BRASÍLIA/DF - As maiores operadoras de telecomunicações devem investir, juntas, algo em torno de R$ 35 bilhões no ano que vem, montante praticamente estável na comparação com os aportes realizados ao longo deste ano. A estimativa é da Conexis, sindicato patronal que reúne Vivo, TIM, Claro, Oi, Algar e Sercomtel. Nos primeiros nove meses de 2022, os investimentos do setor totalizaram R$ 26,5 bilhões.
A grande maioria dos recursos está sendo destinada à instalação de redes e antenas utilizadas na cobertura do 5G. A nova geração de internet foi ativada em todas as capitais estaduais, com cobertura em uma boa parte dos bairros, conforme determinado no leilão de autorização de uso das frequências, realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Nesta primeira fase, as teles instalaram três vezes mais antenas do que a previsão legal. A estratégia foi oferecer uma velocidade de navegação maior e a melhora no uso dos consumidores, com o intuito de incentivar a migração para planos com mais dados (e preços mais altos também). Em 2023, o 5G será ativado também nas cidades acima de 500 mil habitantes e nas regiões metropolitanas, o que continuará demandando investimentos.
Empresas investirão também em redes de fibra ótica
Com o avanço da nova tecnologia de internet móvel, a expectativa é que será possível começar a ver também as primeiras aplicações do 5G no mercado. Outro destino dos aportes das companhias será a instalação de redes de fibra ótica e a aquisição de modems para banda larga.
O levantamento da Conexis mostrou também que a receita bruta do setor alcançou R$ 69,5 bilhões no terceiro trimestre, aumento nominal de 6,8% em relação ao mesmo período de 2021. Já em valores reais (descontada a inflação), houve queda de 2,1%. A maior participação na receita foi da telefonia móvel, com 39% do total, seguida por banda larga fixa, com 28%. O restante veio de telefonia fixa, TV por assinatura, venda de aparelhos, prestação de serviços de tecnologia, entre outros.
por Circe Bonatelli / ESTADÃO