CHINA - Ao menos 111 pessoas morreram e outras 230 ficaram feridas na madrugada desta terça-feira (19), ainda segunda-feira em Brasília, em um terremoto de magnitude 6,1 que provocou destruição na região noroeste da China, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.
O terremoto ocorreu à 0h59 no horário local (13h59 no horário de Brasília) a 10 km da superfície –por ser rasa, a profundidade pode aumentar o potencial de destruição do sismo.
Em um primeiro momento, o USGS (sigla em inglês para Serviço Geológico dos Estados Unidos) havia relatado que sua magnitude era de 6,0. Vários tremores secundários, menores, foram registrados.
A província de Gansu, no noroeste da China, sofreu os danos mais extensos. Autoridades da região disseram que casas desmoronaram. Equipes de resgate ainda fazem buscas por desaparecidos. O epicentro do tremor foi a 100 km a sudoeste da capital provincial, Lanzhou.
A província de Qinghai, vizinha a Gansu, também sofreu danos, segundo a agência de notícias Xinhua, e vários moradores saíram às pressas para as ruas. Uma equipe foi enviada às áreas atingidas para avaliar o impacto do terremoto e fornecer orientação às operações de socorro, segundo nota da Comissão Nacional de Prevenção, Redução e Alívio de Desastres da China e do Ministério de Gerenciamento de Emergências.
Algumas áreas atingidas pelo sismo estão localizadas em regiões altas, onde o clima é frio. As autoridades, portanto, se preocupam com outros fatores além do terremoto, segundo a Xinhua. A temperatura em Linxia, na província de Gansu, era de 14° Celsius negativos na manhã desta terça-feira. Parte da China enfrenta temperaturas abaixo de zero, já que uma onda de frio que começou na semana passada persiste no país.
Algumas infraestruturas de água, eletricidade, transporte, comunicações e outras foram danificadas pelo terremoto, mas as autoridades não forneceram detalhes.
Terremotos são fenômenos comuns na China. Em setembro, pelo menos 66 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em tremores na província de Sichuan, no sudoeste. Em 2008, a região foi cenário de um terremoto de magnitude 7,9 que deixou 87 mil mortos ou desaparecidos, incluindo milhares de estudantes.
POR FOLHAPRESS
TURQUIA - Um novo terremoto atingiu a Turquia nesta segunda-feira (27) e causou a morte de uma pessoa. Desta vez, o tremor foi de magnitude 5,2, segundo o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), e também deixou dezenas de prédios destruídos.
Há três semanas, o país e a Síria foram atingidos por um terremoto de magnitude 7,8. O fenômeno foi tão forte que gerou milhares de réplicas e matou mais de 50 mil pessoas.
O epicentro do novo tremor aconteceu na região leste do país, que foi fortemente afetada pelo terremoto de 6 de fevereiro. A prefeitura de Yesulyurt informou que diversos prédios foram destruídos e ainda contabiliza o número exato.
NOVA YORK - O saldo do terremoto de 6 de fevereiro na Turquia e na Síria ultrapassou 41.000 mortos na quinta-feira (16), segundo o balanço oficial atualizado, enquanto as Nações Unidas pediram US$ 1 bilhão para enfrentar a crescente crise humanitária.
Onze dias após o terremoto - um dos mais mortais dos últimos 100 anos - equipes de resgate conseguiram retirar uma adolescente de 17 anos e uma mulher de 20 anos dos escombros.
"Ela parecia bem de saúde. Ela abria e fechava os olhos", disse Ali Akdogan, um mineiro de carvão, depois de ajudar a resgatar Aleyna Olmez em Kahramanmaras, uma cidade perto do epicentro do terremoto.
No entanto, a esperança de encontrar sobreviventes diminuiu dramaticamente.
Muitos nas áreas afetadas enfrentam uma emergência paralela enquanto tentam recolher seus pertences no frio intenso, sem comida, água ou banheiros, aumentando as chances de que o desastre se agrave devido a doenças.
"As necessidades são enormes, as pessoas estão sofrendo e não há tempo a perder", disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em comunicado, pedindo fundos para ajudar as vítimas.
Guterres disse que as contribuições forneceriam alívio por três meses para 5,2 milhões de pessoas.
O dinheiro "permitiria que as organizações de ajuda aumentassem rapidamente o suporte vital" em áreas como segurança alimentar, proteção, educação, água e abrigo, acrescentou.
