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EUA - Meteorologistas preveem um El Niño forte este ano, o que, combinado com a aceleração do aquecimento global, deve levar a um recorde de temperaturas máximas já registradas no planeta Terra. O fenômeno, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, impacta o clima mundial, podendo causar furacões no Atlântico e ciclones no Pacífico. Ele teve início no último dia 8 e deve ir até agosto.

Um alerta da Organização Meteorológica Mundial, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), chama atenção para uma pesquisa publicada na revista Science que mostra danos econômicos de US$ 84 trilhões neste século, o equivalente a R$ 413 trilhões, mesmo que as promessas de corte de emissões de gases do efeito estufa sejam cumpridas.

Esses prejuízos seriam oriundos da perda de safras motivada por secas extraordinárias e pela escalada de doenças tropicais, logo, a perspectiva ainda é pior pra países tropicais, como o Brasil.

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta segunda-feira, 12, o professor do Instituto de Economia da UFRJ Cadu Yang comentou os impactos esperados para o El Niño de 2023. Confira:

 

Como você avalia o estudo publicado na Science sobre os impactos econômicos do El Niño? Eles podem chegar a essa proporção, de fato?

Infelizmente, nós já estamos prevendo situações extremas para os próximos anos, em função da perspectiva de que, depois de anos de La Niña, que no caso brasileiro representaram chuva em abundância, nós vamos viver o fenômeno do El Niño, que esse caracteriza por um aquecimento de águas extraordinário no Pacífico. Isso traz consequências sobre o clima em toda América do Sul – aliás, em todo o planeta -, o que significa, no nosso caso, uma probabilidade maior de eventos extremos de seca nas partes mais continentais.

Nós teremos um agravamento dos períodos de estiagem, mas também uma maior instabilidade, ou seja, uma maior possibilidade de eventos como inundações e alagamentos e, associado a isso, deslizamentos de terra, entre outros problemas dessa natureza. Além disso, teremos uma alteração na propagação de vetores de doenças tropicais, o que também está associado essa alteração no que podemos chamar de “normalidade climática”.

 

O que esse valor, de mais de R$ 400 trilhões, representa para um País ou continente?

Eu trabalho bastante produzindo estatísticas como essa e quando a gente fala em um número dessa magnitude, estamos falando de uma ordem de grandeza. A leitura que se deve fazer é: preparem-se para grandes desastres, grandes eventos extremos que terão grandes consequências econômicas.

Nós temos hoje uma ocupação agrícola, em grande parte do território nacional, que depende muito de um regime adequado de chuvas. Por isso, uma alteração desse regime de chuvas trará consequências sobre essa produção. Mas é claro que, quando o evento ocorrer, a capacidade de adaptação ao evento é diferenciada e por isso eu acho que, mais importante do que o tamanho dessa magnitude, é a distribuição desse efeito, que tende a ser bastante assimétrica e concentrada nos indivíduos de maior fragilidade social.

Nós fizemos, há um tempo atrás, um estudo sobre o semiárido do nordestino em que pegamos os grandes eventos de seca na região e verificamos qual foi o impacto disso na produção agrícola, medindo pela perda de área que foi plantada e não foi colhida. O que identificamos é que, além dessa perda ser grande nos anos de escassez hídrica, ela se concentrou muito em culturas como milho e feijão, que são típicas do agricultor familiar de subsistência, enquanto a produção comercial irrigada sofreu muito menos. Ou seja, além do problema do tamanho, que vai ser grande, temos o problema da distribuição desigual.

Olhando para outra área, como a área dos desastres, os nossos estudos – apenas com eventos de chuva, sem considerar seca – feitos há dez anos atrás estimavam que as perdas no Brasil já estavam chegando a 2% do PIB. Só que essas perdas estão muito mais concentradas em comunidades que moram próximas a rios ou em áreas de encosta, que sofrem o risco de deslizamento. São pessoas que sabem do risco, mas não têm capacidade financeira de se deslocar e isso vai criando um efeito “bola de neve”, trazendo consequências, por exemplo, para a prefeitura, já que ela vai ter que dar uma solução para esse desabrigado, vai ter que arcar com a reconstrução e com o próprio trabalho de resgate das vítimas.

