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Estima-se que o tipo B afete mais de 1 milhão de brasileiros; capital brasileira enfrenta surto da doença em 2024

 

SÃO PAULO/SP - Estamos no Julho Amarelo, o mês de conscientização e de reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. A hepatite é uma doença que atinge o fígado e compromete suas funções. Os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B e C e, na maioria das vezes, as infecções são silenciosas ou assintomáticas. Estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C no Brasil, mas não têm acesso ao diagnóstico e tratamento. Já para a hepatite B, a estimativa feita pelo Ministério da Saúde é de quase 1 milhão de casos, com apenas 300 mil diagnosticados.

Apesar de ser uma infecção que pode ser prevenida, como por exemplo, pela vacina, surtos pontuais da doença, que ocorrem quando há um número acima do comum de casos infecciosos, ainda acontecem. No ano passado, São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) entraram em alerta após registrarem um crescimento no número de casos. Em 2024, desde o início do ano, outra capital brasileira está passando por um surto de contaminação de hepatite A. Curitiba (PR) já registrou, até o momento, 228 casos e 5 mortes confirmadas.

"As hepatites virais são doenças infecciosas de etiologia viral que acometem o fígado, inflamando-o inicialmente e prejudicando toda a sua função biológica, que é a de eliminar toxinas e metabolizar nutrientes e hormônios. Essas alterações podem ser leves, moderadas ou graves, como a cirrose hepática e o câncer de fígado. Quando se apresentam sintomas, estes são, comumente, cansaço, febre, mal-estar geral, tonturas, enjoos, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras", destaca a infectologista do Hospital Vita, Dra. Marta Fragoso.

Transmissão e prevenção 

A transmissão das hepatites pode ocorrer de diversas formas, como por meio da ingestão de alimentos ou água contaminada, pelo contato com secreções contendo o vírus ou em práticas sexuais sem proteção. Nas hepatites B e C, além dessas formas, elas também podem ser transmitidas da mãe para o filho durante a gestação, em uma transmissão vertical. “Sua forma de transmissão se dá por meio do contato com sangue ou secreções contaminadas, principalmente entre profissionais de saúde, usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas e seringas, e em procedimentos invasivos de saúde com dispositivos ou equipamentos sem esterilização adequada”, explica a infectologista.

Apesar de grande parte dos casos de hepatites não apresentarem sintomas, elas podem trazer complicações. A hepatite A, por exemplo, pode ser fulminante, enquanto as hepatites B e C podem causar cirrose, câncer (principalmente de fígado) e até mesmo a morte. O tipo C costuma se tornar crônico. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação, que protege contra os tipos A, B e até o D, que, apesar de não ser comum, só contamina pessoas que já contraíram o tipo B.

A vacina pentavalente, que protege contra a hepatite B, além de proteger contra difteria, tétano, coqueluche e influenza tipo B, é aplicada logo após o nascimento. Para a hepatite A, a vacina deve ser aplicada entre 12 e 23 meses de vida. O saneamento básico adequado, a higiene das mãos e dos alimentos, além de práticas sexuais seguras, também são formas eficazes de prevenção.

Diagnóstico

O diagnóstico das hepatites é feito por meio de exames de sangue, nos quais se pesquisa a presença de anticorpos. É possível detectá-los por até seis meses após a contaminação. Como grande parte dos casos são silenciosos e assintomáticos, o diagnóstico precoce possibilita um tratamento certeiro, diminuindo as chances de complicações ou até mesmo da hepatite C ser descoberta em sua fase crônica.

A taxa de cura das hepatites pode chegar a 95%, principalmente se descoberta no início. A Mobius, empresa que desenvolve e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina diagnóstica focada em biologia molecular, oferece testes moleculares para a detecção de hepatite B e C. A tecnologia possibilita um diagnóstico rápido, em poucas horas, além de auxiliar na conduta médica.

A hepatite é tratada com medicamentos antirretrovirais, mas isso pode ser inviável quando o vírus apresenta resistências causadas por mutações específicas. O teste HBV realiza a genotipagem para detecção da resistência a medicamentos, possibilitando um tratamento mais assertivo e personalizado na escolha do melhor medicamento. Na hepatite C, o teste HCV avalia as mutações em NS5B, 5UTR, NS5A, NS5A GT2 e NS3, e também identifica a melhor opção de tratamento, impactando diretamente no prognóstico da infecção. 

