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PARÍS - O Casino Guichard-Perrachon confirmou que planeja completar a reestruturação de dívida ainda nesta semana, por meio de profunda diluição de ativos entre os acionistas atuais. Com a notícia, a ação do grupo varejista francês tombava 46,67% em Paris, às 11h30 (de Brasília) de terça-feira, 26.

Segundo comunicado oficial divulgado na segunda-feira, o Casino emitirá bilhões em novas ações ordinárias do grupo para arrecadar valores equivalentes em euros e abater sua dívida de forma “acelerada”, subscrevendo os novos ativos até 27 de março de 2024 e emitindo garantias paralelas à expansão de capital.

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Essa diluição reduzirá a participação de capital dos investidores no grupo varejista de 1% para 0,003%.

Para completar a operação, a negociação dos papéis do Casino será pausada na Bolsa de Paris na quarta-feira, 27, e retornará na abertura do pregão de quinta-feira, 28 de março, caso a “reestruturação financeira seja concluída com sucesso”.

 

 

ISTOÉ

NOVA ZELÂNDIA - A seleção brasileira de rugby em cadeira de rodas teve o sonho paralímpico adiado mais uma vez. Na noite do último sábado (23), o Brasil foi derrotado pela Alemanha, por 62 a 50, na disputa pela terceira e última vaga aos Jogos de Paris, na seletiva realizada em Wellington, na Nova Zelândia. Os alemães, além de Austrália e Canadá, que foram à final do classificatório, estarão na Paralimpíada da capital francesa.

A modalidade é praticada por homens e mulheres com elevado grau de comprometimento físico-motor, como tetraplégicos. Os atletas são divididos em sete classes (0,5 ao 3,5, variando a cada meio ponto). Quanto menor a categoria, mais elevada a deficiência. A soma das classes dos jogadores em quadra (quatro de cada lado) não pode superar oito.

Uma partida de rugby em cadeira de rodas tem quatro períodos de 8 minutos (com intervalo após dois períodos) e ocorre em uma quadra com dimensões semelhantes à de basquete (15 metros de largura e 28 de comprimento). Os atletas devem ultrapassar a linha do gol rival com as duas rodas da cadeira e a bola (que é semelhante à do voleibol) em mãos para somar ponto.

O Brasil começou bem a partida, liderando o marcador até os minutos finais do segundo período, quando os europeus passaram à frente (24 a 23) e abriram, ainda, 2 pontos antes do intervalo (32 a 30). No terceiro período, os alemães ampliaram a vantagem para 9 pontos, deixando a missão brasileira mais complicada. A equipe verde e amarela se lançou ao ataque, mas não conseguiu mudar o jogo.

A campanha do Brasil na seletiva chegou ao fim com duas vitórias, sobre Nova Zelândia e Holanda, e três derrotas, para Canadá, Austrália e Alemanha, justamente as seleções que se classificaram aos Jogos de Paris. Os três países se juntam a Grã-Bretanha, Dinamarca, Japão, Estados Unidos e à anfitriã, França, que já estavam previamente garantidos na Paralimpíada. Os britânicos são os atuais campeões.

Os brasileiros buscavam uma classificação histórica à Paralimpíada, já que a única participação no evento, na edição do Rio de Janeiro, em 2016, deu-se como país-sede. Além do rugby em cadeira de rodas, o Brasil não tem mais chance de ir aos Jogos de Paris no basquete em cadeira de rodas.

 

 

Por Lincoln Chaves – Repórter da EBC

DOHA - Duda e Ana Patrícia garantiram a classificação para a disputa do torneio de vôlei de praia da próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados a partir do dia 26 de julho em Paris (França). A vaga foi confirmada após a dupla, que lidera o ranking mundial da modalidade, alcançar, na quinta-feira (7), as quartas de final da etapa de Doha (Catar) do Circuito Mundial.

Para avançarem na competição disputada no Catar as brasileiras superaram as suíças Anouk Vergé-Depré e Joana Mäder por 2 sets a 1 (parciais de 15/21, 21/15 e 15/8).

