Jornalista/Radialista
Roubos em geral, de carga, furtos de veículo e latrocínios registraram menor número da série histórica no acumulado do ano
PIRACICABA/SP - A região de Piracicaba encerrou novembro com queda nos casos de roubos em geral, latrocínios e furtos de veículos. De janeiro a novembro, todos estes indicadores, assim como os roubos de carga, atingiram o menor registro da série histórica, iniciada em 2001. Os roubos a banco permaneceram zerados no mês, porém, apresentaram queda no acumulado do ano.
A análise dos dados criminais usa como referência o mês de novembro e os onze primeiros meses de 2019, período pré-pandemia em que não houve restrição da circulação das pessoas. Nos últimos dois anos, São Paulo viveu um período de grande isolamento social, causado pela pandemia do coronavírus, que impactou diretamente a dinâmica criminal. Em 2020, a média de pessoas que permaneciam em suas casas, medida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), foi de 45%. Já em 2021, o número ficou em 42%. O índice de isolamento social, amplamente divulgado nos dois anos, foi calculado pelo IPT com base em informações sobre a movimentação de celulares, fornecidas pelas prestadoras de serviços de telecomunicação.
Os roubos em geral recuaram de 512 para 454 delitos, queda de 11,3% no mês passado. De janeiro a novembro, a redução foi de 19,4%, passando de 6.648 para 5.360. Tanto no mês quanto no acumulado do ano, estes foram os menores totais já registrados em 22 anos, não considerando 2020 e 2021, anos afetados pela pandemia.
Os furtos de veículos no décimo primeiro mês do ano caíram 23,3%, de 580 para 445. Nos 11 primeiros meses do ano, o recuo foi de 14,2%, passando de 5.575 para 4.783 ocorrências. Estes foram os menores totais registrados na série histórica no período acumulado.
De janeiro a novembro, os índices de latrocínios caíram de nove para seis boletins, alcançando assim a marca histórica de menor total já registrado desde 2001. Em novembro, o indicador também reduziu de duas para uma ocorrência.
Os roubos de carga também atingiram o menor patamar em 22 anos, com redução de 47,5%, passando de 265 para 139 registros, no acumulado do ano. Já no mês, o indicador se manteve igual, com 17 registros cada.
Os estupros reduziram 1,9% nos onze primeiros meses do ano, passando de 677 para 664 casos. Em novembro, este indicador cresceu 5,1%, de 59 para 62.
Os homicídios dolosos passaram de 12 para 16 registros no mês. Outro crescimento aconteceu nas ocorrências de furtos em geral, que foram de 2.134 para 2.181, aumento de 2,2%.
Os roubos de veículos oscilaram de 176 para 241 no décimo primeiro mês deste ano, ou seja, alta de 36,9%. Já os roubos a banco, que permaneceram zerados no mês, recuaram de 1 para 0 boletins de janeiro a novembro.
Produtividade
O trabalho das polícias paulistas na região de Piracicaba, no mês de novembro, resultou em 1.026 prisões de adultos e apreensões de adolescentes infratores. Foram retiradas das ruas 54 armas de fogo ilegais, registrados 206 flagrantes por tráfico de entorpecentes e apreendidas 2 toneladas de drogas e 279 veículos recuperados.
Operação Sufoco
A redução dos indicadores criminais é resultado da Operação Sufoco, que dobrou o número de policiais nas ruas da capital, a partir de maio, por meio de diárias extras. Posteriormente, a operação foi expandida para todo o estado, com reforço do policiamento, integrando policiais civis, militares e guardas municipais.
Nos primeiros 232 dias, completados no último dia 21, mais de 5,1 mil veículos foram recuperados e outros 1,7 milhão vistoriados. Além disso, 27,8 mil pessoas foram presas ou apreendidas, por mandado ou em flagrante. Durante a Operação Sufoco, as polícias apreenderam mais de R$ 1 milhão e recuperaram 6,4 mil celulares furtados ou roubados.
Dados estatísticos
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Ucrânia – A Ucrânia disse nesta segunda-feira que abateu todos os drones russos em uma onda maciça de ataques, depois que Moscou lançou uma terceira noite consecutiva sem precedentes de ataques aéreos contra alvos civis, intensificando a guerra aérea no feriado de Ano Novo.