Tudo isso tem um custo fiscal. Então, quando você imagina sistemicamente esses eventos extremos acontecendo com uma frequência maior e com mais intensidade, há impacto em diversas frentes. A princípio, o El Niño e as mudanças climáticas são tratados como elementos separados, mas um reforça o outro. Num contexto de aquecimento global, os efeitos de um El Niño serão amplificados e é por isso que a gente espera impactos sobre toda a sociedade brasileira.

Ainda que diretamente os afetados estejam numa determinada condição, a necessidade de lidar com o desastre vai trazer consequências, para a questão fiscal, para os preços – porque uma quebra de safra vai resultar na elevação do nível de preço – e por aí vai.

 

O que podemos fazer para nos prevenir, do ponto de vista econômico e social?

A gente precisa tratar com muito mais seriedade e urgência as questões ambientais e climáticas. A gente não pode se dar o luxo de o Congresso Nacional decretar que não existe mudança climática e que não existe é El Niño. As áreas protegidas, naturais, são áreas que garantem resiliência ao sistema. Se eu vou ter uma alteração no regime hídrico, eu preciso proteger a calha do rio. Como faço isso? Aumentando a área de floresta. Eu preciso proteger as encostas. Como? Aumentando a vegetação nativa e impedindo que as vegetações nativas existentes sejam removidas.

É preciso aumentar a nossa capacidade de lidar com eventos extremos por meio de soluções baseadas na natureza. É fundamental entender que a política ambiental é uma política de defesa para a nossa sociedade e para a nossa economia. E o que nós estamos vendo de ataque, de desmonte ambiental, que ocorreu com intensidade no governo anterior, mas que persiste em grupos hoje, em particular ligados ao Congresso Nacional, de pressionar ainda mais para remover essa proteção natural, é claramente uma política que vai trazer resultados ruins.

Por exemplo, a questão de água: como você impede novas grandes secas, lembrando, por exemplo, que São Paulo sofreu muito recentemente e teve que captar no volume morto? Você protege a água através do sistema de corpos hídricos que vão até o ponto de captação por meio da proteção da floresta. O imperador Dom Pedro II, por exemplo, sabia que no Rio de Janeiro – à época, capital – faltava água e o que ele fez? Ele mandou reflorestar a floresta da Tijuca para proteger o manancial que abastecia a cidade. Esse é um conhecimento antigo, não precisamos de grande ciência para saber que a proteção ambiental é a melhor maneira para prevenir desse tipo de desastre.

Acho que a principal mensagem é dar maior prioridade às questões ambientais, porque elas se referem essencialmente à defesa do ser humano, das nossas comunidades e das nossas atividades produtivas.

 

O que o governo tem feito de errado neste sentido?

Além do afrouxamento na Lei que trata do desmatamento da Mata Atlântica, que veio do Congresso e teve apenas um trecho vetado pelo presidente Lula, um outro mau exemplo de política que tá acontecendo é com relação às terras indígenas. As terras indígenas não pertencem aos indígenas, elas pertencem ao governo, são terras públicas, de todos nós e que têm uma característica muito importante: são terras com elevada taxa de conservação.

O porcentual de remanescente florestal em terras indígenas é mais alto até do que das unidades de conservação. Então, esse ataque que está sendo feito às terras indígenas é também um ataque aos serviços ecossistêmico que essas florestas estão protegendo. As populações indígenas, pela relação tradicional que têm com esses espaços, garantem essas áreas protegidas.

Se mantivermos essa visão de crescimento a qualquer custo, de que qualquer área que possamos transformar em pasto, transformar em área de cultivo, fazer uma hidrelétrica, será convertida, não sobrará resiliência para lidar com os eventos pelos quais a natureza já está cobrando a conta. E nós viveremos situações que cada vez mais dramáticas por causa das mudanças climáticas.

