Jornalista/Radialista
ÍNDIA - A Índia abriga atualmente 3.167 tigres, 200 a mais do que há quatro anos, de acordo com estimativas do mais recente "censo dos tigres" do país.
O primeiro-ministro Narendra Modi divulgou os resultados do relatório no domingo (09/04), em um evento para marcar os 50 anos da campanha do Projeto Tigre.
Estima-se que a Índia tenha mais de 70% dos tigres do mundo.
Modi disse que a Índia "não apenas salvou os tigres", mas também deu ao animal "um grande ecossistema para prosperar".
O Projeto Tigre foi lançado em 1973 pela então primeira-ministra Indira Gandhi, quando o número de tigres no país estava preocupantemente baixo — em partes, devido à caça esportiva e a recompensas oferecidas pelo animal.
Desde então, foram lançadas iniciativas governamentais pela conservação, como a proibição à caça e campanhas em aldeias. As leis também foram fortalecidas para tornar praticamente ilegal capturar ou matar animais selvagens, mesmo quando eles estão envolvidos em situações de conflito com humanos.
Desde 2006, houve um aumento saudável no número de tigres.
De acordo com dados de 2022, a população de tigres aumentou substancialmente nas planícies de inundação de Shivalik e Gangetic, no norte, seguidas pela Índia central, onde os tigres chegaram a novas áreas nos Estados de Madhya Pradesh e Maharashtra.
Mas o Gates Ocidentais, uma cordilheira ao longo da costa oeste da Índia, mostrou um declínio na população de tigres.
O relatório também observou que a população local de tigres foi extinta em várias áreas, inclusive em algumas unidades de conservação, e alertou que "sérios esforços de conservação" são necessários em Estados como Jharkhand e Andhra Pradesh.
Foram sinalizados desafios persistentes, incluindo a necessidade de equilibrar o desenvolvimento econômico com a conservação e a de resolver conflitos entre humanos e animais.
Especialistas em conservação dizem que o conflito com humanos é restrito às bordas de áreas protegidas, florestas e plantações — e que, a menos que a Índia expanda as reservas para tigres, esses conflitos aumentarão.
Há ainda problemas com o comércio ilegal de animais selvagens e o impacto das mudanças climáticas nos habitats dos tigres.
“O aumento da população de tigres é um sinal positivo, mas não devemos ser complacentes. É preciso continuar nossos esforços para garantir a sobrevivência deste magnífico animal e resguardar nossos ecossistemas florestais em sua totalidade”, afirmou o relatório.
A Índia conta o número de tigres em seu território a cada quatro anos. Trata-se de uma tarefa longa e árdua, na qual funcionários florestais e cientistas percorrem uma vasta área buscando evidências da população de tigres.
EUA - A Samsung pode apresentar já em 2023 o seu primeiro modelo de tablet dobrável. A informação é de um especialista em vazamentos conhecido como Revegnus, que publicou a respeito do aparelho em seu perfil no Twitter.
Segundo o usuário, o modelo será chamado de Galaxy Z Tab, seguindo a tendência de nomenclatura dos smartphones dobráveis da fabricante sul-coreana.
Além disso, a revelação estaria próxima, marcada para acontecer junto com o anúncio da linha Galaxy Tab S9 de tablets — algo esperado para ocorrer ainda este ano, sem um mês já confirmado. Os modelos atuais do segmento, parte da família Galaxy Tab S8, foram revelados em fevereiro de 2022.
Ainda sem certezas
Até agora, a Samsung não se manifestou sobre o caso e nem anunciou oficialmente planos para lançar um tablet dobrável.
Rumores sobre o desenvolvimento desse tipo de aparelho já são antigos e datam de anos, mas tudo o que a companhia apresentou até agora foram conceitos de telas em feiras de tecnologia ou o registro de patentes, que não significam necessariamente a comercialização em forma de produto.
A Samsung é atualmente a líder no mercado ainda tímido de celulares com telas dobráveis. A linha atual, apresentada em agosto de 2022, é composta pelos modelos Galaxy Z Fold 4 e Galaxy Z Flip 4.
Nilton Kleina / TECMUNDO
KIEV – Forças russas estão realizando ataques na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, concentrando-se em duas cidades e atacando posições ucranianas com incursões aéreas e barragens de artilharia, disse Kiev na segunda-feira.
O comandante das forças terrestres da Ucrânia afirmou que os russos estão destruindo edifícios e posições na sitiada Bakhmut no que chamou de táticas de “terra arrasada”.
O ataque da Rússia a Bakhmut, uma pequena cidade em Donetsk no limite de um trecho do território controlado pela Rússia, tem sido por meses o foco da maior batalha da guerra, agora em seu segundo ano.
O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse no domingo que os combates foram mais intensos ao longo das proximidades ocidentais de Bakhmut. Os russos também tinham como alvo a cidade de Avdiivka, afirmou.
Nesta segunda-feira, o comandante das forças terrestres, coronel general Oleksandr Syrskyi, disse que a defesa de Bakhmut continua.
“A situação é difícil, mas controlável”, declarou ele, segundo o Centro Militar de Mídia da Ucrânia.
Moscou está enviando forças especiais e unidades aerotransportadas para ajudar no ataque, já que os membros do grupo mercenário privado russo Wagner estão exaustos, disse Syrskyi. Os mercenários de Wagner têm liderado o ataque russo a Bakhmut, que está em grande parte em ruínas.