Enquanto isso, autoridades russas estavam abaladas com relatos de que um grande número de soldados russos havia sido morto em um ataque a um dormitório onde estavam alojados na Ucrânia ocupada ao lado de um depósito de munição. Kiev e blogueiros nacionalistas russos disseram que centenas de soldados russos morreram. Autoridades instaladas pela Rússia falaram de muitas baixas sem fornecer um número.
A Rússia realizou no ano novo ataques noturnos a cidades ucranianas, incluindo Kiev, a centenas de quilômetros das linhas de frente. Isso marca uma mudança de tática depois de meses em que Moscou costumava espaçar esses ataques com cerca de uma semana de intervalo.
Depois de disparar dezenas de mísseis em 31 de dezembro, a Rússia lançou dezenas de drones Shahed de fabricação iraniana em 1 e 2 de janeiro. Mas Kiev disse na segunda-feira que abateu todos os 39 drones na última onda, incluindo 22 na capital.
Kiev afirmou que a nova tática é um sinal do desespero da Rússia, já que a capacidade da Ucrânia de defender seu espaço aéreo melhorou.
A Rússia tentou destruir a infraestrutura de energia da Ucrânia por meses, mas falhou quando a Ucrânia obteve melhores defesas, disse o chefe de gabinete presidencial Andriy Yermak no Telegram.
“Agora eles estão procurando rotas e tentativas de nos atingir de alguma forma, mas suas táticas de terror não funcionarão. Nosso céu se transformará em um escudo.”
O presidente Volodymyr Zelenskiy elogiou os ucranianos por mostrarem gratidão às tropas e uns aos outros e disse que os esforços da Rússia serão inúteis.
“Drones, mísseis, tudo mais não vai ajudá-los”, declarou ele sobre os russos. “Porque estamos unidos. Eles estão unidos apenas pelo medo.”
Os sistemas de defesa aérea da Ucrânia trabalharam durante a noite para derrubar os drones que chegavam e alertar as comunidades sobre o perigo que se aproximava.
“Está muito alto na região e na capital: ataques noturnos de drones”, disse o governador de Kiev, Oleksiy Kuleba.
“Os russos lançaram várias ondas de drones Shahed. Visando instalações de infraestrutura vitais. A defesa aérea está funcionando.”
A Rússia, que afirma ter anexado cerca de um quinto da Ucrânia, voltou-se para ataques aéreos em massa contra cidades ucranianas desde que sofreu derrotas humilhantes no campo de batalha no segundo semestre de 2022.
Moscou diz que seus ataques, que reduziram o aquecimento e a energia de milhões no inverno, visam diminuir a capacidade de combate de Kiev. A Ucrânia afirma que os ataques não têm propósito militar e visam ferir civis, um crime de guerra.
BRASÍLIA/DF - Como parte de dezenas de atos que assinará neste primeiro dia de governo, Luiz Inácio Lula da Silva revogará decisões de Jair Bolsonaro, segundo o ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha.
A expectativa é de que o presidente faça um revogaço, que incluirá alterar os decretos de armas de Bolsonaro, citado pelo presidente na cerimônia de posse. Questionado sobre quais seriam as outras medidas, além das armas, Padilha mencionou os sigilos de cem anos.
Bolsonaro impôs sigilo a diferentes atos, como um processo disciplinar contra o ex-ministro Eduardo Pazuello e as informações de acesso ao Palácio do Planalto, por exemplo. O caso mais midiático foi a restrição aplicada ao cartão de vacinação do presidente, que diversas vezes questionou a gravidade da covid-19.
Enquanto Lula criticava, em discurso no parlatório do Palácio do Planalto, o governo Jair Bolsonaro, seus apoiadores gritaram “sem anistia”.
Recentemente, Flávio Dino (PSB), que comandará o Ministério da Justiça, afirmou ao UOL que não haverá anistia para crimes cometidos antes do início do novo governo e que as investigações em curso no país continuarão sendo realizadas.
por Diego Ferron / ISTO É DINHEIRO
CROÁCIA - A Croácia adotou o euro como moeda, neste domingo (1º), e se integrou ao espaço Schengen de livre-circulação, dois grandes passos para este pequeno país dos Bálcãs, que entrou na União Europeia (UE) há cerca de uma década.
