CHILE - O principal sindicato da Minera Escondida, que explora a mina que produz a maior quantidade de cobre do mundo no norte do Chile, anunciou na sexta-feira um acordo com a empresa anglo-australiana BHP para suspender um anúncio de greve.
O sindicato, formado por mais de 2.000 trabalhadores, informou que aceitou a última oferta da multinacional para suspender a ameaça de greve, aprovada em 31 de julho: “Nesta tarde, após a aceitação quase unânime de nossas bases, formalizamos a assinatura do nosso novo acordo coletivo, que contém todas as conquistas alcançadas no processo de negociação coletiva.”
A empresa também confirmou o acordo e indicou que as condições negociadas irão vigorar por 36 meses. “Este novo acordo nos permitirá implementar uma série de práticas de produtividade que ajudarão a enfrentar o desafio de manter nossa competitividade ao longo do tempo, por isso é muito mais do que a entrega de um bônus”, destacou Cristóbal Marshall, vice-presidente de Assuntos Corporativos da Escondida/BHP. Não foram divulgados detalhes econômicos do acordo.
Em 2017, os trabalhadores da Escondida entraram em greve por 44 dias, a mais longa da história da mineração chilena. A greve gerou perdas de 740 milhões de dólares para a empresa e representou uma contração de cerca de 1,3% do PIB chileno.
O Chile é o maior produtor mundial de cobre, com uma produção anual de 5,6 milhões de toneladas, equivalente a 28% da oferta global. A mineração representa para o país entre 10% e 15% do PIB, e metade de suas exportações anuais.
Escondida é uma jazida de cobre a céu aberto localizada na região de Antofagasta, que produz cerca de 1,1 milhão de toneladas do metal por ano. Seus proprietários são a anglo-australiana BHP (57,5%), Rio Tinto (30%) e a japonesa Jeco (12,5%).
*Por: AFP