INGLATERRA - Nesta quinta-feira, a Mercedes revelou ao mundo o W15, carro da equipe alemã para a disputa da F1 2024 e o último de Lewis Hamilton à frente da octacampeã de construtores. Além do heptacampeão, George Russell também vai guiar o modelo - que seguirá preto, mas com um bico prateado, fazendo jus ao nome Flechas de Prata.
- Acho que os últimos dois anos foram necessários para que nós nos reajustássemos, recalibrássemos e reinventássemos em certas áreas. Nenhuma equipe esportiva venceu todos os campeonatos de que participou. Isso é apenas um fato. Sabíamos que chegaria um momento em que as coisas se tornariam mais desafiadoras, e isso foi o que aconteceu em 2022 e 2023. Mas isso também significa que você é obrigado e mudar sem jogar fora o que há de bom no time - opinou o chefe de equipe Toto Wolff.
A temporada 2024 será a despedida da Mercedes para Lewis Hamilton, que vai se unir à Ferrari em 2025. Ao final do maior cronograma de todos os tempos na F1, com 24 corridas previstas, equipe e piloto vão encerrar uma parceria iniciada em 2013, que rendeu seis Mundiais de pilotos a Lewis - além de 82 vitórias, 78 pole positions e 148 pódios até aqui.
George Russell, por sua vez, vai para sua terceira temporada guiando o monoposto alemão. O britânico, que completa 26 anos nesta quinta-feira, é o último vencedor pela Mercedes: ele conquistou sua primeira e única vitória na F1 no GP de São Paulo de 2022, em dobradinha com Hamilton.
O W15 é a aposta da Mercedes para reencontrar o caminho das vitórias. Em 2023, a equipe passou a temporada inteira em branco - algo que não acontecia desde 2011 - em meio ao domínio da rival RBR. O ano foi marcado por uma insistência inicial no conceito de "zeropod", apesar da ineficiência comprovada em 2022; o conceito foi descartado apenas no GP de Mônaco, em maio, comprometendo as melhorias ao longo da temporada.
Mesmo assim, o time confirmou o vice-campeonato, ainda que por três pontos de vantagem sobre a Ferrari, terceira colocada. Com 409 pontos, a equipe de Brackley somou menos que a metade dos 860 que sagraram a RBR como campeã de construtores em 2023.
Lewis Hamilton foi o "o melhor do resto" entre os pilotos, atrás de Max Verstappen e Sergio Pérez, da RBR. O heptacampeão superou o rival de longa data Fernando Alonso e faturou a terceira colocação no Mundial, com 234 pontos. As expectativas se voltam ao desempenho do britânico em sua última temporada pela Mercedes; seu sucessor ainda não foi definido.
A F1 retorna em 2 de março de 2024 com o GP do Bahrein, primeira de 24 etapas na maior temporada da história da categoria.
Por Redação do ge
ALEMANHA - A Mercedes-Benz revelou seu novo SUV GLS modelo de 2024. As atualizações incluem uma grade do radiador mais arrojada e proeminente, uma proteção frontal redesenhada e um novo conjunto de lanternas traseiras de LED.
Disponível em configuração de seis ou sete lugares, o interior da Mercedes-Benz GLS 2024 tem opções de acabamento e estofamento atualizados e o sistema de infoentretenimento MBUX de última geração.
O Mercedes-Maybach GLS topo de linha recebe uma nova grelha com detalhes do padrão Maybach e contorno cromado, uma nova jante forjada opcional de 23″ com uma tampa do parafuso da roda forjada e iluminação ambiente animada com o padrão Mercedes-Maybach.
Todos os modelos na linha também terão uma nova opção de acabamento de pintura azul crepúsculo metálico MANUFAKTUR cinza alpino não metálico, um novo volante com controles de toque e duas portas USB na parte traseira com uma potência total de 100W.
Quanto às opções de motor, a linha começa com o GLS 450 4MATIC, que possui um motor de seis cilindros em linha de 375 cv que vai de 0 a 60 em 5,8 segundos, enquanto o GLS 580 4MATIC apresenta um V8 de 510 cv com um tempo de 0 a 60 de 4,7 segundos.
