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BRASÍLIA/DF - Um possível impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), perdeu apoio entre os brasileiros, mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 17. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados são contra a medida, enquanto 36% defendem o afastamento do ministro.

Os números representam uma queda significativa no apoio popular pela saída do magistrado em relação ao último levantamento. Em agosto, 46% eram favoráveis ao impeachment e 43% contrários. Ou seja, o apoio ao afastamento de Moraes recuou dez pontos percentuais no período.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas, com 16 anos ou mais, entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, com nível de confiança de 95%.

A queda na adesão ao impeachment coincide com o julgamento da ação penal sobre a trama golpista, relatada por Moraes. No último dia 11, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.

O afastamento de Moraes é uma pauta considerada prioritária entre aliados de Bolsonaro. O último pedido foi protocolado em 12 de agosto e contou com a assinatura de 37 congressistas, 24 deles filiados ao PL.

Apesar da pressão, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já deixou claro que não pretende pautar pedidos de impeachment contra ministros do STF. Aliados de Bolsonaro chegaram a protocolar uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Alcolumbre em razão dessa recusa.

De olho em 2026, uma das prioridades dos bolsonaristas é conquistar maioria no Senado. Assim, acreditam que conseguirão viabilizar o avanço dos pedidos de impeachment na Casa.

 

 

 por Estadao Conteudo

SÃO PAULO/SP - Sete em cada dez estudantes brasileiros do ensino médio usuários da internet utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa, como o ChatGPT e o Gemini, para realizar pesquisas escolares. Apesar disso, poucos deles (apenas 32% do total) receberam alguma orientação nas escolas sobre como utilizar de forma segura e responsável essa tecnologia.

As informações fazem parte da 15ª edição da pesquisa TIC Educação, que foi divulgada na manhã de hoje (16) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O núcleo foi criado para implementar projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que é o responsável por coordenar e integrar as iniciativas e serviços da internet no país.

Nesta primeira coleta de dados, 37% dos estudantes de ensino fundamental e médio disseram usar esse tipo de ferramenta na busca de informações. Entre os alunos dos anos finais do ensino fundamental, a proporção sobe para 39% e entre os estudantes do ensino médio chega a 70%.

"O dado evidencia novas práticas de aprendizagem adotadas pelos adolescentes”, explicou Daniela Costa, coordenadora do estudo.

“Tais recursos requerem novas formas de lidar com a linguagem, de pensar a curadoria de conteúdos e de compreender a informação e o conhecimento”, ressaltou.

Segundo ela, as escolas já estão se adaptando a esse novo uso e passando a debater com os pais o uso de IA Generativa pelos alunos.

De acordo com dados da pesquisa, as regras sobre o uso de IA generativa por alunos e professores nas atividades escolares já é pauta de reuniões dos gestores com professores, pais, mães e responsáveis.

"68% dos gestores escolares dizem que realizaram reunião com professores e outros funcionários e 60% com pais, mães e responsáveis sobre o uso de tecnologias digitais nas escolas. Regras sobre o uso de celulares nas instituições foram uma das principais pautas desses encontros, mas regras sobre o uso de ferramentas de IA pelos alunos ou pelos professores são citadas por 40% dos gestores”, explicou.

Apesar de a maioria dos estudantes brasileiros de ensino médio já usar ferramentas de IA Generativa em seus trabalhos escolares, poucos deles (apenas 32% do total) receberam alguma orientação nas escolas sobre como utilizar essa tecnologia, o que seria extremamente importante, defendeu a coordenadora do estudo.

“O principal ponto é que essas práticas de busca de informações baseadas em IA trazem novas demandas para as escolas no que diz respeito a orientar os alunos sobre a integridade da informação, a autoria e sobre como avaliar fontes de informação", destacou a coordenadora.