"Peço à comunidade internacional que intensifique e financie totalmente esse esforço crucial em resposta a um dos piores desastres naturais de nosso tempo."
- "No terceiro dia ela morreu"-
Autoridades e médicos informam que 38.044 pessoas morreram na Turquia e 3.688 na Síria desde o terremoto de 6 de fevereiro, totalizando 41.732 mortes confirmadas.
O terremoto, que ocorreu em uma das maiores zonas sísmicas do mundo, atingiu áreas altamente povoadas enquanto as pessoas dormiam e casas que não foram construídas para suportar as fortes vibrações do solo.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, rejeitou as acusações de que seu governo falhou em responder ao desastre natural mais mortal do país nos últimos tempos.
Para cada história milagrosa de sobrevivência, há outras de desilusão, nas quais entes queridos morrem nos escombros.
Hasan Irmak viu cinco parentes, incluindo sua filha Belinda, de seis anos, enterrados sob os escombros de sua casa na Síria, na cidade fronteiriça de Samandag.
"Ela estava viva por dois dias", disse o homem de 51 anos. "Falei com ela entre os escombros. E então ela perdeu toda a sua energia. No terceiro dia ela morreu. A ajuda veio no quarto dia."
A Turquia suspendeu as operações de resgate em algumas regiões e o governo sírio fez o mesmo em áreas sob seu controle.
Nesta quinta-feira, a Cruz Vermelha triplicou seu pedido de fundo de emergência para mais de US$ 700 milhões.
A situação no noroeste da Síria, controlado pelos rebeldes, é particularmente difícil, já que a ajuda demora a chegar a uma região devastada por anos de conflito.
"Não há eletricidade, nem água, nem saneamento", disse Abdelrahman Haji Ahmed à AFP em Jindayris, na fronteira com a Turquia, em frente à sua casa destruída.
"As vidas de todas as famílias são uma tragédia."
TURQUIA - Um terremoto de magnitude 7,8 matou mais de 4.300 pessoas na Turquia e na Síria. Segundo tremor mais forte em um século e mais letal dos últimos 24 anos, teve seu epicentro registrado em uma área já sensível a calamidades. Naturais, devido à região com alta concentração de eventos sísmicos, e humanas, notadamente devido aos agrupamentos de refugiados e deslocados internos pela guerra civil síria.
O abalo foi registrado na madrugada de segunda-feira (6), ainda noite de domingo (5) no Brasil. A princípio, vieram os primeiros relatos de prédios destruídos, já acompanhados pela expectativa de muitas mortes. Estas foram notificadas às dezenas por autoridades locais. Depois, às centenas e aos milhares cada novo anúncio fazia disparar o número de óbitos, sem contar as vítimas ainda presas nos escombros e não contabilizadas oficialmente.
Ao menos 2.379 pessoas morreram na Turquia, de acordo com a agência de desastres turca, no pior evento do tipo no país desde 1939. Já na Síria, o regime de Bashar al-Assad somou 1.300 mortos até aqui.
Houve, ainda, 700 mortes em áreas controladas por rebeldes, de acordo com os Capacetes Brancos, grupo formado por voluntários da Defesa Civil Síria, organização acostumada a realizar resgates de sobreviventes em edifícios atingidos por ataques aéreos durante a guerra civil que já dura 12 anos no país.
Segundo o governo turco, 14,4 mil pessoas ficaram feridas e 4.748 prédios desabaram. Na Síria, o número de feridos chega a 1.431 nas áreas controladas pelo regime e a mil em porções dominadas por rebeldes.
O epicentro do sismo foi registrado na região entre as cidades turcas de Gaziantepe e Kahramanmaras, a uma profundidade de 10 a 24 quilômetros, de acordo com os serviços geológicos dos EUA e da Alemanha. Os tremores puderam ser sentidos na capital turca, Ancara, no Chipre, no Líbano e também no Iraque.
Este primeiro tremor já mostrou ao mundo imagens como as vistas na cidade síria de Jandaris, onde barras de aço e roupas de residentes se misturavam aos escombros de um prédio em ruínas. Um jovem com a mão enfaixada disse que 12 famílias viviam no local. Nenhuma havia saído desde o tremor. Para Abdul Salam al Mahmoud, um sírio de Atareb, o cenário parecia de apocalipse.
Horas depois do episódio, a mídia estatal ligada ao regime de Assad informou que novo tremor foi sentido na capital, Damasco, sem fornecer detalhes sobre a magnitude. Por volta das 8h desta segunda-feira, no horário de Brasília, um novo sismo de magnitude 7,5 também foi detectado no sudeste da Turquia.
