EUA - Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira (6) que pediram que o México revise possíveis violações dos direitos trabalhistas em uma fábrica de autopeças no estado fronteiriço de Coahuila, na quarta demanda do tipo sob o tratado de livre comércio da América do Norte, o T-MEC.
O governo de Joe Biden informou que o secretário americano do Trabalho, Marty Walsh, e a representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, pediram ao México para ver se os trabalhadores da fábrica de Teksid Hierro, localizada em Ciudad Frontera, a 260 km de Laredo, Texas, estão tendo negados os direitos de livre associação e negociação coletiva.
Esta solicitação é a quarta em virtude do Mecanismo Trabalhista de Resposta Rápida do Tratado México-Estados Unidos-Canadá (T-MEC), o acordo que substituiu em 1º de julho de 2020 o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), vigente há quase 25 anos.
"Esperamos colaborar com o governo do México para garantir que os trabalhadores possam escolher seus representantes sindicais livremente e sem interferências", destacou Walsh em um comunicado.
O capítulo trabalhista do T-MEC obriga os três países a garantir negociações coletivas autênticas, democracia sindical e liberdade de associação aos funcionários de empresas que negociam na região.
"Continuamos usando o Mecanismo Trabalhista de Resposta Rápida do T-MEC para defender os direitos dos trabalhadores", disse Tai.
Tai ordenou, ainda, que o Tesouro suspenda a liquidação de todas as entradas de bens não liquidados da fábrica de Teksid Hierro.
A secretaria de Economia do México informou ter recebido o pedido de Washington e destacou que "conta com dez dias para notificar se realizará ou não a revisão da solicitação", segundo um comunicado.
Segundo o estipulado por el T-MEC, o México tem 10 dias para aceitar uma revisão para determinar se ocorreu infração e, se ocorreu, 45 dias a partir desta segunda para remediá-la.
MÉXICO - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, espera que a Cúpula das Américas estabeleça novas bases com a América Latina e o Caribe, mas começa na segunda-feira sobre areia movediça devido às ameaças de boicote de países como o México, em meio à crise migratória.
Faltando apenas dois dias para sua abertura em Los Angeles, cidade que abriga a maior comunidade hispânica dos Estados Unidos, o anfitrião ainda não revelou a lista de governantes convidados, que se tornou a lista de divergências.
Sua insinuação há algumas semanas de que não convidaria Cuba ou os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega, abriu a caixa de Pandora.
México, Bolívia, Guatemala, Honduras e o bloco caribenho de 14 nações colocaram em dúvida sua participação se esses países forem excluídos, o que os Estados Unidos dizem violar a Carta Democrática Interamericana.
Não seria a primeira vez que Cuba participaria de uma dessas cúpulas, já que o fez nas duas últimas edições.
- "O drama" -
Biden está preocupado particularmente com a ausência do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador nesta nona reunião dos países da região.
"Nossa relação com o México é e continuará sendo positiva" e o presidente "quer pessoalmente" que López Obrador compareça, disse esta semana Juan González, principal conselheiro da Casa Branca para as Américas.
Devido ao problema migratório, os Estados Unidos precisam de López Obrador e ele "vê que a posição de desafiar Biden o faz aparecer como um líder latino-americano", comentou à AFP Michael Shifter, professor da Universidade de Georgetown.
"Todo o drama sobre quem vai participar e quem não vai e por quais razões mostra que há uma grande desconexão" e que os Estados Unidos "perdem influência especialmente na América do Sul, mas também no México".
O presidente do Chile, Gabriel Boric, e o da Argentina, Alberto Fernández, se uniram ao chamado para estender os convites a todos, mas estarão presentes na reunião.
- Caravana de migrantes -
Na segunda-feira, no sul do México, uma caravana de 11.000 migrantes venezuelanos planeja seguir em direção aos Estados Unidos.
E a migração pode afetar Biden nas eleições de meio de mandato em novembro, nas quais ele pode perder o controle do Congresso.
Washington espera chegar a um acordo sobre uma Declaração Migratória, para integrar os migrantes nos países de acolhimento e gerir melhor a crise.
O desenvolvimento econômico é outra preocupação geral, mas exige o desembolso de recursos e resta saber o que os Estados Unidos podem propor.
