REINO UNIDO - Até 90% dos postos de combustível do Reino Unido ficaram secos nesta última segunda-feira (27), depois que episódios de compra impulsiva aprofundaram uma crise na cadeia de abastecimento, provocada em parte por falta de transportadores. A situação, segundo varejistas, pode abalar a quinta maior economia do mundo.
Uma escassez enorme de motoristas de caminhão, que ocorreu depois da pandemia de covid-19, semeia o caos nas cadeias de suprimento britânicas, de alimentos a combustíveis, elevando a ameaça de transtornos e aumentos de preço no período pré-natalino.
REINO UNIDO - O Reino Unido vai conceder até 10.500 vistos de trabalho provisórios para mitigar a escassez de mão-de-obra, uma guinada inesperada no tema migratório após o Brexit, decidida no sábado (25) pelo governo.
As permissões serão de três meses, de outubro a dezembro, e deveriam mitigar a enorme falta de pessoal de transporte e trabalhadores em setores-chave da economia britânica, como a criação de aves de granja.
Nos últimos dias e apesar das tentativas do governo de tranquilizar a população, uma multidão de britânicos lotou os postos de gasolina depois que muitos produtos esgotaram em lojas e supermercados.
A decisão de conceder os vistos vai de encontro à diretriz defendida pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, cujo governo não deixa de insistir em queno Reino Unido não deveria depender de mão-de-obra estrangeira.
Durante meses, o Executivo vem tentando evitar recorrer aos trabalhadores de fora, apesar das advertências de vários setores econômicos e de uma falta estimada em 100.000 caminhoneiros.
Além dos vistos de trabalho, serão adotadas outras medidas excepcionais para garantir o abastecimento antes das festas de fim de ano, explicou o secretário dos Transportes, Grant Shapps.
REINO UNIDO - O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido registrou forte avanço no segundo trimestre, a 4,8%, graças à reabertura da economia após o confinamento no início do ano - anunciou o Escritório Nacional de Estatística (ONS, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (12).
O PIB está se recuperando após cair 1,6% no primeiro trimestre. Ainda não voltou ao seu nível de antes da pandemia da covid-19, já que é 4,4% inferior em relação ao final de 2019.
No segundo trimestre, a atividade melhorou, com o levantamento progressivo das restrições sanitárias, especialmente após a reabertura de bares e restaurantes.
O PIB se manteve, sobretudo, pelo gasto das famílias (+ 7,3%), enquanto o investimento caiu ligeiramente (-0,5%).
Além disso, o crescimento se acelerou em junho, a 1%, mais do que em maio (+ 0,6%), porém menos do que em abril (+ 2,2%), primeiro mês após o confinamento do início do ano.
Em junho, "a economia britânica continuou se recuperando fortemente, e o setor de hotelaria e restauração se beneficiou do primeiro mês completo em que foi possível comer em ambientes fechados", afirmou Jonathan Athow, do ONS.
O Governo celebrou o avanço econômico.
"Nossa economia está melhorando e mostra fortes sinais de recuperação, graças ao nosso plano de emprego e ao sucesso do nosso programa de vacinação", reagiu o ministro das Finanças, Rishi Sunak.
Segundo o ministro, o Reino Unido apresenta a taxa de crescimento mais rápida do G7. Ele adverte, no entanto, que "ainda há desafios a serem superados".
O Reino Unido tem sido um dos países desenvolvidos mais afetados pela crise sanitária. Em 2020, registrou uma queda de cerca de 10% no PIB, a pior em 300 anos, e acumula mais de 130.000 mortos por coronavírus.
*Por: AFP
BRUXELAS - A União Europeia exortou Londres na terça-feira a considerar um acordo veterinário ao estilo suíço com Bruxelas sobre alimentos agroalimentares para encerrar uma disputa pós-Brexit na 'guerra da linguiça' sobre certos bens que se deslocam entre o Reino Unido e sua província Irlanda do Norte.
