Jornalista/Radialista
WASHINGTON - O aborto induzido por pílulas se tornou a forma mais popular de interrupção da gravidez nos EUA após uma série de estados banir ou restringir o procedimento nos últimos dois anos. Grupos conservadores buscam limitar o acesso ao método, mas a tentativa deve fracassar, sinalizou a Suprema Corte americana na terça-feira (26).
O caso em discussão nesta terça é o primeiro sobre direitos reprodutivos que chega aos juízes desde a decisão histórica e impopular tomada em junho de 2022 de derrubar o direito constitucional ao aborto, reconhecido em 1973. Desde a sentença, conhecida como Dobbs, 14 estados baniram o procedimento e outros 7 reduziram o prazo em que ele é permitido.
A nova apelação na Suprema Corte trata da mifepristona, uma das duas substâncias utilizadas no chamado aborto medicamentoso, que pode ser realizado até a décima semana de gestação. A função da pílula é bloquear o hormônio progesterona, necessário para a continuidade da gravidez. O método é completado pela administração de misoprostol, que provocar contrações no útero.
O grupo Hippocratic Medicine, contrário ao aborto, argumenta que a agência federal responsável por regular remédios e alimentos (FDA, na sigla em inglês) extrapolou sua competência ao facilitar o acesso à mifepristona em decisões de 2016 e 2021.
Na prática, as mudanças permitiram a prescrição da pílula por telemedicina e o envio dos comprimidos pelo correio, eliminando a necessidade de consulta presencial a um médico. Com isso, tornou-se mais fácil fazer o procedimento sozinha em casa, e mulheres que moram em estados onde ele foi banido conseguem contornar a lei encomendando o medicamento de outro lugar.
Massachusetts, Washington, Colorado, Vermont, Nova York e Califórnia, onde o aborto é legal, inclusive adotaram leis para garantir que seus médicos e clínicas serão protegidos da ação de outros estados por enviarem pílulas ou orientarem o procedimento à distância.
Diferentemente do Brasil, que penaliza também a mulher por induzir um aborto, as leis estaduais nos EUA miram apenas médicos e outras pessoas que auxiliem a interrupção -a gestante não é criminalizada.
Segundo uma pesquisa publicada na revista científica da Associação Médica Americana na última segunda (25), cerca de 28 mil doses a mais das pílulas abortivas foram fornecidas fora de espaços de saúde tradicionais, como clínicas, nos seis meses após a sentença Dobbs.
O número representa alta quatro vezes maior da oferta média de doses mensais. A ampliação é atribuída principalmente a redes comunitárias (como organizações de mulheres), seguida por telemedicina e vendedores online.
Um outro estudo, feito pelo Instituto Guttmacher, apontou que o número de interrupções voluntárias da gravidez nos EUA cresceu 10% em 2023 em comparação com 2020. O aborto medicamentoso, que representava 53% do total, passou para 63% no mesmo período.
No início do mês, a CVS e a Walgreens, as duas maiores redes de farmácia dos EUA, anunciaram que receberam certificação da FDA para vender a mifepristona em suas lojas.
Um dos argumentos da Hippocratic Medicine é que o método resulta em mais complicações e acaba levando à necessidade de atendimento médico, o que fere os princípios morais e religiosos dos profissionais contrários ao aborto.
No entanto, uma pesquisa publicada no mês passado na Nature Medicine mostrou que o procedimento feito por meio de pílulas abortivas recebidas após consultas virtuais ou acompanhado via mensagem de texto é tão seguro e eficaz quanto o atendimento presencial.
A falta de comprovação de um dano sofrido pelos médicos da Hippocratic Medicine foi justamente um dos pontos questionados pela Suprema Corte nesta terça. Em vez de tratar dos poderes da FDA ou das pílulas em si, os juízes se concentraram na falta de base legal dos médicos para pedirem a limitação de acesso.
"Você precisa de uma pessoa [vítima]", disse a juíza liberal Elena Kagan. "Então, quem é a sua pessoa?", questionou.
A procuradora-geral dos EUA, Elizabeth B. Prelogar, que representa a posição do governo Biden favorável ao aborto, argumentou, por exemplo, que os médicos podem declarar objeção de consciência para não participar de procedimentos que violem seus princípios.
Apenas 2 dos 9 juízes sinalizaram alinhamento com a argumentação da Hippocratic Medicine: os conservadores Samuel Alito Jr. e Clarence Thomas. A decisão deve ser divulgada em junho.