"Além disso, é importante também que os alunos saibam como se valer desses recursos para construir o próprio conhecimento e ampliar as suas estratégias de aprendizagem, além de receber uma resposta pronta e considerá-la como única resposta possível, a mais adequada ou a verdadeira”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

Esta foi a primeira vez que a TIC Educação investigou os recursos adotados pelos estudantes na realização de pesquisas escolares. O levantamento foi feito entre agosto do ano passado e março deste ano por meio de entrevistas realizadas com 945 gestores e 864 coordenadores em 1.023 escolas públicas e privadas. A pesquisa também ouviu 1.462 professores e 7.476 alunos, tanto de escolas rurais quanto urbanas de todo o país. Os resultados estão disponíveis no site do levantamento.

Celulares

A pesquisa TIC Educação foi realizada enquanto estava sendo promulgada a Lei 15.100, de janeiro deste ano, que passou a restringir o uso de dispositivos móveis, como celulares nas escolas.

Apesar disso, a pesquisa já começou a demonstrar a mudança de uso nas regras de aparelhos celulares dentro das escolas. Em 2023, por exemplo, 28% das instituições proibiam o uso do telefone celular pelos alunos e 64% permitiam o uso apenas em alguns espaços e horários. Em 2024, a proporção de escolas que não permitem o uso do dispositivo aumentou para 39%, enquanto a permissão em alguns espaços e horários diminuiu para 56%.

"Os indicadores confirmam a tendência de redução de uso de telefones celulares pelos alunos, especialmente entre os estudantes de escolas localizadas em áreas rurais (de 47% para 30%), de escolas municipais (de 32% para 20%) e particulares (de 64% para 46%)”, explicou a coordenadora da pesquisa TIC Educação.

Segundo ela, essa mesma tendência é observada nas escolas particulares, que vêm diminuindo o uso de tecnologias digitais, inclusive nos espaços escolares. “A proporção de escolas particulares com disponibilidade de acesso à internet na sala de aula passou de 70% em 2020 para 52% em 2024”, disse Daniela à Agência Brasil.

Conectividade nas escolas

A pesquisa também apontou que quase a totalidade das escolas brasileiras (96% do total) possui acesso à internet. Esse acesso cresceu principalmente nas instituições municipais (que passaram de 71% de acesso em 2020 para 94% em 2024) e nas escolas rurais (que passou de 52% para 89% nesse mesmo período).

No entanto, embora a conectividade tenha crescido, as desigualdades nesse acesso permanecem presentes. Se nas escolas estaduais, 67% dos alunos utilizam a internet para fazer atividades solicitadas pelos professores, na rede municipal, a proporção é de apenas 27%.

No caso das instituições de educação básica municipais, por exemplo, 75% dispõem de, pelo menos, um espaço com conexão à Internet para uso dos alunos, mas apenas 51% delas têm computadores para atividades educacionais e 47% contam com acesso à Internet e dispositivos para os estudantes.

“O acesso à internet tem se disseminado entre as escolas de ensino fundamental e médio”, diz a coordenadora do estudo.

Em 2020, 52% das escolas rurais contavam com acesso à rede, proporção que passou para 89% na edição 2024.

"No entanto, a disponibilidade de dispositivos digitais, como computadores, ainda é um grande desafio para as instituições, especialmente nas escolas rurais e municipais de pequeno porte. Entre 2022 e 2024, a presença de ao menos um computador para uso dos alunos nas escolas rurais diminuiu, passando de 46% para 33%”, explicou.

Para ela, essas desigualdades só poderão ser reduzidas a partir de “melhor entendimento sobre o papel das tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem” e também com “iniciativas que permitam a equalização de oportunidades entre os estudantes de diferentes contextos”.

Formação docente

Além disso, a pesquisa revelou que, nos últimos anos, caiu o número de professores que participaram de formação voltada ao uso de tecnologia digital nos processos de ensino e de aprendizagem. Se em 2021, cerca de 65% dos professores dizia ter feito algum curso de formação sobre tecnologia digital, em 2024 esse número caiu para 54%. A queda foi ainda maior entre os professores da rede pública municipal, que passou de 62% em 2021 para apenas 43% no ano passado.