A tensão aumentou em relação aos acordos comerciais para a Irlanda do Norte, especialmente carne resfriada, porque a fronteira aberta da província com a Irlanda, membro da UE, agora faz parte da fronteira da Grã-Bretanha com o mercado único da UE.
O comissário europeu Maros Sefcovic, principal interlocutor do executivo da UE com a Grã-Bretanha desde que completou sua saída do bloco no ano passado, disse que o maior desafio para Bruxelas é como reconstruir a confiança e realinhar seu relacionamento com Londres.
"Para construir a confiança mútua, é necessário primeiro trabalhar em conjunto e evitar surpresas", disse ele, referindo-se à extensão unilateral dos períodos de carência da Grã-Bretanha para algumas importações de alimentos para sua província da Irlanda do Norte.
"Em resposta, fomos forçados a iniciar um procedimento de infração (ação legal) e, sem medidas satisfatórias por parte do Reino Unido para remediar essas medidas, não teremos escolha a não ser acelerar esses procedimentos legais", disse ele em uma conferência.
A UE teme que as mercadorias possam fluir sem controle da Irlanda do Norte para o mercado único do bloco.
Londres diz que uma parte importante do Brexit não está vinculada às regras da UE e pediu à UE que mostre mais flexibilidade na busca de soluções para o impasse.
A Grã-Bretanha também acusou a UE de uma interpretação excessivamente legalista do protocolo da Irlanda do Norte, um acordo que rege os acordos comerciais após o Brexit.
Sefcovic disse que medidas legais sobre o protocolo não são a opção preferida da UE e que um acordo na semana passada para uma extensão de três meses para a livre circulação de carnes refrigeradas na província sinalizou sua disposição em encontrar soluções pragmáticas. consulte Mais informação
Ele disse que uma solução de longo prazo para evitar verificações sanitárias e fitossanitárias (SPS) para produtos agroalimentares, que vão desde animais vivos a carne fresca e produtos vegetais, poderia ser na linha de um acordo que a UE tem com a Suíça.
Esse pacto remove quase todas as verificações físicas do SPS, embora não as verificações documentais, e consegue isso por meio de um mecanismo regulatório dinâmico que cria uma Área Veterinária Comum.
"Isso poderia ser negociado muito rapidamente e resolveria muitas preocupações", disse Sefcovic. "O Reino Unido continuar a aplicar as regras SPS da UE eliminará a vasta maioria dos controles no Mar da Irlanda e não exigirá verificações em outros lugares, digamos, na Irlanda do Norte."
Ele disse estar ciente das preocupações do governo britânico sobre tal solução, mas acrescentou que é importante "não se envolver muito" com as preocupações sobre o alinhamento de regras e regulamentos entre a Grã-Bretanha e a UE.
*Por: John Chalmers / REUTERS
Reportagem adicional de Gabriela Baczynska
REINO UNIDO - Mais de um milhão de doses de vacinas da Pfizer, mantidas em Israel e cuja validade termina no final de julho, podem ser desperdiçadas por falha nas tentativas de negociar um acordo de troca com o Reino Unido, segundo o ‘The Guardian’.
Segundo o jornal, inicialmente Israel iria oferecer estas vacinas ao Reino Unido em troca de um número semelhante de injeções que o país devia receber da Pfizer, em setembro. No entanto, autoridades israelitas adiantaram que o negócio foi prejudicado por “problemas técnicos”.
O Canal 12 de Israel informou que a Pfizer rejeitou um pedido do país para estender a data de validade das vacinas. A empresa disse que não poderia garantir que as doses estariam seguras depois de 30 de julho, o que coloca em causa a viabilidade das mesmas.
Além disso, um plano para transferir cerca de um milhão de doses da Pfizer para a Cisjordânia também foi cancelado no mês passado, depois de líderes palestinianos terem dito que não poderiam aceitar vacinas perto do seu prazo de validade.