"Os exames moleculares da Mobius desempenham um papel importante na detecção precoce e precisa das hepatites B e C. As soluções são capazes de identificar o material genético e auxiliar na escolha dos melhores medicamentos disponíveis para o tratamento. A precisão dos exames proporciona resultados confiáveis, permitindo que os profissionais de saúde iniciem o tratamento rapidamente, antes que complicações sérias possam se desenvolver. Isso não só melhora as chances de recuperação do paciente, mas também reduz o risco de transmissão para outras pessoas", destaca Rafaela Carvalho, Business Partner Comercial da Mobius.

O tratamento das hepatites varia de acordo com a condição de cada paciente. De acordo com a Dra. Marta Fragoso, a hepatite A não possui tratamento específico, apenas o alívio dos sintomas, mas em caso de insuficiência hepática grave, o acompanhamento deve ser hospitalar. No caso da hepatite B, ela pode ser aguda ou crônica; na fase aguda, os sinais e sintomas são de curta duração e podem ser tratados com medicações. Já na fase crônica, que é quando a doença dura mais de seis meses, costuma-se utilizar medicamentos antivirais para reduzir os riscos de progressão para casos mais graves. A hepatite C também é tratada com antivirais de ação direta, buscando evitar remédios que sobrecarregam as funções do fígado.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou a programação da campanha “Julho Amarelo”, que envolve ações relacionadas à luta contra as hepatites virais. A iniciativa provém da Lei Federal nº 13.802/2019 e tem sido capitaneada em São Carlos pelo Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), realizando atividades externas e a conscientização da população.
No primeiro dia de campanha, na quarta-feira (26/07), as equipes do CAIC estarão na FESC – Vila Nery promovendo a testagem rápida contra hepatite B e C – método que identifica em 15 minutos a existência destas doenças –, vacinação contra hepatite B, orientações com profissionais técnicos, entrega de panfletos e de preservativos masculinos. O plantão acontece das 8h às 15h.
Depois, no sábado (29/07), o local de atividades será a Praça “Maria Apparecida Resitano” (Praça do Mercado Municipal), que, das 9h às 13h, receberá os mesmos serviços. Além disso, outras atividades também poderão ser promovidas pontualmente, em diversos locais da cidade.
A enfermeira do CAIC, Eliza Costa, explica a relevância da ação. “A hepatite é uma inflamação do fígado causada por vírus ou uso de alguns medicamentos, álcool, outras drogas ou doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, podendo ou não apresentar sintomas. Por isso, a finalidade do “Julho Amarelo” é reforçar as campanhas de vigilância e controle das hepatites virais”, disse Eliza.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Denise Mello Martins, destaca a importância da vacinação como medida de prevenção. “O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), oferta vacinas contra as hepatites A e B no Calendário Nacional de Imunização e, em São Carlos, estão disponíveis nas salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s) do município”, lembra a diretora.

BRASÍLIA/DF - Cerca de 3,4 milhões de beneficiários do auxílio emergencial e do auxílio emergencial extensão nascidos em julho poderão sacar a última parcela do benefício a partir desta sexta-feira (15). Eles poderão sacar ou transferir os recursos da conta poupança social digital. Foram creditados cerca de R$ 2,4 bilhões para esse público nos ciclos 5 e 6 de pagamentos.

Desse total, cerca R$ 2,2 bilhões são referentes às parcelas do auxílio emergencial extensão e o restante, cerca de R$ 200 milhões, às parcelas do auxílio emergencial.

O dinheiro havia sido depositado na conta poupança digital em 2 de dezembro para os beneficiários do ciclo 5 e em 21 de dezembro para os beneficiários do ciclo 6. Até agora, os recursos podiam ser movimentados apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de boletos, de contas de água, luz e telefone, compras com o cartão virtual de débito pela internet e compras em estabelecimentos parceiros por meio de maquininhas com código QR (versão avançada do código de barras).

Para realizar o saque em espécie, é necessário fazer o login no Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”. Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. O código deve ser utilizado nos caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas ou nos correspondentes Caixa Aqui.

Os saques em dinheiro podem ser feitos nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou nas agências.

 

 

*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

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