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SÃO CARLOS/SP - No último domingo (22), o Kartódromo de São Carlos foi palco de um evento de grande relevância para a conscientização da importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A "Caminhada Outubro Rosa", organizada pela vereadora Cidinha do Oncológico, em parceria com o Fundo Social de Solidariedade e a Secretaria de Saúde do município, completou sua 13ª edição com uma programação repleta de atividades voltadas para a saúde e o bem-estar.

O objetivo principal do evento foi promover a conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama, incentivando a realização de exames de mamografia e ginecológicos de forma regular.

Antes do início da caminhada, os participantes vivenciaram um momento de alongamento, preparando-se para a jornada de conscientização que estava por vir. Com muita música e animação, o ambiente estava repleto de positividade e esperança.

A largada da caminhada foi marcada por um trio elétrico que puxou os participantes para fora do Kartódromo, percorrendo parte da Avenida Trabalhador São-carlense e retornando ao ponto de partida. Durante todo o percurso, mensagens sobre a importância dos exames preventivos e da detecção precoce do câncer de mama eram reforçadas, conscientizando os presentes sobre a necessidade de cuidar da própria saúde. 

Após a caminhada, as atividades continuaram. Os participantes puderam desfrutar de apresentações de dança com Kangoo Jump, serviços de cabeleireiro, manicure e design de sobrancelhas, que contribuíram para elevar a autoestima daqueles que estavam presentes. Além disso, um estande com médicos e enfermeiros estava disponível para a realização de exames cotidianos.

 A "Caminhada Outubro Rosa" demonstrou mais uma vez que a união da comunidade em prol de uma causa tão relevante como a prevenção do câncer de mama pode trazer esperança, apoio e, o mais importante, conscientização para todas as mulheres. Este evento anual continua a inspirar São Carlos a se unir na luta contra o câncer de mama e a buscar uma vida mais saudável e plena.

SÃO CARLOS/SP - A carreta-móvel do programa “Mulheres de Peito”, inicia nesta terça-feira (15/02), na Praça do Mercado Municipal, das 8h às 17h, a realização de mamografias gratuitas para mulheres acima de 35 anos.  Para realizar o exame, mulheres de 35 a 49 e acima de 70 anos precisam levar pedido médico, RG e cartão SUS, mulheres de 50 a 69 anos somente RG e cartão SUS.

O programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), responsável por fornecer equipamentos para auxílio de diagnóstico a diversos hospitais estaduais. A carreta ficará em São Carlos até o dia 26 de fevereiro e vai atender de segunda à sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), a partir da distribuição de senhas no período da manhã. Ao total, serão realizados 50 exames diariamente e, aos sábados, 25.

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, na capital paulista. O resultado sai em até 2 dias após a realização do exame.

A carreta conta com equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e agente administrativo. E para contribuir com a agilidade do diagnóstico, o veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.

RIO DE JANEIRO/RJ  - Estudo realizado pela Fundação do Câncer revela desigualdades encontradas pelas mulheres no acesso ao tratamento do câncer de mama, tanto em hospitais públicos quanto privados. Com base em dados dos Registros Hospitalares de Câncer do Brasil (RHC) disponibilizados pelo Ministério da Saúde e consolidados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o levantamento abrange um período de 13 anos, compreendidos entre 2006 e 2018. Suas conclusões foram divulgadas nesta 4ª feira (15), no Rio de Janeiro.

Os registros mostram que a origem do encaminhamento da mulher ao hospital para o tratamento do câncer de mama é classificada como SUS (Sistema Único de Saúde) e não SUS. Em geral, os registros têm defasagem de cerca de dois anos do ano-calendário, disse a bióloga epidemiologista da Fundação do Câncer Rejane Reis, uma das responsáveis pelo estudo.

Segundo o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, foram analisadas as variáveis relativas ao estadiamento do câncer de mama ao diagnóstico, o tempo decorrido entre o diagnóstico e o tratamento e a escolaridade das pacientes. “Dessa forma, evidenciamos que o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento está longe do ideal para os dois grupos estudados. Ainda assim, as pacientes que vieram pelo SUS levaram mais tempo do que as pacientes encaminhadas pelo setor privado”. Cerca de 34% das pacientes de origem SUS iniciaram o tratamento antes dos 60 dias, contra 48% do setor privado.