 

O Brasil ainda busca mais vagas para a competição olímpica de vôlei de praia. Para o naipe masculino as duplas formadas por Evandro e Arthur e por Jorge e André ainda luta pela classificação. Já entre as mulheres a equipe brasileira ainda pode contar com Ágata e Rebeca, Tainá e Victoria e Carol e Bárbara.

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Até o momento a delegação brasileira nos Jogos de Paris conta com 162 representantes em 29 modalidades.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

PARIS - Os agricultores franceses iniciam a semana com bloqueios a estradas de acesso a Paris, Lyon e Bordeaux. Trabalhadores do setor agrícola estão revoltados com a concorrência dos produtos importados e as rigorosas normas ambientais europeias, que eles acusam de encarecer a produção, ao mesmo tempo em que sofrem pressão de industriais e varejistas para vender a preços baixos.

Para evitar o cerco de tratores à capital francesa e caos no trânsito, o governo mobilizou 15 mil policiais e alertou que não permitirá o bloqueio das vias de acesso a aeroportos e à central de abastecimento de Rungis, na região parisiense.

As medidas anunciadas na sexta-feira (26) pelo primeiro-ministro Gabriel Attal, entre elas, a manutenção da vantagem fiscal sobre o óleo combustível dos tratores, foi considerada insuficiente. O chefe de governo se reúne nesta segunda-feira (29) com líderes de sindicatos do setor para avaliar novas medidas, mas os agricultores mantêm a pressão por tempo indeterminado, com um plano de bloquer oito estradas e rodovias de acesso a Paris. A cidade tem apenas três dias de estoque de alimentos para abastecer a população.

O "cerco a Paris", convocado pela Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (FNSEA) e pelo sindicato Jovens Agricultores, é manchete na imprensa nesta segunda-feira (29).

Determinados, o setor alega que continua à espera de medidas concretas para trabalhar e viver melhor. “500 euros por mês, não podemos conviver com isso”, intitula o jornal L’Humanité.

Maior jornal regional da França, o Ouest-France, diz que a revolta iniciada na região de Toulouse, no sudoeste, estende-se a Paris. "A tensão cresce entre os agricultores e o Executivo", constata o Le Figaro, enquanto o diário econômico Les Echos vê um risco de escalada, uma vez que o primeiro-ministro passou o fim de semana em contato com agricultores, fez uma série de concessões, mas não conseguiu satisfazer a categoria.

 

Importações de frango do Brasil

O jornal Le Parisien traz a manchete “Operação cerco a Paris” e mostra que a crise envolvendo os produtores franceses de frango simboliza a revolta atual. Mais de 50% do frango consumido na França é proveniente atualmente de concorrentes europeus e de países de fora da União Europeia, devido à falta de competitividade do produto nacional. "Isto representa € 1,5 bilhão de importações por ano", destaca a reportagem.

Os agricultores consideram essa situação paradoxal, já que os franceses nunca consumiram tanto esse produto: 22,5 kg anuais por habitante. O frango inteiro tradicional já não interessa mais ao consumidor, que prefere o corte do filé em bandeja.

Polônia, Alemanha, Holanda e Bélgica aumentaram substancialmente a produção da ave e ganharam mercado no exterior com esse corte. Além disso, os franceses enfrentam a concorrência do frango proveniente do Brasil e da Tailândia. Em entrevista ao Le Parisien, Yann Nédélec, diretor de uma associação de produtores, alega que o Brasil autoriza o uso de antibióticos para acelerar o crescimento das aves, o que é proibido pelas normas europeias.

 

 

por RFI

FRANÇA - A polícia francesa abriu fogo e feriu gravemente uma mulher na terça-feira (31) em Paris que, segundo testemunhas, fez comentários ameaçadores e gritou "Allah Akbar" – expressão em árabe que significa “Alá é Grande” ou "Alá é o Maior" –, em um trem da rede suburbana do metrô parisiense. A mulher corre risco de morte, de acordo com o Ministério Público francês (MP).

