adicional às duras sanções já impostas a Moscou, uma medida que a Casa Branca até agora se recusou a tomar.
Jim Krane, especialista do Baker Institute, um centro de pesquisa da Universidade Rice, em Houston, explicou que isso seria principalmente um gesto simbólico, dadas as pequenas quantidades importadas.
"Haveria um pequeno impacto de curto prazo e potencialmente um impacto de longo prazo na economia russa", afirmou Krane à AFP, já que os exportadores russos provavelmente conseguiriam encontrar compradores em outros lugares, mas a um preço mais baixo.
Cerca de 8% das importações de petróleo bruto e produtos refinados dos EUA vêm da Rússia, disse Andy Lipow, especialista em mercado de petróleo da Lipow Oil Associates, em Houston, na quarta-feira, citando números da Agência Internacional de Energia de 2021.
O Departamento de Comércio dos EUA anunciou nesta sexta-feira restrições adicionais à indústria russa, incluindo a proibição de exportações de equipamentos de refino para "limitar a capacidade da Rússia de aumentar a receita com a venda de seus produtos refinados, incluindo gasolina, que podem ser usados para apoiar seus esforços militares".
Segundo Deese, o governo Biden segue tendo como prioridade garantir o bom funcionamento da cadeia de suprimentos, já que empresas em todo o mundo ainda lutam para lidar com as interrupções causadas pela pandemia de covid-19.
FRANÇA - A França interromperá as importações de carne de animais tratados com antibióticos para promover seu crescimento, cujo uso está proibido na União Europeia (UE) desde 2006, informou na segunda-feira (21) o governo.
O Diário Oficial deve publicar nesta terça-feira o decreto que proíbe a importação ou a comercialização desses produtos durante um ano.
O texto dá dois meses aos profissionais para que "preguntem a seus fornecedores e obtenham garantias de que a carne não procede de uma exploração que utiliza antibióticos para o crescimento", declarou à AFP o ministro da Agricultura, Julien Denormandie.
Fora da UE, onde está proibido desde 2006, alguns criadores acrescentam antibióticos aos alimentos dos animais para favorecer seu crescimento, e não com fins terapêuticos.
Esta prática está sendo questionada por sua contribuição para o surgimento de micróbios resistentes aos antibióticos utilizados para tratar infecções humanas ou animais.
"Não faz sentido em termos de saúde ambiental" e é "uma aberração em termos de soberania, ao fazer nossas belas e respeitosas produções locais competir [...] com produtos procedentes de explorações que ainda utilizam esses antibióticos de crescimento", afirmou o ministro, que citou como exemplo grandes países exportadores de carne de aves, como Brasil, Ucrânia e Tailândia.
A proibição de importar esses produtos era esperada, a nível europeu, até o fim de janeiro de 2022, o mais tardar.
Para Bruno Dufayet, da organização Interbev, que representa o setor na França, a medida apenas será 100% eficaz "se for aplicada no conjunto do mercado europeu".
PEQUIM - As importações de soja pela China de carregamentos dos Estados Unidos em 2021/22 devem cair drasticamente em relação à temporada passada, depois de atrasos no embarque em função do furacão Ida.
Uma safra de soja do Brasil com maiores volumes esperados para o início de 2022 também encurtou a janela de exportação dos EUA para a China, maior compradora mundial de soja.
As importações totais de soja norte-americana pela China para o ano comercial que começou em 1º de setembro podem cair pelo menos 20%, para menos de 30 milhões de toneladas, de acordo com analistas e importantes importadores.
Os agricultores dos EUA acabam de colher sua segunda maior safra de soja da história e, normalmente, exportam cerca de 45-50% da produção anual.
Mais da metade dessas vendas tende a ir para a China, que por sua vez faz cerca de 70% de seus negócios com soja nos EUA durante a janela pós-colheita de setembro a dezembro.
Mas este ano, as consequências do furacão Ida --que prejudicou o carregamento da safra nos principais portos dos EUA por vários dias em setembro-- resultaram em uma queda de 81% nos embarques para a China naquele mês em relação ao ano anterior, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.
Além disso, os principais impulsionadores da demanda de soja da China --margens de esmagamento e produção de suínos-- atingiram um ponto fraco durante a janela de pico da colheita nos EUA, reduzindo o apetite da China por suprimentos dos EUA.
Os carregamentos dos EUA aumentaram drasticamente em outubro para mais de 10 milhões de toneladas, de acordo com dados da Refinitiv, mas agora enfrentam a perspectiva de um início mais cedo do que o normal para a temporada de exportação de 2022 do Brasil, maior produtor mundial de soja.
"A safra de exportação dos EUA (soja) teve um início ruim este ano. As margens de esmagamento eram baixas e a demanda não era boa naquela época", disse Bai Jie, analista da Cofco.
"Em seguida, houve o impacto do furacão Ida. E parte do mercado dos EUA foi espremida pelos grãos brasileiros", afirmou Bai.
DESVANTAGEM
Os embarques de soja dos EUA para a China em 2020-21 foram os mais fortes desde a temporada 2016-17, graças em parte ao início atrasado da temporada de exportação do Brasil de 2021 que ajudou a ampliar as vendas nos EUA.