Não  não há como dizer por que isso ocorre, afirmou Scaff. A hipótese é que, ao procurar o hospital do SUS para o tratamento, muitas vezes novos exames são solicitados. “E quem dispõe de algum recurso consegue fazer os exames de forma particular e, aí, inicia o tratamento, como cirurgia ou quimioterapia, mais rapidamente, mais oportunamente.”

Para Scaff, o processo de acesso ao tratamento não é oportuno e, como consequência provável, a sobrevida das pacientes de origem SUS deverá ser menor. “Quando a origem é via plano de saúde, ou particular, o diagnóstico acaba sendo mais rápido. É a iniquidade que perdura."

Estádios

O estádio, ou estágio, do câncer é uma classificação do grau de comprometimento da doença na paciente. Estádios menores, como 0 ou 1, indicam doença inicial localizada, enquanto os maiores, como 3 e 4, indicam doença avançada e metastática. Metástese é quando o câncer se espalha para outros órgãos do corpo.

De acordo com o estudo, as pacientes do SUS chegam ao tratamento em estádios mais avançados do que as pacientes do setor privado. “Essa diferença é tamanha que somente 19% das pacientes SUS chegam ao tratamento em estádios iniciais 0 ou 1, contra 31% das pacientes não SUS”, informou Scaff.

O ideal é que a maioria dos casos chegue em estágios precoces (0 e 1) porque, dessa forma, o tratamento é mais efetivo, o prognóstico é muito melhor e a sobrevida, muito maior, com melhores resultados, afirmou Rejane Reis.

"O que fica claro é que o tempo entre a suspeita diagnóstica e o início do tratamento é crucial: tem relação com o agravamento da doença e, consequentemente, com o tratamento necessário. Quanto maior o tempo, mais agressivo será o tratamento; câncer é uma doença tempo-dependente”, complementou Scaff.

Uma das ações do período é a prestação de serviços de assistência e cuidados integrais à saúde da mulher por meio do Programa Abrace o Marajó, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

 

BRASÍLIA/DF - Uma doença que pode afetar até 66 mil mulheres por ano e é a principal causa de morte entre as brasileiras. Um diagnóstico que assusta, com maior chance de cura se for feito precocemente. Por isso, detectar a doença no início pode reduzir consideravelmente os índices de mortalidade. O Ministério da Saúde apresentou, nesta semana, no “Outubro Rosa”, um balanço sobre as ações da pasta na luta contra a doença no país e a importância de conscientizar mulheres a procurar, desde cedo, os serviços de saúde para diagnóstico.

Em evento realizado no Palácio do Planalto, o Governo Federal prova que vem usando o laço de cor rosa, símbolo da prevenção ao câncer de mama, todos os dias. Mesmo enfrentando um cenário pandêmico em virtude da Covid-19, entre os anos de 2019 e 2021, investiu mais de R$ 379 milhões em 8,7 milhões de exames de mamografia para diagnóstico e rastreio da doença; aplicou mais de R$ 14,5 milhões em 16,1 mil reconstruções mamárias; e destinou mais de R$ 21,7 milhões em 51,4 mil cirurgias para o tratamento de câncer de mama.

Diagnósticos

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que foram realizados 2,5 milhões de mamografias em 2020, sendo 300 mil de mamografias diagnósticas, nos casos em que o médico identifica um caroço no seio da paciente e encaminha para realizar o exame; e 2,2 milhões de mamografias de rastreio, exame realizado em caráter preventivo. Nesse último caso, o exame é indicado uma vez a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos, mesmo que a paciente não tenha nenhuma suspeita. Isso se faz necessário, pois é nessa faixa etária que o desenvolvimento da doença se apresenta de forma mais agressivo.

Ainda de acordo com o Inca, em 2020, 49.692 casos de câncer de mama foram identificados. Para os casos em que as mulheres precisam de quimioterapia ou radioterapia, todos os procedimentos são oferecidos pelo SUS. Em 2021, até agosto, mais de 108,8 mil pacientes passaram por esses tratamentos. Ao todo, foram mais de 4,2 milhões de procedimentos deste tipo, com investimento de R$ 714 milhões.