A polícia foi alertada por chamadas telefônicas de passageiros que mencionavam uma mulher "totalmente coberta pelo véu islâmico" e que "fazia ameaças" dentro de um trem da linha RER C. Segundo estas testemunhas, ela “pronunciou Allah Akbar várias vezes”.

O porta-voz do governo, Olivier Véran, confirmou que a mulher fez “comentários agressivos com conotações jihadistas” durante o trajeto do trem pela periferia de Paris. A polícia foi chamada pelos serviços de segurança da companhia ferroviária SNCF e interveio quando o trem chegou na estação da Biblioteca François Mitterrand, na zona leste de Paris.

Os policiais conseguiram "isolar" a suspeita, e a estação foi rapidamente evacuada. A mulher, de 38 anos, "recusou-se a cumprir as ordens da polícia” e continuou a ameaçar de “se explodir”, detalhou o MP e uma fonte policial. Diante dessas circunstâncias, dois policiais dispararam oito vezes contra a mulher. Gravemente ferida no abdome, ela foi transportada para um hospital da capital e corre risco de morte.

Segundo o porta-voz do governo, esta mulher já tinha sido “condenada” por “ter feito ameaças contra soldados da Operação Sentinela”, em vigor no país desde os ataques terroristas de 2015. Véran evocou possíveis distúrbios de “saúde física”, sem dar maiores detalhes.

Fontes policiais disseram à AFP que a suspeita já foi fichada por radicalização islâmica no passado, mas não sabiam dizer se o registro continuava ativo nos organismos de inteligência do governo.

 

Investigações

Duas investigações foram abertas sobre o caso. A polícia judiciária parisiense irá investigar as denúncias de "apologia do terrorismo, ameaças de morte e intimidação contra titular de autoridade pública”. Um segundo inquérito administrativo foi aberto pela Inspeção-Geral da Polícia Nacional (IGPN), órgão equivalente à Corregedoria da Polícia no Brasil, que irá avaliar as circunstâncias que levaram o policial autor do disparo a utilizar sua arma de fogo.

Após o assassinato de um professor em Arras (norte), no dia 13 de outubro, o Ministério do Interior francês decretou "alerta de emergência" contra risco de ataques terroristas no país. O professor Dominique Bernard foi letalmente esfaqueado por um jovem checheno de 20 anos, que era fichado por radicalização islâmica nos cadastros da polícia desde fevereiro de 2021.

Este assassinato reacendeu o temor de uma nova onda de ataques terroristas na França. As autoridades públicas reforçaram as medidas de segurança antiterroristas, num contexto já marcado por tensões geradas pelo conflito entre Israel e o Hamas no Oriente Médio. A França acolhe em seu território as duas maiores comunidades de judeus e muçulmanos da Europa.

 

 

(Com informações da AFP)

por RFI

PARIS - Negócios com ações do grupo varejista francês Casino Guichard-Perrachon foram suspensos na Bolsa de Paris nesta segunda-feira, 17, em função de um anúncio a ser feito pela empresa.

Recentemente, o Casino – que controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil – recebeu ofertas de injeção de capital em um momento em que negocia a reestruturação de dívidas com credores.

Na semana passada, o Casino estimou que suas vendas na França caíram em ritmo mais acentuado no segundo trimestre do que no primeiro.

 

 

*Com informações da Dow Jones Newswires

ISTOÉ DINHEIRO.

FRANÇA - Das selfies feitas perto da Torre Eiffel até as caminhadas em Montmartre, há muitas razões para Paris ser uma das cidades mais visitadas do mundo. Nunca é demais, para os turistas, visitar o Museu do Louvre, o Arco do Triunfo ou a Catedral de Notre-Dame.

Mas há um outro lado bem menos glamouroso da capital francesa que não pode ser ignorado: o trânsito caótico, o barulho e o lixo. Essas características desagradáveis são um empecilho para muitos parisienses.