Para a coordenadora do estudo, o acesso dos professores a cursos de formação, apoio e atualização seria essencial, “especialmente em um contexto de mudanças nas formas de lidar com a aprendizagem, como a inserção de tecnologias emergentes – entre elas a IA, nas práticas pedagógicas”.

Essa formação também é importante porque permitiria que os professores orientassem melhor seus alunos para o uso seguro, crítico, responsável e criativo das tecnologias digitais. Segundo Daniela, esse foi um dado comprovado pela pesquisa: a maior parte dos docentes que realizaram desenvolvimento profissional (67% do total) mencionou que a atividade contribuiu para melhor orientar os alunos sobre o uso dessas tecnologias.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - Um grupo de pesquisadores do Brasil – com participação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) - e da Suécia encontrou uma nova forma de tornar o tratamento do câncer de mama mais eficaz e menos agressivo. A técnica inovadora combina o uso de minúsculas partículas de ouro com uma tecnologia parecida com “microcanudos” invisíveis a olho nu, capazes de injetar essas partículas diretamente dentro das células doentes.

Essas partículas de ouro, que são tão pequenas que só podem ser vistas com equipamentos especiais, têm a capacidade de transformar luz em calor. Quando iluminadas, aquecem a célula onde estão e destroem, seletivamente, as células cancerosas — esse processo é chamado “terapia fototérmica”. O problema é que, no método tradicional, essas partículas nem sempre chegam ao lugar certo dentro das células, o que diminui bastante sua eficiência.

É aí que entra o grande diferencial da nova abordagem: o uso de estruturas microscópicas chamadas “nanocanudos”. Para se entender melhor, imagine canudinhos super finos, invisíveis, que atravessam a parede da célula e conseguem levar a partícula de ouro exatamente onde ela deve agir. Com a ajuda de pequenos impulsos elétricos, os cientistas conseguiram colocar muito mais partículas dentro das células cancerosas — cerca de 10 vezes mais do que o método tradicional.

Esse direcionamento mais preciso também faz com que as partículas evitem áreas da célula que poderiam destruí-las antes de funcionar. Em vez disso, elas são levadas diretamente para regiões internas da célula onde conseguem agir com mais potência, levando à morte da célula doente de forma mais rápida e eficaz.

Nos testes feitos em laboratório, a nova técnica foi aplicada em dois tipos diferentes de câncer de mama: o primeiro tipo, chamado MCF7 é um câncer considerado mais "controlável", pois responde a hormônios como estrogênio e progesterona. O segundo tipo, chamado MDA-MB-231, é um câncer mais agressivo e difícil de tratar, pois não responde a hormônios nem a tratamentos convencionais como certos tipos de quimioterapia. Esse tipo é conhecido como "triplo negativo".

O resultado foi animador: no câncer MCF7, quase todas as células doentes morreram após o tratamento com a nova técnica. Já no câncer mais resistente, o MDA-MB-231, houve uma redução expressiva das células tumorais, muito superior ao que se consegue com o método tradicional. E o melhor foi que essa morte celular aconteceu de forma controlada — um processo chamado apoptose, que evita inflamações ou danos aos tecidos saudáveis ao redor, tornando o tratamento mais seguro.

Segundo os cientistas, essa abordagem pode ser um grande passo na luta contra o câncer, especialmente nos casos mais difíceis. O próximo desafio é adaptar essa tecnologia para funcionar dentro do corpo humano, já que os testes, por enquanto, foram feitos em células cultivadas em laboratório.

A pesquisa é fruto da colaboração entre a USP de São Carlos e a UNESP, em parceria com a Universidade de Lund, na Suécia, tendo como autores os pesquisadores - Sabrina A. Camacho, Pedro H. B. Aoki, Frida Ekstrand, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., e Christelle N. Prinz.