O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa o primeiro lugar. Um levantamento do Instituto Nacional do Câncer revela que, até 2022, 66.280 casos novos de câncer de mama podem surgir na população brasileira. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. Por isso, o Ministério da Saúde vem promovendo ações em todo o Brasil e reforçando políticas públicas para fortalecer a prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento do câncer de mama.

A doença geralmente se manifesta através de um nódulo irregular, duro e indolor. Às vezes, com consistência branda, globosos e até bem definidos. Mas não importa o formato. Ambos são sinais de alerta e demandam cuidados. Com um leve toque na mama é possível identificá-lo e, quanto mais cedo isso ocorrer, mais chances a pessoa tem de cura. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, apontam que em 2019, 18.295 brasileiros vieram a óbito, sendo 18.068 mulheres e 227 homens. Apesar de raro, a doença também acomete o sexo masculino.

"O nosso compromisso é ampliar o acesso para dar mais dignidade às nossas mulheres. o governo do presidente Bolsonaro ampliou em quase quatro vezes a distribuição de equipamentos para radioterapia e isso está espalhado em todo o brasil. Nós também fizemos o reajuste do preço do exame anatomopatológico, que estava congelado há mais de uma década. Isso mostra a prioridade que damos ao tratamento e o cuidado das mulheres brasileiras", destacou o ministro Marcelo Queiroga.

Abrace o Marajó

Na Ilha do Marajó, no estado do Pará, o Ministério da Saúde tem realizado ações de assistência e cuidados integrais à saúde da mulher. Em uma parceria com os ministérios da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) e da Defesa, por meio do Programa Abrace o Marajó, o arquipélago recebeu ações da Saúde para a prevenção e controle do câncer de colo uterino e câncer de mama. Ao todo, 10 médicos especialistas no atendimento à mulher foram enviados à região para realizar atendimentos com foco no “Outubro Rosa”. A ação teve início no último domingo (17).

As mulheres que vivem nas regiões ribeirinhas puderam passar por exames clínicos de mama, mamografia e biópsias de colo do útero. Além disso, ainda nos municípios marajoaras, os profissionais que atual nas Equipes da Estratégia de Saúde da Família e Saúde Bucal puderam ser qualificados e preparados para melhorar a atenção ao Pré-Natal de baixo risco.

O Ministério da Saúde também tem realizado testes rápidos de gravidez, inserção do dispositivo intrauterino (DIU) para as mulheres marajoaras. A previsão é que sejam realizados 800 procedimentos desse tipo até o final da semana.

"Esse governo cuida de todas as mulheres. Estamos cuidando daquelas invisibilizadas, que estavam esquecidas e abandonadas. São essas ações, que chegam a quem mais precisa, que mostram a delicadeza e o respeito da nossa gestão aos direitos humanos e à dignidade da mulher, observando as especificidades de cada uma", afirmou a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, na cerimônia.

Com informações do Ministério da Saúde

Pacientes podem agendar o exame gratuito diretamente com o Hospital

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 13 de outubro e 13 de novembro, o Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar/Ebserh/MEC) realizará exames de mamografia gratuitos a partir de agendamentos feitos diretamente com a Unidade de Diagnóstico por Imagem e Diagnósticos Especializados do HU, sem a necessidade de encaminhamento médico. A ação integra os esforços da campanha nacional Outubro Rosa, que visa fortalecer a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e estimula a participação da população e de entidades na luta contra a doença. 
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), em 2021, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença no Brasil, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. O Inca também reforça que a incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. 
Além dos dados crescentes da incidência da doença, a pandemia da Covid-19 também impactou na queda da procura por exames de mamografia, visto que muitos serviços eletivos foram suspensos em virtude do contexto sanitário imposto pelo coronavírus. "Contudo, observou-se a baixa procura para realização dos exames de mamografia, mesmo após a retomada gradual dos serviços de saúde. Entendemos que reflexos da pandemia podem ter gerado uma demanda reprimida para atendimento médico na Atenção Básica, dificultando o acesso para as mulheres solicitarem o pedido do exame de mamografia", relata Francisca Erilene Rodrigues de França, chefe da Unidade de Diagnóstico por Imagem HU-UFSCar. 
Diante disso, a proposta do HU é desenvolver uma campanha para incentivo dos cuidados à saúde da mulher, promovendo entre seus funcionários e a população em geral a oportunidade de realizar o exame de mamografia sem a necessidade de um pedido médico, com agendamento direto com o Hospital.
"Com a campanha, esperamos diagnosticar precocemente lesões mamárias e proceder com os encaminhamentos necessários, contribuindo efetivamente para o cuidado. Durante a campanha, além dos exames de mamografia, também orientaremos sobre a importância da busca por sinais de alerta. É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis e, na observação de alterações, devem procurar uma unidade de saúde para exame clínico por um profissional", ressalta Francisca Erilene de França. Ela também destaca que o diagnóstico precoce da doença favorece prognósticos mais positivos para as pacientes.  