Felizmente, um número cada vez maior de iniciativas sustentáveis busca combater isso: desde áreas industriais transformadas em parques até aplicativos que promovem caminhadas no lugar dos ônibus turísticos.

 

Estação vira fazenda urbana

Projetos de sustentabilidade em Paris se estendem também ao mundo da moda. Nas muitas lojas de roupas de segunda mão da cidade – muitas delas localizadas no bairro de Marais, no centro – as peças facilmente encontram novos proprietários.

Enquanto isso, no 18º distrito, ao norte, o projeto de ecocultura Recyclerie fica na antiga estação de trem de Ornano.

"O prédio era uma antiga estação do Petite Ceinture [Pequeno Cinturão], a [linha férrea] antecessora do metrô na cidade. A estação foi usada de diferentes maneiras ao longo dos anos, inclusive como sede de um banco. Queríamos manter o espaço e lembrar as pessoas do passado da estação", diz Marie-Eugenie Chanvillard, diretora da Recyclerie, que começou em 2014 com a missão de promover a ecorresponsabilidade e a justiça social.

O Petite Ceinture era uma linha ferroviária de 32 quilômetros que circundava Paris. Em 2007, uma primeira parte foi transformada em área para pedestres. Depois, o mesmo ocorreu em outras partes. Com o passar dos anos, a natureza começou a tomar conta e os trilhos se tornaram um grande espaço verde, recentemente desenvolvido para uso público.

Na França, as chamadas Recycleries referem-se a locais onde equipamentos não funcionais são consertados e revendidos – e, por isso, contam também com oficinas.

A temática da sustentabilidade é incrementada com uma cafeteria, jardins urbanos e até mesmo a venda de alimentos orgânicos e vinho natural. Os antigos trilhos são agora um aconchegante jardim coletivo onde, na fazenda urbana do espaço, há também uma horta e um galinheiro.

 

Trilhos se transformam em parque

A Recyclerie não é o único lugar em Paris onde um trilho de trem foi transformado em um espaço ao ar livre para as pessoas aproveitarem. O Coulée verte René-Dumont é um parque elevado de quatro quilômetros de extensão em uma linha ferroviária desativada que começa nas proximidades da Praça da Bastilha, no centro da cidade.

Não é surpresa que trilhos tenham novas utilidades. As linhas de trem têm lugar cativo na capital francesa, especialmente porque o principal meio de transporte da cidade é o metrô. Apesar do que o grande número de carros nas ruas possa sugerir, Paris tem uma extensa rede de transporte público que conecta os subúrbios e o centro – e é constantemente ampliada.

 

Mudanças antes das Olimpíadas

Nos últimos anos, alguns parisienses passaram a usar bicicletas em seus deslocamentos para o trabalho, aproveitando a rede de ciclovias que continua a ser ampliada. A Rue de Rivoli, entre o Museu do Louvre e a Praça da Bastilha, por exemplo, foi convertida em ciclovia há apenas três anos.

Em preparação para os Jogos Olímpicos de 2024, Paris também está planejando várias mudanças ambientalmente conscientes nas áreas mais movimentadas da cidade, incluindo a Place de la Nation. A administração municipal espera reduzir o tráfego nos pontos turísticos e oferecer mais espaço para os pedestres. A área ao redor da Torre Eiffel, por exemplo, será ampliada e terá jardins.

 

Pausa na selva urbana

No subúrbio de Pantin, no sudeste de Paris, o Cité Fertile é outra área onde o velho encontra o novo. A antiga estação de carga fica em um grande terreno que atualmente tem cervejaria, estufa, restaurante, salas de trabalho e cerca de 250 espécies de plantas.

Esse oásis urbano foi criado há quatro anos como parte do ecoquartier Pantin, um projeto focado em criar um bairro urbano ecológico e que também é popular entre os moradores locais.