“O grão americano não terá essa oportunidade nos próximos meses, já que o plantio do grão brasileiro está rápido este ano, o que significa que haverá um grande embarque de grãos para a China no primeiro trimestre de 2022”, disse Zou Honglin, analista da divisão de agricultura da Mysteel, uma consultoria de commodities com base na China.
A soja dos EUA também enfrentou ventos contrários de preços, com ofertas de exportação sendo negociadas bem próximas das do Brasil, onde os custos de frete para a China são mais baixos.
Além disso, a soja brasileira oferece melhores margens de esmagamento para os processadores de soja chineses, graças aos níveis de proteína mais elevados na soja brasileira, em média.
As margens para a soja norte-americana enviada do Noroeste Pacífico para entrega em fevereiro estão em cerca de 500 iuanes (78,49 dólares) por tonelada, em comparação com 684 iuanes para o grão brasileiro, de acordo com a Mysteel.
"Os grãos brasileiros estão um pouco mais baratos e o preço reina", disse um trader asiático com uma importante trading.
"JANELA ESTÁ FECHANDO"
Os importadores de soja chineses quase concluíram as compras de dezembro e agora estão atendendo às necessidades de janeiro e fevereiro, no momento em que a temporada de exportação brasileira aumenta, de acordo com um exportador dos EUA.
Os embarques de soja em janeiro da Costa do Golfo foram oferecidos em torno de 500 dólares por tonelada FOB no final do mês passado, com um adicional de 78 ou 80 dólares por tonelada para frete para a China. A soja brasileira está em torno de 520 dólares por tonelada FOB, com frete em torno de 60 dólares por tonelada, disse ele.
"Tem sido um pouco decepcionante do ponto de vista dos EUA. O Brasil está entrando em nossa janela de exportação um pouco mais a cada ano", afirmou o exportador. "Nossa janela está fechando."
As chegadas de soja na China em novembro-dezembro serão principalmente carregamentos dos EUA, mas os embarques brasileiros devem aumentar drasticamente durante janeiro-março para mais de 6 milhões de toneladas, de acordo com Zou, da Mysteel.
DUBAI - Os Estados Unidos estão considerando reprimir as vendas de petróleo iraniano para a China, se preparando para a possibilidade do Teerã não retomar às negociações nucleares ou adotar uma linha mais dura quando retornar, afirmou uma autoridade dos EUA.
Washington afirmou a Pequim no início deste ano que seu principal objetivo era reativar o compromisso com o acordo nuclear do Irã de 2015 e, presumindo um retorno oportuno, não há necessidade de punir as empresas da China que violaram as sanções dos EUA de comprar petróleo do Irã, ele disse.
Essa posição está evoluindo devido à incerteza sobre quando o Irã irá retomar às negociações indiretas em Viena e se o novo presidente eleito Ebrahim Raisi está disposto a continuar de onde as conversas terminaram em 20 de junho, ou demanda um novo começo.
Um funcionário do governo dos EUA, falando em condição de anonimato, afirmou que o Irã - que disse que não irá retomar as conversas até que Raisi assuma - tem sido "muito sombrio" sobre suas intenções.
"Se estivermos de volta ao JCPOA, então não há razão para punir as empresas que estão importando petróleo iraniano", disse o funcionário dos EUA à Reuters, referindo-se ao Plano Conjunto de Ação Global de 2015, segundo o qual o Irã restringiu seu programa nuclear em troca de alívio de sanções econômicas.
As refinarias chinesas são as maiores importadores de petróleo iraniano. A Reuters relatou na quinta-feira que a empresa de logística da China, China Concord Petroleum Co, emergiu como um participante central nas ofertas de petróleo sancionado do Irã e da Venezuela.
(Reportagem de Arshad Mohammed em Saint Paul, Minnesota e Parisa Hafezi em Dubai; Reportagem Aditional de Devika Krishna Kumar em Nova York)
PEQUIM - As importações de minério de ferro pela China avançaram em março frente a níveis relativamente baixos vistos há um ano atrás, mostraram dados de alfândega nesta terça-feira, com a demanda pelo material usado na fabricação do aço seguindo sustentada por uma robusta atividade industrial.
A China, maior consumidora global de minério de ferro, importou 102,11 milhões de toneladas do produto no mês passado, segundo a Administração Geral de Alfândegas, alta de 18,9% frente a março de 2020.
No primeiro trimestre, a China importou 283,44 milhões de toneladas de minério de ferro, acima das 263 milhões vistas no mesmo período do ano anterior.
"As importações de minério de ferro apenas retornaram a um nível normal frente a uma base relativamente baixa no ano passado, quando os embarques foram afetados pelo clima extremo na Austrália e no Brasil", disse Cai Biyu, analista da GF Futures.
A demanda por minério de ferro tem sido apoiada por um robusto consumo de aço nos setores de construção e manufatura.
Os preços do aço subiram para máximas recorde acima de 5.000 iuanes por tonelada (763,58 dólares), o que alimentou a demanda por minério de ferro.
"Apesar de cortes de produção em Tangshan, usinas siderúrgicas em outros lugares podem recompor estoques com a temporada de pico de demanda", disse Cai.
Os futuros de referência do minério de ferro na China subiram pelas últimas três sessões consecutivas e saltaram mais de 3% nesta terça-feira.
*Por Min Zhang e Shivani Singh / REUTERS
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