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SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realiza anualmente a Semana Estadual de Prevenção e Controle de Leishmaniose Visceral, cuja finalidade é o desenvolvimento de ações educativas visando levar conhecimentos à população sobre a transmissão da doença, manejo ambiental para controle do vetor, aliada às responsabilidades de saúde, higiene e de guarda responsável dos animais de estimação.

A Leishmaniose Visceral é uma doença grave que afeta animais e o ser humano, causada pelo protozoário do gênero Leishmania sp e transmitida por inseto vetor flebotomíneo, conhecido como mosquito palha e nome científico Lutzomyia longipalpis.

É uma das seis doenças endêmicas mais importantes no mundo, dada a sua incidência, alta mortalidade em indivíduos não tratados e crianças desnutridas, e emergente em indivíduos portadores da infecção por HIV (fonte: Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Americana do Estado de São Paulo, 2006).

A fêmea do mosquito palha (Lutzomyia longipalpis) se infecta ao picar um cão doente, contaminado com o protozoário, e passa a transmiti-lo a outros cães e seres humanos nas próximas picadas. 

São insetos pequenos, com 2 a 3 milímetros, e costumam picar ao entardecer e à noite. Desenvolvem-se em locais úmidos e sombreados com acúmulo de matéria orgânica (folhas, frutos, lixo orgânico em apodrecimento). 

De acordo com as pesquisas entomológicas (busca pelo inseto vetor) realizadas pela Superintendência de Controle de Endemias - SUCEN, até o presente momento, não houve o registro de ocorrência do inseto que transmite a LVA, na área urbana de São Carlos. 

Portanto, é muito importante a conscientização dos cidadãos para que mantenham os quintais devidamente limpos, podando árvores e removendo resíduos de capina e folhagens, eliminando os ambientes favoráveis à existência do inseto, mantendo nosso município livre da transmissão local desta grave doença.

Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para seres humanos, sendo totalmente gratuito na rede SUS. 

Para animais, existe apenas um medicamento devidamente registrado, consistindo em um tratamento muito caro, e ainda não há comprovação científica de que o cão fique livre do parasita.

À menor suspeita de que o cão possa estar doente, deve ser levado ao médico veterinário, pois a LVA causa muito sofrimento aos animais acometidos. Os principais sintomas no cão são: crescimento exagerado das unhas, conjuntivite com secreção, emagrecimento progressivo, queda de pelo, úlceras de pele e outros.

“Sempre que um cão for suspeito, uma das primeiras medidas a serem tomadas, é colocar coleira repelente de insetos, pois apesar de ainda não termos a presença do flebotomíneo na área urbana de São Carlos, esta é a principal medida preventiva comprovadamente eficaz”, relata Luciana Karina Marchetti, médica veterinária, supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias.

O exame em cães suspeitos, pode ser realizado de forma gratuita através da Unidade de Controle de Zoonoses, que encaminha o material para análise no Laboratório Instituto Adolfo Lutz. 
Outras informações podem ser obtidas na Unidade de Controle de Zoonoses através do telefone 3307-7405.

{https://soundcloud.com/radio-sanca/saude}

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