O GLS 63 orientado para o desempenho apresenta um AMG 4.0L V8 Biturbo que produz 603 hp e vai de 0 a 60 em 4,1 segundos e tem uma velocidade máxima de 174 mph. O topo de gama GLS 600 tem um V8 de 550 cv com um tempo de 0-60 de 4,7 segundos e uma velocidade máxima de 155 mph.
A nova SUV GLS estará disponível ainda este ano.
ALEMANHA - A atual campeã de construtores da Fórmula 1, a Mercedes revelou nesta sexta-feira o W13, carro com o qual disputará a temporada 2022 da categoria - a começar em 20 de março, com o GP do Bahrein. O modelo resgatou o tradicional prata da marca, temporariamente retirada em 2020 e 2021 para a adoção do preto em lembrança à luta antirracista no esporte.
O time seguirá com o heptacampeão Lewis Hamilton em seu décimo ano de parceria - e o próprio esteve presente no lançamento, encerrando de vez os rumores sobre sua aposentadoria. Ele receberá como companheiro o britânico George Russell, egresso da Williams e substituto de Valtteri Bottas, que representou a Mercedes entre 2017 e 2021 e agora integra a Alfa Romeo.
O modelo é apenas um vislumbre das mudanças promovidas pelo novo regulamento técnico da F1. O primeiro contato real com os carros e os efeitos em seu desempenho na pista serão vistos apenas na pré-temporada de Barcelona, no Circuito da Catalunha, de 23 a 25 de fevereiro.
Embora tenha perdido o título de pilotos para Max Verstappen e a RBR, o time alemão saiu de 2022 com um octacampeonato e busca, em 2022, manter sua hegemonia; o time é dono de uma das maiores da história da categoria, com oito títulos consecutivos desde a introdução dos motores híbridos, em 2014.
De lá pra cá, foram 110 vitórias e 231 pódios, ao longo de sete anos consecutivos. O desafio, porém, é manter-se competitiva em um ano de novo regulamento e gerir bem o desempenho dentro e fora da pista de sua nova formação de pilotos, com a chegada de Russell.
O britânico conquistou um pódio em 2021 pela Williams, com o segundo lugar no GP da Bélgica. Esse, porém, não será seu debute na Mercedes; Russell substituiu Hamilton no GP de Sakhir em 2020, quando o heptacampeão testou positivo para a Covid-19, e chegou a brigar pela vitória antes de ter sua corrida prejudicada por um erro duplo no pit stop e um pneu furado. Ele terminou em nono lugar.
Outra questão a ser enfrentada pela octacampeã de construtores é superar os problemas que atrasaram o time no começo de 2021, como a própria confiabilidade do carro e o desempenho do motor - problema que acompanhou Hamilton e Bottas até as últimas corridas da temporada passada.
Esses empecilhos potencializaram o crescimento da RBR e de Verstappen, que vinham na melhor fase do time austríaco desde o começo da era híbrida.
A Mercedes também encara um desfalque em seu corpo técnico em um ano de mudanças estruturais essenciais na F1; pelo menos 50 profissionais de Brackley foram contratados pela RBR para o projeto de desenvolvimento de seu próprio motor. Entre eles está o agora ex-chefe de engenharia mecânica da equipe octacampeã, Ben Hodgkinson.
O time alemão tem como diretor técnico desde 2021 o engenheiro Mike Elliot, substituto de James Allison - que agora gerencia a divisão dentro da montadora.
ALEMANHA - A Mercedes-Benz revelou como será o interior de seu novo sedã elétrico topo de linha, o EQS. O modelo dará mais um passo adiante na revolução promovida pela marca nas cabines de seus carros atuais. Como opcional, o modelo poderá ter três telas à frente dos ocupantes, todas sob a mesma peça de vidro, dando a impressão de um enorme visor contínuo.
O sistema é chamado de MBUX Hyperscreen, com nada menos que 1,41m de vidro cobrindo todo o painel e unindo as telas dos mostradores, central multimídia e outra à frente do passageiro. As central e a da direita são sensíveis ao toque.