Uma elevação do nível da temperatura global acentua ainda mais os fenômenos de natureza cíclica, como El Niño e a La Niña, com consequências para as sociedades humanas que, como mostra o número, são de imensa magnitude. Isso vai afetar a todos nós e principalmente aqueles que são mais frágeis.

 

Você vê uma ação coordenada globalmente com possível protagonismo do Brasil?

Eu acho que, globalmente, nós temos sim que recuperar esse protagonismo. Teremos uma grande oportunidade com a COP, o principal evento do clima, que vai ocorrer em Belém do Pará. Isso vai trazer uma visibilidade importante, mas é importante lembrar que o nosso meio ambiente não é apenas na Amazônia. É importante a gente perceber que Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa, todos os biomas estão sofrendo. O Pantanal já teve uma redução de cerca de um terço na área alagada, ou seja, secou em um terço e a gente perdeu uma riqueza extraordinária com isso.

As ações precisam vir de todos, inclusive do setor privado. A gente tem uma série de possibilidades através do pagamento do serviço ambiental, com a possibilidade de criação de mercados regulados de crédito de carbono, que criam possibilidades de negócios a partir da conservação. Mas para isso é fundamental que a gente interrompa o ciclo da destruição e pare com essa ideia de que se tem petróleo, ele tem que ser extraído, não importa onde ele está, de que se tem um potencial hidrelétrico, tem que ser alterado a cara do rio, não importa o que eu vou fazer com essa energia. Essa visão de que não há uma finitude da nossa capacidade de ação tem trazido consequências muito ruins e a gente está percebendo isso já no dia a dia.

 

O estudo diz que o prejuízo calculado virá mesmo com o cumprimento das promessas de cortes de emissão de gases do efeito estufa. Isso significa que o problema pode ser ainda maior se elas não forem cumpridas?

Uma grande tragédia das questões climáticas é que o tempo em que o planeta responde é muito diferente do tempo das nossas ações. É mais ou menos como o processo de degelar uma geladeira: você abre a porta e ela não vai ter degelar imediatamente, ela vai perdendo temperatura aos poucos e isso vai ganhando um elemento gradativo.

Com o aumento da concentração de gás de efeito estufa que nós já colocamos na atmosfera, a temperatura vai aumentar de qualquer jeito. O que a gente está tentando fazer é reduzir o tamanho desse crescimento, que será percebido muito mais pela geração que ainda nem nasceu. A gente não está pensando aqui nem nos nossos filhos, mas sim nos netos que virão.

Tudo isso trará consequências para essas sociedades do futuro, em uma dimensão muito maior. Então, o que a gente tem que ter é o princípio da precaução. O problema é que a gente é muito focado no curto prazo e quando o efeito demora a ser percebido, nós o entendemos como inexistente e continuamos nesse frenesi de mudança climática.

No caso brasileiro, a principal fonte de mudança climática é o desmatamento, mas a segunda é a emissão de metano pela pecuária e a gente continua expandindo o setor como se isso não trouxesse consequências para o planeta. O mesmo vale para o consumo de combustível fóssil, em que a gente ainda acha que a exploração de petróleo vai ser a solução, mesmo na Amazônia.

A gente precisa deixar de ser contraditório e pensar no que será melhor no cenário de 50, 100, 150 anos. Nesse sentido, é fundamental que a gente tenha a participação de uma sociedade mais engajada, mais interessada e mais a par do que tá dizendo a ciência. A gente viveu um período no qual a ciência foi questionada, mas ela respondeu – se a gente não tivesse a ciência, a pandemia de covid-19 teria sido muito pior do que ela foi.

Estamos alertando que essas questões climáticas vão continuar no futuro se a gente não tomar uma presidência. E isso requer uma ação coordenada que envolve todos nós: os governos estaduais, federais, internacionais etc. As prefeituras, por exemplo, vão ser cada vez mais castigadas por esses fenômenos de natureza climática, porque o problema é essencialmente local, onde tem um deslizamento, uma inundação etc. Também como sociedade, tanto como sociedade civil, como sociedade empresarial, a gente tem que pensar que tipo de comprometimento a gente pode ter para que os problemas não sejam tão graves, pensando, principalmente, no futuro.

