Jornalista/Radialista
EUA - Os legisladores republicanos aprovaram, um projeto de lei na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que aumenta o muro na divisa com o México e restringe o acesso ao asilo, coincidindo com fim da restrição fronteiriça vinculada à pandemia.
O Partido Republicano acusa os democratas de terem perdido o "controle operacional" da fronteira e acredita que a situação vai piorar quando deixar de vigorar o Título 42, uma regra implementada durante a emergência de saúde para frear a transmissão de covid-19, mas que foi utilizada quase 2,8 milhões de vezes para expulsar imigrantes ao impedi-los de pedir asilo.
Com 219 votos a favor e 213 contrários, os republicanos aprovaram a chamada Lei de Segurança da Fronteira de 2023. O projeto prevê retomar a construção do muro fronteiriço iniciado pelo ex-presidente Donald Trump, mas tem poucas chances de prosperar no Senado, onde os democratas têm maioria, e o próprio presidente Joe Biden já adiantou que vai vetá-lo se um dia ele chegar à sua mesa.
Os republicanos "tomam medidas para lidar com o caos nas fronteiras [...] apresentando uma legislação que apoiará nossos agentes [...] e colocará fim à crise fronteiriça de Biden", afirmou o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
O projeto de lei também cria obstáculos para o acesso ao asilo e às permissões humanitárias temporárias nos Estados Unidos, estabelecendo uma série de condições para a tramitação dos pedidos.
Além disso, ele endurece os requisitos para as chamadas entrevistas de "elegibilidade", nas quais é avaliada a possibilidade de a pessoa ser perseguida ou torturada caso retorne a seu país.
Também autoriza a retenção das famílias de imigrantes em centros de detenção até que um juiz decida sobre seus casos, e aprova a deportação para um país que não seja o de sua nacionalidade nem o último onde tenham residido.
Apesar da grande chance de o projeto se tornar letra morta, o texto poderia ser usado como ponto de partida para eventuais negociações entre os partidos sobre a reforma migratória.
Na semana passada, um grupo de senadores apresentou um projeto de lei - apoiado por republicanos e democratas moderados - que prolongaria o Título 42, reformulado, por dois anos, independentemente de qualquer emergência de saúde pública.
CHILE - A contundente vitória do Partido Republicano na eleição do conselho encarregado de escrever uma nova Constituição pôs em evidência o crescimento das forças conservadoras no Chile, lideradas pelo pragmático José Antonio Kast.
A votação de domingo soou como uma severa advertência para o presidente Gabriel Boric, jovem liderança da renovação progressista na América Latina, mas não alterou de momento a relação de forças no Parlamento chileno, que segue dominado pela direita e esquerda tradicionais.
Entregou, no entanto, ao ultraconservador Partido Republicano a possibilidade de escrever praticamente à sua maneira a nova Carta Magna.
Com 23 dos 51 assentos da Assembleia Constituinte, a legenda pode vetar qualquer normativa, e caso consiga poucos votos da direita tradicional também tem a possibilidade de rejeitar as leis previamente aprovadas pelo Conselho de Especialistas.
Desde 2019, o Chile está empenhado em substituir a Constituição deixada pela ditadura de Augusto Pichonet (1973-1990), um processo de reescritura que inclui uma primeira tentativa falida e ao qual os republicanos sempre se opuseram.
Contrários ao aborto, com um discurso anti-imigrantes e centrado na segurança pública, os republicanos conseguiram, em apenas quatro anos, se tornar o partido político mais votado desde a redemocratização.
José Antonio Kast foi crescendo desde outubro, quando passou a liderar as pesquisas presidenciais com vista às eleições de 2025. A pesquisa do instituto Cadem lhe deu, na semana passada, quase 20% da preferência dos entrevistados, seguido da prefeita direitista Evelyn Matthei. Boric, de 37 anos, não pode concorrer à reeleição.
Kast fundou o partido em junho de 2019, após deixar a também muito conservadora União Democrata Independente (UDI) e se colocar como alternativa à direita tradicional. "Deixamos de transmitir as ideias que defendíamos', disse em sua carta de saída.
