De acordo com a pesquisadora, a literatura da área aponta que a dor lombar atinge 50% das gestantes, em especial no terceiro trimestre de gestação, podendo perdurar até o período de puerpério em 75% dos casos. "Entre os fatores de risco, encontramos a idade materna - mulheres mais jovens têm maior risco -, trabalho de parto mais intenso, número de gestações anteriores, dor lombar anterior e dor lombar e pélvica durante a gestação anterior", elenca Buin.
A coluna lombar é a região inferior da coluna vertebral, próxima à bacia, e a dor nesse local pode resultar em problemas de movimento e, consequentemente, na execução de atividades. "O medo de sentir dor ou a própria dor pode levar a pessoa a evitar alguns movimentos e/ou causar dificuldade de realizá-los, impactando no desempenho de tarefas diárias", complementa a doutoranda da UFSCar.
Buin explica que há diversas intervenções e abordagens que podem ser utilizadas para o manejo da dor e melhora da função lombar e que, a partir dos dados coletados nessa etapa da pesquisa, a expectativa é elaborar um vídeo com orientações em uma fase posterior do estudo. "Gostaríamos de ouvir as mães sobre suas experiências para podermos construir um material mais direcionado. E selecionamos mães de bebês até seis meses de idade para que as atividades desempenhadas com o bebê sejam mais homogêneas. Conforme a criança cresce, as demandas se modificam", aponta ela.
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mulheres de qualquer região do País, que tenham dor lombar proveniente da gravidez e cujos bebês tenham até seis meses. As voluntárias devem responder este questionário online (https://bit.ly/3GtNrWk) até o dia 15 de janeiro de 2022. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 50505521.8.0000.5504).