Isto significa que essas doses podem ser jogadas fora pelo governo de Israel, que com o fim do prazo de validade à vista, não deverá ter outra opção. Ainda assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou os países a não jogar fora nenhuma dose de Covid-19 fora do prazo, enquanto se faz uma pesquisa adicional para saber se podem ser viáveis durante mais tempo.
Adam Finn, professor de pediatria da Universidade de Bristol e membro do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido, disse esperar que uma solução seja encontrada em breve.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
EUA - O Reino Unido alcançou um acordo com os Estados Unidos para acabar com uma disputa comercial sobre os subsídios aos fabricantes de aviões Airbus e Boeing, informou nesta quinta-feira o ministério britânico do Comércio Internacional.
O acordo, anunciado dois dias após outro similar entre Estados Unidos e União Europeia, prevê uma suspensão durante cinco anos das tarifas punitivas, que no Reino Unido afetavam principalmente o uísque escocês, explicou o ministério em um comunicado.
O Reino Unido resolveu o conflito comercial, que durava 17 anos, após uma reunião na capital britânica entre a ministra do Comércio Internacional, Lizz Truss, e a Representante Comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai.
Londres e Washington já haviam assinado uma trégua no início do ano, estabelecendo um período para elaborar um acordo de longo prazo.
As tarifas americanas, aplicadas em outubro de de 2019, prejudicaram especialmente a indústria do uísque escocês, que calcula ter perdido centenas de milhões de libras em vendas.
"Tomamos a decisão de desescalar a disputa no início do nao, quando nos tornamos uma nação soberana na área do comércio, o que foi crucial para romper a estagnação e trazer os Estados Unidos à mesa", afirmou Truss em um comunicado.
O Reino Unido espera que a resolução da disputa facilite as negociações sobre um acordo comercial pós-Brexit com os Estados Unidos, que registra poucos avanços até o momento.
Após a saída britânica do mercado único europeu, efetiva desde 1º de janeiro, o Reino Unido passou a negociar de maneira solitária uma solução para o conflito comercial com os Estados Unidos, de forma paralela à UE.
O bloco europeu anunciou na terça-feira uma suspensão das tarifas punitivas durante cinco anos.
Washington e Bruxelas se enfrentam desde 2004 na Organização Mundial do Comércio (OMC) pelas ajudas estatais ilegais a seus fabricantes de aviões.
Durante a administração de Donald Trump, Washington foi autorizado pela OMC em outubro de 2019 a impor tarifas de quase 7,5 bilhões de dólares a bens e serviços europeus importados a cada ano, de 25% para os vinhos e licores, e 15% para os aviões Airbus.
*Por: AFP
LONDRES - A economia do Reino Unido cresceu mais do que o esperado em março conforme ganha velocidade para a retomada depois das perdas em 2020 devido ao coronavírus, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira (12).
A expansão de 2,1% ante fevereiro foi liderada pela reabertura de escolas que, junto com testes e a vacinação contra a Covid-19, elevou a atividade no setor público e entre varejistas conforme os consumidores gastam mais.
Analistas consultados pela Reuters esperavam crescimento mensal de 1,3% para a quinta maior economia do mundo.
Nos três primeiros meses de 2021, quando o país estava sob um terceiro lockdown, o Produto Interno Bruto encolheu 1,5%, disse a Agência Nacional de Estatísticas.
Embora o impacto tenha sido menos severo do que inicialmente se esperava, Samuel Tombs, economista da Pantheon Macroeconomics, disse que isso significa que o Reino Unido quase certamente permaneceu em último entre o Grupo dos Sete países ricos pelo quarto trimestre seguido.
Entretanto, o PIB britânico caminha para crescer 5% no período entre abril e junho.
*Por William Schomberg e Andy Bruce / REUTERS
INGLATERRA - O Parlamento Europeu realizará nesta semana várias votações-chave em seus comitês para ratificar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido, indicaram os eurodeputados.
O pacto comercial entre a UE e o Reino Unido começou a ser aplicado provisoriamente em 1º de janeiro, após nove meses de intensas negociações e um acordo de última hora em dezembro de 2020.