À meia-noite de domingo (20h de sábado, 31, em Brasília), os croatas se despediram não apenas de 2022, mas também de sua moeda, a kuna.
O país se tornou, assim, o 20º país da zona do euro, dos 27 que formam a UE. Também passou a ser o 27º Estado a aderir ao espaço Schengen, uma ampla região com mais de 400 milhões de europeus que podem viajar livremente, sem controles nas fronteiras domésticas.
Este espaço é integrado principalmente por países da UE, além de Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
A presidente da Comissão Europeia (braço executivo da UE), Ursula von der Leyen, chegou neste domingo ao país do Bálcãs para celebrar estes dois acontecimentos.
"Não há nenhum lugar na Europa onde o ideal (europeu) seja mais verdadeiro do que aqui na Croácia", tuitou Von der Leyen.
A presidente da Comissão se reuniu, primeiro, com o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, e com o presidente esloveno, Pirc Musar, em um posto fronteiriço entre a Croácia e a Eslovênia. De lá, seguiu para a capital croata, Zagreb.
"É um dia que será lembrado nos livros de história", destacou Von der Leyen em declarações no posto fronteiriço, enquanto Plenkovic disse se tratar de um "momento histórico".
A Croácia se tornou independente da Iugoslávia em 1991, após uma guerra em que morreram cerca de 20.000 pessoas e, desde julho de 2013, fazia parte da UE.
As entradas na zona do euro e no espaço Schengen representam "dois objetivos estratégicos para alcançar uma maior integração na UE", destacou o premier croata, na última quarta-feira (27).
Diante da atual crise energética, acentuada pela guerra na Ucrânia, a economia croata sofreu em novembro com uma inflação de 13,5%, superior à média de 10% na zona do euro.
Em uma mensagem de vídeo divulgada hoje, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse esperar que o euro traga "estabilidade e solidez monetária" ao país.
- Medo da inflação -
O presidente do Banco Central da Croácia, Boris Vujcic, sacou euros em um caixa eletrônico em Zagreb, em um gesto simbólico de boas-vindas à nova moeda.
O euro "trará, certamente, maior estabilidade e segurança econômica", disse Ana Sabic, uma diretora dessa instituição, à AFP.
A moeda única já está muito presente na Croácia, um país turístico, onde 80% dos depósitos bancários são nesta moeda, e a maioria dos clientes internacionais de suas empresas provém de países que usam a moeda única europeia.
A população em geral teme, no entanto, que a mudança da moeda aumente a inflação.
"Vamos sentir falta da nossa kuna, porque os preços vão subir disparar", lamentou o aposentado Drazen Golemac, de 63 anos, que mora em Zagreb, alguns dias antes da mudança de moeda.
Muitos celebram, no entanto, o fim dos controles fronteiriços com a entrada no espaço Schengen. Esta decisão também vai fortalecer o setor do turismo, em um país que recebeu, no último ano, um número de visitantes quatro vezes superior à sua população de quase 4 milhões de habitantes.
Vários ministros croatas se reuniram depois da meia-noite com outros líderes de países vizinhos, como Eslovênia e Hungria, para celebrar a incorporação ao espaço de livre-circulação.
"Esta noite celebramos o Ano Novo e uma nova Europa com a Croácia no Schengen", declarou o ministro croata do Interior, Davor Bozinovic, de um posto de fronteira esloveno.
Ao todo, 73 postos de fronteira pararam de fazer verificações a partir de hoje.
No caso dos aeroportos, o fim dos controles será em 26 de março, por motivos técnicos.
Zagreb vai monitorar, por sua vez, de forma restritiva, a chegada de migrantes clandestinos de países vizinhos não pertencentes à UE, como Bósnia, Montenegro e Sérvia.
A Croácia fica no meio da rota dos Bálcãs Ocidentais, usada por muitos migrantes, assim como por traficantes de armas, de drogas e de pessoas.
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