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ASSUNÇÃO - O resultado das eleições no Paraguai surpreendeu paraguaios e analistas. O partido Colorado, que comanda o país há praticamente 70 anos, não só manteve seu poder, como o expandiu. Enquanto isso, a oposição murchou e o extremismo se fortaleceu, elegendo até um deputado preso por assédio.

Na América Latina, o país se consolida como uma exceção, tanto por escolher novamente a direita em meio a muitos vizinhos de esquerda, quanto por quebrar uma tendência de derrotas dos governos em exercício. Em termos de relações com o Brasil e outros países, pouca coisa deve mudar.

Entenda abaixo os principais pontos do pleito paraguaio, que ocorreu em turno único neste domingo (30).

 

**1. Colorado consolida e expande poder**

Contrariando as expectativas de um pleito acirrado, o economista conservador Santiago Peña, 44, venceu o advogado liberal Efraín Alegre, 60, por uma diferença de 15 pontos percentuais --a vitória mais folgada do partido Colorado em 25 anos de democracia.

A sigla comanda o país desde a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989), com exceção da gestão do ex-bispo de esquerda Fernando Lugo, de 2008 a 2012, que sofreu um impeachment. Por isso, o resultado de agora é atribuído ao grande aparato público e à identificação cultural dos paraguaios com a legenda e o conservadorismo.

Além da vitória presidencial, o Colorado recuperou a maioria no Senado após 20 anos. A casa tem mais peso no país do que a Câmara dos Deputados, onde o Colorado também ampliou sua hegemonia. Nos estados, o partido ainda elegeu 15 de 17 governadores, ante 13 na última votação.

 

**2. Oposição sai enfraquecida**

Efraín Alegre foi derrotado pela terceira vez pelo Colorado, mesmo sendo um político experiente e conseguindo formar uma grande coalizão de centro-direita, centro e centro-esquerda chamada Concertación Nacional (acordo nacional). Também perdeu espaço nos estados e no Congresso.

O fracasso se deu principalmente por cinco fatores, segundo o analista político Esteban Caballero, professor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). "Primeiro, Paraguayo Cubas [candidato extremista que ficou em terceiro lugar] tirou uma taxa importante dos votos de Alegre, mas é ingênuo pensar que foi só isso", diz.

O liberal teve ainda divisões internas na sua coalizão --rachou com o partido de esquerda Frente Guasú, por exemplo--; fez uma campanha desorganizada; teve uma postura vista como arrogante por muitos eleitores; e usou um discurso "anti-Colorado" em vez de se ater à "anticorrupção", o que despertou um sentimento de defesa nos rivais.

 

**3. Extremismo cresce em mais um país**

O ex-senador extremista Paraguayo Cubas, que é comparado a Jair Bolsonaro (PL), conseguiu uma votação expressiva tanto em sua candidatura à Presidência quanto no Legislativo. Seu partido Cruzada Nacional, que concorreu pela primeira vez, elegeu cinco senadores e mais cinco deputados.

Um deles, Rafael "Mbururu" Esquivel, foi eleito mesmo estando preso preventivamente por abuso sexual de uma adolescente. "Ele tocou nesse nervo que muitos candidatos estão tocando em outros países. O nervo da raiva, do 'estou farto'", diz Caballero, que afirma ser muito difícil rotulá-lo. "Ele tem posições contraditórias, que passam pelo nacionalismo, anarquismo, autoritarismo e invasão agrária."

Cubas teve seu mandato cassado em 2019 após ser filmado atacando policiais e defendendo a morte de "ao menos 100 mil brasileiros", o que exige a atenção do Brasil, segundo analistas. Em movimento semelhante ao de bolsonaristas, seus apoiadores foram às ruas nesta segunda-feira (1º) reclamar sem provas da "invalidez das eleições".

 

**4. Horacio Cartes vence, mas segue na mira da Justiça**

A vitória de Peña foi uma demonstração de força do ex-presidente e líder do Colorado, Horacio Cartes, homem mais poderoso do país. Mesmo tendo sido descrito como "significativamente corrupto" pelos Estados Unidos, o dono de bancos e empresas de cigarros conseguiu eleger seu apadrinhado. Peña entrou na política como seu ministro da Fazenda, de 2015 a 2017.

A grande dúvida é se o presidente eleito seguirá à sombra de Cartes, como indicou em seu discurso de agradecimento, ou terá mais autonomia. Enquanto isso, o ex-presidente terá que lidar com as investigações externas dos americanos, mas também internas.