O Parlamento britânico ratificou o acordo, mas os eurodeputados têm até 30 de abril para aprová-lo ou rejeitá-lo, enquanto as tensões sobre as consequências do Brexit na ilha da Irlanda aumentam. Nos últimos dias, ocorreram combates intensos na Irlanda do Norte, uma província britânica.
Em uma reunião em Bruxelas na terça-feira, os líderes dos grupos políticos decidiram que as comissões encarregadas do Comércio Internacional e dos Negócios Estrangeiros votariam o acordo, provavelmente na quinta-feira, anunciaram funcionários do Parlamento Europeu.
No entanto, antes de organizar uma votação completa, os eurodeputados indicaram que precisavam de garantias de que o Reino Unido honrará os seus compromissos do acordo do Brexit.
Precisamos de "progresso na rota para uma implementação pragmática e completa do acordo de divórcio", tuitou o parlamentar luxemburguês Christophe Hansen.
Sem a ratificação até o final do mês, ou um acordo com o Reino Unido para estender ainda mais a aplicação provisória, o acordo comercial deixaria de ser válido.
Os deputados manifestaram a sua indignação com o fato do Reino Unido ter decidido adiar o estabelecimento de controles aos alimentos destinados à Irlanda do Norte até outubro e alegaram que isso representava uma modificação unilateral do acordo.
A UE lançou procedimentos legais contra o Reino Unido após essa decisão, embora autoridades de ambos os lados estejam tentando encontrar uma solução.
*Por: AFP
LONDRES - A economia do Reino Unido cresceu mais rápido do que o inicialmente calculado nos últimos três meses do ano passado, mas ainda encolheu no ritmo mais forte em mais de três séculos em 2020 diante da pandemia de coronavírus, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira.
Os dados também revelaram o maior acúmulo de poupança pelas famílias já registrado, o que o banco central britânico acredita que irá alimentar a recuperação quando os consumidores estiverem livres do lockdown.
O Produto Interno Bruto cresceu 1,3% entre outubro e dezembro sobre os três meses anteriores, disse a Agência Nacional de Estatísticas.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que a taxa de crescimento repetisse a estimativa preliminar de 1,0%.
Em 2020, o PIB caiu 9,8% em relação a 2019, contra estimativa inicial de queda de 9,9%.
A economia britânica sofreu no ano passado a maior queda entre todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, com exceção de Argentina e Espanha, mostraram dados da OCDE.
Ela ficou 7,3% menor do que antes da pandemia, em termos ajustados à inflação, segunda maior queda entre as oito grandes economistas listadas pela agência de estatísticas.
*Por William Schomberg e Andy Bruce / REUTERS
LONDRES - A Grã-Bretanha planeja tributar varejistas e empresas de tecnologia cujos lucros dispararam durante a pandemia de COVID-19, informou o Sunday Times, citando e-mails que vazaram.
O governo convocou empresas para discutir como funcionaria um imposto sobre vendas online, enquanto planos também estão sendo elaborados para um “imposto sobre lucros excessivos” único, relatou o jornal.
É improvável que o ministro das Finanças Rishi Sunak anuncie esses impostos no anúncio do orçamento programado para 3 de março, que se concentrará na extensão do programa de licença COVID-19 e no apoio às empresas, disse o relatório.
Em vez disso, é provável que apareçam na segunda metade do ano.
Sunak enfrenta pressão de alguns em seu Partido Conservador para mostrar que os gastos estão sob controle quando apresenta um novo orçamento, após o que deve ser o maior endividamento anual desde a Segunda Guerra Mundial.
Ele prometeu colocar as finanças públicas em bases sustentáveis assim que a economia começar a se recuperar. Os dados do mês passado mostraram que os empréstimos públicos desde o início do ano financeiro em abril atingiram o recorde de 271 bilhões de libras (US $ 370 bilhões).
O ministério das finanças não estava imediatamente disponível para comentar o relatório do Sunday Times.
*Reportagem de Andy Bruce / REUTERS
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