"Não vejo o governo aparecendo com fortes compromissos financeiros", mas sim "competindo em igualdade de condições com pelo menos um certo número de parceiros" como Costa Rica, Panamá, República Dominicana, Canadá, Chile, Uruguai e Colômbia, aponta Manuel Orozco, diretor do Programa de Migração, Remessas e Desenvolvimento do Diálogo Interamericano, em uma reunião virtual com a imprensa.
Benjamin Gedan, do Programa Latino-americano do centro de estudos Woodrow Wilson, estima que "o barômetro real para esta cúpula será se os Estados Unidos oferecem acesso significativo a novos mercados, empréstimos e assistência externa para apoiar a recuperação".
No nível diplomático, a cúpula, que terminará em 10 de junho com a guerra na Ucrânia como pano de fundo, permitirá que Biden se encontre com alguns presidentes.
Entre eles o brasileiro Jair Bolsonaro, aliado do ex-presidente Donald Trump e com quem o atual inquilino da Casa Branca não se encontra há quase um ano e meio.
Os dois discutirão questões bilaterais e globais, insegurança alimentar, resposta econômica à pandemia, saúde e aquecimento global, já que "todas as prioridades da cúpula são áreas nas quais o Brasil desempenha um papel incrivelmente importante", listou Juan Gonzalez.
O sucesso da cúpula, para Rebecca Bill Chavez, presidente do Diálogo Interamericano, dependerá se servirá "como uma plataforma de lançamento para um compromisso regional e focar em questões que encontrem eco".
Ministra da Economia do México chama o crédito fiscal proposto por Biden de discriminatório
MÉXICO - Os incentivos fiscais mais generosos para carros elétricos propostos pela administração Biden têm marcado presença no noticiário. Basicamente, a ideia é fornecer um subsídio adicional de US$ 4.500 para carros elétricos dos EUA desde que sejam produzidos por montadoras filiadas à United Auto Workers.
Com base nas informações disponíveis até agora, se a proposta for aprovada, apenas o Chevrolet Bolt EV e o Bolt EUV serão elegíveis para o crédito, ao menos inicialmente. Infelizmente, nem mesmo o próprio Bolt está em produção atualmente ou disponível para vendas por conta dos problemas da GM com as baterias fornecidas pela LG.
O Canadá já apontou que o crédito tributário potencial pode violar acordos comerciais. Agora, o México está seguindo o exemplo do vizinho do norte em um esforço para encorajar o governo dos EUA a reconsiderar a ideia. A ministra da Economia do México, Tatiana Clouthier, chamou o crédito proposto de "discriminatório", e, segundo a Reuters, o país já está analisando várias ações legais que podem ser tomadas daqui por diante. Clouthier compartilhou em uma recente coletiva de imprensa:
"No passado, impusemos tarifas e teríamos que fazer ou propor algo muito importante e estratégico para esses produtos, naqueles lugares onde isso os afeta... para que as consequências possam ser sentidas."
A ministra prosseguiu dizendo que a imposição de tarifas não era provavelmente o melhor plano, embora o México esteja disposto a fazer o que for necessário para proteger a indústria automotiva no país.
O popular Ford Mustang Mach-E é um veículo elétrico elegível para o crédito fiscal, mas como ele é produzido no México, só pode se qualificar para um crédito de US$ 7.500 ou US $ 8.000. Se fosse fabricado nos EUA, como o Chevrolet Bolt, receberia US$ 12.500 de incentivos. Isso se a proposta do Biden realmente for aprovada com o texto atual.
Há uma chance do novo crédito não se aprovado. Há, sem dúvida, uma chance ainda melhor de que ele eventualmente passe, embora apenas com modificações no texto para apaziguar os demais fabricantes que não estão sendo comtemplados.
O crédito proposto é apoiado pelo presidente Joe Biden e pela United Auto Workers (UAW). No entanto, é rejeitado por fabricantes como BMW, Daimler, Honda, Hyundai, Tesla e Toyota.
CIDADE DO MÉXICO - O México anunciou na sexta-feira (26) que voltará a solicitar visto aos brasileiros que desejam entrar em seu território a partir de meados de dezembro, dado o aumento de pessoas que usam o país para entrar nos Estados Unidos ilegalmente.
Em outubro, a Secretaria de Governo (Segob) anunciou que pretendia impor visto aos brasileiros, suspendendo um acordo do ano 2000 --que entrou em vigor em fevereiro de 2004-- pelo qual México e Brasil eliminaram a exigência entre os dois países.