As apurações de crimes como lavagem de dinheiro e contrabando contra ele estavam paradas, mas em março o Ministério Público nomeou um novo chefe, Emiliano Rolón, que montou uma força-tarefa com cinco membros para levar as buscas adiante.

 

**5. Na América Latina, país se firma como exceção**

A eleição do Colorado quebra uma sequência de aproximadamente 15 derrotas dos governos em exercício no continente, mostrando que, mesmo com descontentamento popular, a máquina do estado ainda pode ajudar a eleger líderes. Também é uma vitória da direita em um entorno majoritariamente de esquerda.

"Por outro lado, é uma direita conhecida, previsível e institucionalizada. Não é uma direita que surge de repente e sem organização, como o bolsonarismo", afirma Caballero. Para ele, o governo de Peña deverá se identificar mais com forças como o Juntos por el Cambio na Argentina e o uribismo na Colômbia, e não como grupos disruptivos como o do extremista argentino Javier Milei.

 

**6. Boa relação com Brasil deve ser preservada**

A despeito das diferenças ideológicas com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pouca coisa deve mudar. Uma das principais metas do Paraguai para os próximos anos é se industrializar e ampliar suas exportações de manufaturados, e para isso vai precisar do apoio e da infraestrutura do governo e das empresas brasileiras.

"A agenda entre Brasil e Paraguai agora terá um aspecto muito mais comercial, com maquilas [áreas sob incentivo fiscal] e obras de infraestrutura, do que uma temática social, que era defendida por Alegre", diz Tomaz Espósito, professor de relações internacionais da Universidade Federal da Grande Dourados, na fronteira entre os dois países.

Peña também terá que renegociar com Lula parte do acordo da hidrelétrica de Itaipu, que completou 50 anos na semana passada. Ele deve pleitear o aumento do preço da parcela de energia que o Paraguai não usa, assim como o direito de vendê-la a outros países ou empresas além do Brasil.

 

**7. Pouco deve mudar no restante da política externa**

O Paraguai é o único país na América do Sul entre as 13 nações que reconhecem a ilha de Taiwan, vista pela China como uma província rebelde, o que implica, na prática, em abrir mão de manter laços com o gigante asiático. Alegre queria rever esse apoio, mas, com Peña presidente, a tendência é que ele se mantenha.

"Ao mesmo tempo, existe a aproximação recente do Brasil com a China. O Paraguai quer estar bem com o Brasil, mas também quer manter a relação com Taiwan. Isso não é impossível de administrar, mas é um ponto de atenção", afirma Caballero. Segundo o analista político, outra relação que não deve sofrer grandes mudanças é com os EUA, que busca estabilidade na América Latina.

Peña terá que deixar um pouco suas posições republicanas, analisa o especialista, e se aproximar mais dos democratas se quiser manter o diálogo estável, independentemente do que ocorrer em 2024 nas eleições americanas. Mas isso não deverá ser tão difícil para um economista formado na Universidade Columbia (NY), opina.

 

 

por JÚLIA BARBON / FOLHA de S.PAULO

ASSUNÇÃO - No coração da capital paraguaia, Assunção, os eleitores se preparam para as eleições de domingo, com a economia, a corrupção e Taiwan em mente.

A nação agrícola de pouco menos de 7 milhões de pessoas irá às urnas para votar no que se espera ser uma disputa acirrada entre o economista de 44 anos Santiago Peña, que representa o conservador Partido Colorado, e o veterano Efraín Alegre, de 60 anos, que lidera uma ampla coalizão de centro-esquerda e promete uma reformulação da política externa.

As pesquisas veem uma disputa acirrada, até mesmo um empate técnico. O governista Partido Colorado tem dominado a política paraguaia nos últimos três quartos de século, mas as persistentes alegações de corrupção levaram ao surgimento de rachaduras em seu apoio.

"Nunca conversamos sobre política antes, porque uma vitória do Partido Colorado era um negócio fechado", disse o bancário Gustavo Vera, de 40 anos, à Reuters na capital. "Há um ar de mudança, o povo acordou."

No movimentado Mercado 4 em Assunção, a maioria citou a difícil situação econômica. O déficit fiscal aumentou para 3% do PIB no ano passado, o crescimento médio anual nos últimos quatro anos caiu para 0,7% e a pobreza extrema aumentou.

