Jornalista/Radialista
RIO DE JANEIRO/RJ - No final da tarde deste sábado (12), acabou a repescagem da seletiva olímpica de natação no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Ao final dos dois dias de provas, a única atleta que conseguiu se garantir nos Jogos de Tóquio foi Viviane Jungblut. Nadando sozinha, ela cravou 16:14:00 na prova dos 1500 metros livre. Com essa marca, ela foi mais rápida do que o índice A (16:32.04) e ainda bateu o recorde brasileiro da distância.
Ela superou também Betina Lorscheitter, que fez 16:27.73 na seletiva de abril. Dessa forma, nessa prova, o Brasil será representado pela Viviane e pela Beatriz Dizotti, que fez 16min22s07 na prova disputada em abril. A gaúcha Viviane ainda tentou neste sábado o índice dos 800 livre (8:33.36). Mas ficou distante, com os 8:41.94.
Alexia Assunção nadou a prova dos 200 metros costas, marcando 2:18.93, e os 100 metros costas, com o tempo de 1:04.43. Maria Luiza Pessanha, nos mesmos 100 metros costas, fez 1:02.69. Vinicius Assunção fez 49.53 na prova dos 100 metros livre na manhã deste sábado e não alcançou o direito de nadar à tarde. Dessa forma, o trio não obteve os indices e está fora dos Jogos Olímpicos. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) abriu essa nova oportunidade para atender aos nadadores que estavam infectados com a covid-19 em abril durante a realização da seletiva principal. A seleção brasileira de natação irá à Tóquio com 23 nadadores.
Hoje não deu índice, mas elas foram espetaculares!
— CBDA (@CBDAoficial) June 12, 2021
Parabéns, meninas ?
Resultados oficiais: https://t.co/XDjVW75gBP
Fotos: https://t.co/oAhPgg6UkF#SeletivaOlimpicadeNatacao #NatacaoNasOlimpiadas #Tokyo2020 pic.twitter.com/Mf5vqhe67k
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional
BRASÍLIA/DF - A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) aprovou neste último sábado (12) o envio de 3 milhões de doses da vacina da Janssen, da Johnson & Johnson, ao Brasil. De acordo com ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os imunizantes chegarão na terça-feira (15) no país.
O prazo de validade da vacina aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de três meses. A agência reguladora brasileira analisa a possibilidade de ampliar para quatro meses e meio. A decisão de estender a validade foi aprovada pelo FDA na última quinta-feira (10).
Segundo Queiroga, as vacinas serão distribuídas para as capitais por conta da logística e têm validade até o dia 27 de junho, que poderá ser estendido até o dia 8 de agosto caso seja prorrogado pela Anvisa.
“Assim temos mais agilidade em entregar essas doses à população brasileira”, explicou Queiroga. De acordo com ministro, o imunizante assegura 85% de segurança em casos severos de covid-19.
A vacina da Janssen é aplicada em dose única. A previsão é que o imunizante comece a ser distribuído aos estados em 48 horas, ou seja, a partir de quinta-feira (17). O ministro da Saúde informou ainda que houve um desconto de 25% no valor dos imunizantes e que o pagamento acontecerá apenas pelas doses, de fato, aplicadas.
Copa América
Segundo Queiroga, os membros da delegação venezuelana que estão no Brasil para participar da Copa América foram testados positivos para covid-19 estão em quarentena, isolados. Ao todo, oito jogadores e quatro integrantes da equipe permanecerão no país até testarem negativo para a doença.
A competição começa neste domingo (13), a partir das 18h (horário de Brasília), com Brasil e Venezuela se enfrentando no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Há suspeita de quatro casos de covid-19 entre jogadores da seleção da Bolívia. No entanto, a Conmembol ainda aguarda os resultados dos exames tipo RT-PCR para confirmar ou não os casos. A seleção boliviana joga contra o Paraguai na segunda-feira, às 18h, em Goiânia.
*Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - Mais um golpe foi registrado na Polícia Civil, nesta semana, desta vez a vítima foi uma idosa de 72 anos, moradora na Vila Costa do Sol, em São Carlos.