Voltando à questão das soluções baseadas na natureza, existem soluções que são simultaneamente de redução da concentração de gás de efeito estufa e de adaptação ao que a gente vai ver daqui para frente. A gente precisa introduzir essa palavra, adaptação, às mudanças climáticas. Como já está dito, a temperatura vai subir e os eventos climáticos acontecerão com mais frequência e o que a gente precisa fazer é se adaptar, se preparar para isso com um espaço adequado e soluções baseadas na natureza.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

Dirigir em condições de baixa visibilidade requer uma série de cuidados para que a viagem transcorra em segurança; veja algumas dicas

 

RIO CLARO/SP - Com a chegada da época mais fria do ano, torna-se mais comum a formação de neblina, principalmente durante as manhãs. E pegar a estrada nessas condições exige dos motoristas muita cautela. Isso porque a névoa que se forma reduz bastante a visibilidade, o que aumenta o risco de acidentes. O perigo é ainda maior em rodovias de pista simples.

Dirigir na neblina requer uma série de cuidados. Os procedimentos dependem da intensidade do nevoeiro. Em caso de neblina muito densa, a melhor decisão é parar o veículo em local seguro e esperar até que a visibilidade melhore. E local seguro, de acordo com o gerente de Operações da Eixo SP, Paulo Balbino, são os postos de combustíveis, bases da Polícia Rodoviária, bases de atendimento ao usuário (SAU), mas jamais o acostamento. Segundo ele, os motoristas devem seguir viagem em baixa velocidade até encontrar alguma dessas opções seguras.

Porém, se a intensidade da neblina permite dirigir com relativa segurança, a primeira grande dica ao motorista é não usar farol alto, pois ele prejudica ainda mais a visibilidade. O correto, segundo Paulo Balbino, é utilizar farol baixo ou farol de neblina, que lançam luz mais próximo do asfalto, onde a camada do nevoeiro é menos densa.

Outra recomendação importante é não ligar o pisca-alerta com o veículo em movimento. De acordo com Balbino, essa decisão pode provocar sérios acidentes porque o motorista que segue atrás poderá pensar que o veículo com o pisca-alerta ligado está parado e vai frear bruscamente, podendo ocasionar colisão traseira.

Evite ultrapassagens

Reduzir consideravelmente a velocidade do veículo no trecho com neblina também é medida de segurança que deve ser adotada nessas ocasiões. “Isso é importante porque, caso haja necessidade de usar os freios, a frenagem será mais segura”, afirma Paulo Balbino. Se a orientação é reduzir a velocidade, consequentemente, as ultrapassagens devem ser evitadas ao máximo. O motorista precisa estar preparado para frear a qualquer instante. Veículos, pessoas ou animais podem aparecer de repente.

Outra dica é o usuário, antes de sair de casa, buscar informações sobre as condições da rodovia, ligando para o serviço 0800 das concessionárias, no caso da Eixo SP o número é 0800 17 8998. Se as condições climáticas não forem favoráveis, o melhor a fazer é não pegar a estrada naquele momento.

Para aqueles que estão em viagem, a Eixo SP utiliza os painéis de mensagens variáveis (PMV), instalados ao longo do trecho sob concessão, para informar as condições do tráfego. Câmeras de monitoramento e viaturas operacionais paradas alertando os motoristas também são empregadas pela Concessionária para servir de apoio e orientação.

Paulo Balbino ressalta que praticar a direção defensiva é importante em qualquer momento, mas em situações que exigem maior atenção dos motoristas, como dirigir em meio à neblina, ela é fundamental. “A prudência na condução dos veículos salva vidas. Não importa se o motorista é experiente ou novato, é sempre importante dirigir com cautela”, orienta.