“Foi identificado um aumento substancial de brasileiros que entram em território nacional sob amparo do Acordo de Supressão de Vistos, com finalidade distinta daquela permitida pela condição de permanência de visitante”, afirmou a Segob em publicação nesta sexta-feira no Diário Oficial.
A medida entrará em vigor 15 dias após sua publicação.
Os brasileiros que chegarem ao México de avião devem portar um visto eletrônico. Quem chegar por via terrestre ou marítima deve obter um visto regular.
Em outubro, a Reuters informou que os Estados Unidos estavam intercedendo para que o México impusesse visto aos brasileiros.
A cada ano, dezenas de milhares de imigrantes fogem de seus países para os Estados Unidos na esperança de abraçar o "sonho americano". Nos últimos meses, milhares de haitianos se dirigiram à fronteira norte do México. Muitos deles não vão diretamente do Haiti, mas do Brasil ou do Chile.
MÉXICO - O Senado do México aprovou por unanimidade um projeto de lei federal que proíbe os testes em animais para cosméticos. A decisão torna o México o primeiro país da América do Norte e o 41º país do mundo a adotar essa medida, segundo o portal Tree Hugger e a Humane Society International.
De acordo com a nova lei, pesquisas cosméticas não podem realizar testes em animais que incluam ingredientes cosméticos individuais ou produtos já prontos. A nova lei também proíbe a fabricação, comercialização e importação de cosméticos, quer sua formulação final ou alguns de seus ingredientes individuais tenham sido testados em animais em outras partes do mundo.
Dos 103 senadores que participaram da votação, todos votaram a favor do projeto. A Humane Society International do México defendeu o projeto, junto com uma organização não governamental chamada Te Protejo, que promove o uso de cosméticos cruelty-free.
Os grupos acreditam que o interesse na legislação foi influenciado positivamente pelo filme de animação da Humane Society International Save Ralph, que teve mais 150 milhões de visualizações no YouTube e mais de 730 milhões de tags no TikTok. Isso estimulou mais de 1,3 milhão de pessoas a assinar uma petição pela legislação no México. Assista ao filme (em inglês):
O patrocinador do projeto, o senador Ricardo Monreal, classificou a decisão como "histórica" ??ao fazer o anúncio.
Finalmente, vamos salvar Ralph e todos os animais, porque hoje estamos aprovando uma reforma histórica: a proibição de usá-los como experimentos para produtos de beleza. Beleza não pode ser crueldade, e é por isso que nós, senadores, salvamos os animais e emitimos leis que proíbem firmemente o uso de animais para experimentos de beleza, cosmetologia ou de qualquer tipo. Arriba los animales!
Os animais são usados ??de várias maneiras na indústria de testes de cosméticos para testar a segurança dos ingredientes.
Às vezes, ingredientes individuais ou produtos acabados são testados em animais como coelhos, camundongos, porquinhos-da-índia e ratos. Eles podem ser pingados nos olhos, esfregados na pele ou dados aos animais para ver se há algum efeito negativo.
A legislação antiteste no México foi apoiada por empresas do setor de beleza, incluindo Avon, LOréal, Lush, P&G e Unilever. Muitos estão trabalhando em conjunto com a HSI por meio da Avaliação de Segurança Livre de Animais (AFSA), uma colaboração de líderes corporativos e sem fins lucrativos que estão desenvolvendo métodos alternativos e seguros para testes em animais.
Além do México, o uso de animais para testes em cosméticos foi proibido em 40 países, além de dez estados no Brasil e sete nos EUA, de acordo com a HSI. Mais três estados nos EUA (Nova Jersey, Nova York e Rhode Island) estão considerando uma legislação e projetos de lei federais estão aguardando a reintrodução nos EUA e no Canadá.
*Por: Equipe eCycle
MÉXICO - A Suprema Corte do México decidiu por unanimidade, nea terça-feira (7), que punir o aborto é inconstitucional, uma vitória para defensores de direitos das mulheres e direitos humanos, no momento em que os Estados Unidos (EUA) acabam de aprovar leis mais duras contra a prática.
A decisão no país, de maioria católica, vem na esteira de medidas para descriminalizar o aborto em nível estadual, embora a maior parte do país ainda tenha leis duras em vigor contra mulheres que interrompem a gravidez.