De acordo com informações, a senhora recebeu uma ligação, onde o homem se apresentou como namorado de sua neta e que teria sofrido um acidente no trânsito, e por isso precisava de R$ 3.800,00 naquele momento. No desenrolar do papo o bandido disse que se ela tivesse a grana na sua residência uma pessoa passaria para pegar. Mais tarde o homem de aproximadamente 42 anos e com uma tatuagem, passou na casa da vítima e pegou o dinheiro.
Algumas horas após o golpe, a vovó ligou para neta para saber como o ‘namorado’ estava, foi quando percebeu que havia caído no golpe.
Estudo internacional, em parceria com a Itália, evidencia desafios do cotidiano na Educação Infantil durante a pandemia de Covid-19
SÃO CARLOS/SP - Junto à crise sanitária, a crise educacional é uma das principais implicações da pandemia de Covid-19, com impactos na atual geração de crianças e grandes desafios para oferta de ensino significativo e com qualidade. Na permanência do atendimento não presencial e de ensino remoto, a problemática se aprofunda no caso das instituições de Educação Infantil, que atendem crianças de 0 a 5 anos.
Justamente para mapear, analisar e compreender a organização da prática educativa na Educação Infantil em contexto não presencial durante a pandemia, o Centro de Pesquisa da Criança e de Formação de Educadores da Infância (Cfei) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu pesquisa em parceria com a Università degli Studi Roma Tre (UniRoma Tre), no âmbito de convênio internacional, coordenado na UFSCar por Aline Sommerhalder, docente no Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTTP) e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e uma das diretoras do Cfei.
O estudo investigou o tema junto a cerca de 450 profissionais atuantes nos dois países, sendo 150 no Brasil, entre professoras e outras educadoras de instituições municipais de Educação Infantil, coordenadoras pedagógicas e diretoras. A coleta de dados incluiu a aplicação de questionários online, no período de abril a junho de 2020.
No Brasil, a maior parte do grupo participante foi de profissionais mulheres (92,6%), na faixa etária de 31 a 60 anos (84,2%), atuantes principalmente no setor municipal de ensino (78,4%). Muitas são pedagogas (72%) com pós-graduação (69,6%), sendo, portanto, profissionais com alto nível de formação (especialização, mestrado ou doutorado) e experiência, com 5 a 25 anos de atuação profissional (68,2%).
Os resultados brasileiros evidenciaram, dentre outros pontos, a transferência de responsabilidades às famílias e, de outro lado, a inexistência de condições para exercício adequado das atividades escolares no ambiente doméstico.
Dados já sistematizados no estudo mostram que a maior preocupação das profissionais brasileiras (91%) dizia respeito, no momento inicial da pandemia, à condição emocional das crianças e à expressão de uma mensagem tranquilizadora às famílias. Além disso, grande parte das educadoras (89%) almejava a continuidade do trabalho educativo - antes feito nas escolas - no contexto doméstico, com foco no brincar e nas aprendizagens. As participantes (86%) também consideram que a memória da escola é um elemento de grande relevância nas intenções educacionais no cenário de distanciamento. Ou seja, que as famílias se tornam responsáveis, no trabalho escolar remoto, por manter a memória da escola viva nas crianças, desenvolvendo atividades do cotidiano da Educação Infantil, como contação de histórias, cantigas, uso de brinquedos como massinha de modelar e materiais como papéis, lápis de cor ou giz de cera, bem como experiências de recorte e colagem.
Assim, os resultados da investigação anunciam uma demanda às famílias, de modo que as crianças consigam manter o vínculo com as profissionais e a memória de viver a infância no cotidiano da Educação Infantil, além das novas aprendizagens. Das respostas, 93% indicam que os familiares precisam criar e sustentar um espaço lúdico nos espaços domésticos, considerando o brincar como um eixo organizador das práticas de cuidar e de educar.
Na perspectiva das educadoras brasileiras, as demandas para as atividades não presenciais que se voltam às famílias são diversas, e a pesquisa também busca compreender em quais condições as escolas e as profissionais conseguem dar suporte às crianças e às famílias para a manutenção dessas atividades, e se os familiares conseguiram promover as adequações necessárias nos contextos domésticos.