Depois de anos turbulentos pelos protestos sociais que eclodiram em outubro de 2019, pela pandemia, por um declínio econômico e por uma crise de segurança pública e de imigração irregular, as ideias de "ordem e segurança" dos republicanos conseguiram convencer grande parte da sociedade chilena.
"É um partido de extrema direita com um projeto de restauração cultural, que questiona fortemente a direção que a direita tradicional tomou ao se aproximar das posições de centro e inclusive pegar algumas ideias de centro-esquerda", explica o cientista político da Universidade de Santiago, Marcelo Mella.
- Aceitar as regras democráticas -
Os republicanos declaram acreditar em Deus sem aderir a nenhuma religião e promovem "a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher".
Nostálgicos de Pinochet, qualificam de "pronunciamento" (pronunciamento, em tradução literal) o Golpe de Estado que o militar liderou contra o socialista Salvador Allende e quando falam de sua ditadura, a chamam de "governo militar".
"As direitas radicais frequentemente se caracterizam por aceitar as regras da democracia, mas corroem certos princípios dela". Têm, por sua vez, a capacidade "de moderar o discurso", explica Stéphanie Alenda, diretora de pesquisa da Faculdade de Educação e Ciências Sociais da Universidade Andrés Bello.
Na América Latina, compartilham o ultraconservadorismo em matéria de valores com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o salvadorenho Nayib Bukele. Kast é ainda mais liberal na economia e compartilha com o americano Donald Trump a dimensão patriótica, de defesa dos símbolos e fronteiras sob rígido controle.
No Chile, esse movimento surgiu como espelho da radicalização da esquerda, em um contexto de aborrecimento e descontentamento social e visão muito crítica sobre a incapacidade da política tradicional de entregar soluções, segundo Alenda.
- "Extremista em que?" -
Em sua vida política, Kast, de 57 anos, raramente perde a compostura e mantém sempre um sorriso, apesar das críticas ou dos ataques que recebe.
"Dizem que sou extremista, mas extremista em que?", se perguntou na última campanha presidencial, que perdeu para o jovem esquerdista Gabriel Boric.
"Não tem a estridência de um (Javier) Milei ou de Bolsonaro. Está muito longe dessa estridência em termos de psicologia pessoal", disse Eugenio Guzmán, decano da Faculdade de Governo da Universidade do Desenvolvimento.
Advogado pela Universidade Católica, é casado há mais de trinta anos com María Pía Adriasola, com quem compartilha a profissão e tem nove filhos.
"É uma liderança da extrema direita que nasce de uma sensibilidade culturalmente restauradora, mas que com o passar do tempo deu mostras de um pragmatismo muito forte", destaca Marcelo Mella.
Desde abril de 2022, preside a Political Network for Values (PNFV), uma rede internacional contra o aborto, onde sucedeu Katalin Novak, presidente da Hungria.
SÃO CARLOS/SP - A 6ª feira começou sem sinalização semafórica no cruzamento entre as ruas Riachuelo e General Osório, no Centro de São Carlos, mas por quê?
Simplesmente, porque os fios do semáforo foram furtados nesta madrugada. A guarda Municipal esteve no local e registrou a ocorrência.
O pessoal da elétrica da prefeitura estava no local resolvendo o problema.
SÃO CARLOS/SP - O Grupo de Apoio Motorizado (GAM) em patrulhamento pela Avenida São Carlos, avistou um indivíduo carregando um grande volume enrolado em uma coberta, o que chamou a atenção dos GMs.
Ao efetuar a abordagem, objeto era um botijão de gás (P13), como o sujeito estava nas proximidades do cemitério Nossa Senhora do Carmo, os Guardas municipais desconfiaram que o objeto pertencia ao cemitério, e foram averiguar. No local visualizaram a porta da cozinha arrombada e faltava o botijão no fogão. Foi solicitado a presença do responsável, e o mesmo afirmou que o objeto era do velório municipal.
Diante dos fatos foi dado voz de prisão a P.R.R.C (32 anos), e conduzido à Central de Polícia Judiciária, onde o delegado ratificou a prisão e o recolheu a cadeia pública.
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