Segundo a Mercedes, o conjunto simula uma tela única equivalente a 2,4 m². A parte inferior é integrada à iluminação ambiente e é destacada, como se fosse flutuante.
Para fazer todo esse "cinema" funcionar, o sistema tem uma CPU com 24 GB de memória RAM e processador com oito núcleos e capaz de processar quase 50 GB por segundo.
Antes que você pergunte, vale dizer: em caso de um acidente, o enorme vidro tem pontos de fratura determinados, para evitar que fragmentos sejam lançados em direção aos ocupantes, ou partes inteiras se descolem.
Como o sistema é opcional, as unidades sem o pacote terão um conjunto semelhante ao usado pelo novo Classe S, por si só já bastante tecnológico.
As telas do Hyperscreen têm também resposta por vibração a cada toque, como em telefones celulares.
Aliás, a Mercedes também quer estimular outros sentidos dos ocupantes a bordo do EQS. Os bancos podem ter até 10 programas de massagem e virem revestidos de Neotex, um tecido que combina couro nobuck com neoprene.
Para os ouvidos, o pacote Energising Comfort consegue tocar sons da natureza na cabine, como chuva, oceano e florestas, para acalmar quem estiver a bordo. E para o olfato, o EQS trará um sistema de fragância interna, já comum em modelos de luxo da própria marca. A novidade é que há uma nova fragância criada especialmente para o modelo.
Há também várias configurações possíveis para o interior. O comprador pode escolher as cores, materiais e até o formato dos bancos e painéis internos. Os modelos sem a Hyperscreen terão iluminação interna especial, que realça mais aspectos do interior. Mas há uma função que pode deixar visíveis apenas informações essenciais.
A cabine também pode assumir programações pré-definidas, com motivações especiais. Com um toque num comando, as luzes diminuem de intensidade, os bancos se reclinam e os passageiros podem relaxar mais. Ou se o sono for o problema, o carro pode dar um "gás extra" mudando a posição do banco e até jogando uma fragância mais forte para despertar o motorista.
Toda a parafernália pode ser comandada pelo toque nas telas, pelo volante ou até mesmo por voz ou gestos.
A Mercedes vem revelando o EQS aos poucos, com diversos teasers. Agora, foi a vez do interior, mas ainda faltam os detalhes finais da carroceria e dados de potência e desempenho. Por enquanto, a marca revelou apenas que o sedã será capaz de rodar até 700 km com uma carga nas baterias.
*Por: Igor Macário / QUATRO RODAS
BRASÍLIA/DF - A montadora norte-americana Ford anunciou nesta semana que vai deixar de fabricar veículos no Brasil. Há um mês, a gigante alemã Mercedes-Benz também informou a saída do país. Os motivos são parecidos. A crise da covid-19, a desvalorização do real e a reestruturação global das companhias.
A norte-americana fechará 3 fábricas: em Camaçari (BA), em Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE). A alemã acabará com a única, em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Ao menos 5.370 empregos serão dizimados até dezembro de 2021 – sem contar o efeito cascata em fornecedores da cadeia produtiva.
fornecido PODER360
Nas contas da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), para cada emprego fechado numa montadora, outros 5 são perdidos indiretamente.
A saída da Ford e da Mercedes reduzirá a capacidade de produção da indústria automotiva brasileira em até 10%, para 4,5 milhões de veículos ao ano.
“A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia”, informou a Mercedes. “Estamos mudando para um modelo de negócios enxuto e com poucos ativos, encerrando a produção no Brasil”, disse o presidente-executivo da Ford, Jim Farley.
No caso da montadora norte- americana, a saída reflete os problemas da própria companhia. Ela já foi uma das maiores no país. Hoje está em 6º lugar em vendas com 7,4% do mercado de automóveis. Vendeu 119,4 mil carros ano passado. Perde para General Motors, com 18,9% do setor, Volkswagen (17,7%), Fiat (10,3%), Hyundai (10,1%) e Renault (7,4%).
A repercussão da saída da Ford foi imediata, e negativa. A montadora teve que montar uma operação nas redes sociais para responder aos consumidores receosos sobre reposição de peças e assistência técnica. Está patrocinando as buscas no Google para uma página aparecer em 1º lugar. Chamada de “Ford Não Vai Sair do Brasil“, detalha a reestruturação da empresa na América do Sul.