Quem quer que assuma a Presidência em agosto deve ficar sob pressão da legislatura recém-eleita para reduzir os gastos.

Em noticiários e colunas políticas, a conversa se centrou no debate sobre o fim das relações diplomáticas de longo prazo com Taiwan em favor da China e uma série de alegações de corrupção contra os principais líderes do Partido Colorado.

Alegre, em sua terceira campanha presidencial, reuniu uma ampla aliança de partidos independentes para desafiar a poderosa máquina política do Colorado. Mas ele foi criticado por alguns setores por indicar que encerraria quase 70 anos de relações diplomáticas com Taiwan em um esforço para abrir os enormes mercados da China para soja e carne paraguaia.

 

 

Reportagem de Lucinda Elliott e Daniela Desantis / REUTERS

BUENOS AIRES  – Os três últimos presidentes da Argentina desistiram de disputar as eleições presidenciais marcadas para outubro, deixando a disputa aberta e o resultado incerto, com o único candidato certo sendo um libertário de extrema-direita que quer desmantelar o banco central.

A incerteza política tem agitado os já frágeis mercados financeiros da Argentina, com o peso atingindo na última semana mínimas recordes nos populares mercados clandestinos. A inflação é de 104,3% e quase uma em cada quatro pessoas está na pobreza.

“É um cara ou coroa”, disse Shila Vilker, diretora do instituto de pesquisas Trespuntozero, à Reuters sobre a disputa. “O que vemos é muita fragmentação no que é oferecido politicamente.”

O presidente Alberto Fernández, cuja popularidade despencou, descartou na semana passada uma candidatura à reeleição. Seu antecessor, Mauricio Macri, um dos líderes do principal partido da oposição, também ficará de fora da disputa.

A poderosa vice-presidente Cristina Kirchner, uma esquerdista que divide opiniões, mas tem uma base de apoio fervorosa e também já presidiu o país, disse em dezembro que não concorrerá a nada nas eleições de 2023 depois de ser condenada por corrupção.

A coalizão de oposição Juntos pela Mudança continua na liderança, mostram as pesquisas. Mas o que parecia uma vitória certa no ano passado agora parece mais nebuloso, com o economista libertário Javier Milei atraindo eleitores dos principais partidos de esquerda e direita.

“Há uma tendência ascendente de eleitores muito irritados com a política que aparentemente estão optando por essa nova força”, disse Facundo Nejamkis, diretor da pesquisa de opinião Opina Argentina.

Vilker coloca o Juntos Pela Mudança com um total de 33% dos votos prováveis, a coalizão peronista governista em entre 28% e29% e Milei com 24%. A Opina estima 31%, 26% e 23%, respectivamente. Milei, no entanto, encabeça a lista de candidatos individuais em vez de partidos.

Quem serão os outros candidatos deve ser definido nas primárias de agosto. Os favoritos da oposição conservadora são o atual prefeito da cidade de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich.

Os peronistas, cambaleando com a crise econômica, estão ainda mais divididos. Os candidatos em potencial são o ministro da Economia, Sergio Massa, o veterano político Daniel Scioli e o ministro do Interior, Eduardo de Pedro. A vice-presidente Kirchner pode até fazer um retorno surpreendente, com apoiadores pedindo que ela concorra.

 

 

 

Reportagem de Nicolás Misculin; Reportagem adicional de Jorge Otaola e Reuters TV

CUBA - Os deputados cubanos reconduziram ao poder o líder cubano, Miguel Díaz-Canel, em uma votação sem surpresas na tarde de quarta-feira (19). A monotonia da sessão no Parlamento em Havana, porém, não reflete a atmosfera da ilha nos últimos anos, quando crises políticas e econômicas desembocaram em protestos e repressão a opositores.

No cargo desde 2018, o engenheiro Díaz-Canel, 62, foi reeleito para seu segundo e último mandato de cinco anos, de acordo com a legislação local. Ele era o único candidato Cuba não reconhece siglas além do Partido Comunista. Dos 462 deputados presentes, 459 votaram pela sua permanência e dois, em branco. A mídia estatal não especificou se o voto faltante foi contrário ao líder.

A presidente da Assembleia, Esteban Lazo, 79, foi mantida no cargo em que está desde 2013 com 461 votos a favor e uma abstenção; Ana María Mari Machado, 59, também segue na Vice-Presidência da Casa.