Para acessar esta pesquisa, publicada na revista internacional “ACS Applied Materials & Interfaces”, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/09/CANCER-DE-MAMA.pdf

Tecnologia brasileira promete rapidez, baixo custo e menos sofrimento para pacientes

 

SÃO CARLOS/SP - Um simples teste de saliva poderá, num futuro próximo, ajudar médicos a identificar precocemente a depressão e outras doenças mentais. A novidade vem através do trabalho de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que, em parceria com colegas brasileiros, desenvolveram um sensor descartável e barato, capaz de detectar em minutos alterações relacionadas a transtornos, como depressão, Alzheimer e Parkinson.

O dispositivo mede os níveis de uma proteína chamada BDNF, essencial para a saúde das células do cérebro, sendo que quando a quantidade dessa substância cai, aumentam os riscos de distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

Atualmente, esse tipo de análise só pode ser feito em laboratórios especializados, com exames caros e demorados. O novo teste promete mudança de cenário, já que bastará uma pequena amostra de saliva para obter um resultado rápido, sem agulhas ou procedimentos invasivos.

Baixo custo e sustentabilidade

Cada unidade do sensor deve custar menos de R$ 12, tornando o exame acessível não apenas para grandes hospitais, mas também para postos de saúde, consultórios e até mesmo para o uso domiciliar, como forma de acompanhamento de pacientes em tratamento.

Além do preço, o projeto destaca-se pela preocupação ambiental, atendendo a que o dispositivo é feito com materiais simples e gera baixo impacto no descarte.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), duzentos e oitenta milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo, sendo que esse transtorno é uma das principais causas de afastamento do trabalho e perda de qualidade de vida, podendo, em casos graves, levar ao suicídio, lembrando que todos os anos ocorrem mais de setecentas mil mortes derivadas desse transtorno

Para o coordenador da pesquisa e autor-correspondente do artigo publicado na revista internacional ACS Polymers Au, Dr. Paulo A. Raymundo-Pereira (IFSC/USP) “O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. Este tipo de tecnologia coloca o Brasil na linha de frente da inovação em saúde mental”, afirma o pesquisador.

Futuro próximo

A expectativa é que, em breve, o sensor possa ser integrado a celulares e aplicativos de saúde, permitindo que os resultados sejam enviados diretamente a médicos e equipes de acompanhamento, abrindo caminho para uma medicina mais personalizada e preventiva, em que o paciente participa ativamente do cuidado com sua saúde.

Este estudo recebeu os apoios da Fapesp, CNPq e Capes.

Além do Dr. Paulo Raymundo-Pereira (IFSC/USP), assinam este estudo os pesquisadores Marcelo Calegaro (IQSC/USP); Nathalia Gomes (IQSC/USP - LNNA Embrapa Instrumentação); Luiz Henrique Mattoso (LNNA Embrapa Instrumentação); Sergio Machado (IQSC/USP) e Osvaldo Novais de Oliveira Junior (IFSC/USP).

BELÉM/PA - O desafio global de fazer frente às mudanças climáticas reforçou os laços entre o Brasil e França, em um esforço científico pela Amazônia. Pesquisadores dos dois países estão reunidos em Belém, no Pará, para dar início a mais uma temporada de projetos que pensam o futuro do planeta a partir da ciência, cultura e política.

O Seminário Conexões Amazônicas – Pesquisas Colaborativas entre Brasil e França, inaugurou na terça-feira (26) as atividades científicas da Temporada Brasil-França 2025. O encontro vai até amanhã dia 29, no Museu Emílio Goeldi, em Belém, como parte da agenda bilateral realizada a cada ano em duas temporadas – uma em cada país.