Didattica a Distanza
Na caracterização da realidade dos países estudados, o estudo apontou grandes diferenças, envolvendo especialmente três fatores: densidade demográfica, desigualdade social e características estruturais. Na Itália, o número de filhos por família é menor que no Brasil e, além disso, uma parcela importante das crianças nas escolas públicas de Educação Infantil vem de famílias com melhores condições socioeconômicas, com menores índices de desigualdade social, em relação ao Brasil.
"A Itália teve estrutura e investimento, com ação política no nível nacional, para reagir de forma emergencial ao cenário da pandemia. O País criou uma política educacional específica, inclusive com a implementação de estrutura chamada de 'Didattica a Distanza'", informa Sommerhalder.
Já no Brasil, os dados são discrepantes. As crianças que estudam em escolas públicas na Educação Infantil geralmente não têm boas condições socioeconômicas, e indicadores apontam que, quanto menor a escolarização das famílias, maior a quantidade de filhos. Essas crianças não têm acesso a computadores, tablets ou celulares com conexão à Internet de qualidade razoável.
"Na época da coleta de dados, as ferramentas utilizadas pelas educadoras para se comunicarem com as famílias não se constituem como recursos pedagógicos ou didáticos, são redes sociais como Facebook e WhatsApp, com ações diretas somente uma vez por semana, com duração de 15 a 20 minutos. E muitos materiais foram disponibilizados apenas impressos, segundo os resultados preliminares do estudo, justamente para atender às famílias e crianças sem acesso à Internet. É uma diferença gigantesca de realidades entre os dois países", detecta a pesquisadora.
Assim, a transferência de responsabilidade pelas atividades, em alguma medida, da escola para a família evidenciada na pesquisa é um cenário muito difícil de se concretizar com qualidade no caso brasileiro. "Além de todas as necessidades impostas pela pandemia, como gestões doméstica, de trabalho e do orçamento, precisar aproximar ou tentar reproduzir uma rotina de educação infantil em contextos domésticos com as crianças (muitas vezes, várias) se torna algo inviável ou de muito difícil realização. Além disso, a família não tem o papel de exercício da docência, com formação, condições estruturais e uma rede de suporte para tanto, ao que se soma o fato de que as aprendizagens, na educação infantil, ocorrem na convivência, no brincar coletivo e nas relações afetivas com a professora e com as outras crianças", enfatiza Sommerhalder.
O Cfei e a UniRoma Tre estão realizando outro estudo que investiga a percepção das famílias, atualmente na etapa de análise de dados.
Desafios
Diante desses resultados, Sommerhalder reflete sobre a inadequação de um sistema de ensino a distância (ou atividades remotas ou não presenciais) na Educação Infantil, sinalizando que o problema se acentua diante de um calendário estendido desse tipo de trabalho ou possibilidade de anúncio como solução definitiva, muito especialmente no Brasil. "Além de não ser responsabilidade das famílias fazer o papel da escola e das professoras, as crianças da Educação Infantil precisam estar em convívio presencial com as demais crianças e as profissionais. É no espaço da escola e do coletivo escolar que as práticas educativas e de cuidados acontecem", enfatiza a pesquisadora da UFSCar.
Sommerhalder indica a necessidade de formulação, no Brasil, de políticas públicas que reconheçam a função social da escola. Defende, também, a urgência de pensar na volta do atendimento presencial de forma segura e articulada, entendimento que implica a caracterização de três ações como fundamentais: vacinação de todos os profissionais que atuam no ambiente escolar; ampliação de recursos humanos, com a contratação de mais educadores e, consequentemente, formação de turmas menores para evitar a aglomeração; e investimento em infraestrutura e materiais nas unidades escolares.
"Dentro desse investimento, entram os recursos financeiros para mudanças estruturais, como a valorização de ambientes abertos, ventilação ampla em salas, ampliação dessas salas ou criação de outras, além de compra de materiais básicos, o que inclui kits de higienização, para atendimento ao protocolo de uso de máscara e higiene de mãos. São, portanto, desafios complexos diante das políticas educacionais atuais na realidade brasileira", avalia.
As pesquisas estão sendo realizadas por Sommerhalder em parceria com Fernando Donizete Alves, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) e do PPGE, ambos da UFSCar, e também diretor do Cfei, com a participação de pesquisadora de pós-doutorado do Cfei e os parceiros da UniRoma Tre.
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