SÃO PAULO/SP - Um novo estudo publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicou que, com a pandemia, o número de mamografias realizadas no Brasil foi 42% menor em 2020, comparado ao ano anterior.

Os dados confirmam o alerta de que a paralisação dos serviços de saúde em determinadas áreas e o medo das pacientes de frequentar os centros médicos durante o isolamento ocasionaria uma diminuição brusca na procura e realização de exames de prevenção e, consequentemente, no tratamento do câncer de mama.

A pesquisa, realizada com base nos dados disponibilizados pelo DATASUS, que contabiliza os procedimentos de mamografia realizados pelos serviços públicos de saúde brasileiros, mostrou que, em números absolutos, somente em 2020 foram contabilizados cerca de 800 mil exames a menos nas redes públicas de saúde. Neste caso, dados de instituições privadas não foram incluídos.

Considerando a taxa de detecção da mamografia digital, isso pode significar que cerca de 4 mil casos de câncer de mama não foram diagnosticados de abril, quando os números de procedimentos começaram a cair, até o final de 2020.

Quando apresentados os índices isolados de cada estado, Rondônia, no Norte do país, se mostrou o mais afetado, com uma queda de 67% dos exames de mamografia no referente ano.

Mesmo com o retorno dos laboratórios e hospitais que realizam o procedimento, a quantidade de mulheres que já colocaram seus exames em dia ainda é baixa e a recuperação dos níveis que se tinha antes da pandemia ainda é uma realidade distante.

Além dos números baixos, o estudo também apontou que dentre as mulheres que já realizaram o exame, houve um aumento daquelas que apresentam nódulos palpáveis e que realizam a mamografia para fins diagnósticos. Em 2019, o índice era de 7%. Em 2020, passou para 7,9%.

Pesquisa tem apoio da Fapesp; podem participar voluntárias que tiveram, ou não, a doença

 

SÃO CARLOS/SP - Identificar a presença de sintomas como distúrbio do sono, ansiedade, depressão e catastrofização de dor em mulheres que enfrentaram cirurgia de câncer de mama: este é o objetivo principal de pesquisa realizada por Thais Oliveira Almeida, graduanda em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob orientação de Paula Rezende Camargo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição. A pesquisa de Iniciação Científica tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com a aluna, a literatura mais recente sobre o tema aponta que os sintomas mencionados podem ser consequência da cirurgia para retirada do câncer das mulheres. A partir dessa constatação, "investigar a qualidade do sono, sintomas de ansiedade, depressão e catastrofização da dor em longo prazo de cirurgia do câncer de mama pode contribuir substancialmente para traçar o prognóstico da mulher após esse tipo de cirurgia e auxiliar na prevenção da dor persistente e incapacidade do membro superior", expõe Thais Almeida. Além disso, a identificação de possíveis correlações entre a qualidade do sono e a catastrofização da dor em longo prazo de cirurgia pode auxiliar o fisioterapeuta a identificar o perfil psicossocial dessas mulheres e basear suas condutas terapêuticas em intervenções mais eficazes para o quadro clínico e funcional das pacientes. 

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Diante disso, a pesquisadora destaca a importância da pesquisa ao propor uma avaliação biopsicossocial detalhada de mulheres em longo prazo de cirurgia do câncer de mama e identificar se há correlação entre qualidade do sono e catastrofização da dor nessa população. "O estudo também vai subsidiar futuras pesquisas considerando estratégias de tratamento multidisciplinares voltadas para a melhora desses sintomas das mulheres que passaram por esse tipo de cirurgia", acrescenta Almeida. 