Díaz-Canel chegou ao poder em 2018 como o primeiro líder da ilha nascido após o triunfo da revolução, em 1959, e dando fim à era Castro Fidel morreu em 2016 e seu irmão Raúl deixou o comando do país há cinco anos para dar lugar ao engenheiro.

A transferência de poder, porém, foi controlada e lenta, em uma tentativa de garantir que o novo líder seria fiel aos ideais da revolução. "Sua ascensão não foi fruto do acaso ou da pressa", afirmou Raúl em seu discurso de despedida. "Tínhamos certeza de que havíamos acertado em cheio em sua eleição. Quando eu faltar, ele poderá assumir o cargo de primeiro-secretário do Partido Comunista", completou, em referência à cadeira que na época ocupava e que passou a Díaz-Canel em 2021. Nesta quinta, a sessão foi encabeçada pelo atual e pelo antigo líder.

A ausência da farda no primeiro civil a comandar a ilha em 60 anos não abrandou a repressão contra opositores. Em julho de 2021, as maiores manifestações no país desde a revolução deixaram um morto, dezenas de feridos e mais de 1.300 presos, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Cubalex, com sede em Miami. Após os protestos, o país registrou um êxodo migratório sem precedentes: mais de 300 mil cubanos deixaram a ilha apenas em 2022.

Um dos motivos da insatisfação dos cubanos é a crise econômica que, agravada pela pandemia de Covid-19, piora a escassez de alimentos, remédios e combustíveis. Cuba passa pelo seu pior período na economia desde os anos 1990, quando a ilha enfrentou o chamado "período especial" ao ser impactada pelo fim da União Soviética. A então parceira econômica amortecia o embargo dos EUA em vigor desde 1962, a penalização de Washington ao autoritarismo da ilha voltou a ser endurecida com o republicano Donald Trump durante o mandato de Díaz-Canel.

Tentando dar continuidade às reformas de seu mentor Raúl Castro, o atual líder implementou, no início de 2021, uma reforma monetária para acabar com a taxa de um dólar por um peso cubano que vigorava há décadas e provocava distorções. A medida, porém, provocou uma espiral inflacionária em dois anos, a moeda cubana saltou de 24 para 120 pesos por dólar no câmbio oficial, enquanto no mercado paralelo o mesmo valor é negociado a 185 pesos.

Ele também promoveu o empreendedorismo e autorizou a operação de pequenas e médias empresas, mas essas medidas foram insuficientes para melhorar a economia. "Sinto-me insatisfeito por não ter conseguido promover um conjunto de ações mais eficientes na solução dos problemas", afirmou o líder em uma entrevista recente à emissora libanesa Al Mayadeen.

"A cicatriz dos protestos de 11 de julho ainda está muito presente na sociedade cubana", afirma à Folha de S.Paulo Arturo López, professor da Universidade Autônoma de Madri e autor do livro "Raúl Castro and the New Cuba". Por um lado, diz, as razões pelas quais as pessoas saíram às ruas pouco mudaram; por outro, não se pode subestimar a capacidade desse regime de manejar crises. "O governo reprimiu com cálculo."

Ainda não está claro, porém, como o atual líder vai manter o poder a longo prazo sem gozar da estima de seus antecessores. "O carisma associado ao momento revolucionário foi embora com a transição geracional. Comparado a Fidel, Díaz-Canel tem o carisma de uma garrafa de água sem gás", afirma López. "O líder atual não atrai a paixão de seus partidários nem produz o medo em seus adversários como Fidel."

A abertura dos últimos anos respingou no jornalismo da ilha, que ganhou veículos independentes, segundo Mario Luis Reyes, repórter no site Estornudo. Mas, desde 2019, o regime vem conseguindo intimidar os jornalistas e enfraquecer meios de comunicação que não estão sob a batuta do partido.

Atualmente, quase toda a equipe do site trabalha do exílio, incluindo Reyes, desde 2019. Ele conta que começou a notar a perseguição de autoridades após cobrir uma manifestação da comunidade LGBTQIA+ de Cuba pelo casamento igualitário. "Colocavam policiais vestidos de civis na porta da minha casa e da casa do meu pai, me seguiam, faziam fotos", conta o jornalista. "Nesse momento, eu saio de Cuba."