Segundo a representante da Embaixada da França no Brasil, Sophie Jacquel, a Temporada França-Brasil 2025 traz este ano um foco especial na cooperação científica que tem laços históricos e muito fortes através dos séculos, com um olhar ambiental reforçado pela realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

“Estamos em um momento em que a Amazônia se aproxima de um ponto de não retorno pela mudança climática e isso é uma preocupação muito forte de ambos os governos e também dos pesquisadores brasileiros e franceses. Por isso, precisamos estruturar ainda mais esse compartilhamento de conhecimento e a interdisciplinaridade dos eixos de pesquisa”, destaca.

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Relação bilateral

Criada em 2023, a temporada é fruto de um novo impulso da relação bilateral, que celebra agora 200 anos. Do mesmo esforço, nasceu ainda o Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA), inaugurado em novembro de 2024, na Guiana Francesa, que também aproxima o trabalho de cientistas dos dois países.

“As universidades, tanto aqui da Amazônia brasileira, quanto da Guiana Francesa, são enraizadas em um território que tem desafios enormes sociais e ambientais, mas também tem a capacidade de pensar quais são as soluções e nos futuros compartilhados”, afirma Nadège Mézié, assessora internacional do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica.

Ao longo de três dias, as comunidades científicas dos dois países apresentarão os avanços recentes das pesquisas sobre sociobiodiversidade, meio ambiente e enfrentamento da crise climática para que possam trabalhar na apresentação de soluções e novas perspectivas a serem levadas aos tomadores de decisões na COP30. “Vamos ter antropólogos, arqueólogos, cientistas da saúde, da biodiversidade e meteorologistas que podem ser capazes de juntos encontrarem soluções concretas”.

Construção de conhecimento

Nesta terça-feira, o dia é dedicado a jovens pesquisadores que compartilham seus estudos com cientistas experientes, em um esforço conjunto na construção de conhecimento. “São eles que vão fazer a ciência de amanhã, que têm ideias disruptivas, que têm novas soluções, especialmente os jovens cientistas da Amazônia, que trabalham pela Amazônia", afirma Sophie.

Para ela, o documento construído ao final do seminário vai percorrer os próximos eventos científicos para coletar inovações que podem se transformar em soluções ambientais em um processo de construção coletiva até a conferência climática.

“É o papel da ciência servir de base às decisões de governos e dos tomadores de decisões e construtores de políticas públicas”, afirma.

Programação

A programação foi estruturada em três eixos: clima e transição ecológica, diversidade das sociedades e democracia e globalização equitativa e terá a participação de pesquisadores como Stéphan Rostein, Laure Emperaire, Pascale de Robert, da ex-ministra da Justiça na Holanda, Christiane Taubira, Bepunu Kayapó, Lúcia Hussak van Velthem e Loudes Furtado.

O seminário é promovido pela Embaixada da França no Brasil, Museu Emilio Goeldi, com CFBBA e a Associação Comercial do Pará.

A programação completa pode ser conferida no site oficial da Temporada Brasil-França 2025.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - Um grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em colaboração com o Departamento de Engenharia Biomédica da Texas A&M University (EUA) e do Departamento de Química da Universidade de Coimbra (Portugal), está desenvolvendo um tratamento inovador contra a pneumonia causada por bactérias resistentes a antibióticos – um dos maiores problemas atuais da saúde mundial.

A doença é grave, atendendo a que só em 2021 a pneumonia foi responsável por mais de dois milhões de mortes no mundo. Entre os agentes mais perigosos está a bactéria Klebsiella pneumoniae, comum em hospitais e que pode causar infecções difíceis de tratar, já que muitos antibióticos não fazem mais efeito contra ela.

Como funciona o tratamento

O método estudado é conhecido como terapia fotodinâmica (TFD), que pode ser explicada de forma muito simples. Primeiro, aplica-se um corante especial no organismo, seguindo-se a aplicação de uma luz sobre a região infectada. A combinação faz com que o corante libere partículas capazes de destruir as bactérias sem prejudicar as células humanas.