"Este um passo histórico para os direitos das mulheres", disse o ministro da Suprema Corte Luis Maria Aguilar.
Uma série de estados norte-americanos aprovaram medidas recentemente para restringir o acesso ao aborto. Na semana passada, o Texas aprovou a lei antiaborto mais dura do país, depois que a Suprema Corte dos EUA se recusou a intervir.
A decisão mexicana abre as portas para a possibilidade de libertação de mulheres encarceradas por terem realizado abortos. Também pode levar mulheres de estados norte-americanos como o Texas a decidirem viajar para o sul da fronteira para realizar a prática.
*Por Lizbeth Diaz - Repórter da Reuters
MÉXICO - Os campeões mundiais Gabriel Medina e Ítalo Ferreira levaram a pior nos duelos 100% brasileiros de quinta-feira (12), contra Deivid Silva e Mateus Herdy, respectivamente, pelas quartas de final do Open Mexico (Aberto do México), sétima etapa do Circuito Mundial de surfe. As baterias são realizadas na praia de Barra de La Cruz, em Oaxaca.
Apesar das derrotas, Medina e Ítalo estão garantidos no WSL Finals, que reunirá os cinco melhores surfistas dos circuitos masculino e feminino para definir os campeões mundiais de 2021. A competição será entre os dias 9 e 17 de setembro, na praia de Trestles, na Califórnia (Estados Unidos). Além deles, o também brasileiro Filipe Toledo, o norte-americano Conner Coffin e o australiano Morgan Cibilic estão classificados para o Finals.
Congratulations to the first-ever WSL Final 5. @gabriel1medina @italoferreira @toledo_filipe @crcoffin Morgan Cibilic.
— World Surf League (@wsl) August 13, 2021
We can’t wait to watch you compete for the World Title at Lower Trestles in September. #ripcurlwslfinals pic.twitter.com/VFPPkbZDBZ
Nas semifinais, Deivid terá pela frente o italiano Leonardo Fioravanti, enquanto Herdy enfrenta o australiano Jack Robinson. A previsão da Liga Mundial de Surfe (WSL, sigla em inglês) é que as baterias comecem às 9h15 (horário de Brasília) desta sexta-feira (13).
No confronto entre Medina e Deivid, o bicampeão mundial esteve à frente na maior parte do tempo, mas foi surpreendido nas últimas ondas da bateria, quando o compatriota, também paulista, obteve um 8,67, seguido por um 6,67. No fim, vitória de Deivid por 15,34 a 13,14.
O duelo entre Ítalo e Herdy foi o último das quartas de final. O potiguar, atual campeão mundial e olímpico, conseguiu uma nota 6,60 e um 8,83 logo na sequência. Nos minutos finais, o catarinense, que precisava de uma nota acima de 8,17 para tomar a liderança, foi além: obteve um 9,27 e deixou o medalhista de ouro da Olimpíada de Tóquio (Japão) para trás. Triunfo de Herdy por 16,54 a 15,43.
Tati perde, mas vai ao Finals
Na disputa feminina do Aberto mexicano, Tatiana Weston-Webb foi superada pela australiana Stephanie Gilmore nas quartas de final. A brasileira demorou a pontuar e não conseguiu ameaçar a rival, que marcou um 8,33 logo na segunda onda, vencendo a bateria por 15,50 a 7,33 no somatório. Tati, porém, está classificada para o WSL Finais, ao lado da havaiana Carissa Moore, da francesa Johanne Defay, da australiana Sally Fitzgibbons e da própria Gilmore.
Congratulations to the first-ever WSL Final 5. @rissmoore10 @Sally_Fitz @johannedefay @tatiwest @Steph_gilmore
— World Surf League (@wsl) August 12, 2021
We can’t wait to watch you compete for the World Title at Lower Trestles in September. #ripcurlwslfinals pic.twitter.com/jFPTEmH2j1
Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
MÉXICO - Mesmo antes do turismo da vacina, brasileiros embarcaram para o México ao longo de toda a pandemia. Com apelo no mercado nacional – Cancún frequenta as listas dos destinos preferidos para viagens ao exterior há anos –, o país foi um dos poucos que se mantiveram abertos para viajantes do Brasil.
