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Livro lançado pela EdUFSCar aborda a relação da temática com gênero, classe, raça, finanças, políticas públicas e educação

 

SÃO CARLOS/SP - A pandemia da Covid-19, especialmente no Brasil, além da crise sanitária trouxe imensos desafios à economia. Diante dessa realidade, torna-se ainda mais urgente o debate sobre alternativas econômicas, especialmente no que diz respeito às pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

Uma delas é a Economia Solidária, modo de produção alternativo ao capitalista, que tem como princípios básicos a distribuição igualitária de recebimentos, por meio do sistema de autogestão (no qual todas as pessoas de um empreendimento tomam as decisões de forma conjunta); o desenvolvimento local; e o consumo consciente.

Para disseminar o conhecimento sobre diferentes aspectos da Economia Solidária, a Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) lança o livro "Engajamento e reflexão transversal em Economia Solidária", organizado por André Ricardo de Souza, docente do Departamento de Sociologia (DS), Isabela Aparecida de Oliveira Lussi, docente do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO), e Maria Zanin, docente do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS) - todos da UFSCar.

"A obra contribui para a reflexão, tanto de pesquisadores quanto de militantes engajados, na proposta de organização socioeconômica pautada por princípios igualitários e democráticos. Ela apresenta um balanço qualificado da maneira como a Economia Solidária vem sendo organizada em países como Brasil, Argentina, Espanha e França, e os desafios enfrentados para a efetivação de sua proposta central, que é a democratização socioeconômica", sintetiza Souza.

A publicação reúne textos apresentados no II Congresso de Pesquisadores de Economia Solidária (Conpes), realizado na UFSCar em 2018. Como o título sugere, o livro fomenta uma reflexão transversal acerca da Economia Solidária, com foco em debates que perpassam países e regiões, a partir do olhar de diversos pesquisadores, cada qual com suas perspectivas teórico-metodológicas. "Há, também, a contribuição de ativistas engajados em fóruns de Economia Solidária, bem como reflexões sobre os desafios para os empreendimentos econômicos solidários (EES) no que tange às políticas públicas existentes e aos problemas do modelo econômico neoliberal, que minimiza o papel do Estado e idolatra o mercado capitalista", pontua o docente.

Os autores trazem casos de aplicação da Economia Solidária em diversos âmbitos e, principalmente, apontam os seus desafios, como no caso do funcionamento e da organização de conselhos gestores e de fóruns na temática. Nesse texto, os pesquisadores mostram a importância de enxergar os EES não como empreendimentos isolados, mas sim como redes estruturadas de forma horizontal, que juntas fortalecem o movimento da Economia Solidária.

Outro exemplo prático abordado pelo livro se refere ao funcionamento de bancos comunitários, que utilizam moeda social, própria, de circulação local. No estudo, é analisado se o uso da moeda social - especificamente a La turuta, de Vilanova i la Geltrú, na Catalunha, Espanha - cumpre o seu papel de incentivar os moradores da cidade a valorizarem produções locais e o desenvolvimento sustentável, promovendo um sistema socialmente justo de trocas. Apesar de se identificar um sentido educativo no uso da moeda, também são detectados entraves em seu uso, sobretudo pelo baixo engajamento das pessoas e pela sua circulação pouco frequente e, portanto, com pouco impacto econômico. No Brasil, há atualmente mais de 100 bancos comunitários, espalhados nacionalmente.

Também estão no livro reflexões sobre o processo de consolidação de EES no campo da saúde mental e seus desafios. O texto reflete sobre a necessidade de se criar políticas públicas para garantir o direito ao trabalho associado e autogestionário a pessoas com sofrimento psíquico.

A obra contém textos de pesquisadores destacados internacionalmente, como Jean-Louis Laville, José Luis Coraggio e Helena Hirata, e também presta homenagem a dois militantes falecidos em 2018, importantes no campo da Economia Solidária e que participaram, respectivamente, dos I e II Conpes: o docente de Economia da Universidade de São Paulo (USP) Paul Singer e o economista e assessor de organizações não governamentais (ONGs) Ademar Bertucci.