O terremoto atingiu uma zona remota e pouco desenvolvida da Turquia, o que agrava o desafio das equipes de emergência. Autoridades relataram mais de 50 réplicas dos tremores nas primeiras dez horas seguintes ao sismo inicial e alertaram que outras devem ser registradas durante os próximos dias.
Imagens nas redes sociais logo mostraram os efeitos imediatos da tragédia, com o desabamento de construções, resgates dramáticos de crianças e o trabalho delicado dos socorristas. A transmissão da rede de TV estatal TRT exibiu moradores saindo às ruas sob neve para avaliar os estragos em alguns locais como em Damasco, Aleppo e Hama.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, manifestou solidariedade às vítimas e destacou que os serviços de emergência e resgate atuarão em conjunto, sob coordenação da Autoridade de Gerenciamento de Desastres e Emergências. "Esperamos superar esse desastre juntos, o mais rapidamente possível." Ele declarou luto oficial de sete dias no país pelas vítimas do terremoto.
A região de Gaziantepe, muito atingida, é um importante centro industrial da Turquia. Atravessado por grandes falhas geológicas, o país está entre os mais propensos a tremores no mundo. Em 1999, um sismo de 7,4 sacudiu Izmit, no noroeste, deixando mais de 17 mil mortos e 500 mil desabrigados.
Em 2011, um tremor de 7,1 na província de Van matou mais de 600 pessoas. Em janeiro de 2020, 40 pessoas morreram depois de um sismo de magnitude 6,8 na província de Elazing. Meses depois, em novembro, novo episódio em Esmirna fez quase cem vítimas e provocou um minitsunami que inundou cidades próximas e provocou danos severos na costa da Grécia.
A Turquia está sobre o encontro de duas placas tectônicas uma espécie de bloco que flutua sobre o manto, uma das camadas no interior da Terra. As placas podem se mexer, de forma divergente (movendo-se em direções contrárias), convergente (chocando-se uma contra a outra) e transformante (movendo-se lateralmente); os dois últimos movimentos costumam causar terremotos.
Diversos países se prontificaram a enviar ajuda. Em nota, o Itamaraty manifestou solidariedade às autoridades turcas e sírias e disse que, por meio da Agência Brasileira de Cooperação, providenciará formas de oferecer ajuda humanitária para os atingidos. O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que não há, até o momento, notícias de brasileiros mortos ou feridos e que as embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, assim como o consulado em Istambul, estão acompanhando os desdobramentos.
O governo de Vladimir Putin, na Rússia, disse que dois aviões Ilyushin-76, da era soviética, estão com equipes de resgate disponíveis para voar à Turquia. O russo tem importantes laços com Assad, a quem apoia na guerra civil síria, e com Erdogan, que flerta entre a Otan, a aliança militar ocidental, e Moscou.
Na mesma toada, o governo da Ucrânia se prontificou a enviar "um grande grupo de resgate". O americano Joe Biden disse estar profundamente entristecido pelo terremoto, e a Casa Branca anunciou o envio de duas equipes de resgate, com 79 pessoas cada uma, para ajudar Ancara nas buscas por sobreviventes.
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, também anunciou o envio de equipes de emergência à Turquia e disse que pretende fazer algo semelhante pela Síria. A União Europeia, por sua vez, afirmou que dez grupos de resgate foram mobilizados de Bulgária, Croácia, República Tcheca, França, Grécia, Holanda, Polônia e Romênia para apoiar os esforços na Turquia.
AFEGANISTÃO - Um terremoto no nordeste do Afeganistão matou pelo menos oito pessoas, nesta segunda-feira (5). O número pode aumentar, segundo informações da agência de notícias estatal citando uma autoridade regional.
O terremoto de magnitude 5,3 ocorreu perto da cidade oriental de Jalalabad nas primeiras horas de hoje, declarou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
“O terremoto de domingo à noite causou perdas financeiras e humanas na província de Kunar”, disse Mawlavi Najibullah Hanif, porta-voz do governador da província, à agência de notícias Bakhtar, acrescentando que as baixas podem aumentar.
“O terremoto de domingo à noite causou perdas financeiras e humanas na província de Kunar”, disse Mawlavi Najibullah Hanif, porta-voz do governador da província, à agência de notícias Bakhtar, acrescentando que as baixas podem aumentar.