Agora outros pontos da América Latina e do Caribe divulgam que – ao contrário do que ocorre em muitas partes do mundo – brasileiros são, sim, bem-vindos. O foco é atrair, além do turista convencional, quem pode trabalhar de maneira remota ou ficar no país para a quarentena antes de ir aos Estados Unidos.
Panamá, Aruba, Belize, Curaçao, Anguilla, Bahamas… A lista só aumenta. “Nas últimas três ou quatro semanas, a maioria das viagens na região era para o México. Agora, com a retomada de voos e abertura de fronteiras, Aruba e Curaçao voltaram a ter demanda”, afirma Bruno Delfini, gerente de Produtos e Operações Internacionais da BWT Operadora. “A gente até lançou pacote para Aruba a partir de US$ 1.099, com aéreo e sete noites de hotel com café e transfer.”
O destino investiu numa oferta de relançamento, com a Copa Airlines, para o mercado brasileiro. “A partir de US$ 450 ida e volta, mais taxas, será possível visitar Aruba, partindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Brasília. A compra tem de ser até 22 de junho, mas a viagem pode ser até 31 de outubro”, diz Carlos Barbosa, representante de Aruba no Brasil.
“É um destino de férias ou mesmo para home office, já que a ilha oferece boa estrutura para trabalho remoto. Mais de 90% do PIB é proveniente do turismo, por isso, o destino implementou rígidos protocolos nas atividades. Além disso, mais de 65% da população já está imunizada, o que traz ainda mais tranquilidade aos visitantes.”
Belize, na América Central, também reforça que é um destino seguro, “com uma média de apenas seis novos casos por dia, sendo que muitos dias sem registros de novos casos”, informa o Madre Travel, escritório oficial do Turismo de Belize na América Latina. “No ranking do CDC americano (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), ele está classificado com risco 1 de contaminação, o mais baixo.”
Bahamas e a pequena Anguilla, no Caribe, mantiveram sua promoção turística no Brasil na pandemia. “A ilha continuou em contato com agentes de viagem brasileiros, informando sobre o plano de contenção de Anguilla, que foi declarada covid-free pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2020”, diz a porta-voz do Conselho de Turismo do país, Danielle Roman, presidente e CEO da Interamerican Network. “Anguilla criou o conceito de bolha, tanto para visitantes de curta como de longa duração, para que eles pudessem entrar na ilha e desfrutar de suas belezas e praticidades em um ambiente limitado e controlado, para o cuidado com todos.”
Os destinos estão de olho nos viajantes brasileiros (alguns até já vacinados) e não se posicionam necessariamente como um lugar para quarentena de quem busca imunização nos Estados Unidos. Mas sabem que, pela posição geográfica, são uma opção. “A prioridade das Bahamas é a saúde e o bem-estar dos nossos cidadãos e visitantes. Estamos focados na vacinação dos residentes”, diz Giovanni Grant, gerente-geral de multidestinos do Ministério de Turismo e Aviação do país. “As Bahamas, pela proximidade e imensa disponibilidade de voos, especialmente para a Flórida, são um destino privilegiado pelos brasileiros a caminho aos Estados Unidos.”
Além do mar incrivelmente claro, os destinos têm boa infraestrutura hoteleira e de serviços. México e os países da América Central costumam ter outro ponto em comum: sítios arqueológicos, com destaque para Chichén Itzá. A antiga cidade maia, declarada patrimônio mundial pela Unesco, fica a cerca de duas horas e meia de Cancún. A região da América Central e do Caribe em geral é acessada a partir de voos do Brasil pela Copa Airlines. “A Latam está com voo direto São Paulo-Cancún agora na alta temporada. Vendeu super bem”, conta o gerente da BWT.
Aeromexico também é uma opção para a região como um todo, mas especialmente para os visitantes que queiram explorar a Cidade do México, com um stopover. “Tenho muito contato com a companhia mexicana e eles estão com voos diários e ótima ocupação. É um fenômeno por conta da facilidade. São poucos os países que fazem o que o México está oferecendo.” Para entrar lá, basta preencher uma ficha de saúde.
Dos 58 hotéis da AMResorts, 38 ficam no México; a rede está presente nas costas do Pacífico e do Caribe. Comparado a 2019, o grupo já registra um crescimento de cerca de 80% no total de hóspedes brasileiros. Em destinos como Tulum, por exemplo, o aumento chegou a 2.000%.
