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SÃO CARLOS/SP - Avaliar o risco de quedas em pessoas com Doença de Parkinson (DP) e oferecer orientações e exercícios personalizados, com base na adaptação brasileira do programa Stopping Elderly Accidents, Deaths and Injuries (STEADI), desenvolvido pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), nos EUA. Esse é o objetivo principal de pesquisa de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar. Trata-se da primeira adaptação cultural do programa STEADI para o Brasil, incluindo sua aplicação em pessoas com e sem doença de Parkinson.

A pesquisa é realizada pela doutoranda Elayne Borges Fernandes, sob orientação de Natália Duarte Pereira, professora do Departamento de Fisioterapia da Universidade. Fernandes indica que indivíduos com DP são mais propensos a quedas, sendo este um problema substancial para essa população. Além disso, as quedas têm impacto significativo na qualidade de vida dessas pessoas, podendo causar lesões, medo de cair e perda de independência. 

Fernandes cita que em uma revisão sistemática, realizada em 2023, foi relatado que mais de 70% das pessoas com Parkinson caem ao menos uma vez ao ano, e cerca de 39% apresentam quedas recorrentes. Diante desse quadro, "desenvolver estratégias eficazes de avaliação e prevenção de quedas nessas pessoas é essencial para promover maior segurança e autonomia a essa população", descreve a pesquisadora sobre a importância do estudo.

A expectativa é que o projeto contribua para a adaptação e validação de instrumentos de avaliação do risco de quedas, além de oferecer orientações e exercícios personalizados baseados no programa STEADI, adaptado para o contexto brasileiro. "Esses resultados poderão auxiliar profissionais da saúde na identificação precoce de riscos e na implementação de medidas preventivas, beneficiando diretamente indivíduos com Parkinson e também idosos em geral", explica Fernandes. Ao final dessa fase do estudo, Elayne Fernandes cita que será realizado um treinamento para profissionais da saúde sobre o uso desta ferramenta, sendo uma forma de aplicar o conhecimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para desenvolver o projeto, estão sendo convidadas pessoas com Parkinson, de qualquer faixa etária, que consigam andar com ou sem auxílio de dispositivos de marcha, independentemente de terem histórico de quedas. Os voluntários participarão de uma única avaliação na UFSCar, que inclui testes de equilíbrio e marcha realizados por fisioterapeutas treinados, além de entrevistas sobre hábitos e histórico de quedas. Ao final, todos receberão cartilha informativa e orientações individualizadas. As pessoas interessadas podem entrar em contato pelo Whatsapp (16) 3351-8644 para agendar a avaliação, até o mês de novembro. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 79034624.9.0000.5504).

Estudo inédito da UFSCar investiga diferentes aspectos da doença com foco em tratamento mais benéfico aos pacientes

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende investigar os efeitos do exercício físico nos sintomas da doença de Parkinson e na plasticidade do cérebro dessas pessoas (como o cérebro responde a essas intervenções e como ele se comporta). Para isso, são convidadas pessoas que estejam em tratamento para o Parkinson para que passem por avaliação e prática de exercícios físicos conduzidos por fisioterapeuta. A expectativa é que a pesquisa indique as modalidades de exercícios que possam ampliar o tratamento dos pacientes que têm a doença.
O estudo é conduzido pelos doutorandos Valton Costa, Maryela Menacho e Thalita Frigo, sob a coordenação de Anna Carolyna Gianlorenço, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e conta com a participação de estudantes de graduação.
Parkinson é uma doença neurodegenerativa de causa desconhecida, caracterizada pela morte de neurônios produtores de dopamina em uma parte do cérebro, chamada de mesencéfalo, resultando em sintomas motores, como lentidão, rigidez e tremor. A doença também tem um quadro amplo de sintomas não-motores, como os problemas do sono, disfunção cognitiva, ansiedade, depressão e diversos outros. De acordo com Valton Costa, estudos anteriores já mostraram que a atividade cerebral de pessoas com a doença de Parkinson é diferente em muitos aspectos em relação a pessoas sem a doença. O objetivo dos estudos atuais é compreender essas diferenças, que podem servir como marcadores da doença e para avaliar o risco de pessoas desenvolverem o Parkinson ou de medir a sua progressão, bem como avaliar a resposta de intervenções como os exercícios físicos. "Nesse contexto, exercícios físicos já se mostraram capazes de melhorar o comprometimento motor das pessoas com a doença de Parkinson, melhorando também aspectos cognitivos, o sono, a depressão e a ansiedade", acrescenta Costa.
O pesquisador explica que o estudo pretende avaliar a eficácia de três modalidades de exercício: aeróbico, resistido e terapia orientada à tarefa. "Além do mais, explora como a atividade do cérebro pode ser alterada em resposta ao exercício físico, o que nós chamamos de neuroplasticidade, que é essencial quando se fala de doenças neurodegenerativas", acrescenta. Valton Costa reforça que este é o primeiro ensaio clínico a comparar três modalidades de exercício físico focando nos aspectos motores e não motores da doença, ao mesmo tempo que investiga a resposta do cérebro a essas intervenções. "Estudos menores já foram realizados, porém, focaram num ou noutro aspecto ou não investigaram simultaneamente a neuroplasticidade. Esperamos preencher uma importante lacuna no tratamento dessa doença", destaca o pesquisador.
De acordo com Costa, a expectativa é que os resultados indiquem qual a melhor utilização do exercício na gestão da sintomatologia do Parkinson e, dessa forma, proporcionem um tratamento fisioterapêutico mais eficiente como adjunto ao tratamento médico. "O estudo dará recomendações sobre o uso dos exercícios para os profissionais envolvidos na gestão da doença e também orientará os pacientes sobre a inclusão desses exercícios em sua vida diária. Os resultados sobre a atividade cerebral fortalecerão essas recomendações e poderão também orientar estudos futuros", complementa o pesquisador.

Voluntários
Para realizar o estudo, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, entre 40 e 80 anos de idade, que estejam em tratamento médico para a doença de Parkinson, e não tenham outra doença neurológica associada (como AVC, esquizofrenia ou implantes no cérebro). As pessoas interessadas podem entrar em contato, até o mês de maio, pelo telefone (16) 3351-8628, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, ou através do whatsapp (mesmo número) a qualquer momento.
Todos os participantes da pesquisa recebem o tratamento com uma das modalidades de exercício investigadas, além do convite para participar de sessões informativas e educativas sobre a atualidade da doença de Parkinson, incluindo novos tratamentos, recomendações e perspectivas futuras.
Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 54451321.4.0000.5504).

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