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CARACAS  - A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pelo Partido Socialista do governo, nomeou nesta quinta-feira Elvis Amoroso, um aliado do governo do presidente Nicolás Maduro, como chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Antes de ser nomeado chefe do CNE – a mais alta autoridade eleitoral da Venezuela – Amoroso trabalhou como controlador-geral do país sul-americano, supervisionando a utilização de verbas públicas.

A escolha de Amoroso ocorre no momento em que Washington afirma estar preparado para aliviar as sanções contra a Venezuela, mas apenas se Maduro tomar medidas concretas rumo a eleições livres.

Enderson Sequera, diretor estratégico da consultoria Politiks, disse que nomear Amoroso neste momento sinaliza uma “confirmação tácita” de que o governo de Maduro quer entrar nas negociações em uma posição de força.

A escolha de um académico, por exemplo, em vez de um nome leal como Amoroso, seria vista como “uma concessão antecipada aos Estados Unidos”, acrescentou Sequera.

Durante seu mandato como controlador-geral, Amoroso decidiu contra vários políticos da oposição e candidatos a governos estaduais e, mais recentemente, contra candidatos da oposição que disputavam uma nomeação presidencial para as eleições de 2024, tornando-os inaptos a ocupar cargos públicos por razões que a oposição considera infundadas.

Amoroso substitui Pedro Calzadilla, que se demitiu em Junho juntamente com os outros sete dirigentes da CNE. Apenas dois desses dirigentes estavam ligados à oposição.

Os políticos da oposição passaram a organizar de forma independente as eleições primárias após a renúncia de Calzadilla.

Quem vencer as primárias enfrentará o candidato do partido no poder em 2024, que se presume ser o atual presidente Nicolás Maduro, embora este ainda não tenha confirmado isso.

As primárias da oposição acontecerão em 22 de outubro.

 

 

por Por Deisy Buitrago e Vivian Sequera / REUTERS

BRASÍLIA/DF - O presidente Lula (PT) convocou ministros para cobrarem os votos pró-governo no Congresso dos líderes dos seus respectivos partidos.

Lula determinou que ministros se reúnam com lideranças partidárias na Câmara e no Senado para cobrar apoio ao governo e entender por que não está acontecendo. Os primeiros encontros já devem ocorrer nesta semana, sob coordenação do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O governo sofreu dois revezes consecutivos em dois dias na semana passada no Congresso. A virada em relação aos decretos do presidente que alteraram o Marco do Saneamento, na terça, teve voto contrário de alguns dos partidos que compõe o governo ministerial, como PSD, MDB e União Brasil.

Lula tem lembrado desde o começo do governo que alguns ministros só compõe o governo por articulação política -e com apoio devem responder.

A ideia foi decidida em reunião ministerial nesta manhã. Padilha e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), têm sido durantemente por problemas de interlocução na Casa.

"Isso vai ser feito no ambiente mais tranquilo possível", garantiu Padilha.

Até então, o cronograma está:

- PSB na próxima quarta (10), com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin

- PSD ainda nesta semana, com os ministros André de Paula (Pesca), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura)

- MDB na semana que vem, com os ministros Jader Filho (Cidades), Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento)

- União Brasil na sequência, com os ministros Daniela Carneiro (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional)

- Segundo Padilha, a ordem está estabelecida desta forma porque as lideranças do MDB e União Brasil estão em viagem, fora do país.

 

**CRISE NA ARTICULAÇÃO**

A base governista tem deixado claro que não está satisfeita com a articulação no Congresso e já começou um processo de fritura de lideranças. Por enquanto, o presidente Lula (PT) tem segurado seus indicados nos cargos.

Só na última semana, o governo não conseguiu votar o PL das Fake News por falta de apoio e ainda levou uma virada em relação aos decretos do presidente que alteraram o Marco do Saneamento.

O recado é que o governo não está fazendo o dever de casa no Congresso. A base aliada aponta dois principais responsáveis por isso: Padilha e Guimarães.

As críticas têm chegado com frequência a Lula, inclusive por meio de Lira, segundo interlocutores ouvidos pelo UOL. O próprio presidente tem deixado a insatisfação evidente, embora descarte qualquer mudança.

À imprensa, Padilha se defendeu dizendo que "não é marinheiro de primeira viagem" e lembrou a participação em outros governos petistas.

 

 

por LUCAS BORGES TEIXEIRA / FOLHA de S.PAULO

MUNDO - Segundo um áudio obtido pelo The Washington Post, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump teria pressionado o secretário de estado da Geórgia a “encontrar” 11.780 votos para reverter sua derrota nas eleições de 2020.

A Geórgia foi um dos estados que deu Trump como vencido, tornando Joe Biden vitorioso. O ex-presidente ainda alega fraude eleitoral. Os áudios divulgados pelo jornal apontam que Trump repreendeu Brad Raffensperger, tentou bajulá-lo, o ameaçou e pressionou para que ele encontrasse os mais de dez mil votos que o reelegeriam.

Na época, Raffensperger teria negado e também dito que Trump acreditava em teorias conspiratórias, uma vez que a vitória de Joe foi totalmente justa e precisa, nas palavras dele.

 

 

*Por: ISTOÉ

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