Sobre a Eixo SP

A Eixo SP Concessionária de Rodovias administra mais de 1.221 km de estradas que passam por 62 municípios da região de Rio Claro, no centro do Estado, até Panorama, no extremo oeste, na divisa com o Mato Grosso do Sul. O maior contrato sob supervisão da Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) terá investimentos na ordem de R$ 14 bilhões em obras de ampliação, conservação, além da modernização de serviços ao usuário. Para mais informações acesse: www.eixosp.com.br.

SÃO CARLOS/SP - Após vistoria realizada na manhã desta quarta-feira (02/02) pela Defesa Civil juntamente com engenheiros das secretarias de Obras, Serviços Públicos e de Transporte e Trânsito, acompanhados pela geóloga do Núcleo de Pesquisa em Geotecnia, Geociências e Meio Ambiente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Marcilene Dante Ferreira, em virtude de deslizamentos ocorrido após a chuva da última terça-feira (01/02), ficou definido a interdição de uma das pistas da Serrinha do Aracy até que seja realizado um estudo técnico do que poderá ser realizado para eliminação dos riscos.

De acordo com a Defesa Civil em decorrência das chuvas dos últimos 15 dias, que ultrapassou 200 mm, algumas pequenas rochas, classificadas de arenito, se desprenderam do paredão. “Com a chuva constante elas ficam encharcadas e podem deslizar, por isso a nossa primeira medida será a interdição parcial de uma das pistas de subida (sentido bairro/centro), local onde pode ocorrer o deslizamento de terra ou rochas”, explica Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil.

Arenito é uma rocha sedimentar resultante da deposição de areias que, após um processo de compactação e cimentação, se transformam em rochas.

A Secretaria de Transporte e Trânsito vai interditar, além de uma das pistas no sentido bairro/centro, o que não impede o trânsito de veículos, a calçada do lado direito da pista.

“Vamos aguardar o laudo que será realizado por especialistas para verificarmos o que poderá ser feito para eliminar qualquer risco de acidentes, uma vez que os motivos que desencadeiam esse processo estão ligados à forma de relevo, estrutura geológica do terreno, além das ações humanas que intensificam os deslizamentos”, finaliza Caballero.

Participaram da vistoria os secretários de Obras, João Muller, de Serviços Públicos, Mariel Olmo, de Comunicação, Mateus de Aquino, de Segurança Pública, Samir Gardini e o diretor de Trânsito, Sebastião Carlos Batista.

SÃO CARLOS/SP - Ontem, 18, o volume da chuva foi de 47 milímetros, segundo a Defesa Civil, que inclusive alagou alguns pontos de São Carlos e teve uma árvore derrubada.

Segundo o IPMet (Centro de Meteorologia de Bauru), nesta 6ª feira (19), a previsão é de muita chuva com a previsão de mais de 90 milímetros, e a temperatura deve chegar à 23ºC. Essa previsão é para o dia todo, ou seja, espera-se que esses 90 milímetros sejam diluídos e não caía de uma vez causando mais alagamentos.

Já para o final de semana existe a previsão de chuva, porém bem pouco e o sol vai aparecer com máxima de 25ºC no sábado (20), já no domingo (21), a máxima será de 27ºC.

SÃO CARLOS/SP - Ao longo do fim de semana, o tempo segue com condição para pancada de chuva isolada principalmente neste sábado (28). Essa precipitação virá acompanhada por raios e vento. No domingo (29), o tempo será firme e sem risco para precipitações em todas as áreas monitoradas do município de São Carlos-SP.

Já a partir da segunda-feira (30), a aproximação de uma frente fria, afastada da costa do Estado de São Paulo, causará pancadas de chuva generalizadas, seguidas por raios e vento em todo o território paulista, inclusive no município de São Carlos-SP. Por conta destes cenários, não são descartados riscos para transtornos nas áreas mais vulneráveis.

 

William Minhoto / Meteorologista / Defesa Civil

SÃO CARLOS/SP - A Defesa Civil de São Carlos, órgão vinculado a Secretaria Municipal de Segurança Pública, alerta sobre os efeitos adversos das altas temperaturas previstas para os próximos dias e para a baixa umidade do ar em São Carlos.