Leonel Reyes, diretor corporativo para a América Latina da rede RCD, confirma a preferência pelo México. “Reabrimos em julho de 2020 e o número de brasileiros em 2021 está crescendo de janeiro até hoje em 20% a cada mês.” O grupo tem o maior número de quartos nos principais destinos mexicanos: 1.262 na Riveira Maia, 601 em Cancún, 639 em Los Cabos e 362 em Puerto Vallarta.
No entanto, é bom estar atento às exigências para entrar em cada lugar e fazer as contas para ver quando vale ir para onde. O Panamá, por exemplo, exige um teste adicional na chegada – em conexões dentro do aeroporto, não é necessário esse exame tampouco a vacina de febre amarela, requisito para quem visita o país da América Central. Mesmo que o resultado seja positivo, o viajante tem de passar três dias de quarentena em hotel definido ou autorizado pelo governo.
Nas Bahamas, quem foi vacinado com Pfizer, Moderna, Janssen e AstraZeneca está isento de mostrar o PCR na entrada; Coronavac está fora da lista.
Para cativar o viajante brasileiro, o México foi além: a hotelaria da região de Cancún criou comodidades como o seguro covid (para casos de quarentena após contaminação) e teste feitos dentro dos hotéis. “Tem exame de antígeno em toda farmácia e tem laboratório dentro de hotel. Onde eu fiquei tinha um quarto que virou uma base para fazer exames. Eu sei que tem isso na rede Riu, na Palace Resorts, na Hard Rock e na Xcaret México. Os resorts praticamente todos têm.”
Os preços mais baixos para a região costumam ser em setembro ou outubro, ápice da temporada de furacões, que vai de agosto a novembro. É uma loteria: os destinos podem tanto ser atingidos quanto ter sol. Os pacotes para Cancún variam bem de uma época para outra. “Tem anos em que não tem nenhum furacão em Cancún”, diz Barbosa, da Flot.
Em julho, sete noites na BWT custam na faixa de US$ 1.800; na baixa, fica em torno de US$ 1.350. Na Flot, quatro noites saem desde US$ 906,55 em outubro – em julho, a partir de US$ 1.266,82. Todos são em all inclusive e aéreo.
Para quem não quer arriscar, o gerente da BWT recomenda Aruba e Curaçao. “Estão fora da rota de furacões, uma vantagem para esses destinos no segundo semestre.”
Exceto no México, exames costumam estar entre as exigências dos países para a entrada de visitantes. Consulte os sites oficiais para informações na época da viagem. Atualmente, pedem:
Anguilla: PCR-RT negativo (de 3 a 5 dias antes da chegada); US$ 300 de taxa (vacinados estão isentos e, após 1º/7, a cobrança será extinta). Site: ivisitanguilla.com
Aruba: Vacina de febre amarela; PCR negativo (feito de 72 a 12 horas antes); seguro-viagem; seguro de Aruba para cobrir custos ligados à covid-19 – US$ 30 para maiores de 15 anos, US$ 10 para o restante. Site: aruba.com
Bahamas: Vacina de febre amarela; visto online de saúde; PCR-RT (feito no máximo 5 dias antes); teste de antígeno se ficar mais de 4 noites. Site: bahamas.com
Belize: Vacina de febre amarela; certificado de vacinação, PCR negativo (até 96 horas antes) ou antígeno (até 48 horas); hotel aprovado pelo país. Site: travelbelize.org
Curaçau: PCR negativo (feito até 72 horas antes do voo); teste de antígeno no terceiro dia na ilha. Site: curacao.com
Panamá: Vacina de febre amarela; PCR ou antígeno (até 48 horas antes); teste molecular (US$ 85) na chegada. Site: visitpanama.com
*Por: Nathalia Molina / ESTADÃO
EUA - Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira (25) que rebaixaram a classificação de segurança aérea do México, proibindo assim as transportadoras mexicanas de oferecer novos serviços ou rotas em seu território.
A Administração Federal de Aviação (FAA) disse que a medida também impede as companhias aéreas dos EUA de comercializar e vender passagens com empresas parceiras mexicanas, embora não afete o serviço existente das companhias mexicanas nos Estados Unidos.
"A FAA aumentará seu escrutínio sobre os voos das companhias aéreas mexicanas para os Estados Unidos", afirmou a agência reguladora dos EUA em um comunicado, no qual indica que encontrou "várias áreas" deficientes em termos de segurança aérea.
