SÃO CARLOS/SP - São Carlos será a sede da Etapa de Abertura da Copa São Paulo de Ciclismo 2023 próximo domingo, dia 19 de março. A realização da prova é da Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer, com a Organização da GT Eventos Esportivos e Supervisão da Federação Paulista de Ciclismo.
O grande diferencial da Prova será o excelente e inédito local, o circuito da Avenida Trabalhador São-carlense, no centro da cidade, próximo à USP, que pela primeira vez na história será o palco da aguardada Prova do interior paulista.
O local terá toda a estrutura para os ciclistas participantes, em um circuito de 3.100 metros por volta, misto de trechos com aclive, declive e plano, com um excelente asfalto e um visual espetacular. Para Everton Douglas, Presidente da ASC - Associação de Ciclismo de São Carlos e Alessandro Giannini, Diretor da CSPC, a realização da Prova nesse local será um marco histórico para essa tradicional cidade do ciclismo do interior paulista. “São Carlos já recebeu os principais eventos de ciclismo do país, como Campeonatos Brasileiros, Paulistas, Volta Ciclística Internacional, Volta do Futuro, Copa São Paulo, Volta Master, entre outros, mas sempre em locais como o Parque Ecoesportivo Dahma ou em bairro residencial mais afastado. Trazer essa Prova para a principal avenida da cidade é algo inédito, é um desafio gratificante, trabalhoso mas que será muito compensador", afirma o dirigente da ASC, que tem realizado um trabalho com primazia no fomento de todas as modalidades do ciclismo no município.
Ao todo, serão 10 categorias oficiais disputadas, divididas por idade e critério técnico (como o caso da Elite Masculina), inclusive uma Mountain Bike Open no asfalto, além de três categorias iniciantes extraoficiais, abertas para a participação de ciclistas estreantes da cidade com qualquer tipo de bicicleta e inscrições gratuitas. Será oferecida uma premiação personalizada da Prova, além de uma bonificação em dinheiro para algumas categorias, conforme os critérios dos organizadores e descritas no flyer da Prova. Serão às todas três baterias, com a largada da primeira bateria para as 8h30, e término das inscrições para as categorias da primeira bateria às 8h.
Estão sendo aguardados ciclistas e equipes de todas as regiões do Estado de São Paulo, e também algumas cidades de Minas Gerais, que tradicionalmente disputam a Copa São Paulo de Ciclismo, como Poços de Caldas, que deverá somar cerca de 180 ciclistas participantes na Prova. As inscrições poderão ser feitas via PIX com desconto até a véspera da competição, no valor de R$ 80,00 (ou R$ 40,00 para a Categoria Master D), através da chave: CNPJ 10.349.242/0001-49 (GT Eventos Esportivos), ou no dia da Prova diretamente nas tendas de inscrições, no valor de R$ 90,00 (ou R$ 45,00 p/ a Categoria Master D). Os números novos da temporada 2023 serão entregues no dia, no ato da confirmação da inscrição, a qual o ciclista deverá assinar a sua ficha de inscrição 2023.
Para quem nunca participou de alguma prova da Copa São Paulo de Ciclismo e será a primeira vez, basta imprimir a ficha de inscrição e preenchê-la de próprio punho, à caneta, no dia da prova nas tendas de inscrição, com letra e informações legíveis, acompanhada de uma cópia de identidade (RG ou a CNH). Os ciclistas e equipes que já participaram de alguma Prova da Copa São Paulo de Ciclismo, de 2009 a 2022, podem solicitar suas fichas digitalizadas pelo WhatsApp, Telegram ou telefone (16) 99775-2348.
Os organizadores lembram também, sobre a nova metragem e limitação de câmbio para a categoria Open Juvenil (15 anos e menos), que passa a ser de 7,14 metros por pedalada, cuja aferição será realizada imediatamente após a chegada dessa categoria. Todas as categorias são feitas por tempos mínimos preestabelecidos, sendo sinalizada as três ou duas voltas finais e o sino, que simboliza a última volta da Prova. Também serão entregues os diplomas da Copa São Paulo de Ciclismo para todos os três primeiros colocados de cada categoria da temporada 2022, e também às três primeiras equipes. Os campeões da 1ª Etapa em suas respectivas categorias receberão suas camisas de líderes na 2ª Etapa, que será realizada no dia 02 de abril na cidade de Catanduva, cujas datas e cidades confirmadas do 1º Semestre seguem abaixo:
2ª Etapa – 02/04 – CATANDUVA
3ª Etapa – 24/04 – SÃO PEDRO
4ª Etapa – 07/05 – BAURU
5ª Etapa – 28/05 – LENÇÓIS PAULISTA
6ª Etapa – 11/06 – LOCAL A DEFINIR
7ª Etapa – 25/06 – LOCAL A DEFINIR
O apoio geral da Copa São Paulo de Ciclismo 2023 é da Sodbike - a roupa que veste o ciclista, e os apoios locais são da ASC - Associação Sãocarlense de Ciclismo, Sportix São Carlos, Habib´s e EBM Engenharia.
MUNDO - A Corte Arbitral do Esporte (CAS) finalizou a investigação envolvendo denúncias de desrespeito às normas de fair play financeiro e decidiu anular nesta segunda-feira, 13, o banimento ao Manchester City de competições europeias por duas temporadas. O clube inglês ainda conseguiu reduzir a multa imposta pela Uefa no início de fevereiro, de 30 milhões de euros para 10 milhões de euros (equivalente a cerca de 60 milhões de reais pela cotação atual). O valor deve ser quitado em até 30 dias.