"Aos domingos, muitas famílias vêm para a Cité Fertile. Fica bem ao lado, ao ar livre, e é um ótimo lugar para passar o tempo", diz Helene Flourac, responsável pelo desenvolvimento e pelas parcerias do projeto.

Tanto a Recyclerie quanto a Cité Fertile são considerados refúgios da agitada metrópole que é Paris, bem como lugares para se explorar a criação de perspectivas sustentáveis. Além de festivais no verão, o Cité Fertile organiza diversas sessões de esportes e é uma plataforma para tópicos político-ambientais.

O objetivo é reunir conceitos de diversas áreas sobre sustentabilidade: "Eventos ecologicamente projetados são uma questão real para a cidade do futuro", afirma Flourac.

 

Pela cidade com um app

Hoje em dia, não é mais necessário embarcar em um ônibus clássico de turismo para conhecer Paris. Uma opção mais sustentável para os turistas é um aplicativo chamado Balades Paris durable (Caminhadas na Paris Sustentável). Desenvolvido pela própria cidade, o app permite que as pessoas explorem as áreas verdes de Paris a pé, sem pressa, e inclui mais de duas dúzias de rotas que passam por quase todos os bairros parisienses.

Com extensão de dois a cinco quilômetros, cada caminhada tem diferentes pausas no mapa. O aplicativo exibe imagens e informações sobre os recursos sustentáveis encontrados pelo caminho: desde fontes de água potável até hortas comunitárias locais. As rotas levam, por exemplo, a bairros como o de Clichy, com seus edifícios projetados para economizar energia.

Em outros locais verdes, como o Parque Buttes Chaumont ou o famoso cemitério Père Lachaise, é possível usar o app para conhecer melhor as espécies de animais e plantas da cidade. Algumas pausas apontam para bairros conhecidos do centro histórico, mas para locais onde é menos provável que os turistas observem mais de perto. Assim, os usuários podem descobrir paraísos verdes escondidos nas margens do Sena que passam despercebidos em um passeio turístico convencional.

Paris é notável por seus lugares e inovações que mostram como a sustentabilidade pode ser explorada em uma metrópole de 2,1 milhões de pessoas. Se os turistas farão uso disso – ou se continuarão visitando apenas locais clássicos –, fica a critério deles.

 

 

Kim-Aileen Sterzel / DW.com

FRANÇA - Centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas na França, na quinta-feira (19), em mais uma greve que mobilizou diversos setores do país contra a reforma da previdência defendida pelo governo de Emmanuel Macron. Os transportes foram parcialmente interrompidos, tanto na rede ferroviária quanto no metrô de Paris, e muitas escolas permaneceram fechadas. A jornada de paralisação massiva teve interpelações da polícia e foi um teste político para o presidente centrista, em um contexto social tenso no país.

As manifestações se multiplicaram em muitas cidades francesas. De acordo com Philippe Martinez, secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalho), dois milhões de pessoas participaram dos atos em toda a França, enquanto a polícia estimou em 1,12 milhão de pessoas nos protestos contra a reforma das pensões.

Os sindicatos saudaram uma mobilização "bem-sucedida". Foram 16.000 pessoas nos protestos em Bordeaux, segundo a polícia, mais de 50.000 pelas contas dos organizadores, que não registraram incidentes.

Pelo menos 36.000 pessoas participaram da marcha em Toulouse (sudoeste), 26.000 em Marselha (sudeste), 25.000 em Nantes (oeste), 19.000 em Clermont-Ferrand (centro), 15.000 em Montpellier (sudeste), 14.000 em Tours (centro), 12.000 em Perpignan (sul).

Em Lyon, 23.000 pessoas protestaram. Os manifestantes atiraram projéteis contra os policiais e 17 pessoas foram presas.

 

400.000 em Paris

Na capital, um cortejo foi organizado por volta das 14h15, hora local, 10h15 pelo horário de Brasília, a partir da Praça da República, ao norte de Paris. A imensa adesão de participantes fez com que a marcha demorasse para sair. Eram cerca de 400.000 manifestantes, segundo informação da CGT, enquanto o número oficial ainda não tinha sido divulgado.