Todas as montadoras tiveram quedas nas vendas em 2020. Os licenciamentos de carros caíram 28,6%, na comparação com 2019. Entre aquelas com maior participação no mercado, a maior redução foi a da Renault, de 44,8%. Na Ford, a perda foi de 39%. Na Mercedes, 32,2%.
Antes da pandemia, o Brasil já vinha convivendo com uma capacidade ociosa de produção de carros. “O governo foi pego de surpresa porque quis. Em 2019, a Ford fechou a sua grande montadora de São Bernardo. Não custava nada ter feito o acompanhamento da vida econômica da empresa”, afirmou o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.
O setor automotivo não anda bem das pernas há tempos. A montagem de carros (sobretudo a combustão) é algo que agrega pouco à cadeia produtiva neste século 21.
Há uma disputa no mundo para a criação de um modelo mais sustentável, como carros elétricos. As montadoras estão investindo bilhões em pesquisa. Os recursos das holdings (empresas controladoras) estão sendo destinados para os países em que há maior possibilidade de inovação e competitividade. O Brasil tem ficado fora dessa rota. Segundo estudo elaborado pela PwC, de 2019, produzir carros aqui é 18% mais caro do que no México.
Bolsonaro disse que a Ford está indo embora porque ele não quer dar subsídios a outros governos. Segundo dados da Receita Federal, o setor automotivo acumula mais de R$ 50 bilhões em subsídios desde 2002.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, discorda. “Não quero politizar o assunto, mas crise expôs o Custo Brasil”, disse ele em entrevista à imprensa, na 4ª feira. Moraes alega que os incentivos fiscais são uma forma de corrigir distorções do sistema tributário brasileiro. Na avaliação dele, eventuais “subsídios” apenas trazem os tributos para uma taxa mais adequada. Comparou os incentivos à estratégia de algumas varejistas na Black Friday: elevar preços na véspera para oferecer grandes descontos na promoção.
Segundo Moraes, uma reforma tributária ampla poderia mudar essa situação. A Anfavea vem apresentando propostas ao Ministério da Economia há 2 anos. Reuniões são realizadas a cada 15 dias com o setor. Mas reformas patinam no Congresso.
A saída da Ford expôs os problemas do setor. “Quando a água desce, os esqueletos e as carcaças aparecem”, disse o presidente da associação de montadoras. “Governadores, prefeitos mostraram preocupação legítima. Mas não deveríamos discutir quem é o culpado, mas como resolver o problema“.
Montadoras consultadas pelo Poder360 informaram que mantêm seus planos de atuar no país, como a Nissan, Renault, Peugeot e Citröen.
A norte-americana Chevrolet disse que irá investir R$ 10 bilhões nos próximos anos.
A japonesa Honda inaugurou recentemente sua 2ª fábrica no Brasil, onde investiu R$ 1 bilhão. Fica na cidade de Itirapina, em São Paulo. Além disso, a marca lançou no último ano o WR-V 2021, além de atualização na linha 2021 dos modelos HR-V, City e Civic.
A alemã Volkswagen afirmou que está operando normalmente nas 4 fábricas brasileiras. A empresas acabou de renovar toda a linha de produtos
A japonesa Toyota disse que mantém seus planos. Em breve anunciará o novo veículo para o qual destinou R$ 1 bilhão. “Temos cuidado diligentemente de todos os fatores internos que nos permitem melhor competitividade e, ao mesmo tempo, temos conversado com o governo sobre reformas que permitam que o setor como um todo possa crescer, gerar empregos e distribuir valor”, afirmou.
A Audi está tentando viabilizar a fabricação de um novo carro no Brasil. Mas há entraves. A companhia disse que não tem mais como pedir à matriz autorização para investir num país onde o governo lhes deve dinheiro (créditos tributários de IPI acumulados durante os anos de Inovar-Auto). Ou seja, a fábrica compartilha com a Volkswagen no Paraná por ficar parcialmente ociosa neste início de 2021.
*Por: Douglas Rodrigues / PODER360
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