Em curto comunicado, o City, que já se garantiu matematicamente como vice-campeão inglês desta temporada, demostrou satisfação por poder participar da próxima Liga dos Campeões – o time do técnico Pep Guardiola segue vivo na atual temporada, e enfrenta o Real Madrid nas oitavas de final.
“O Manchester City deseja expressar a sua satisfação com a resolução que valida a posição do clube e as evidências apresentadas. O clube deseja agradecer ao CAS e aos membros do painel de árbitros por sua diligência neste procedimento”, diz trecho da nota oficial.
Após audiências entre as partes e análise de documentos, um colegiado do CAS, formado pelos juizes Rui Botica Santos, de Portugal, Ulrich Haas, da Alemanha, e Andrew McDougall, da França, considerou que a maioria das supostas violações relatadas estavam prescritas ou não tinham comprovação suficientes.
Em uma decisão controversa, o CAS, o supremo tribunal internacional do esporte, sediado na Suíça, considerou que o fato de o Manchester City não ter cooperado com as investigações da Câmara de Decisões do Organismo de Controle Financeiro (CFCB) da Uefa não merecia pena tão rigorosa.
O que é fair play financeiro e do que o City foi acusado
Algumas equipes, sobretudo aquelas que possuem donos bilionários, são acusadas de realizarem “pedaladas” em seus balanços de modo a ludibriar a Uefa – além do City, o Paris Saint-Germain, gerido pelo governo do Catar e que pagou 222 milhões de euros por Neymar em 2017, é constantemente investigado.
De acordo com a Uefa, o fair play financeiro (FFP, na sigla em inglês) “visa melhorar a saúde financeira global do futebol europeu de clubes”. Foi aprovado em 2010 e entrou em funcionamento no ano seguinte. Desde então, os clubes que se qualificam para as competições da Uefa têm de provar que não tem dívidas em atraso em relação a outros clubes, jogadores, segurança social e autoridades fiscais. Em suma: têm de provar que pagam suas contas.
A partir de 2013 os clubes passaram a ter de respeitar uma gestão equilibrada em “break-even”, que por princípio significa que não gastam mais do que ganham, restringindo a acumulação de dívidas. Para avaliar estas questões, o Comitê de Controle Financeiro dos Clubes da UEFA (CFCB) analisa as contas consolidadas dos clubes participantes das competições europeias.
A princípio, a Uefa permitiu que os clubes tivessem, no máximo, 5 milhões de euros de déficit a cada três temporadas. Em 2015, a entidade ampliou o limite para 30 milhões de euros, que poderiam ser pagos com fundos particulares do proprietário do clube. Os dirigentes europeus abriram ainda mais uma brecha: caso comprovem a existência de um plano de negócios plausível para sanar suas dívidas, os clubes podem romper o limite de 30 milhões – uma medida mais voltada a clubes pequenos.
Outra norma, justamente a que complicou o Manchester City, diz respeito à participação de empresas ligadas aos donos de um clube, cujo aporte não pode representar mais de 30% das receitas totais. E-mails e documentos vazados indicaram que foi o próprio dono do clube, o xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, da família que governa os Emirados Árabes Unidos, que financiou a maior parcela do montante recebido pelo clube inglês em troca de um pedaço de seu uniforme.
Um dos e-mails sugere que a empresa aérea Etihad, que estampa sua marca na camisa do City, foi responsável por apenas 8 milhões dos 67,5 milhões de libras a título de patrocínio para o clube. O restante teria sido financiado pela empresa de Mansour, o Abu Dhabi United Group, o que é ilegal de acordo com as normas da Uefa.
Já o PSG, de propriedade do Qatar Sports Investments, grupo com ligação direta com a família real do Catar, é constantemente acusado de manobrar nas contas para não levantar suspeitas. Em 2017, o clube fechou a contratação mais cara da história do futebol (222 milhões de euros para tirar Neymar do Barcelona) de forma criativa. O governo do Catar contratou o astro brasileiro para ser embaixador da Copa do Mundo de 2022. O pagamento foi suficiente para que Neymar pagasse, “do próprio bolso”, a multa rescisória com o clube catalão, livrando o PSG de ter que responder pelos gastos.
No mesmo ano, o PSG voltou a “pedalar” para contar com o atacante francês Kylian Mbappé. Ele chegou por empréstimo junto ao Monaco, mas com uma cláusula que obrigava o time de Paris a comprá-lo na temporada seguinte por 180 milhões de euros. Na última quinta-feira 13, O PSG ultrapassou justamente Manchester City como o clube de maior poder financeiro do mundo, de acordo com um relatório anual da organização Soccerex.
Possíveis punições
O regulamento da Uefa prevê que os clubes que descumprirem as leis do Comitê de Controle Financeiro dos Clubes podem sofrer diversas sanções disciplinares, dependendo da gravidade dos casos. Antes da decisão do CAS, o City havia sido punido com a segunda sanção mais rígida (abaixo apenas da retirada de um título). As punições possíveis são:
a) Advertência
b) Repreensão
c) Multa
d) Dedução de pontos
e) Retenção das receitas de uma competição da Uefa
f) Proibição de inscrição de novos jogadores nas competições da Uefa
g) Restrição ao número de jogadores que um clube pode inscrever para a participação em competições da UEFA, incluindo um limite financeiro sobre o custo total das despesas com salários dos jogadores inscritos na lista principal (A) para a participação nas competições europeias
h) Desqualificação das competições a decorrer e/ou exclusão de futuras competições
i) Retirada de um título ou prêmio
*Por: VEJA.com
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