Paradoxalmente, a flexibilização da sociedade cubana promovida por Raúl Castro também está na raiz dos protestos, segundo López. Agora, o Partido Comunista precisa lidar com problemas que desconhecia, frutos de uma sociedade com mais empreendedores, acesso à internet e facilidade para viajar. "Há uma pluralidade política na sociedade cada vez mais notável", afirma o pesquisador. "O desafio mais urgente de Díaz-Canel é a economia, mas o mais difícil é a política."

 

 

por DANIELA ARCANJO / FOLHA de S.PAULO

CUBA - O Parlamento cubano convocou uma sessão em 19 de abril para designar o presidente da República, um processo no qual o primeiro presidente, Miguel Díaz-Canel, de 62 anos, pode ser reeleito por mais cinco anos — noticiou o jornal "Granma" na segunda-feira (10).

O Conselho de Estado, instância máxima da Assembleia Nacional do Poder Popular, convocou a sessão para instalar a nova legislatura, que será composta pelos 470 deputados eleitos em março passado.

Além de nomear os novos membros do Conselho de Estado, a assembleia "elege o Presidente e o Vice-Presidente da República; e nomeia, sob proposta do Presidente da República, o Primeiro-Ministro, os Vice-Primeiros-Ministros, o Secretário e outros membros do Conselho de Ministros", acrescentou o "Granma".

Díaz-Canel, que em 2018 substituiu o líder revolucionário Raúl Castro na Presidência do país, pode ser reeleito apenas uma vez, conforme estabelecido pela Constituição cubana, aprovada em 2019.

Engenheiro eletrônico de profissão, Díaz-Canel foi o primeiro civil a assumir o poder em Cuba após os mandatos dos irmãos Fidel e Raúl Castro, que lideraram o triunfo da Revolução, em 1959.

Em 2021, também substituiu Raúl Castro, agora aposentado, como secretário-geral do Partido Comunista de Cuba, o cargo de maior poder na ilha.

Para ser eleito, o presidente indicado precisa do voto favorável da maioria absoluta dos deputados.

 

 

AFP

SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara, vereador Marquinho Amaral participou de uma reunião, realizada nesta terça-feira, 21, na igreja São Benedito, com a participação do bispo Dom Luiz Carlos e o vicariato de São Carlos, que selou o engajamento da Igreja Católica na busca dos 200 mil eleitores e a conquista do segundo turno nas eleições municipais, participaram também os vereadores Gustavo Pozzi e André Rebello.

O vereador Gustavo Pozzi agradeceu ao Bispo Dom Luiz pela oportunidade e pelo apoio na campanha que visa os 200 mil eleitores em São Carlos, para que aconteça um segundo turno no município, com debates melhores e focados na cidade e com um prefeito sendo eleito com mais de 50% dos votos válidos. “A importância de ter os dois turnos nas eleições municipais na cidade de São Carlos é um fortalecimento da democracia, que garante que a vontade do povo seja soberana, que seja eleito, o candidato que obtiver a maioria dos votos, onde hoje, com apenas um turno, não acontece”, destacou Gustavo Pozzi.

Segundo o vereador André Rebello, “é muito importante o apoio da igreja para que contribuam na conscientização dos jovens, para que eles realmente exerçam seus direitos e seus deveres na democracia, e o voto é um dever, decidir quem vai ser o governante é um dever do cidadão. É importante que a igreja dê esse apoio à cidade de São Carlos.”

O presidente da Câmara, Marquinho Amaral, ressaltou a importância da Câmara em demonstrar para a população jovem, acima de 16 anos, que eles já podem e devem obter o título de eleitor. O parlamentar lembrou ainda, da necessidade de conscientizar os residentes do município, mas que não tem São Carlos como seu domicílio eleitoral, para que realizem a transferência do título de eleitor. “Essas pessoas podem fazer a diferença para termos um segundo turno nas eleições da cidade, para termos um prefeito eleito com mais de 50% dos votos”, concluiu Marquinho.

ALEMANHA - O Partido Social Democrata (SPD), os Verdes e o Partido Liberal Democrático (FDP) chegaram a um acordo para reduzir o número de membros do Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento alemão, de 736 para 630, uma alteração que entrará em vigor após as eleições gerais de 2025.

Fontes da coligação citadas pela DPA relataram este acordo, que altera o primeiro projeto da reforma apresentado no final de Janeiro e que previa uma redução para 598 lugares.