A restrição ao aborto é um dos principais temas da eleição presidencial em novembro deste ano. Democratas culpam o ex-presidente Donald Trump, responsável por apontar uma maioria conservadora na Suprema Corte, pela reversão da sentença Roe vs. Wade, que garantia o direito constitucional ao procedimento.
Embora muitos nomes do partido do ex-presidente sejam opositores vocais do aborto, pesquisas de opinião mostram que a maioria dos americanos -inclusive uma parte expressiva dos republicanos- são contrários à proibição do procedimento.
O tema tem mobilizado eleitores a irem às urnas, e se mostrou um fator importante para a vitória de diversos candidatos democratas na eleição de meio de mandato, no final de 2022. A esperança é que o efeito se mantenha neste ano.
POR FOLHAPRESS
EUA - Na segunda-feira, Skydajah Patterson, 26 anos, foi detida após um violento confronto que resultou na morte de sua mãe, Selma Mclean, 46 anos, em seu apartamento em Nova York, no bairro de Mott Haven. Patterson confessou ter atacado a vítima com uma panela durante uma discussão acalorada em sua residência, ligando para os serviços de emergência logo em seguida para declarar o terrível feito: ‘Acabei de matar minha mãe’.
De acordo com o site NBC Nova York, autoridades relataram que Mclean foi descoberta inconsciente, com graves ferimentos na cabeça e no rosto, e embora tenha sido socorrida, não conseguiu sobreviver. Fontes revelaram que Patterson usou utensílios de cozinha para agredir brutalmente sua mãe, deixando-a inconsciente.
Enquanto isso, Patterson foi presa e levada sob custódia. Danaeyah Reynolds, 26 anos, afilhada de Mclean, revelou que recebeu mensagens preocupantes da madrinha pouco antes do trágico incidente, onde ela expressava seu medo em relação a Skydajah, que recentemente havia saído de uma internação psiquiátrica.
“Ela estava internada desde fevereiro até a semana passada”, disse Reynolds ao New York Post. “Ontem à noite, ela começou a ouvir vozes e a falar com uma voz masculina. Minha madrinha estava aterrorizada. Ela me disse que estava com medo porque Skydajah afirmava que as vozes em sua cabeça alertavam que [minha madrinha] representava uma ameaça.
“Quando cheguei, encontrei manchas de sangue no sofá”, continuou ela. “Infelizmente, já era tarde demais. Quando abri a porta, me deparei com aquele cenário horrível”.
De acordo com o site NBC Nova York, Selma já havia contatado a polícia em duas ocasiões anteriores para relatar agressões por parte de sua filha. Mclean tinha três filhas, duas das quais viviam com ela, incluindo Patterson. As possíveis acusações contra Patterson não foram esclarecidas de imediato.
EUA - Em novembro de 2004, a Blizzard lançou oficialmente o "World of Warcraft", um jogo online que se tornou um dos mais reconhecidos do gênero e que, até 2024, mantém mais de sete milhões de assinantes.
Segundo o site IGN, o General Manager do "World of Warcraft", John Hight, revelou o número atualizado de assinantes durante o evento Game Developers Conference. Embora este número esteja abaixo dos 12 milhões de assinantes que o jogo alcançou em 2010, ainda é impressionante após quase 20 anos desde o lançamento.
Desde então, "World of Warcraft" recebeu nove expansões, e a Blizzard já confirmou estar trabalhando em três próximas expansões: "The War Within", "Midnight" e "The Last Titan", como parte de uma trilogia chamada "World Soul Saga".
É importante mencionar que, em 2019, a Blizzard lançou o "World of Warcraft Classic", que permite aos jogadores retornar à versão original do jogo online.
PARÍS - O Casino Guichard-Perrachon confirmou que planeja completar a reestruturação de dívida ainda nesta semana, por meio de profunda diluição de ativos entre os acionistas atuais. Com a notícia, a ação do grupo varejista francês tombava 46,67% em Paris, às 11h30 (de Brasília) de terça-feira, 26.
Segundo comunicado oficial divulgado na segunda-feira, o Casino emitirá bilhões em novas ações ordinárias do grupo para arrecadar valores equivalentes em euros e abater sua dívida de forma “acelerada”, subscrevendo os novos ativos até 27 de março de 2024 e emitindo garantias paralelas à expansão de capital.
Essa diluição reduzirá a participação de capital dos investidores no grupo varejista de 1% para 0,003%.
Para completar a operação, a negociação dos papéis do Casino será pausada na Bolsa de Paris na quarta-feira, 27, e retornará na abertura do pregão de quinta-feira, 28 de março, caso a “reestruturação financeira seja concluída com sucesso”.
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