Nos testes em laboratório, a técnica conseguiu eliminar totalmente a bactéria. Mas havia um problema: dentro dos pulmões existe uma camada natural chamada “surfactante pulmonar”, que protege os alvéolos durante a respiração. Essa camada acabava “aprisionando” o corante e diminuindo a eficácia do tratamento.

Para superar esse desafio, os cientistas combinaram o corante com uma substância chamada Gantrez, um tipo de polímero seguro para uso médico, que funciona como um “carregador”, ajudando o corante a atravessar a barreira natural dos pulmões e a alcançar as bactérias.

Com essa combinação, o número de microrganismos foi reduzido em milhares de vezes, mesmo na presença da barreira pulmonar. Ou seja, a técnica mostrou que pode funcionar também em condições mais próximas da realidade do corpo humano.

A pesquisadora do IFSC/USP, Drª Fernanda Alves, que está desenvolvendo esses estudos no Texas A&M University (EUA), e que é a primeira autora do artigo científico publicado recentemente na revista científica internacional “Pathogens”, salienta que a cada quinze segundos, aproximadamente, uma pessoa morre de pneumonia no mundo. “Isso acontece, principalmente, porque os antibióticos já não são eficazes contra muitas bactérias super-resistentes. Nesse cenário, a terapia fotodinâmica surge como uma alternativa promissora no combate às infecções. Cada passo para torná-la clinicamente aplicável traz novos desafios. O mais recente foi vencer a barreira natural dos pulmões: o surfactante. Com a adição do Gantrez ao tratamento, conseguimos resultados muito animadores, que nos deixam esperançosos para as próximas etapas — primeiro em modelos animais e, depois, em estudos clínicos. Esses avanços mostram que ainda temos motivos para acreditar na vitória contra os microrganismos resistentes”, destaca a cientista.

Impacto para os pacientes

Embora os testes ainda estejam na fase de laboratório, os resultados trazem esperança. Se confirmada em estudos com animais e, depois, com pacientes, a terapia poderá se tornar uma alternativa aos antibióticos em casos de pneumonias graves e resistentes.

Segundo os autores do estudo, esse é um passo importante no combate às chamadas “superbactérias”, que já representam uma das maiores ameaças à saúde pública no século XXI.

Assinam este estudo os pesquisadores: Fernanda Alves - 1ª autora (IFSC/USP - Texas A&M University); Isabelle Almeida de Lima (IFSC/USP - Texas A&M University); Lorraine Gabriele Fiuza (IFSC/USP - Texas A&M University); Zoe Arnaut (Universidade de Coimbra); Natalia Mayumi Inada (IFSC/USP - Texas A&M University) e Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP - Texas A&M University).

Confira o artigo no link - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/08/pathogens-14-00618.pdf

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está iniciando uma chamada de pacientes – crianças e adolescentes com idades entre os 5 até 17 anos -, para tratamento de infecções de garganta repetitivas/recorrentes – amigdalites -, inserida em um projeto de pesquisa iniciado anteriormente com grupos de adultos portadores das mesmas condições.

O tratamento é bastante simples. Tendo em consideração que os pacientes deverão apresentar amigdalites crônicas ou recorrentes (infecção ou inflamação), o tratamento dura apenas três minutos, em uma única vez, conforme explica a pesquisadora do IFSC/USP, Drª Fernanda Carbinatto. “Vamos dar uma balinha de curcumina, que é o fotossensibilizador, para a criança chupar, e a seguir a garganta é iluminada por uma luz durante três minutos, sendo que ao longo de um mês faremos o devido acompanhamento”.

Esse projeto é coordenado pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, com colaboração das professoras, Dras.  Esther Ferreira e Dra. Cristina Bruno, do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), contando-se também com a parceria da médica pediatra e pneumologista, Drª Renata Bagnato.