“Dois terços dos franceses são contra a reforma. Essa oposição da opinião deve se transformar em mobilização. É dessa forma que ganharemos”, afirmou Benoît Test, da FSU (Federação Sindical Unitária) à reportagem da RFI Brasil. “As pessoas têm que estar convencidas. Temos também que convencer quem está aqui que podemos ganhar. Então, temos que continuar, porque podemos vencer. A questão é sobre o aumento da idade e o aumento da contribuição. E se não nos atenderem sobre isto, então o movimento continua e vai aumentar”, completou.

“Pedimos ao governo não escolher o caminho da irresponsabilidade. Mas, ao contrário, ser razoável. E voltar atrás nesse projeto de reforma, achar meios para ter uma verdadeira melhoria na aposentadoria dos franceses”, disse Laurent Escure, da UNSA (União Nacional dos Sindicatos Autônomos).

“Sou contra a reforma porque não é um projeto social aceitável. As pessoas sofrem no trabalho. É mais isso que temos de acertar. O sofrimento no trabalho, as desigualdades, para preparar o futuro”, disse a funcionária pública Dauphine, em entrevista à RFI Brasil.

“É uma luta global contra o sistema. Desde o começo, Macron nos impõe suas leis liberais, ele não defende o serviço público e agora é a previdência. Nós queremos uma aposentadoria aos 55 anos para as profissões mais difíceis e 60 anos para as restantes. Nós queremos uma vida digna”, resume Joachim, estudante.

O projeto apresentado pelo governo francês e sua principal medida, o adiamento da idade de aposentadoria integral para 64 anos, contra 62 hoje, está enfrentando uma frente sindical unida e hostilidade da opinião pública, de acordo com pesquisas publicadas recentemente.

"Emmanuel Macron gostaria que morressemos no campo, que trabalhássemos até os 64 anos", disse Hamidou, 43, lixeiro da cidade de Paris. "Acordamos muito cedo. Tem alguns colegas meus que acordam às 3h da manhã. Trabalhar até 64, francamente, é demais", diz.

Em Paris, eclodiram confrontos entre policiais e manifestantes perto da Praça da Bastilha, onde manifestantes lançaram projéteis em direção dos policiais, que usaram gás lacrimogêneo para conter os vândalos. A polícia fez trinta interpelações durante o cortejo dos grevistas, a maioria por porte de armas, ofensa ou rebelião.

 

Home office foi privilegiado

A greve teve grande adesão no setor de transportes com quase nenhum trem regional circulando, poucos trens de alta velocidade (TGV), um metrô bem mais lento em Paris e o subúrbio mal servido de trens nessa quinta-feira.

As plataformas de metrô quase desertas e muitas estações vazias mostravam que a greve atingiu massivamente o setor do transporte. Porém, sem causar grandes aglomerações na região de Paris, porque muitas empresas e funcionários se organizaram para essa jornada de trabalho. Muitos empregadores haviam recomendado que seus funcionários trabalhassem de casa, especialmente nas atividades de escritório.

"Adaptamos nossos horários, explica Pauline Zamolo, farmacêutica. “Eu, por exemplo, era para começar ao meio-dia, mas não tem metrô depois das 9h30, então vim mais cedo e vou sair mais cedo”, diz. Apesar do esforço coletivo, alguns funcionários viram-se obrigados a tirar um dia de folga. “Temos uma mãe que tem um filho relativamente pequeno e cuja escola está em greve, então ela teve que tirar um dia de folga”, acrescentou Zamolo.

Nos restaurantes, à hora do almoço, foi necessário antecipar uma clientela menor e ajustar a jornada de trabalho. "Muitos clientes habituais nos avisaram que não estariam aqui hoje", disse Claire Calligaro, gerente do restaurante Mûre, no 2º distrito da capital. “Logicamente reduzimos as quantidades em cerca de 20%”, diz.