Segundo a Defesa Civil do Estado nos próximos 6 dias a temperatura pode ultrapassar os 40 graus na região de São Carlos. Já a umidade relativa do ar não deve ultrapassar 14%. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices de umidade inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. Quando eles se encontram abaixo de 30%, são acionados os alertas: de atenção, quando está entre 21% e 30%; de alerta, entre 12% e 20%; e de emergência, inferior a 12%.

“Recomendamos que a população tome medidas de proteção para o enfrentamento do calor elevado. A maior preocupação é a conjugação de clima quente e baixos índices de umidade. Por isso todos os cuidados são necessários, principalmente com crianças e idosos. É preciso beber bastante água e evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 17h. Não podemos controlar as mudanças climáticas do ambiente, pelo menos não em curto prazo. Por isso, é preciso tomar algumas atitudes para contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas e dos animais”, alerta Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil de São Carlos.

Confira algumas dicas de como se prevenir: tomar água com frequência é essencial, mesmo que você não sinta sede. No lanche, dê preferência a frutas com muito líquido; deixe um umidificador ligado no ambiente de trabalho ou uma bacia cheia de água que contribui para amenizar os problemas gerados pela baixa umidade; usar soro fisiológico para lavar as narinas e colírios para lubrificar os olhos também ajuda a minimizar os efeitos; evitar atividades físicas no período das 10h às 17h, quando a umidade do ar atinge os níveis mais críticos; não fumar em ambientes fechados, evitando a concentração de poluentes que podem agravar os sintomas do tempo seco; usar produtos hidratantes por todo o corpo, principalmente depois do banho e sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, evitar ambientes fechados, com ar-condicionado ou aglomeração de pessoas.

MUNDO - O mês de setembro deste ano foi o mais quente já registrado, exibindo temperaturas anormalmente altas no litoral da Sibéria, no Oriente Médio e em partes da América do Sul e da Austrália, disse o Serviço Copérnico contra a Mudança Climática da União Europeia (UE) nesta última quarta-feira (7).

Ampliando uma tendência de aquecimento de longo prazo, causada pelas emissões de gases do efeito estufa, as temperaturas altas deste ano desempenharam grande papel em desastres que vão dos incêndios no estado norte-americano da Califórnia e no Ártico às inundações na Ásia, disseram cientistas.

Globalmente, setembro foi 0,05 grau Celsius mais quente do que o mesmo mês de 2019 e 0,08 grau Celsius mais quente do que em 2016, até então o setembro mais quente e o segundo mais quente já notificado, como mostraram dados do Copérnico.

Durante os últimos três meses de 2020, eventos climáticos como o fenômeno La Niña e os níveis baixos projetados para o gelo do Oceano Ártico no outono ajudarão a determinar se o ano como um todo se tornará o mais quente já registrado, disse o serviço Copérnico.

 

 

*Por Matthew Green - Repórter da Reuters

CAXIAS DO SUL/RS - Um novo ciclone com fortes ventos e chuvas passou pelo Rio Grande do Sul deixando estragos em diversas cidades do estado. O fenômeno natural atingiu o oeste e o nordeste do estado, atingindo a Região Metropolitana de Porto Alegre e cidades importantes, como Caxias do Sul e Novo Hamburgo. O ciclone também causou prejuízos no estado de Santa Catarina.

De acordo como Centro de Comando da capital Porto Alegre, até ontem (8) foram registradas 59 ocorrências. As equipes do órgão atuaram para desobstruir vias e resolver urgências com risco a pessoas e edificações.

Na madrugada desta quarta-feira também foi realizado um trabalho de atendimento a quem ficou desalojado, com entrega de colchões às vítimas. No fim da tarde de hoje, a prefeitura da capital gaúcha ainda tinha mapeados 13 pontos de alagamento.

Terça-feira, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul havia emitido alerta de possibilidade de rajadas de ventos, que poderiam chegar a 80 km por hora. O comunicado indicava o risco para a região leste e nordeste do estado. 

O ciclone foi diferente do fenômeno conhecido como “ciclone-bomba”, que acometeu os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina na semana passada.

 

 

*Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil

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