Os relatórios iniciais estimam o número de vítimas do terremoto em seis, com nove feridos, disse o porta-voz do Ministério de Desastres, Mohammad Nassim Haqqani.
O Afeganistão ainda está se recuperando de um forte terremoto em junho que matou mais de 1.000 pessoas e destruiu vilarejos no leste.
Mohammad Yunus Yawarda ReutersCharlotte Greenfielddo CNN Brasil Business
HAITI - O número de mortes após o grande terremoto que atingiu a região sudoeste do Haiti no último fim de semana subiu para 1.941 nessa terça-feira (17). A busca por sobreviventes foi retomada após a passagem da tempestade tropical Grace, com os haitianos atingidos pela tragédia clamando por alimentos, abrigos e ajuda médica.
Os hospitais enfrentam enormes dificuldades para atender a todos os feridos, que chegaram a 9.915, com muitas pessoas ainda desaparecidas ou presas sob os escombros, informou o Serviço de Proteção Civil.
"Não havia médicos suficientes, e agora ela está morta", disse Lanette Nuel, sentada apaticamente ao lado do corpo de sua filha do lado de fora do principal hospital de Les Cayes, uma das cidades mais castigadas tanto pelo tremor quanto pela chuva e pelos fortes ventos da tempestade.
A mulher morta, de 26 anos, que era também mãe de duas crianças, foi atingida por escombros durante o terremoto de magnitude 7.2. "Nós chegamos ontem à tarde, ela morreu hoje de manhã. Eu não posso fazer nada", disse a mãe.
O terremoto de sábado (14) provocou o desabamento de dezenas de milhares de prédios no país mais pobre das Américas, que ainda se recuperava de outro tremor de 11 anos atrás, que matou mais de 200 mil pessoas.
As iniciativas de resgate e auxílio estavam complicadas por causa do difícil acesso e do estado das estradas que ligam a capital Cabul à região sul, devido ao controle de pontos importantes por gangues. Inundações e deslizamentos na passagem da tempestade tropical Grace, que seguiu para a Jamaica, dificultaram ainda mais os esforços.
* Reportagem adicional de Herbert Villarraga e Robenson Sanon
*Por Laura Gottesdiener e Ricardo Arduengo - Repórteres da Reuters
HAITI - O terremoto de magnitude 7,2 que atingiu o Haiti no sábado (14) já matou pelo menos 29 pessoas e deixou dezenas de feridos, derrubou igrejas, hotéis e casas, na mais recente tragédia a atingir o país caribenho envolto em crises humanitária e política.
Seguido por uma série de choques posteriores, o tremor teve seu epicentro 8 quilômetros ao sul de Petit Trou de Nippes, cidade a cerca de 150 quilômetros a oeste da capital, Porto Príncipe, e teve uma profundidade de 10 quilômetros, afirmou a agência geológica norte-americana Geological Survey.
O tremor foi sentido até em Cuba e na Jamaica e é potencialmente maior do que o terremoto de magnitude 7 de 11 anos atrás, que matou dezenas de milhares de pessoas na nação mais pobre das Américas.
Este terremoto, que ocorreu por volta das 8h30, horário local - foi mais longe da capital. Foi sentido em Porto Príncipe, mas não parece ter causado grandes danos, segundo testemunhas da Reuters, o que significa que provavelmente haverá menos mortes do que no devastador desastre de 2010.
A maior cidade mais próxima foi Les Cayes, com população de aproximadamente 126 mil pessoas, onde muitos prédios desabaram ou sofreram grandes danos, de acordo com as autoridades, que disseram que estavam procurando sobreviventes nos destroços.
“Contamos um total de 29 mortes até agora e uma quantidade importante de feridos”, afirmou o diretor de Proteção Civil, Jerry Chandler, em entrevista coletiva.
O primeiro-ministro Ariel Henry declarou estado de emergência de um mês.
Em Lee Cayes, moradores disseram que houve breves enchentes na cidade costeira. Houve pânico por medo de um tsunami, mas a água teria recuado em seguida. Veículos de imprensa do Haiti relataram que algumas pessoas da região costeira já haviam fugido para áreas mais altas.
O presidente norte-americano Joe Biden autorizou uma resposta imediata dos Estados Unidos ao terremoto e nomeou Samantha Power, administradora da Agência para Desenvolvimento Internacional, para coordenar a operação.
*Por Andre Paultre e Sarah Marsh - Repórteres da Reuters
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