Para desenvolver a pesquisa, estão sendo convidadas mulheres que já passaram pela cirurgia para retirada do câncer de mama. As participantes responderão este questionário online (https://bit.ly/3dHPx9U), que tem cerca de 30 minutos de duração. Mulheres que não enfrentaram a doença também podem participar do estudo, respondendo outro questionário (https://bit.ly/2NADGzI), com o mesmo tempo estimado de duração. Todas as participantes devem ter idade a partir de 18 anos e os questionários ficarão disponíveis até o final de março. Mais informações sobre a pesquisa podem ser solicitadas para a pesquisadora pelo e-mail thaisoliveiraabr@gmail.com.

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da UFSCar (CAAE: 24135219.9.0000.5504).

Estudo utiliza recursos da atenção plena no tratamento de sintomas que permanecem após o enfrentamento da doença

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando mulheres que já passaram por cirurgia de câncer de mama para participarem de sessões de mindfulness (atenção plena) com o objetivo de avaliar e tratar possíveis consequências da doença. O projeto, pautado no programa "Promoção da saúde baseada em mindfulness", é desenvolvido pelas pesquisadoras Daniela Xavier de Souza, psicóloga, e Mônica Jordão, enfermeira, sob orientação da professora Priscilla Hortense, do Departamento de Enfermagem (DEnf) da UFSCar, e coorientação de Marcelo Demarzo, docente do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

De acordo com Souza, o mindfulness estimula a capacidade de estar atento ao momento presente de maneira intencional, com abertura, curiosidade e aceitação da própria experiência. É uma capacidade inerente a todo ser humano, em maior ou menor grau; no entanto, "essa capacidade é pouco exercitada, em especial nos dias atuais, em que nossa sociedade considera comum e até desejável a realização de tarefas simultâneas e automáticas", explica. A psicóloga diz que, embora a origem do mindfulness remeta a tradições religiosas orientais, essa estratégia terapêutica é secular, com sólida base científica, sem alusões a religiões ou culturas específicas. O responsável pela divulgação do conceito no Ocidente foi o psiquiatra Jon Kabat-Zinn, da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. 

Souza aponta também que, "apesar da taxa de sobrevivência ao câncer ter evoluído muito nos últimos anos, as diversas consequências do adoecimento e do tratamento acompanham as pessoas por muito tempo, afetando a qualidade de vida de quem venceu a doença". Nesse contexto, as intervenções baseadas em mindfulness têm se mostrado promissoras para o manejo dos sintomas remanescentes pós-cura. Além dessa aplicação, os recursos da atenção plena têm sido empregados no tratamento de condições como ansiedade, estresse, tabagismo e dor.

As atividades da pesquisa serão realizadas online e têm como objetivo verificar os efeitos do programa de intervenção baseado em mindfulness na qualidade de vida, imagem corporal, autocompaixão, severidade e interferência da dor, catastrofização da dor, estresse e nível de atenção plena em mulheres que apresentam dor após a realização da cirurgia para o câncer de mama. 

A enfermeira Mônica Jordão destaca que, para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas voluntárias com 18 anos ou mais, que tenham sido submetidas à cirurgia para câncer de mama, encerrado o tratamento quimioterápico e/ou radioterápico há pelo menos seis meses, que tenham dor relacionada à cirurgia há pelo menos seis meses do pós-operatório e que possuam computador, celular ou tablet com acesso à internet. Além disso, elas não podem ter diagnóstico médico de doenças reumatológicas associadas a quadros de dor crônica; ter alguma prática atual ou nos últimos seis meses que inclua estados contemplativos (ioga, meditação, mindfulness); ter transtorno psiquiátrico grave ou qualquer tipo de demência; e estar em recidiva do câncer de mama, em metástase ou qualquer outro tipo de câncer.

As participantes passarão por uma triagem online para verificação dos critérios de elegibilidade e, em seguida, serão divididas em dois grupos, aleatoriamente: um que irá participar do programa de intervenção baseado em mindfulness logo no primeiro momento e outro que irá participar em um segundo momento. As voluntárias também receberão, por e-mail ou aplicativo de mensagem, um link contendo questões referentes às variáveis estudadas para serem respondidas em pontos estratégicos durante a pesquisa.