Segundo sua avaliação, o governo mexicano não cumpre os padrões da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), entidade da ONU que regula a aeronáutica global. Consequentemente, a FAA decidiu que a classificação de segurança do México agora é "Categoria 2" em vez de "Categoria 1".
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, havia dito na segunda-feira que os EUA não deveriam adotar essa medida, já que seu país está "cumprindo todas as normas" e "requisitos".
"No entanto, há interesses, porque quem se beneficia quando há uma medida dessa são as companhias aéreas dos Estados Unidos", alegou López Obrador em sua coletiva diária.
O presidente mexicano descartou que a decisão possa afetar gravemente as empresas mexicanas, pois, segundo ele, elas estão mais voltadas ao transporte interno e há um aumento no número de voos após a redução causada pela pandemia.
A Aeromexico, maior empresa de aviação do país latino-americano, afirmou em nota que suas operações não seriam afetadas e expressou sua disposição de apoiar as autoridades mexicanas na recuperação do status anterior.
Por sua vez, a Volaris, uma companhia aérea mexicana de baixo custo, destacou os "enormes avanços registados nos últimos meses a partir das observações da autoridade norte-americana" e disse que se abre uma "oportunidade de construir uma melhor aviação no país".
Enquanto isso, a Associação Sindical de Pilotos Aviadores do México garantiu que seus 1.900 membros ativos atendem aos "mais altos padrões de segurança".
O rebaixamento significa que as leis ou regulamentações mexicanas não garantem "padrões nacionais mínimos de segurança internacional" e que "a autoridade de aviação civil carece de uma ou mais áreas, como experiência técnica, pessoal capacitado, manutenção de registros, procedimentos de inspeção ou resolução de problemas de segurança", explicou a FAA.
A agência reguladora dos EUA, que realizou a avaliação entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, disse estar pronta para ajudar sua contraparte mexicana, a Agência Federal de Aviação Civil (AFAC), a melhorar seu sistema de supervisão, para que o país retorne à "Categoria 1".
*Por: AFP
MÉXICO - Pelo menos 20 pessoas morreram e 49 ficaram feridas após o desabamento das estruturas da Linha 12 do metrô da Cidade do México, segundo informe preliminar da Secretária de Gestão Integral de Riscos e Proteção Civil da Cidade do México, em sua conta nas redes socias. O acidente ocorreu por volta das 22h30 do horário local (0h30 de Brasília), de segunda-feira (3).
“Até o momento, em números preliminares, infelizmente são 13 pessoas mortas e cerca de 70 feridas que estão sendo transferidos para os hospitais da região”, informou a Secretaria na sua conta do Twitter. O número de vítimas foi aumentando com o passar do tempo, quando pessoas foram encontradas entre os escombros.
#MisiónECO|?#Tlahuac, #CDMX
— Protección Civil México (@CNPC_MX) May 4, 2021
Personal de la @CNPC_MX se encuentra en sitio para coordinar acciones con @SGIRPC_CDMX y @GobCDMX tras el accidente ocurrido en la estación #Olivos de la #L12 del @MetroCDMX.
?No te acerques a la zona, cuerpos de emergencia trabajan en el lugar. pic.twitter.com/5y5uNYNiXr
Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver que parte da estrutura do metrô cedeu, entre as estações Los Olios e Tezonco, atingindo vários veículos que passavam por baixo da linha elevada. O governo da Cidade do México informou que mobilizou esforços para tratar os feridos de forma emergencial no mesmo local do acidente.
TRAGÉDIA!
— Nathália Urban (@UrbanNathalia) May 4, 2021
Cidade do México: Uma ponte desabou e um trem do metrô caiu próximo da estação de Olivos.
pic.twitter.com/Du3tuQRgLB
Risco de desabamento
Durante a madrugada, os serviços de resgate tiveam que ser interrompidos por conta da instabilidade dos vagões, que caíram de uma altura de quase 5 metros. "Por enquanto, interrompemos o resgate porque o metrô está muito instável. Uma grua vai chegar para ajudar", explicou a prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum.
A linha 12, que vai de Mixcoac a Tláhuac, foi construída entre 2008 e 2012, em consócio entre as empresas lCA, Carso, Alstom, e é utilizada diariamente por 450 mil pessoas.
*Do R7, com informações de Reuters e EFE
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