“O inimigo mudou para a chamada tática de terra arrasada da Síria. Ele está destruindo edifícios e posições com ataques aéreos e fogo de artilharia”, disse Syrskyi.
A Reuters não pôde verificar os relatos do campo de batalha.
O Estado-Maior da Ucrânia afirmou que as forças russas fizeram avanços malsucedidos em áreas a oeste de Bakhmut e que pelo menos 10 cidades e vilarejos foram bombardeados pela Rússia. Os russos também não avançaram nos ataques a Avdiivka, acrescentou.
Donetsk é uma das quatro províncias no leste e sul da Ucrânia que a Rússia declarou anexada no ano passado e está tentando ocupar totalmente no que parece ser uma mudança em seus objetivos de guerra, depois de não conseguir tomar o país logo após sua invasão em fevereiro de 2022.
Analistas ocidentais dizem que ambos os lados têm perdido um grande número de soldados na batalha por Bakhmut, um centro regional de transporte e logística antes da guerra.
O controle de Bakhmut pode permitir que a Rússia atinja diretamente as linhas defensivas ucranianas em Chasiv Yar, no leste, e abra caminho para que suas forças avancem sobre duas cidades maiores na região de Donetsk – Kramatorsk e Sloviansk.
Embora a Ucrânia tenha dito que deseja infligir o maior número possível de baixas às forças russas enquanto prepara sua própria contraofensiva, o presidente Volodymyr Zelenskiy reconheceu na semana passada que, se as tropas estiverem em risco de serem cercadas, poderiam se retirar.
O analista militar ucraniano Oleh Zhdanov disse que as forças russas controlavam o centro de Bakhmut, com grande parte de seu ataque agora concentrado na estação ferroviária.
“Há combates intensos no centro da cidade e o inimigo está se movendo gradualmente em direção à periferia oeste”, declarou Zhdanov.
O Ministério da Defesa britânico disse que, nos últimos sete dias, a Rússia também parece ter aumentado seus ataques blindados ao redor da cidade de Marinka, também na província de Donetsk.
“A Rússia continua dando alta prioridade às operações de recursos no setor mais amplo de Donetsk, incluindo as áreas de Marinka e Avdiivka, gastando recursos significativos para ganhos mínimos”, afirmou.
Por Pavel Polityuk / REUTERS
BUENOS AIRES – A Argentina consertou sua economia instável com uma taxa de câmbio preferencial chamada “dólar soja” para impulsionar as exportações de grãos e trazer a tão necessária moeda estrangeira, que analistas disseram que daria espaço para o governo respirar, pelo menos temporariamente.
As medidas, que entraram em vigor nesta segunda-feira, dão aos exportadores de soja uma taxa de câmbio melhor do que a taxa oficial controlada, com o objetivo de estimular exportações de cerca de 15 bilhões de dólares de soja no segundo e terceiro trimestres do ano para reabastecer as reservas esgotadas.
“O ‘dólar agrícola’ não criará moeda estrangeira extra, mas pelo menos acelerará sua entrada e fornecerá alívio temporário”, disse o economista Gustavo Ber, acrescentando que as reservas em moeda estrangeira atingiram “níveis críticos”.
A Argentina, que caminha para eleições gerais em outubro, nas quais a coalizão governista peronista enfrenta a perspectiva real de derrota, foi castigada pela seca no ano passado, que está pesando na produção de grãos, seu principal produto de exportação.
Isso espremeu a quantidade de dólares que o banco central tem em reserva, vital para fazer pagamentos de importações e lidar com as obrigações da dívida externa, mesmo quando a Argentina luta contra a inflação de mais de 100% e a pobreza que aumentou para quase 40% da população, de acordo com dados do governo.
“O que (o ministro da Economia) Sergio Massa está tentando fazer é ganhar tempo e impedir que a bomba exploda”, disse o economista Rodrigo Álvarez a uma rádio local.
O país sul-americano, maior exportador mundial de soja processada e número três em milho, está lutando para consertar sua economia problemática após anos de crises e calotes. A nação tem um programa de empréstimos de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que recentemente ficou sob tensão quando o fundo reduziu as metas do país para reservas estrangeiras.
O chamado “dólar soja” foi usado duas vezes no ano passado e ajudou a impulsionar as exportações, pelo menos no curto prazo, contribuindo para facilitar a disponibilidade de moeda estrangeira.
O economista Roberto Geretto, da Fundcorp, estimou que, na melhor das hipóteses, o banco central da Argentina poderia ganhar cerca de 4 bilhões de dólares nos próximos dois meses, embora a receita em moeda estrangeira caísse novamente devido ao esgotamento das colheitas.
“Esta nova medida visa comprar dois meses, o que no contexto atual não é insignificante”, disse Geretto à Reuters.
Ber concordou que o impacto seria temporário, mas acrescentou que o preço mais alto dado às exportações poderia aumentar a inflação doméstica, um tema-chave para os eleitores antes da votação de outubro.
“O efeito destas iniciativas –tal como aconteceu no passado– voltaria a ser transitório, mais do que tudo tendo em conta que a emissão monetária associada pode acabar por colocar ainda mais pressão sobre a inflação nos próximos trimestres”, disse.
Por Anna-Catherine Brigida e Walter Bianchi / REUTERS
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