Isabela Santiago, pesquisadora, é enfermeira e mestranda no Programa da Biotecnologia da UFSCar. “Para participar deste tratamento, as crianças e adolescentes têm que ter já a amigdalite instalada ou uma dor de garganta vigente. É um tratamento para melhorar os sintomas da dor já instalada, para combater a inflamação e interromper a recorrência desses sintomas, que aparecem mais nas crianças e adolescentes”, sublinha a pesquisadora.

 Importante salientar que as pesquisadoras conseguiram observar, em estudos anteriores, que a aplicação deste tratamento reduziu em até 80% os casos de remoção de amígdalas. Ou seja, aqueles pacientes que tinham amigdalite recorrente e que fizeram o tratamento, a recorrência diminuiu substancialmente, o que evitou a realização de cirurgia (amigdalectomia).

Segundo a Drª Fernanda Carbinatto, este tratamento não exclui, em hipótese alguma, a intervenção médica. “Se o médico prescrever um antibiótico, podemos sempre associar este tratamento, ou seja, ele não é incompatível com a administração de antibióticos, é um tratamento adicional”, enfatiza a pesquisadora.

A inscrição de pacientes inicia-se no próximo dia 19 deste mês de agosto, pelo telefone da Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) localizada na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC) - (16) 3509-1351 – sendo que os tratamentos serão realizados no NAPID, em São Carlos, muito próximo à Estação Ferroviária.

SÃO CARLOS/SP - A consulta pública promovida pela Câmara Municipal a pedido do vereador Elton Carvalho (REPUBLICANOS) sobre autilização de animais em transportes de tração revelou um dado contundente: mais de 93% da população que contribuiu com a consulta se manifestou contra essa prática,considerada por muitos como uma forma evidente de maus-tratos. A iniciativa teve como objetivo ouvir diretamente a população sobre um tema que afeta a dignidadee o bem-estar animal.

Para Elton Carvalho, defensor ativo da causa animal, o resultado da consulta reflete a sensibilidade da sociedade são-carlense diante do sofrimento imposto a cavalos e outros animais submetidos a jornadas exaustivas, em condições muitas vezes degradantes. “Esse número expressivo mostra que São Carlos quer evoluir na proteção aos animais. A população não aceita mais conviver com esse tipo de exploração”, afirma o vereador.

A consulta pública fortalece o debate sobre a modernização das políticas de mobilidade urbana e o incentivo ao uso de meios de transporte mais éticos e sustentáveis. A ampla rejeição ao uso de tração animal serve de base para novos projetos de lei e ações do poder público em defesa dos direitos dos animais e da construção de uma cidade mais justa e compassiva.

Segundo Elton Carvalho, o resultado será encaminhado às autoridades competentes para subsidiar medidas legislativas e administrativas que garantam o fim dessa prática em São Carlos.

Podem participar idosos de São Carlos e Ibaté; iniciativa propõe plano individual com apoio contínuo

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o Programa Multidimensional e Assistencial de Gestão de Quedas para Pessoas Idosas com Histórico de Quedas (Magic 2), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A iniciativa é totalmente gratuita, voltada a pessoas idosas (60 anos ou mais) residentes em São Carlos ou Ibaté que tenham sofrido uma ou mais quedas nos últimos 12 meses.

Com duração de 16 semanas, o Programa tem como objetivo identificar e reduzir os riscos de cair, por meio de uma intervenção estruturada e personalizada. A proposta envolve atuação conjunta de docentes e estudantes dos cursos de graduação em Gerontologia e Fisioterapia da UFSCar, e combina avaliação individual, plano de intervenção específico, atividades físicas regulares e, quando necessário, estimulação cognitiva.