 

Adesão em outros setores

Na função pública, a greve era seguida por 28% dos funcionários públicos ao meio dia, de um total de 2,5 milhões de servidores.

Na educação nacional, o principal sindicato do setor, o FSU, contabilizava 70% dos professores em greve nas escolas e 65% nas faculdades e escolas secundárias.

Os agentes da empresa pública de eletricidade EDF cortaram a produção de energia, atingindo pelo menos o equivalente a duas vezes o consumo de Paris.

Quanto às refinarias, a CGT TotalEnergies registrou entre 70 e 100% de grevistas.

O porto de Calais também parou devido a adesão dos funcionários portuários à greve.

Em nível nacional, a mobilização desta quinta-feira é compatível ​​ou mesmo superior a de 5 de dezembro de 2019. “Estamos claramente numa forte mobilização, além do que pensávamos”, concluiu Laurent Berger, sindicalista.

 

 

por RFI

PARIS – A França pode enfrentar “alguns dias” de fornecimento insuficiente de eletricidade neste inverno, o que pode significar cortes de energia, disse o chefe do regulador de energia francês RTE nesta quinta-feira, enquanto o governo informa as autoridades locais sobre como gerenciar possíveis interrupções.

“A situação envolve riscos, mas não se deve pensar que os cortes de energia são inevitáveis”, disse Xavier Piechaczyk à rádio France Info.

Piechaczyk manteve a última previsão de oferta do órgão regulador, que destacou os riscos de escassez em janeiro.

“Hoje temos 35 gigawatts de energia nuclear disponível em 1º de dezembro, a meta é chegar entre 40 e 41 em 1º de janeiro e fechar o mês em torno de 43, ante uma capacidade total de 61”.

Piechaczyk disse que a previsão foi modelada no cronograma da EDF de manutenção nuclear, com alguns atrasos adicionais já previstos.

A EDF enfrentou um número sem precedentes de interrupções em sua frota de reatores nucleares, reduzindo a produção nuclear ao nível mais baixo em 30 anos, enquanto a Europa sofre para substituir o fornecimento de gás russo, que Moscou cortou em retaliação às sanções da União Europeia impostas pela invasão da Ucrânia.

No cenário da RTE, existe o risco de “alguns dias neste inverno” em que o aplicativo de monitoramento de eletricidade do país, Ecowatt, exibirá um sinal vermelho, disse Piechaczyk. Isso desencadeará a necessidade de fornecer energia parcialmente aos usuários da rede elétrica.

Ecowatt é um aplicativo projetado para permitir que consumidores e empresas monitorem a situação de energia em tempo real para que possam reduzir o consumo e evitar cortes de energia se o regulador der um sinal de alerta.

Analistas disseram à Reuters que o tempo frio pode levar a cortes iniciais de energia já na segunda-feira.

Separadamente, o porta-voz do governo francês Olivier Veran disse à televisão BFM que, se janeiro for um mês particularmente frio, os cortes de energia não podem ser descartados. “(Mas) não estamos anunciando ao povo francês que haverá cortes de energia”, acrescentou.

 

 

 

Reportagem de Dominique Vidalon, Elizabeth Pineau, Forrest Crellin e Benjamin Mallet / REUTERS

PARIS - A brasileira Gabriele Siqueira conquistou a medalha de bronze no Grand Prix de Taekwondo de Paris, neste domingo (4) na capital francesa. A competição, que reúne os melhores atletas do mundo da modalidade, conta pontos para a corrida por uma vaga para os Jogos Olímpicos de 2024.

“Gostaria de agradecer a todos pela torcida. Foi uma competição muito difícil. Gostaria de sair com o ouro, mas estou levando o bronze para casa, para o Brasil”, declarou a atleta à assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD).

O destaque da campanha de Gabriele na competição foi a vitória sobre a campeã mundial e medalhista olímpica Bianca Wakden, da Grã-Bretanha. A brasileira seguiu vencendo, até que nas semifinais foi superada pela francesa Althea Laurin.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

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