A nova proposta será votada no parlamento na quinta ou sexta-feira e espera-se que seja aprovada pela maioria dos partidos do governo.

O Bundestag foi alargado para 736 lugares após as eleições gerais de 2021. Este foi o número mais elevado até agora e foi devido a compensações para evitar "círculos eleitorais órfãos" em que um primeiro candidato não é eleito diretamente por voto direto.

As eleições envolvem também a votação para uma lista de partidos, de modo a que o resultado final seja uma mistura de eleição direta de candidatos e através de listas de candidatos respeitando a proporcionalidade do voto a nível nacional.

O número de circunscrições permanecerá em 299, mas 331 mandatos serão atribuídos através das listas dos Länder, em vez dos 299 inicialmente previstos.

O objetivo é minimizar o número de deputados que ganham um círculo eleitoral com o primeiro voto e não conseguem chegar ao Bundestag.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Sergio Silva / NEWS 360

CHINA - Xi Jinping garantiu um terceiro mandato de cinco anos sem precedentes como presidente da China na sexta-feira (10), um papel amplamente cerimonial, enquanto ele reforça seu domínio como o líder mais poderoso do país desde Mao Tsé-Tung, que ficou 27 anos no poder.

Quase 3.000 membros do parlamento da China, o Congresso Nacional do Povo (NPC), votaram unanimemente no Grande Salão do Povo para Xi, 69, ser presidente em uma eleição onde não havia outro candidato.

Xi também foi nomeado comandante por unanimidade dos 2 milhões de membros do Exército Popular de Libertação, uma força que recebe ordens do partido e não do país.

Em outra votação, o terceiro oficial do partido, Zhao Leji, foi nomeado chefe do Congresso Nacional do Povo. A grande maioria do trabalho legislativo do órgão é chefiada por seu Comitê Permanente.

Um resquício do Comitê Permanente do Politburo do partido anterior, o ápice do poder político na China chefiado por Xi, Zhao, 67, conquistou a confiança do presidente como chefe do órgão de vigilância anticorrupção do partido, a Comissão Central de Inspeção Disciplinar, perseguindo uma investigação anticorrupção que congelou todo potencial oposição ao líder chinês.

O ex-chefe do partido de Xangai e membro do último Comitê Permanente do Politburo, Han Zheng, foi nomeado para o cargo cerimonial de vice-presidente estadual.

 

 

Por Reuters

CARACAS – O partido de oposição venezuelano Vontade Popular disse nesta terça-feira que Juan Guaidó, que já foi a face global mais visível da oposição do país, será seu candidato em outubro nas primárias da eleição presidencial.

Guaidó, um engenheiro industrial de 39 anos, liderou um governo interino a partir de janeiro de 2019, antes de ser substituído como chefe da Legislatura da oposição no final de 2022.

Embora Guaidó tenha sido reconhecido como o líder legítimo da Venezuela por muitos países ocidentais, que consideraram fraudulenta a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018, Maduro permanece no cargo e está aproveitando o afrouxamento das sanções dos EUA e as relações renovadas com alguns vizinhos.

A equipe nacional de ativistas do Vontade Popular decidiu “que Juan Guaidó será o candidato”, disse o coordenador nacional do partido, Freddy Superlano, na sede do grupo em Caracas.

Pelo menos uma dúzia de candidatos disseram que participarão das primárias, que irão ocorrer em meio à apatia generalizada dos eleitores e à incerteza sobre se os milhões de venezuelanos que migraram para o exterior poderão votar.

Guaidó e alguns outros candidatos, incluindo o oposicionista Henrique Capriles, que já tentou a Presidência, estão impedidos por decisões judiciais e administrativas de ocupar cargos públicos.

O governo tem dito que aqueles que estão impedidos não podem concorrer até que suas proibições expirem, mas a oposição afirma que as decisões fazem parte de uma estratégia do governo para reprimir a dissidência.

 

 

Reportagem de Vivian Sequera / REUTERS

ESTÔNIA - O Partido da Reforma, da primeira ministra da Estônia, Kaja Kallas, venceu no domingo, 06, as eleições gerais, com 31,6%, contra 16% para o Ekre, de extrema direita, após a apuração quase total dos resultados.

Para permanecer no poder, o partido de centro-direita terá que voltar a formar uma coalizão com um ou mais dos partidos que entraram no parlamento do Estado báltico, de 101 cadeiras.

 

 

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