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Barras de chocolate chegam a custar 350% menos que os ovos de mesmo peso nos estabelecimentos da cidade, mostra pesquisa da Acirp

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - Uma pesquisa de preços de ovos de Páscoa feita pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) aponta que os produtos com brinquedos podem custar até quase 35% a mais que as opções similares de mesmo peso e tamanho, porém sem o atrativo. 
A Associação pesquisou preços dos ovos e também de barras de chocolate vendidos por estabelecimentos físicos e virtuais da cidade nos dias 5 e 15 de março.  
Outro dado que chama a atenção é que ovos chegam a custar em média 350% a mais do que as barras de chocolate similares e da mesma gramatura. 
Os pesquisadores do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Acirp identificaram que o maior aumento de valor entre os dias de coleta e outra foi do ovo de 100g sem brinquedos, com alta de 13,35% em 10 dias. Em contrapartida, oito dos 13 itens avaliados apresentaram queda nos preços com a proximidade da data comemorativa.  
“Tanto os ovos com brinquedos (100g ou 200g), como os tabletes de chocolate e as caixas com bombons sofreram uma pequena redução de valores, ao passo que houve uma elevação na cotação média dos ovos sem brinquedos”, destaca Livia Piola, analista do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Acirp.  
Outro produto que apresentou deflação foi a barra de chocolate extra amargo (mais de 70% de cacau), cujo preço médio caiu 8,82% no período.  
Os pesquisadores visitaram por duas vezes 11 supermercados distribuídos pelas cinco regiões da cidade e consultaram os preços no e-commerce das quatro principais redes de chocolates do Brasil (todas com lojas físicas em Ribeirão Preto).  
Os produtos pesquisados foram: ovos de Páscoa com brinquedo de 100 e 200 gramas; ovos de 100, 200, 300, 400 e 500 gramas sem brinquedos; tabletes de 80 a 100 gramas dos chocolates ao leite, meio amargo, amargo e extra-amargo, além de caixa de bombons sortidos 250 gramas.  
No primeiro dia do levantamento (5/03), o preço dos ovos de Páscoa com brinquedos variou de R$ 46,17 a R$ 62,44, dependendo do tamanho. Já o preço dos ovos simples  variou de R$ 33,89 a R$ 117,94 e as barras variaram de R$ 9,76 a R$ 14,92, dependendo da concentração de cacau. 
As regiões Oeste e Leste de Ribeirão foram as que apresentaram as cotações mais baixas para os produtos com itens adicionais. Para os ovos sem brinquedos, tabletes e caixas de bombom, os melhores preços foram encontrados na zona Norte. Na região central não foram encontrados ovos de Páscoa de 100g sem brinquedo. 
O estudo do IEMB-Acirp mostra ainda que comprando de grandes redes de chocolate, mesmo que de forma on-line, o consumidor chega a pagar de 75% a 600% a mais pela mesma quantidade de produto.  
“Embora a variação dos preços nos supermercados da cidade tenha sido maior que a variação nas redes de chocolates, sobretudo para o ovo sem brinquedo, o preço final ainda foi melhor no comércio local”, ressalta Piola. 

Impacto na economia  
Celebrada este ano no próximo dia 31 de março, a Páscoa deve movimentar os estoques de 1.362 estabelecimentos em Ribeirão Preto, sendo 84,67% microempresas, 4,2% empresas de pequeno porte e 11,1% empresas de médio ou grande porte.  
Para o levantamento o IEMB-Acirp considerou os ramos de comércio varejista de mercadorias em geral (supermercados, mercearias e hipermercados); comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes; fabricação de produtos derivados do cacau; e comércio atacadista de chocolates, confeitos, balas, bombons e semelhantes. O mercado de trabalho projeta a abertura de 72 vagas impulsionadas pela data entre os meses de janeiro a março.  
Ainda que positivo, este saldo representa uma queda de 5,02% em relação a 2023. O número é alinhado com o quadro econômico geral, uma vez que, considerando todos os setores, o primeiro trimestre da cidade tem uma estimativa de 33.221 novos empregos criados, valor 4,97% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. 

BRASÍLIA/DF - A Páscoa de 2022 vendeu mais de 10 mil toneladas de ovos no Brasil, 13% de crescimento sobre o volume do ano anterior. Para 2023, a expectativa é de alta, mas a indústria ainda está em processo final de produção, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), que compilou os dados da produção do último ano. Em 2023 serão colocados no mercado 440 itens de Páscoa pela indústria, sendo 163 lançamentos. O número de lançamentos é o maior desde 2015, quando a associação começou a contabilizá-lo.

“A expectativa é de termos novamente uma Páscoa com continuidade de crescimento (em vendas)”, disse Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab. Ele afirma que, devido à situação econômica dos consumidores, a indústria tem procurado oferecer diferentes gramaturas de produtos, de forma que haja, também, diversidade de preços. Essa é uma das razões para o grande número de lançamentos neste ano. Há ainda a oferta de linhas que atendam pessoas com restrições alimentares.

Segundo Fonsêca, a indústria arca com os riscos da produção de perecíveis sazonais. Os ovos ficam expostos até o feriado no varejo e, se não são comprados, voltam às fabricantes, que ficam com o prejuízo. Assim, o planejamento tem de ser preciso. Do lado do varejo, porém, há quem reclame do fato de a produção ser limitada.

“O que fazemos na indústria é medir o mercado. A situação política e econômica do País influencia a leitura. Além da produção específica para a Páscoa, também reforçamos a produção regular”, disse Fonsêca. Ele afirmou que, especialmente em regiões mais pobres, é comum que as compras de barras de chocolate e bombons seja mais intensa nesta época, já que o poder aquisitivo para comprar os ovos de Páscoa é menor.

A Abicab não comenta o preço dos produtos praticados por seus associados, mas o presidente observou que os custos de produção subiram, reflexo das cotações do cacau e do câmbio.

Americanas

Para dar conta da produção para a Páscoa de 2023, o setor contratou cerca de 8 mil pessoas desde outubro, sendo que alguns fabricantes iniciaram as contratações ainda em setembro. No início deste ano, quando o veio a público o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas, cerca de 70% a 80% da produção para a data já estava pronta, estimou Fonsêca.

“Cada empresa tem sua estratégia comercial. Essa bomba (caso Americanas) afetou e trouxe consequências para as indústrias como um todo, são centenas de lojas espalhadas pelo Brasil. Cada associado tomou a postura que considerou mais conveniente. De 70% a 80% da produção já estava pronta, armazenada em depósito. É possível que os fabricantes tenham feito suas distribuições”, disse o dirigente.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, entre concessões e resistências, a Americanas conseguiu, com pagamentos à vista e antecipados, garantir a compra de 13 milhões de ovos de Páscoa (ovos e produtos temáticos de chocolate). Em uma situação normal, os pagamentos seriam feitos com prazos de 15 dias a um mês após o feriado cristão.

Mas essa conquista não veio sem perdas. Como a companhia teve pouco tempo para rearranjar tudo que estava acordado, algumas indústrias decidiram enviar parte da produção para outros compradores. O Broadcast apurou que redes de atacarejos se posicionam rapidamente para receber um volume maior de produtos de chocolate na data comemorativa.

 

 

por Talita Nascimento / ESTADÃO

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