Com 238 páginas, o livro é organizado em cinco partes: "O desafio da interseccionalidade", que aborda análises de gênero, classe e raça no campo da Economia Solidária; "Movimentos, fóruns e militantes"; "Moeda social e finanças solidárias"; "Balanço de políticas públicas e contraponto ao neoliberalismo", mostrando os desafios de uma economia alternativa à capitalista; e "Diferentes olhares e saberes", com ênfase aos processos educativos relacionados aos empreendimentos.

A obra pode ser adquirida no site da EdUFSCar (http://bit.ly/edufscar-ecosol). Para lançamento do livro, haverá live no dia 6 de abril, a partir das 18 horas, com a participação dos organizadores e autores. O encontro será transmitido pelo canal da ABPES (Associação Brasileira de Pesquisadores de Economia Solidária) no YouTube (http://bit.ly/3lmP1Aa).

SÃO CARLOS/SP - Já estão abertas as inscrições para a “V Conferência Municipal de Economia Solidária de São Carlos”, a ser realizada de forma virtual no dia 25 de março pela Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, juntamente com DAES – Departamento de Apoio a Economia Solidária e o COMESOL - Conselho Municipal de Economia Solidária.

Os interessados em participar podem se inscrever até o dia 25 de março por meio do link: https://forms.gle/cycJSSGCaSoNRm8u9. A partir da inscrição, o inscrito receberá um e-mail com o link para a sala virtual do evento que será transmitido simultaneamente, ao vivo, no Facebook e Youtube do Fórum Ecosol São Carlos.

 A participação é aberta ao público em geral, mas somente poderão se candidatar a uma vaga de conselheiro os membros de grupos previamente cadastrados no COMESOL. No período da manhã será realizada a abertura oficial seguida da leitura e aprovação do regimento interno. Por fim, será feita uma avaliação da última gestão do Conselho. No período da tarde será a vez das falas de convidados sobre políticas públicas em Economia Solidária e os desafios para os próximos anos. Ao final da tarde serão realizados um debate e a eleição virtual dos novos conselheiros da sociedade civil.

Criada pela Lei nº 15.779/2011 a Conferência Municipal de Economia Solidária, ocorre a cada 2 anos e tem como finalidade analisar os avanços, limites e desafios da Economia Solidária no município, bem como as estratégias para a implantação das políticas públicas. O tema desta edição será uma comemoração e avaliação da lei que institui o programa no município.

 Na oportunidade, os inscritos poderão debater sobre o processo de integração das ações de apoio a Economia Solidária fomentada pelo governo e sociedade civil; debater sobre participação da sociedade civil no conselho e eleger os representantes da sociedade civil que farão parte do Conselho Municipal de Economia Solidária de São Carlos (COMESOL), além de debater e subsidiar com propostas, contendo visão de futuro para que o Conselho Municipal de Economia Solidária de São Carlos possa construir ações voltadas às especificidades de cada setorial representado no mesmo.

“Esse encontro é de grande importância para discutirmos dentro da a Economia Solidária a geração de empregos e as oportunidades, em especial, para os empreendedores e microempreendedores que tem nesse programa a base de seu sustento e recursos. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda apoia a iniciativa e estamos prontos discutirmos e aprimorarmos o programa na gerarão de mais empregos e renda”, enfatizou o secretário de Trabalho, Emprego e Renda, Nino Mengatti.

Economia Solidária - A Economia Solidária é um sistema econômico baseado na existência de empreendimentos (empresas) nas quais a gestão é realizada coletivamente pelos trabalhadores, com democracia direta nas relações de produção, com justa distribuição dos resultados, sem dominação entre seus membros.

 Os Empreendimentos Econômicos Solidários (EESs) podem atuar em todos os setores da economia, primário, secundário e terciário, e em todas as atividades econômicas como produção, comercialização, serviços, distribuição, consumo, crédito, poupança, finanças solidárias, trocas e outras que venham a surgir. Anualmente, o Conselho Municipal de Economia Solidária realiza um cadastramento de Empreendimentos Econômicos Solidários. No último levantamento feito em 2020, o município contava com 11 grupos, totalizando 200 pessoas.

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