fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 
×

Aviso

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 45

Pesquisa coordenada por docente da UFSCar aponta que pessoas negras sofrem de 3 a 7 vezes mais punições do que brancas

Escrito por  Out 20, 2020

Resultados dos estudos serão divulgados, na íntegra, no Seminário Policiamento Ostensivo e Relações Raciais, nos dias 21 (hoje) e 22/10

 

Uma pesquisa sobre desigualdades raciais produzidas em abordagens policiais, coordenada por Jacqueline Sinhoretto, docente do Departamento de Sociologia (DS) e líder do Grupo de Estudos Sobre Violência e Administração de Conflitos (GEVAC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), apontou que pessoas negras sofrem de três a sete vezes mais punições do que pessoas brancas. O estudo, realizado durante três anos, analisou dados quantitativos de prisões em flagrante e letalidade policial por cor/raça. Também foram feitas entrevistas em profundidade com policiais militares sobre o tema polícia e racismo, permitindo conhecer o que policiais brancos e negros, oficiais e praças, pensam sobre a temática.
De acordo com Sinhoretto, a proporção de prisões em flagrante de pessoas negras em relação às brancas chega a ser até quatro vezes maior, ponderando o número de brancos e negros na população. "As pessoas negras são alvo mais frequente de uso letal da força. A depender do ano e do distrito, a chance matemática de uma pessoa negra ser morta pela polícia é de três a sete vezes maior do que a chance de um branco receber o mesmo tratamento", explica a pesquisadora. 
Os relatos dos policiais apontam que seu trabalho é baseado na busca ativa de atitudes suspeitas, que a grande maioria descreve como sendo características corporais, de vestimenta, de gestual, de modo de andar e olhar, e até de cortar o cabelo. O estudo mostra que eles associam pessoas negras a essas atitudes suspeitas. "Dessa forma, não são atitudes impessoais que eles procuram, mas tipos físicos estigmatizados, estereótipos sobre o corpo e características culturais forjadas pelo racismo", esclarece Sinhoretto.
Segundo a docente, esse quadro foi obtido por meio de dados oficiais de São Paulo e Minas Gerais, pois a deficiência das estatísticas dificulta fazer o acompanhamento em todos os estados que foram analisados - além desses, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Além disso, as instituições negam a existência de evidências de discriminação racial na atuação policial, o que dificulta a discussão de soluções para reverter o quadro e melhorar as técnicas de trabalho policial. 
A pesquisa foi realizada em rede com a Universidade de Brasília (UnB), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e a Fundação João Pinheiro, núcleos ligados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC). O relatório sobre a pesquisa pode ser acessado em https://bit.ly/31bXltm.

Seminário Policiamento Ostensivo e Relações Raciais
Os resultados na íntegra da pesquisa serão divulgados e debatidos no Seminário Policiamento Ostensivo e Relações Raciais, que é gratuito, aberto ao público e acontece nos dias 21 (hoje) e 22 de outubro, sem necessidade de inscrição prévia. O evento terá duas mesas, intituladas "Policiamento ostensivo e filtragem racial" e "Policiais e desigualdades raciais", e contará com a exposição de pesquisadores e comentários de policiais sobre os resultados encontrados. 
Informações detalhadas sobre os participantes estão no site do GEVAC (http://www.gevac.ufscar.br). A iniciativa será transmitida a partir das 16 horas, pelo canal do YouTube do INCT-InEAC (https://bit.ly/3k5lsBB) e pelo Facebook do GEVAC (facebook.com/ufscargevac).

Henrique Stefane


E-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Top News

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Novembro 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30  
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.