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Beatles: saiba como legado musical movimenta milhões no turismo de Liverpool Foto: Paul Ellis/AFP

Beatles: saiba como legado musical movimenta milhões no turismo de Liverpool

Escrito por  Jul 04, 2023

INGLATERRA - “Esta é a casa mais importante da história do grupo mais importante da música contemporânea”, proclama Dale Roberts, guia do “Magical Mystery Tour”, o ônibus de turismo que percorre os lugares onde os Beatles viveram em Liverpool.

Na cidade do norte da Inglaterra, a economia é baseada no “futebol e nos Beatles”, resume Victoria McDermott, diretora de marketing da Cavern City Tours, empresa proprietária da “Magical Mystery Tours” e do famoso Cavern Club, onde os “fab four” deram os primeiros passos.

Os cerca de quarenta passageiros descem do ônibus para fotografar ou posar em frente ao chalé de tijolos onde Paul McCarney cresceu, perto do famoso Penny Lane ou Strawberry Fields Park. “Estou muito empolgado”, diz Graham Biley, um músico “semiprofissional” que ganhou essa visita como um presente no aniversário de 70 anos.

“Não demore muito, ou você ficará em Strawberry Fields... forever”, brinca Roberts, em uma referência ao título de uma das músicas mais conhecidas, para risos do público.

“A primeira vez que ouvi ‘The long and winding road’, quando tinha dez anos, eu chorei”, conta Hiromi Beckstrom, uma japonesa de 56 anos, fã do lendário quarteto, que agora mora nos Estados Unidos e faz essa peregrinação com a filha Alexandra.

Liverpool construiu a prosperidade nos séculos XVIII e XIX com base no chamado “comércio triangular”, ou seja, o comércio de escravos e matérias-primas, no início da revolução industrial, Roberts conta pelo alto-falante entre duas paradas.

 

Quatro golpes de sorte

Mas duas guerras mundiais, a Grande Depressão e a desindustrialização mergulharam a cidade em um longo declínio.

Liverpool “então se beneficiou de quatro golpes de sorte - John, Paul, George e Ringo!”, diz o guia sobre essa “pequena ajuda” que lembra o título de outra canção icônica.

Estátuas de Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr podem ser vistas por toda a cidade. Liverpool tem dois museus dedicados a eles, além de inúmeros restaurantes, bares, lojas de souvenirs... que geram lucros consideráveis.

Cerca de 48% dos impostos comerciais arrecadados em Liverpool são provenientes do turismo, disse à AFP o conselheiro Harry Doyle. O legado dos Beatles rende cerca de £100 mões (em torno de R$ 600 milhões) por ano aos cofres da cidade. Somente o Cavern Club recebe 800 mil visitantes por ano.

Mas não se trata apenas de lendas do passado. Maria Morgado, 53 anos, veio de Portugal com seu parceiro para assistir a um show da banda de ska Madness. Depois de uma noite “incrível”, eles também visitaram o museu dos Beatles.

Em outras partes do Reino Unido, os nostálgicos do Oasis estão indo para Manchester, os fãs do Belle & Sebastian para Glasgow e os fãs da cantora de soul Amy Winehouse para Camden, em Londres, para se reunirem em frente à estátua dela.

Hiromi e Alexandra também estão planejando uma visita ao famoso Abbey Road Studios, na capital do Reino Unido.

 

Grandes festivais

Sem mencionar a série de grandes festivais de verão que o país recebe.

O mais lendário deles, o Glastonbury, que teve início na quarta-feira, atrai cerca de 200 mil pessoas todos os anos para os arredores de um vilarejo medieval no sudoeste da Inglaterra. O line-up deste ano inclui os artistas britânicos Elton John, Arctic Monkeys, Cat Stevens, Alison Goldfrapp, as americanas Lizzo e Lana del Rey, e muitos outros.

No total, a música, incluindo gravações, gerou £4 bilhões (R$ 24 bilhões) no Reino Unido em 2021, de acordo com os últimos números disponíveis. Ainda está longe dos £5,8 bilhões (R$ 35 bilhões) anteriores à pandemia, mas o setor acredita que a recuperação está próxima.

Outros países também estão lucrando com os próprios artistas: Graceland e Memphis, nos EUA, por exemplo, atraem os fãs de Elvis Presley, e a memória de Bob Marley é um maná para a Jamaica.

Um exemplo do peso econômico das superestrelas musicais: o show da americana Beyoncé em Estocolmo, em maio, “provavelmente” gerou até 0,3 ponto percentual de inflação, de acordo com um economista do Danske Bank. Isso se deveu ao fluxo de turistas que se aglomeraram em hotéis, restaurantes e lojas, explica ele.

 

 

AFP

por Véronique Dupont / ESTADÃO

Ivan Lucas

 Jornalista/Radialista

Website.: https://www.radiosanca.com.br/equipe/ivan-lucas
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