Segundo Karina Say, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade e uma das coordenadoras do Programa, a prevenção é essencial diante da alta prevalência de quedas na velhice. "As quedas acidentais são muito prevalentes na população idosa. Esse tipo de acidente pode ter desfechos negativos para o bem-estar e a saúde da pessoa idosa, com impactos na saúde mental (como medo de cair e depressão), na capacidade funcional (com redução da mobilidade e da independência) e na dimensão social (isolamento e falta de suporte para recuperação). Só em 2024, foram registradas 179.922 autorizações de internação hospitalar por quedas, com gasto aproximado de R$ 328 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS)", situa. 

Mas a boa notícia, de acordo com a docente, é que são eventos evitáveis. "Diante disso, o Programa Magic oferece à população uma proposta preventiva, com avaliação e intervenção individualizada nos fatores de risco modificáveis, alinhada às diretrizes internacionais de prevenção de quedas", afirma Say.

A iniciativa avalia cada pessoa de forma individual, para que a equipe entenda os fatores que aumentam seu risco de quedas. A partir disso, constrói um plano de cuidado. Há também gestão de casos, com ligações semanais e acompanhamento contínuo. Ao longo de um ano, os participantes passam por avaliações periódicas, com apoio de uma equipe especializada, incluindo exames laboratoriais e de cognição.

Ao final do acompanhamento, uma nova avaliação é realizada, possibilitando medir os avanços obtidos. Espera-se que, ao longo do processo, os participantes desenvolvam maior resistência física, além de se sentirem mais preparados para lidar com situações que envolvem risco de quedas, promovendo, assim, mais autonomia e segurança no cotidiano.
São 150 vagas e as inscrições podem ser feitas até dezembro, em bit.ly/programa-magic2. O preenchimento do formulário online servirá para a equipe entrar em contato posteriormente para a confirmação dos critérios de participação no projeto. 

Mais informações estão disponíveis no Instagram @programamagic, no cartaz de divulgação, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo WhatsApp (16) 99762-5538. A equipe também se coloca à disposição para explicar o projeto por telefone, em horário combinado.

Estudo busca participação de voluntários para investigar sensibilidade, força e função dos braços e pernas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Científica do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando pessoas com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2, com idades entre 18 e 65 anos, para responder a um questionário online que investiga os efeitos da doença nos membros superiores e inferiores. A participação é voluntária, anônima e pode ser feita de qualquer lugar do Brasil.

O estudo, intitulado "Avaliação sensorial, motora e da função dos membros superiores e inferiores em indivíduos com Diabetes Mellitus", é conduzido pela estudante de graduação Daniel Oishi Mariano, sob orientação da professora Paula Rezende Camargo, do Departamento de Fisioterapia (DFisio). A pesquisa tem como objetivo compreender de que forma o diabetes afeta aspectos como sensibilidade, força e função de braços e pernas, e como esses fatores se relacionam entre si.

"A diabetes mellitus é uma doença crônica e progressiva, com índices epidêmicos em todo o mundo. Estima-se que afete 537 milhões de pessoas globalmente, sendo o Brasil o sexto país com maior número de casos", contextualiza Mariano. Segundo ele, a literatura científica já sugere uma possível relação entre a doença e disfunções musculoesqueléticas, especialmente no ombro, o que pode comprometer atividades diárias.

A expectativa do estudo é reunir dados que contribuam para avaliações clínicas mais completas. "Com informações suficientes, será possível alertar os profissionais da saúde para que atentem também para as condições musculoesqueléticas e sintomas nos membros superiores em pacientes com diabetes", afirma o pesquisador. "Além disso, os resultados poderão auxiliar na construção de tratamentos mais específicos para essas alterações."

A participação consiste apenas em um questionário online, sem necessidade de comparecimento presencial, e leva cerca de 20 minutos para ser respondido. Ao final do preenchimento, os participantes recebem uma cartilha com orientações sobre cuidados com sintomas da diabetes e possíveis complicações associadas à doença.

Interessados podem acessar o questionário no link https://forms.gle/bApFpyiGzf3e3Vta9. O prazo para participação vai até o final de agosto. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (16) 99186-1145. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 84185024.6.0000.5504).

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