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BRASÍLIA/DF - Um grupo de dez entidades do movimento negro enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva com críticas à gestão do Ministério da Igualdade Racial, liderado pela ministra Anielle Franco. As entidades, incluindo a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e a Coordenação Nacional de Entidades Negras, reclamam do "apagamento da participação social" na elaboração das políticas raciais e da falta de contribuição do movimento negro.

Entre as principais queixas estão os atrasos nos debates sobre a ampliação de cotas, na realização da 5ª Conferência Nacional de Igualdade Racial e na atualização do Plano Nacional de Igualdade Racial. O grupo também aponta a falta de investimentos em comunidades quilombolas e a ausência de uma comunicação antirracista. Eles pedem a criação de uma mesa tripartite entre governo e movimentos sociais para ajustar as políticas raciais.

Além disso, o movimento negro crítica "demissões injustificadas" de lideranças, como a de Yuri Silva, ex-secretário do Sinapir, exonerado recentemente. A carta foi enviada também ao vice-presidente Geraldo Alckmin e a outros ministros, como Rui Costa e Alexandre Padilha, com o apoio de mais dez entidades.

Em resposta, o Ministério da Igualdade Racial afirmou que a Conferência Nacional foi adiada para garantir etapas municipais dentro das regras eleitorais, e que o Plano de Comunicação Antirracista será lançado em novembro. Sobre as demissões, o ministério disse que as decisões são prerrogativas da ministra e que as mudanças foram conduzidas com diálogo. A pasta também destacou suas ações em comunidades quilombolas, como a titulação de 65 territórios em menos de dois anos.

 

 

POR GUILHERME BERNARDO

Evento, gratuito, acontece no dia 12 de março, às 18h30

 

SÃO CARLOS/SP - O Laboratório de Experimentações Etnográficas (LE-E) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Instituto Mulheres e Economia (imuê) realizam, no dia 12 de março, uma palestra seguida de debate com Gleicy Silva, do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que compartilhará sua pesquisa sobre "Feminismos negros contemporâneos e mercado". O evento marca a semana do Dia Internacional das Mulheres, comemorado em 8 de março.

A pesquisa etnográfica tem como tema a relação entre algumas formas contemporâneas de engajamento e a amplificação dos espaços de aparição e diálogo entre mulheres negras brasileiras, propiciadas sobretudo pelas redes sociais e pelas novas mídias. O objetivo é refletir a respeito de como o termo "empoderamento" tem sido utilizado enquanto um dispositivo discursivo que agrega um conjunto diverso de experiências de inserção feminina e negra em espaços de poder.
A palestra é gratuita e será transmitida ao vivo a partir das 18h30 via Google Meet; para acesso ao link, é preciso enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até as 18 horas do dia 12/3.

Sobre o LE-E
O Laboratório de Experimentações Etnográficas (LE-E) é um grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da UFSCar, que, desde 2013, conta com pesquisadores de graduação e pós-graduação das mais variadas subáreas da Antropologia Social reunidos em torno de discussões sobre os desafios políticos, éticos e metodológicos de se confeccionar etnografias no antropoceno.

Saiba mais no site do LE-E (https://leeufscar.wordpress.com/le-e). Mais informações sobre o Instituto Mulheres e Economia (imuê), parceiro nesse evento, podem ser acessadas em instagram.com/institutoimue.

SÃO CARLOS/SP - O Conselho da Comunidade Negra de São Carlos, em parceria com a Secretaria de Cidadania e Assistência Social, por meio do Departamento de Direitos Humanos, realiza nesta sexta-feira (27/11), das 15h30 às 17h, uma transmissão ao vivo pela internet (live) dentro do programa “Diálogos Online Mês da Consciência Negra” uma para discussão com o tema “Movimento negro e seu papel na visibilidade de demandas sociais no contexto da pandemia da COVID-19”.

A mediação será da professora Carmelita Maria da Silva com a participação do professor doutor Dagoberto José Fonseca da UNESP de Araraquara, do assistente social Benedito Elson da Silva e de Valetim Donizete de Camargo do Projeto PROARA.

Para participar da transmissão da live basta clicar no link http://meet.google.com/qre-pntz-abd.

BRASÍLIA/DF - A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, lamentou hoje (20) a morte de um homem negro que foi espancado em um supermercado de Porto Alegre (RS), na noite de ontem (19), véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20). “A vida de mais um brasileiro foi brutalmente ceifada no estacionamento de um supermercado, no Rio Grande do Sul. As imagens são chocantes e nos causaram indignação e revolta”, escreveu a ministra em publicação nas redes sociais.

De acordo com ela, o ministério está formulando uma política de direitos humanos das vítimas de crimes. “Nós do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos estamos trabalhando para que nenhum pai de família, ou quem quer que seja, passe por situação semelhante”, destacou. “Chega de violência, chega de tanta barbárie. Temos muito trabalho pela frente para mudar essa realidade no país”, acrescentou.

O caso aconteceu quando a vítima, identificada como João Alberto Silveira Freitas, teria discutido com a caixa do estabelecimento. Ele foi conduzido pelo segurança da loja até o estacionamento, onde começou o espancamento. Um policial militar temporário fora de serviço (exerce apenas atividades administrativas e de guarda) também participou das agressões. Os dois foram presos em flagrante e podem ser enquadrados no crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Pelas redes sociais, Damares também se solidarizou com a família de João Alberto e colocou o ministério à disposição “para prestar toda assistência necessária”. “Sintam-se abraçados por nós”, escreveu. Ela ainda aproveitou para parabenizar a polícia gaúcha pela “rápida resposta e prisão dos responsáveis”.

 

 

*Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

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