Informações sobre o estudo podem ser acessadas neste vídeo (https://bit.ly/2XF6ZCV) e as interessadas em participar devem entrar em contato com as pesquisadoras pelo WhatsApp (16) 99711-1827 ou pelo e-mail cirurgiademama@gmail.com até o final do mês de outubro de 2021. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAEs: 32321020.0.0000.5504 e 32268120.3.0000.5504).

Levantamento do Hospital Amaral Carvalho aponta redução no número de pacientes encaminhadas à unidade para diagnóstico e tratamento da doença neste período

 

JAÚ/SP - Neste mês é celebrada a campanha Outubro Rosa, ação voltada para conscientização e prevenção do câncer de mama. Embora o assunto esteja em alta nas redes sociais no momento, a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) trouxe desafios para a prevenção da doença.

Pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, a pedido da farmacêutica Pfizer, apontou que 62% das mulheres deixaram de realizar exames para detecção do câncer de mama neste ano por conta da pandemia. As entrevistas foram feitas virtualmente com 1.400 mulheres brasileiras com 20 anos ou mais.

No Hospital Amaral Carvalho (HAC), neste ano, foram atendidas 270 novas pacientes no Departamento de Mastologia nos meses de março a agosto, cerca de 20% a menos que o mesmo período no ano passado. Já no Pró-mama, programa de prevenção do câncer de mama da Instituição, os números foram ainda mais discrepantes: 46 atendimentos no período contra 169 no ano passado. O serviço foi suspenso por um período, mas já retomou o atendimento, seguindo todas as normas para prevenção da COVID-19. "Percebemos que muitas mulheres estão deixando de vir ao hospital com medo de contrair o vírus e isso é preocupante. A luta é contra o tempo. O quanto antes diagnosticarmos o câncer de mama, mais favorável de se promover a cura", explica o diretor do programa e responsável pela mastologia do Hospital Amaral Carvalho, José Roberto Figaro Caldeira.

Outros números também foram comprometidos pela pandemia. Levantamento do HAC aponta que no período foram 336 retornos e 55 cirurgias a menos, se comparado com 2019. Para o mastologista João Ricardo Auler Paloschi, há chances de o serviço contabilizar futuramente casos mais graves da doença. "Nós tivemos redução de encaminhamentos por dois motivos. Um deles está relacionado ao medo que a pandemia criou nas mulheres, que deixaram de fazer a prevenção. Outro motivo é o impacto que a pandemia trouxe para os centros de realização de exames no País, que foram suspensos por conta da COVID-19. A partir de agora, esperamos receber pacientes com tumores em estágios mais avançados que não foram diagnosticados nesses meses de pandemia."

O Pró-mama está funcionando seguindo as normas de prevenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uso obrigatório de máscaras, distribuição de álcool em gel e orientação sobre a lavagem das mãos. Além disso, os atendimentos são realizados somente por agendamento. "Reiteramos que a pandemia exige cuidados, mas não podemos nos esquecer das outras doenças", afirma o mastologista Ailton Joioso. "Os tratamentos menos agressivos e com altas chances de cura estão relacionados ao diagnóstico precoce. Os exames preventivos precisam ser feitos, ainda que nesse período de pandemia", completa.

A recomendação do médico é que todas as mulheres façam prevenção mamária com consulta com mastologista uma vez por ano e, a partir dos 40 anos, realizem a mamografia anualmente, de acordo com a orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia.

 

Prevenção
O HAC mantém o programa Pró-Mama, um dos cinco programas de prevenção da unidade. O serviço, iniciado em 2004, foi suspenso por um período por conta da pandemia da COVID-19, mas já retornou e atende cerca de 500 pacientes todos os anos com consultas e exames, favorecendo o diagnóstico precoce do câncer de mama e aumentando as chances de cura.
O atendimento é voltado para pacientes de Jaú que procuram os postos de Unidade Básica de Saúde (UBS) com alguma queixa mamária e são encaminhadas para o HAC para rastreamento e exames.

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