Parceria com IPCCIC vai viabilizar programa de cooperação para requalificação da região central
RIBEIRÃO PRETO/SP - A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) firmou na tarde da última terça-feira (27/02) um termo de parceria com o Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais (IPCCIC) para revitalização da região central do município.
Pelos próximos dois anos, o documento estabelece uma Cooperação Técnica para a “Requalificação do Centro de Ribeirão Preto” e deve promover atividades escalonadas de restauro arquitetônico, revisão de legislação, educação urbana e ocupação cultural da região central.
A coordenação será de Adriana Silva, gestora de projetos do IPCCIC, que irá apresentar em breve um plano com estratégias de ação, e por Carlos Henrique Ferreira, gestor de Marketing, Comunicação e Relações Institucionais da Acirp.
“A Acirp quer mudanças reais para o Centro e com este acordo estamos vendo isso acontecer”, celebra Ferreira.
A entidade deverá financiar parte das ações ainda a serem determinadas e ajudar a gerir os recursos financeiros. O Instituto, por sua vez, além da parte técnica, deve encabeçar outras parcerias e a busca por recursos públicos e privados, nacionais e internacionais e eventuais apoiadores.
“Tenho 40 anos de Centro como empresária e tenho muito carinho por essa região, que é sempre tão deixada de lado. Estamos muito animados e queremos envolver os comerciantes nesse processo”, diz a presidente da Associação, Sandra Brandani Picinato. quem assina o termo juntamente com a diretora presidente do IPCCI, Sandra Rita Molina.
De acordo com gestora de projetos do IPCCIC, a ideia é envolver toda a sociedade, embora o executivo municipal deva ter uma importante participação. “O programa não se limitará a ações governamentais, de modo que possa acontecer em várias frentes e com celeridade”, diz Adriana Silva. Como exemplo, ela cita um termo já assinado junto à Santa Casa para reforma do Edifício Diederichsen.
O programa de revitalização do Centro terá cinco eixos principais, conforme adiantou a gestora. As etapas previstas são: 1) Elaboração do diagnóstico situacional; 2. Proposta de atividades de fortalecimento da identidade do Centro Histórico para ampliação das relações de pertencimento; 3. Projetos de incentivo à permanência no centro e atração de novos frequentadores e investidores; 4. Ação de preservação histórica e 5. Requalificação urbana.
O coordenador de comunicação da Acirp, José Manuel Lourenço, reforça que a revitalização é uma questão urgente da qual depende a própria sobrevivência do Centro.
“Existe um processo, natural no desenvolvimento das cidades, de desertificação do Centro. Em Ribeirão, temos que fortalecer os serviços, tornar a região atrativa e funcional, operando além do horário comercial com opções de cultura e gastronomia. Os espaços vazios precisam ser ocupados pela economia criativa, como ateliês, oficinas, criadores de roteiros, enfim, pelas profissões do pensamento, do futuro”, aponta Lourenço.